pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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sábado, 14 de setembro de 2024

Editorial: No debate da Cultura, Marçal promete ir para cima dos concorrentes.



A TV Cultura programou para amanhã, dia 15, o seu debate entre os principais concorrentes à Prefeitura de São Paulo. A emissora paulista já realizou uma série de sabatinas com todos eles, através do seu famoso programa de entrevistas, o Roda Viva. Agora é a vez do confronto direto entre eles. Preocupado com os seus escores divulgados na última pesquisa do Datafolha, onde caiu de 21% para 19% das intenções de voto, o candidato do PRTB, Pablo Marçal, promete ir para cima dos adversários. Infelizmente, vamos ter mais um espetáculo de baixarias. Já houve um tempo em que o candidato prometia vencer um debate por preparo pessoal, por apresentar a melhor proposta para gerir a pólis, por portar-se de forma urbana e civilizada durante esses encontros. Até mesmo por respeito ao eleitor, que ficará acordado até as 22:h, quando começa o confronto. 

Hoje os tempos são outros. Vejo com bons olhos o seu recuo nas pesquisas de intenção de voto. Os especialistas estão sugerindo que isso decorre de um medo do eleitorado em relação ao candidato. Há quem assegure, por outro lado, como o cientista político pernambucano, Antônio Lavareda, que este recuo significa um declínio inevitável do candidato, onde sugere-se a possibilidade de uma estagnação ou mesmo uma curva descendente dos seus índices daqui para frente. Para o cientista político, o primeiro turno já estaria definido. Outras avaliações dizem que é precipitado, ainda, chegarmos a tais conclusões, sobretudo se considerarmos os escores de outros institutos, onde se conclui, ainda, por um empate técnico renitente entre Nunes, Marçal e Boulos.

Apesar das regras rígidas, infelizmente, sobretudo em São Paulo esses debates descamparam para as baixarias e trocas de xingamentos e acusações entre os concorrentes ao Edifício Matarazzo. Andam divulgando pelas redes sociais montagens criminosas envolvendo a candidata Tabata Amaral, do PSB. O nível está baixíssimo.  

Editorial: PT reage e embaralha a disputa em Fortaleza.



Consideramos prematuro supor que o candidato do PRTB, Pablo Marçal, poderá, inevitavelmente, entrar numa curva descendente a partir dos dados da última pesquisa de intenção de voto do Instituto Datafolha. Primeiro é preciso considerar que o candidato permaneceu estável nos outros levantamentos realizados pelos demais institutos, num rigoroso empate técnico com Nunes e Boulos. Depois, se considerarmos os seus índices da última Datafolha, sua queda não foi tão vertiginosa assim, sobretudo levando-se em consideração a margem de erro do instituto. Se, de fato, há um recuo, este dado foi apontando apenas pelo Datafolha

Onde tivemos um verdadeiro rebuliço na gangorra de intenções de voto foi em Fortaleza, onde o quadro hoje apresenta-se embolado entre o capitão Wagner, do União Brasil, o deputado federal André Fernandes, do PL, e, agora, o candidato do PT, Evandro Leitão. Um pouco antes do Datafolha, o Instituto Quaest já sinalizava um empate rigoroso entre os quatro principais concorrentes.  Já andaram reclamando que os caciques nacionais do PT talvez não estivesse se empenhando o suficiente no projeto de eleger Evandro prefeito de Fortaleza. Não se sabe se o quadro mudou neste sentido ou podemos atribuir a seu crescimento à campanha de rádio e televisão. Assim como André Fernandes, Evandro Leitão deu um salto vertiginoso nas pesquisas de intenção de voto. 

André Fernandes, que sempre aparecia em situação bastante desconfortável em relação ao capitão Wagner, reagiu e hoje aparece empatada com o bolsonarista. Curioso que temos dois bolsonaristas disputando o voto dos eleitores na capital do Estado. Talvez em razão dessa bola dividida é que não há muitas referências sobre a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro naquela praça. A pesquisa do Datafolha, encomendada pelo jornal O Povo, foi realizada no período de 11 a 13 de setembro, ouviu 826 eleitores, com margem de erro de três pontos percentuais e índice de confiabilidade de 95%, está registrada na Justiça Eleitoral com o protocolo CE- 07203\2024. 

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Charge! Cláudio Mor via Folha de São Paulo

 


Editorial: Recuo de Marçal. Primeiro turno definido em São Paulo?


Em entrevista recente, o cientista político pernambucano, Antônio Lavareda afirmou que a propaganda televisiva pode ter contribuído para o recuo do empresário Pablo Marçal na última pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Instituto Datafolha. Mas importante que isso, afirma não acreditar numa eventual recuperação do candidato do PRTB, concluindo que o primeiro turno já está definido naquela praça, ou seja, teremos um embate renhido entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. Com uma vasta expertise no assunto, não seria improvável que Lavareda estivesse certo, sobretudo quando se considera suas ponderações em pronunciamento sobre diagnósticos ou previsões. 

Em Relação a Nunes, por exemplo, afirma o cientista que os dados do Datafolha apenas confirmaram uma expectativa que já havia em torno do crescimento do candidato. Caso se confirme esses bons ventos em relação à candidatura de Ricardo Nunes, como sugere Lavareda, convém observar como igualmente fundamental que Nunes sempre aparece bem num eventual segundo turno, derrotando os seus adversários. Isso significa concluir que o Planalto já deve estar com as  barbas de molho. 

Espera-se sempre um lampejo de lucidez do eleitorado, o que pode sinalizar que talvez esteja ocorrendo em São Paulo. Curioso que o recuo de Marçal, a rigor, não foi nem tão significativo assim, sobretudo se consideramos a margem de erro do Instituto. O candidato caiu de 21% para 19%. Nunes, no entanto, avançou bastante. Foi a 27% das intenções de voto. Conforme afirmamos no início, Lavareda não se arrisca em fazer prognósticos. Ele deve ter mais elementos para concluir que o primeiro turno já está definido em São Paulo. 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Editorial: Enfim, o tira-teima do Datafolha sobre a disputa eleitoral em São Paulo.




Acaba de sair os números mais recentes do Instituto Datafolha sobre a disputa eleitoral em São Paulo. O Datafolha é sempre aquela opinião do irmão mais velho, aquele com maior experiência, que acaba exercendo sua influência sobre os demais. Curioso como as assessorias dos candidatos aguardam os seus dados, confirmando ou não determinadas tendências já apontadas pelos outros institutos de pesquisa. O quadro continua embolado, indicando uma tendência de disputa acirrada entre os três principais concorrentes, Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal. 

Os números do Datafolha dão uma espécie de refresco no staff de campanha do emdebista Ricardo Nunes, que aparece liderando numericamente. Em pesquisas anteriores, houve um instituto que apontou um eventual segundo turno entre Boulos e Marçal, o que deve ter deixado o staff de Nunes preocupado. Nunes aposta todas as suas fichas em não ficar de fora do segundo turno, onde, de acordo com as mesmas pesquisas, ele poderia vencer Boulos e Marçal. José Luiz Datena, que chegou a pontuar com índices expressivos no início da corrida, hoje está em queda livre, como quem já tivesse jogado a toalha.  

A candidata Tabata Amaral sugere que pode reagir, mas de maneira muito tímida, indicando a quase impossibilidade de alcançar os principais concorrentes até o dia 06 de outubro. Impossível não é, mas, hoje, improvável. O destrinchamento dessas tendências de voto indicam que os eleitores com menor formação escolar constitui-se o alicerce que sustenta a candidatura do Pablo Marçal. Se ele chegar, a coisa vai ficar mais complicado ainda para esses eleitores, pois ele pretende abolir alguns livros didáticos, conforme prometeu durante visita a Bienal. A Pesquisa do Datafolha foi realizada entre os dias 10 e 12 de setembro, ouviu 1204 eleitores, com margem de erro de 3.p.p, com índice de confiabilidade de 95%, e está registrada no TSE-SP 07978\2024. 

Ricardo Nunes - 27%

Guilherme Boulos - 25%

Pablo Marçal - 19%

Tabata Amaral - 8%

José Luiz Datena - 6%

Marina Helena - 3% 

Editorial: Fahrenheit 451 em São Paulo



A carreira literária de Ray Bradbury só deslanchou depois do sucesso de Fahrenheit 451, livro que o escritor americano escreveu de um fôlego só, enfurnado numa biblioteca, de onde só sairia depois do livro concluído. Bradbury concedeu uma de suas raras entrevistas a um escritor pernambucano, que, à época, trabalhava para um instituição de pesquisa federal. Não foi fácil conseguir essa entrevista, pois o pernambucano precisou atravessar a barreira dos agentes do escritor, que sempre apresentavam alguma dificuldade de agenda, mas ela acabou saindo. 

Uma das perguntas mais emblemáticas da entrevista é quando o pernambucano questiona o escritor  americano sobre se ele queimaria algum livro. Bradbury responde enfaticamente que não. Nem Main Kampf,  de Adolph Hitler. Caberia ao próprio leitor separar o joio do trigo. O livro de Bradbury é ambientado numa sociedade distópica, autocrática, onde a função dos bombeiros é queimar os livros, obrigando os resistentes a decorarem as narrativas e as transmitirem para os companheiros. Em 2016, sob o bolsonarismo, tivemos um verdadeiro apagão no Ministério da Educação, traduzido numa guerra cultural. Abriu-se um precedente perigoso. Coincidentemente ou não, sugere-se que fizemos escola por ali. Livros passaram a ser censurados, retirados da lista de paradidáticos, concursos literários consagrados acabaram por não gostar de determinadas abordagens e romperam contratos com editoras. Mesmo diante das circunstâncias de uma trôpega retomada da normalidade democrática. 

Trôpega em vários sentidos, posto que os ânimos estão acirrados. Os grupos extremados no país continuam ativos, esperando a melhor oportunidade para dar um novo bote - ou seria um golpe? - nas instituições da democracia. As ervas daninhas continuam florescendo. Agora, por ocasião de sua presença na Bienal do Livro, além de ser chamado de mito, o candidato a prefeito da maior metrópole do país, Pablo Marçal, sugeriu que tiraria das escolar aqueles livros que tratam daqueles temas indesejáveis aos grupos de extrema-direita no país. Como diria o pernambucano Gil do Vigor, estamos lascados.  

Editorial: Candidatos pedem apoio de forças federais para as eleições de João Pessoa.

 



O avanço do crime organizado nos estados da região Nordeste está criando umas situações inusitadas, mas não menos preocupantes. Já chegamos ao estágio onde alguns candidatos ou são proibidos ou precisam da autorização dos chefes locais para puderem passar suas mensagens aos eleitores, expondo as vísceras da gravidade da chamada "crise da democracia". No Rio de Janeiro já se fala de uma aproximação ou acordos entre as chamadas forças do campo progressista, seja lá o que significa isso nos dias atuais, e uma milícia light. A performance ou isolamento do candidato do PSOL naquela praça, Tarcísio Motta(PSOL-RJ),  é uma evidência cabal de algo preocupante rondando o espectro político carioca. 

O Rio é o berço do PSOL e aquele partido sempre caracterizou-se pelo enfrentamento dos desmandos locais, o que inclui o combate ao conluio entre a gestão dos negócios públicos e o crime organizado. Marielle Franco perdeu a vida neste enfrentamento. Essa agenda não interessa mais ao eleitorado carioca? O apoio de Marcelo Freixo ao candidato Eduardo Paes(PSD-RJ), que hoje pode ser enquadrado, do ponto de vista ideológico, como um candidato de perfil de centro-direita, é mais uma evidência da perda de aderência dos psolistas na capital do Estado.  

Em João Pessoa já se fala, igualmente, em acordos de cavalheiros entre políticos e  facções do crime organizado, com prejuízos inevitáveis ao poder público. Até recentemente, um candidato havia agendado sua presença num bairro da periferia da capital João Pessoa, onde havia se instalado um circo. Os chefes do tráfico local ameaçaram atear fogo no circo. Hoje, o candidato anda com escolta da Polícia Federal, depois de ameaçado de morte. No dia de ontem, três candidatos que disputam o pleito da capital, Rui Carneiro(Podemos), Luciano Cartaxo(PT-PB) e Marcelo Queiroga(PL-PB) resolveram pedir a presença de forças federais para assegurar a tranquilidade necessária ao andamento do pleito. 

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Editorial: O intrincado jogo sucessório na Câmara dos Deputados.



Realmente, a sucessão na Câmara dos Deputados se constitui num jogo de xadrez político dos mais intrincados, o que envolve pautas defendidas, alianças internas, acordos partidários, com a base governista, com  a oposição, posicionamento ou apoio declarado do atual gestor, Arthur Lira. Nomes são projetados, assumem a condição de francos favoritos e, no dia seguinte, surge um azarão do tipo Severino Cavalcanti, do baixo clero, que leva as eleição. O Governo recebeu e até nutria simpatias pela candidatura do paraibano Mauro Motta, do Pregressistas, que conta com o apoio de Marcos Pereira, mas o rapaz tem velhas ligações com Eduardo Cunha, que, num passado recente, contribuiu para apear o PT do poder. 

Outra aresta do paraibano diz respeito ao seu posicionamento a respeito da anistia aos implicados no 08 de janeiro. O Governo não deseja a anistia para não azedar sua lua de mel com o STF, mas ser a favor dessa pauta pode quebrar as  resistência da bancada oposicionista ao seu nome, o que significaria mais de 90 votos, nada desprezíveis. Elmar Nascimento, do União Brasil da Bahia, diante das movimentações do adversário, reestabelece suas afinidades com Lira. No que concerne ao Governo, há o problema paroquial da Bahia, onde o PT não o digere, em razão do jogo eleitoral naquela quadra. Como os baianos são fortes no Governo Lula, permanece o impasse. 

A sucessão por ali é um jogo de xadrez dos mais interessantes para ser analisado. É preciso ficar bastante atento para não perder nenhum movimento. Confesso por aqui ter perdido alguns desses lances, sobretudo se considerarmos o fato de estarmos num ano de eleições. O Instituto Atlas divulga mais uma pesquisa de intenções de voto sobre a quadra paulista. Será que teremos um segundo turno entre Boulos e Marçal?  

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Charge! Thiago via Jornal do Commércio.

 


Editorial: A crise da democracia.



Os cientistas sociais ainda se debruçam para entender melhor alguns fenômenos mais recentes, como a crise da democracia, a erosão do Estado Democrático de Direito e o uso deliberado da mentira como arma política. No dia de ontem, o Jornal do Commércio, na coluna do jornalista Fernando Castilho, trouxe uma matéria bastante interessante tratando deste tema, a partir dos episódios que envolvem uma influencer pernambucana e o empresário Pablo Marçal, que produziu um verdadeiro tsunami na corrida eleitoral em São Paulo. Por precaução, nem mencionamos aqui o nome da influencer. O direito de livre expressão também entra nesse bojo das relativizações, consoantes interesses políticos subjacentes, onde milhões de usuários foram privados de ter acesso a uma de suas redes sociais.  

A questão crucial da matéria foi, num primeiro momento, tentar entender o que está ocorrendo e, num segundo momento, como preservar o estatuto da democracia diante dessa onda que se espalha pelas redes sociais, onde tigrinhos subtraem até os último centavo de incautos, e, na outra margem, mas a partir de expedientes semelhantes, alguém corre o risco de ser conduzido a um cargo público através de expedientes que envolvem cortes, fake news, lacrações e outra práticas abjetas do gênero. O cidadão foi barrado no palanque onde se encontravam os principais atores do ato da Av. Paulista, mas a sua presença no ato produziu alguns cortes que geraram milhões de visualizações e isso era o quanto importava. 

Desde que a extrema-direita resolveu assumir o protagonismo  político em escala global as coisas apenas pioram. Steve Bannon já afirmou que sentiremos saudades dos seus grandes ícones do passado, a exemplo do ex-presidente Donald Trump. Vem coisa muito pior por aí. Os segmentos progressistas do país caíram na armadilha da pauta do identitarismo,  das questões de costumes, onde são facilmente derrotados, enquanto o fascio-neoliberalismo avança sem obstáculos. A engrenagem de extrema-direita está funcionando tão bem que os seus protagonistas já estão prevendo os resultados das próximas eleições municipais, assim como os das eleições de 2026, quando devem reunir as condições ideais para apear as últimas resistências de trincheiras democráticas do país.  

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo.

 


Editorial: Uma semana de pesquisas sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo.



Não surpreenderia a ninguém as razões que levaram o candidato Pablo Marçal, do PRTB, a El Salvador. O presidente do país, Nayib Bukele, passou a ser uma espécie de guru da extrema-direita, principalmente em razão dos seus métodos radicais de enfrentamento da violência naquele país. Marçal chegou tarde ao evento da Paulista, tentou subir ao palanque, mas teria sido barrado pelos organizadores. O fato produziu uma faísca na relação entre o candidato e o ex-presidente Jair Bolsonaro. As relações estavam bem melhores entre ambos, suscitando, até mesmo, a possibilidade de um apoio discreto. 

E, por falar nas eleições paulistas, aguarda-se para esta semana a divulgação de quatro pesquisas sobre o pleito. Os institutos Datafolha, Paraná Pesquisas, Quaest e Atlas já confirmaram a realização desses levantamentos. Por enquanto, o jogo encontra-se completamente embolado, registrando um empate técnico renitente entre os principais competidores, Nunes, Marçal, e Boulos. A expectativa é que essas pesquisas possam indicar a consolidação de algum dos nomes acima, assim como, numa hipótese menos provável, uma mudança de cenário para as candidaturas de Tabata Amaral, do PSB, ou do apresentando José Luiz Datena, do PSDB.  

Aqui e ali esboça-se um lampejo de lucidez no eleitorado paulista no tocante às próximas eleições municipais. À medida em que um dos candidatos torna-se mais conhecido, mas ampliam-se seus níveis de rejeição. O corte que precisa ser feito é exatamente este e não aqueles, que dão milhões de visualizações. 

domingo, 8 de setembro de 2024

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


Editorial: A violência política em Pernambuco.



Pernambuco sempre possuiu algumas áreas ou zonas políticas onde a luta pelo exercício do poder político suscitaram momentos de violência, quase sempre capitaneados por clãs  familiares locais. Em casos limites, o Governo do Estado já decretou intervenções em algumas dessas cidades. Fazia algum tempo em que tal situação não ocorria por aqui. Porém, infelizmente, mais recentemente, nessas eleições municipais, a situação passou a ficar complicado, sucedendo-se os casos de atentados por motivações políticas. Um dos casos que alcançou enorme repercussão foi o do prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira, atingido por uma facada quando se encontrava com assessores nas imediações da agência do Banco do Brasil da cidade. 

O agressor, segundo o seu advogado constituído, está foragido, mas se entregará às autoridades policiais. Exercendo o seu legítimo dever de defender o acusado, o advogado alegou que não houve uma tentativa de assassinato, mas uma agressão. Curioso que andou circulando num blog local a extensão de tal ferimento, em foto divulgada pelos assessores do próprio prefeito atingido. Agora foi vez do candidato a vereador de Surubim, Aprígio Felix doa Anjos, mais conhecido como Neto de Aprígio, filho de Rosélia Maria dos Anjos, mais conhecida como Véia de Aprígio, que concorre à prefeitura da cidade, ser vítima de um atentado a bala, resultando com um ferimento no ombro. 

Ambos passam bem, mas os dois atentados sugerem a conclusão de que a temperatura está alta nessas eleições municipais aqui no estado, cabendo às autoridades policiais tomarem, de imediato, as providências possíveis, evitando, assim, a amplitude deste processo. Para inflamar ainda mais, os dois atentados envolvem políticos com fortes ligações políticas com os socialistas, grupo político que se contrapõe a atual gestão do Palácio do Campo das Princesas. 

sábado, 7 de setembro de 2024

Editorial: A debacle dos tucanos no seu ninho mais emplumado.


Somente depois do final das eleições de outubro seria possível  fazer uma avaliação mais consistente sobre o desempenho dos partidos no pleito. Os tucanos jogam todas as suas fichas na construção de um perfil ou opção partidária que se contrapõe à polarização política, hoje representada pelos bolsonaristas, de um lado, e do lulismo, do outro lado. Assim como ocorreu em eleições passadas, a tendência hoje é que se confirme a tendência de crescimento da direita e da extrema-direita no país. Há uma tendência mundial neste sentido, principalmente depois que as forças do campo progressista foi aprisionado pelo identitarismo e a política foi subjugada pela economia da atenção. 

Um caso emblemático é o de São Paulo, onde eles fizeram uma aposta no apresentador José Luiz Datena, mas as sinalizações não são alvissareiras. O próprio apresentador admite que tentaria ocupar o espaço entre as candidaturas de Guilherme  Boulos(PSOL-SP) e de Ricardo Nunes(MDB-SP), mas surgiu a figura de Pablo Marçal(PRTB-SP), que passou a disputar com Nunes e Boulos  a preferência do eleitorado paulista, jogando o apresentador para uma situação francamente desfavorável nas pesquisas de intenção de voto, conforme se verifica pelos dados divulgados recentemente pelos Instituto DataFolha, posteriormente confirmado pelo Paraná Pesquisas. José Luiz Datena definha nas pesquisas. 

O apresentador cometeu alguns equívocos ao longo deste início de campanha, mas tais equívocos estão longe de explicar esse debacle. Conforme afirmamos antes, impossível se avaliar o desempenho de um partido apenas com os números desfavoráveis num determinado colégio eleitoral. Em São Paulo em particular, os analistas políticos consideram improvável uma recuperação do tucano recém chegado ao ninho. São Paulo, no entanto, tem um peso simbólico para os tucanos. Ali, durante anos, eles mantiveram o seu ninho mais emplumado. 

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Editorial: A "estabilidade" nos números do Datafolha.



Havia uma grande expectativa sobre os índices de intenção de voto que foram divulgadas no dia de ontem, 5, pelo Instituto Datafolha. Curioso que, em razão da expertise acumulada em anos de pesquisas de intenção de voto, o Datafolha ainda continua sendo o grande parâmetro entre tantos outros institutos de pesquisa. É como se um instituto divulgasse algum índice e os assessores e candidatos esperassem o momento de o Datafolha confirmar o não. Em São Paulo, por exemplo, haviam até candidatos que mudariam significativamente suas estratégias de campanha consoante os resultados apresentados pelo Instituto. 

Os índices apresentados pelo Instituto, no entanto, indicaram uma estabilidade dos escores da última pesquisa, em capitais como Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em São Paulo, um rigoroso empate técnico entre os candidatos Boulos, Nunes e Marçal. Pelo andar da carruagem política, teremos um segundo turno nas eleições da maior metrópole brasileira, daí ser alvissareiro para o staff do prefeito Nunes o levantamento do Datafolha sobre sua performance num eventual segundo turno, onde o atual gestor derrotaria Marçal e Boulos. Diante das contingências adversas, ele deve está apostando suas fichas nesta possibilidade. 

No dia de hoje, 06, foi a vez de o Instituto Paraná Pesquisas confirmar os números apresentados pelo Datafolha, indicando um empate técnicos entre Nunes, Boulos e Marçal. Verifica-se um crescimento numérico da candidatura da socialista Tabata Amaral, mas ainda dentro da margem de erro.  No Datafolha também se verifica a queda dos índices de intenção de voto do apresentador José Luiz Datena, do PSDB. Alguns analistas acreditam que ele não reuniria mais condições de esboçar uma reação. Datena já andou pedindo desculpas aos tucanos de bico fino pelo desempenho num dos debates e, mais recentemente, também teria pedido desculpas pelos últimos destemperos contra Marçal, embora tivesse sido provocado. Quando se precisa pedir tantas desculpas assim é porque as coisas não vão bem.  

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Editorial: Um sete de setembro do fim do mundo.



Houve um tempo em que a nossa única preocupação com o 7 de setembro era acordar cedinho para conseguir um bom lugar para acompanhar o desfile militar, geralmente programado para a Av. Conde da Boa Vista, no centro do Recife. A programação era extensa, mas, com tempo - e possivelmente em razão da economia de recursos - o desfile foi sendo suprimido em algumas atrações. Mesmo assim, multidões se deslocavam para o centro do Recife naquela data específica. Tratava-se de uma festividade eminentemente cívico-militar, em comemoração à nossa Independência. 

Ao longo de décadas, apenas o registro de um incidente, quando um padre italiano foi expulso do país ao se recusar a rezar uma missa em homenagem à data, no interior do estado. Nesses tempos bicudos que o país atravessa, porém, o 7 de setembro está sendo marcado pelas batalhas políticas entre governo e oposição. Na Av. Paulista, a oposição promete um 7 de setembro do fim do mundo, onde pretende arrastar uma multidão, embalada por algumas pautas bombásticas, como a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe do 08 de janeiro. 

Em Brasília, o Governo chegou a anunciar a presença do Movimento Social MST no evento, logo depois não mais confirmada. Principalmente em Brasília, na presença dos principais comandantes militares, seria, no mínimo, contraprudecente a presença de um movimento social com as características do MST. Por vezes, o governo não se preocupa em fornecer munição à oposição, como no caso da troca da letra do hino nacional, durante um evento de campanha, sensivelmente explorada e desnecessária. O próprio Boulos teve que se explicar, informando que não concordou com a mudança da letra. Isso poderia ter sido simplesmente evitado. No caso de Brasília, as razões alegadas foram de ordem logística, quando se sabe que são eminentemente políticas. O governo deve ter voltado atrás depois das ponderações dos militares. 

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Editorial: Edward Munch bate à porta de Nunes. Só a de Nunes?



É extremamente preocupante que um processo político possa ser decidido através de disseminação de fake news, lacrações, factoides e coisas abjetas do gênero. A política, infelizmente, foi aprisionada. Um dos candidatos que concorrem à prefeitura da maior metrópoles brasileira jacta-se de conhecer exatamente o que o eleitor deseja, ou seja, baixarias. O  cidadão tem dado as maiores audiências aos programas por onde passa, indicando, exatamente, que ele tem razão. 

É a economia da atenção se sobrepondo aos mais primários preceitos políticos, como a vontade de servir, o espírito público, a seriedade na condução d os negócios de Estado, o compromisso com a polis. Neste escopo, o identitarismo, educação de gênero, assumem uma importância bem maior do que os impostos, o emprego, o transporte público,  a segurança do cidadão. Como pode isso? Chamar Boulos de Boules pode produzir um efeito maior do que se pensa. 

As forças do campo progressista não se prepararam para enfrentar este inimigo - por vezes até o alimenta, levantando polêmicas desnecessárias, como a mudança infeliz da letra do Hino Nacional - e, assim, a direita vai ocupando os espaços. Nos próximos dias devem sair novas pesquisas de intenção de voto, mas o candidato do neobolsonarismo, Pablo Marçal, lidera as pesquisa do Instituto Real Time Big Data, publicada no dia ontem e discutida por este blog. 

A coluna política do jornalista Cláudio Humberto traz hoje, dia 04, a informação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se reúnem em Brasília para tratar da situação de São Paulo. Coisa de quarto do pânico, diante do debacle da campanha do prefeito, que tenta a reeleição. A coisa está feia. A imprensa andou divulgando que o próprio capitão andou aconselhando o aliado a não entrar de sola na campanha. Durante o último debate promovido pela TV Gazeta e o Canal MyNews, circulou a informação que haveria a possibilidade de Nunes e Marçal comparecerem às manifestações do 7 de setembro do fim do mundo. 

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Editorial: Cenário embolado na disputa em São Paulo, segundo pesquisa do Instituto Real Time Big Data.

 



O Instituto Data Folha promete divulgar, nesta semana, novas pesquisas de intenção de voto em todo o país. Aguarda-se, igualmente, novas pesquisas do Instituto Paraná Pesquisas, que assumiu o compromisso de divulgar pesquisas semanais sobre o pleito municipal. No dia de hoje, 03, foi divulgada a pesquisa do Instituto Real Time Big Data, com os índices de intenções de voto dos candidatos que disputam a cadeira do Edifício Matarazzo. O quadro é de muitas indefinições, principalmente depois da ascendência do nome do empresário e influenciador Pablo Marçal(PRTB), que lidera, numericamente, a pesquisa do Instituto. Nesta pesquisa, Marçal pontua com 21% das intenções de voto, acima de Ricardo Nunes(MDB-SP)e Guilherme Boulos(PSOL), ambos com 20% das intenções de voto. 

Empate técnico cristalino, uma vez que o Instituto opera com uma margem de erro da ordem de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A entrada de Marçal no jogo produziu uma espécie de tsunami na dinâmica competitiva do pleito, conforme já havíamos antecipado. Marçal representa aquilo que os analistas estão denominando de neobolsonarismo, ou seja, um bolsonarismo de perfil mais radical, com alguns ingredientes ainda mais perniciosos ao interesse público. Um fascio-neoliberalismo que as forças do campo progressista ainda não encontrou os mecanismos adequados para enfrentá-lo.

Causa-nos asco entrar aqui na alquimia dos ingredientes que integram essa corrente política, tampouco antecipar as prováveis consequências de tudo isso. Quando o guru da extrema-direita sugere que sentiremos saudades de um Donald Trump, o leitor mais consequente já pode imaginar o que vem por aí. Os anos sombrios do bolsonarismo não foram suficientes para a população tomar os antídotos necessários contra essas bestas-feras. Infelizmente. A pesquisa ouviu 1.500 pessoas, entre os dias 30 de agosto e 02 de setembro, e está registrada no TSE -SP- 07377\2024. Eis os números: 

Pablo Marçal(PRTB) - 21%

Guilherme Boulos(PSOL) - 20%

Ricardo Nunes(MDB) - 20%

Tabata Amaral (PSB) - 9%

José Luiz Datena (PSDB) - 8%

Marina Helena(Novo) - 3%

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


Editorial: As eleições em São Paulo estão irremediavelmente comprometidas pela postura de alguns candidatos.



Se alguém nos perguntasse quem ganhou o debate de ontem à noite, promovido pelo Grupo Gazeta, diríamos que, sem sombra de dúvidas, foi a candidata do PSB, Tabata Amaral. A candidata socialista trouxe propostas para o gerenciamento da cidade, assim como, em seus questionamentos, quis saber dos demais postulantes como eles enfrentariam os principais gargalos da maior metrópoles brasileira. Nos poucos momentos em que fugiu a este script foi para denunciar biografias comprometidas, incapazes, sequer, de entrar ou continuar na vida pública. É bem provável que os eleitores não cheguem às mesmas conclusões deste editor - afinal, o ambiente político está irremediavelmente comprometido - mas fica aqui o nosso registro. Com uma grande expertise na área de educação, a candidata pontuou algumas questões importantíssimas sobre a condução das políticas públicas municipais nesta área, inclusive a partir dos resultados alcançados por São Paulo no último IDEB. 

A Gazeta fez um esforço tremendo para que não ocorresse, naquele debate, o que já havia sido verificado durante o debate da Rede Bandeirantes. Tudo em vão, pois, como antecipamos por um desses editoriais, a malandragem sempre dá um jeito de burlar as regras. Do ponto de vista da organização e do desempenho da mediadora, a jornalista Denise Campos de Toledo, apenas enaltecer a boa condução do programa. Do ponto de vista do comportamento de alguns dos candidatos, lamentar profundamente os episódios que ocorreram durante o evento. Um estrondoso desrespeito aos telespectadores que se propuseram a acompanhar o debate, deixando seus afazeres num domingo à noite com tal objetivo. Gente de São Paulo e todo o Brasil. Nem os jornalistas que foram escalados para as inquirições foram poupados da fúria agressiva.  

Farpas, ofensas, xingamentos, acusações levianas e até vias de fato, como no momento em que o apresentador José Luiz Datena deixou o seu púlpito para tomar satisfações com o empresário Pablo Marçal. Nem precisamos entrar aqui nos detalhes do comportamento anticivilizado e deselegante do candidato do PRTB, que comparece a esses encontros para produzir elementos para as lacrações em suas redes sociais. Marçal interditou o bom e saudável debate público sobre o destino da pólis. A eleição para a maior metrópoles do país virou um vale tudo, onde corre-se um sério risco de elegermos alguém que não tem o menor compromisso público.   

domingo, 1 de setembro de 2024

O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Afinal, quem não está com João?



O site da revista Veja, em matéria assinada pelo jornalista Valmar Hupsel Filho, traz uma longa matéria sobre o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), inclusive som consultas aos especialistas da academia, que tentam explicar a ascendência dessa nova liderança política pernambucana, já tratada na matéria como uma liderança política regional. O DNA do clã familiar Campos\Arraes é remontado, com referências inevitáveis às tradicionais oligarquias políticas do estado, desde as chamadas capitanias hereditárias. 

Um dos professores consultados aponta um fator que, no entanto, pode ser determinante na carreira do herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos: a capacidade de gestão do jovem prefeito, sem a qual, muito provavelmente, ele não conseguiria esses índices de aprovação, o que o coloca como o maior favorito na disputa das capitais, com 76% das intenções de voto, de acordo com o Instituto Datafolha.  De fato, nenhum dos filhos de Arraes, por exemplo, quis seguir carreira política. Coube ao pai de João, Eduardo Campos, neto de Arraes, cumprir este papel, começando por baixo, segurando a pasta do avô quando este participava do corpo a corpo nas feiras de cidades do interior do estado. 

Tratamos em nosso perfil da Privacy sobre como o gerencismo - na ausência de um termo mais adequado -  e a economia da atenção podem explicar os bons índices de aprovação e de intenção de voto de João Campos. O conjunto de obras na periferia, seguida do caldinho e do almoço de albacora num bar tradicional no Coque, podem surtir efeitos espetaculares nas redes sociais. Aliás, fiquei me perguntando como aquele senhor conseguiu uma posta de peixe daquelas dimensões. Os simbolismos, conforme observa o jornalista, integram a estratégia de comunicação da gestão do prefeito. O pai, embora em outra época, também gostava de alimentar tais simbolismos. Começou sua primeira gestão numa visita à Comunidade da Ilha de Deus, no Recife, que nunca havia recebido a presença de uma autoridade pública. 

Um fato que chama a atenção na pesquisa do Datafolha, que aparece na matéria, diz respeito à tendência do eleitorado que se identifica com o PT no Recife. 87% desses eleitores tendem a acompanhar o projeto de reeleição do prefeito, o que significa dizer que podemos concluir que a eventual dissidência - relacionada àquele contingente insatisfeito por não ocupar o espaço da vice na chapa de reeleição - é ínfimo, menor do que imaginávamos. O PT do Recife está com João. Afinal, quem não está com João? Apenas os 7% que desaprovam a sua gestão. 

Editorial: Bolsonaro desembarca no Rio para reforçar a campanha de Alexandre Ramagem.



Steve Bannon, ex-assessor do presidente Norte-Americano Donald Trump, afirmou recentemente que ainda sentiríamos saudades do ex-presidente americano. Se ele estivesse no Brasil, possivelmente diria que ainda sentiríamos saudades do ex-presidente Jair Bolsonaro. O raciocínio do estrategista de extrema-direita foi no sentido de apontar que o ambiente político que estamos vivendo produziriam atores com perfis ainda mais radicais, digamos assim, do que o presidente Donald Trump. Aqui no Brasil já se fala numa espécie de neobolsonarismo, ou seja, um contingente do eleitorado de extrema-direita que já não se sete suficientemente representado pelo bolsonarismo tradicional. 

No Rio de Janeiro ocorre um fenômeno curioso. Adotando uma estratégia orientada quase que exclusivamente pela correção de forças em jogo - dando o mínimo de importância para as clivagens de natureza político\ideológicas - O atual gestor, Eduardo Paes, que concorre à reeleição, adota uma política de alianças ousadas, com o potencial de interditar o crescimento do candidato do bolsonarismo nas pesquisas de intenção de voto. Nesta semana, o capitão Bolsonaro desembarca no Rio de Janeiro para reforçar a campanha do fiel escudeiro.

Sinceramente? temos sérias dúvidas sobre se o ex-presidente consegue reverter a situação desfavorável em que Ramagem se encontra neste momento da competição pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Ali já não se faz mais política isento das interlocuções ou tentando se contrapor aos interesses, quase sempre não republicanos, dos grupos de milicianos que atuam no estado e na capital.  Recomendamos, para quem ainda não dimensionou corretamente o problema, dá uma olhadinha nos depoimentos do ex-policial Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. 

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo