Até recentemente, o ex-ministro José Dirceu, que ensaia sua volta à política - outro dia ele mesmo corrigiu a imprensa, informando que nunca havia saído - advertiu para uma possibilidade de um racha profundo no PT, em meio à turbulência produzida em torno da eleição de um novo dirigente para a agremiação política a partir de junho, quando teremos novas eleições para a escolha do presidente nacional da legenda. Noutros tempos, lideranças como José Dirceu e Lula possuíam o capital político suficiente para apagar o incêndio entre as diversas tendências do partido, evitando que as divergências internas pudessem produzir danos irreparáveis.
Pelo andar da carruagem política, hoje, sugere-se que esta variável fugiu ao controle dos principais caciques da legenda. Há pouco tempo, o deputado federal por São Paulo, Rui Falcão, lançou uma carta à militância, apresentando-se como candidato, com uma plataforma, digamos assim, raiz, capaz de embalar a militância em torno de velhas teses. O candidato de Lula, Edinho Silva, sofre uma tremenda resistência de setores influentes do partido, curiosamente ligados ao próprio Lula, ou seja, de membros da corrente hegemônica, a Construindo um Novo Brasil. A resistência a Edinho Silva, há muito tempo deixou de ser uma questão apenas "regional", ou seja, pelo fato de ele ser paulista.
A atual Ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann manteve uma conversa com Lula sobre o assunto. Para desespero do senador pernambucano, Humberto Costa, que dirige interinamente a legenda até as próximas eleições, agora começa uma espécie de lavagem de roupa suja relacionadas aos envolvidos na disputa, com acusações de parte a parte. Hoje ficamos sabendo do lançamento de mais uma candidatura, a do atual prefeito de Maricá, Washington Quaquá, que já entra na briga informando que Edinho Silva não sabe o que é povo.
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