pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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sábado, 18 de agosto de 2012

Júlio Lóssio: Se ele derrotar a máquina do Campo das Princesas, se afirma como uma das maiores lideranças políticas de PE.


Algumas cidades de Pernambuco prometem eleições bastante equilibradas. Cidades importantes como Serra Talhada, Caruaru e Petrolina devem proporcionar uma disputa voto por voto, constituindo-se em verdadeiros clássicos da política. Em Petrolina, por exemplo, o Campo das Princesas aposta todas as fichas na candidatura de Fernando Bezerra Filho, o candidato do PSB. Com uma gestão bem avaliada, o prefeito Júlio Lóssio, do PMDB, tenta reeleger-se. Gaba-se de ter uma boa folha de serviços prestados à população e isso deve se refletir no momento do eleitor confirmar o seu voto. Cidade estratégica politicamente – dentro do chamado “Triângulo das Bermudas” – em caso de mais uma vitória de Júlio Lóssio ele se afirma como uma das lideranças políticas mais expressivas do Estado. Uma esperança para o PMDB. Os últimos índices do IDEB, por exemplo, demonstram alguns acertos da política educacional do município.

Paulista: Uma eterna crise de representação política.



A cidade de Paulista, na Região Metropolitano do Recife, vive um momento de crise de representação, tendo que optar entre candidatos inexperientes – apoiados por gestores mal sucedidos – ou, eleger um candidato que, como parlamentar, teve um desempenho sofrível, cujo vice foi um ex-prefeito que deixou a Prefeitura sob a acusação de inúmeras denúncias de malversação de recursos públicos. Como seu desempenho nas pesquisas vai bem, engrossaram o caldeirão figuras proeminentes da política local, como Resende, que fez a pior gestão que o município já conheceu. Pensávamos, inclusive, que este cidadão já havia se afastado da vida pública. Sérgio Leite, que lidera as pesquisas, ainda invoca antigas bandeiras do Partido dos Trabalhadores, hoje profundamente desgastadas pelo exercício executivo do partido nas últimas décadas, o que, certamente, também ocorrerá em Paulista. A equipe do candidato realizou algumas ineficazes audiência com a população para a elaboração do Programa de Governo, uma prática que a própria experiência do OP evidenciou que não vem funcionando. Ora pelas promessas não cumpridas, ora pelo montante de recursos do orçamento municipal que seriam “submetidos” à apreciação da população, definindo sua aplicação. Como ele mesmo sabe que isso não funciona, voltou ao populismo de sempre, prometendo “isso” e “aquilo”, consoante as demandas de ocasião, de acordo com as “necessidades” específicas de cada bairro. Júnior Matuto, o candidato do Campo das Princesas, também não encontrou o timming correto de sua campanha. Criamos um grupo de discussão na rede para debatermos o programa desses candidatos para o município e nenhum pronunciamento de suas assessorias o que, demonstra, em última análise, a ausência de compromisso público, de corte republicano, com a população. Ou seja, desrespeito. Seu padrinho político, Ives Ribeiro, apesar de ser um gestor público limpo, sua segunda gestão à frente da Prefeitura de Paulista foi muito criticada, o que, dizem, está levando  o candidato a  "descolar-se" de sua imagem, pregando a renovação. O seu discurso, que começou como um half-time, hoje mantém uma postura quase independente. De sorte que nossa cidade, infelizmente, continuará vivendo sua eterna crise de representação. Menino de vila operária daquela cidade, só temos a lamentar. Os índices do último IDEB continuam apresentando o município com indicadores sofríveis na área de educação, apenas para ficarmos nesse quesito, que talvez explique a ausência de um envolvimento mais efetivo e consequente da população nos rumos políticos da cidade.

Se o bife presidencial vier mal passado, Eduardo "traça" do mesmo jeito.


A crônica política brasileira, principalmente a pernambucana, dedicou um espaço expressivo para comentar sobre os recentes estremecimentos das relações entre o casal presidencial Dilma/Lula e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Há, de fato, algumas rusgas inegáveis entre eles, mas, igualmente, muita torcida do contra. Salvo a capital paulista, onde o PSB e o PT estão com a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad, nas praças prioritárias para o Partido dos Trabalhadores – Recife, Belo Horizonte – o partido do governador mede forças com os petistas, sendo, portanto, inevitável um confronto, embora seja fundamental dimensioná-lo corretamente. O estopim teria sido uma audiência em Brasília, onde Dilma não teria recebido Eduardo Campos, fato amplamente esclarecido por ambos, mas suficiente para sacudir a crônica política nacional. Além dessas disputas locais, o único episódio que, segundo dizem, teria deixado Lula uma arara foi uma aparição de Eduardo Campos numa cidade do “cinturão paulista” – fundamental nas estratégias de poder do PT – em apoio a um candidato do PSB. É natural essas rusgas políticas envolvendo atores que disputam os mesmos espaços políticos, como se observa entre Lula, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos. Todos possuem projetos presidenciais. No caso específico do governador de Pernambuco, pode-se alegar, em última análise, um certo açodamento em suas investidas, desnorteando seus “adversários”. Embora represente alguns “custos”, grosso modo, não se pode afirmar que houve um erro de cálculo. Como já afirmamos em outra ocasião, o “Moleque” dos jardins da Fundação Joaquim Nabuco tornou-se uma alternativa de poder real para 2014, 2018, independentemente dos humores de Dilma/Lula e dos ciúmes de Dirceu e Rui Falcão. Em circunstâncias políticas que podem, até mesmo, superarem essas indisposições momentâneas entre eles. O vice-presidente, Michel Temer, chegou a insinuar que Eduardo estava se precipitando, argumentando que apressado como cru. Nossa impressão, no entanto, é a de que se esse bife presidencial vier mal passado, Eduardo “traça” do mesmo jeito.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Por enquanto, as chaminés de Paulista não correm o risco de serem demolidas.


As obras que estavam sendo realizadas nas chaminés da Companhia de Tecidos Paulista foram interditadas pela FUNDARPE. Recentemente, as chaminés foram tombadas como patrimônio histórico sendo, portanto, legalmente protegidas pelo poder público. Depois do alarde de que as chaminés estavam sendo demolidas, mais calmamente e com a notícia devidamente apurada, veio a informação de que, na realidade, as chaminés estavam sendo restauradas por uma empresa contratada exclusivamente para essa finalidade. Segundo informações, há um projeto de construção de um Shopping Center na área, mas as chaminés seriam devidamente preservadas. Em todo caso, louve-se o esforço da FUNDARPE no sentido, inclusive, de  exigir critérios rigorosos no que concerne às intervenções de preservação daquele patrimônio tão marcadamente vinculado à História da cidade de Paulista, também conhecida como a cidade das chaminés. Convém checar, inclusive, se a empresa atua nessa área específica. Não pode ser qualquer empresa de construção civil. Menino de vila operária, o editor do Blog do Jolugue, ainda foi acordado pelo apito da fábrica de tecidos.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Fernando Haddad: Seria melhor para o país se ele tivesse sido mantido na Educação.




O ex-ministro da educação, Fernando Haddad, é um habitué do nosso Blog do Jolugue. Não foram raros os momentos em que ele aqui apareceu para ser elogiado por sua postura na condução daquela pasta, sem sombra de dúvida, um dos maiores ministros da Educação das últimas décadas, sobretudo pela adoção de políticas  públicas – caso do Prouni – que favoreceram segmentos sociais que antes ou não tinham acesso ou tinham um acesso periférico às universidades públicas federais.Os críticos do Programa argumentam que essas "desigualdades" de acesso deveriam ser corrigidas na base, ou seja, com uma educação pública de melhor qualidade. Em certa medida, eles até tem razão, mas é preciso lembrar, igualmente, o Governo Lula foi um dos que mais cuidaram dessa questão, embora os bons resultados não possam ser alcançados a curto ou médio prazo.  Claro que tivemos alguns problemas em sua gestão, mas não foram suficientes para ofuscar seus acertos na condução da pasta. Comentamos, inclusive, numa de nossas últimas postagens, que ele talvez devesse ser mantido onde estava. Não fosse a teimosia de Lula, Haddad teria tido a oportunidade de dar sequência aos programas bem-sucedidos de sua gestão e corrigir alguns problemas crônicos do ENEM, por exemplo. Lula comprou uma briga feia com o grupo da senadora Marta Suplicy para impor o nome de Haddad, dentro de uma estratégia para assegurar o projeto de poder do Partido dos Trabalhadores. O projeto, a rigor, parece-nos ser muito mais dele do que de Dilma Rousseff, embora em entrevista recente ao jornal Folha de São Paulo sua esposa, Marisa, tenha declarado que ele não será candidato em nenhuma hipótese, coisa que até ele mesmo já admitiu. Resta saber quem manda na casa. A própria presidente Dilma já declarou que São Paulo e Recife – duas praças estratégicas para o PT - é um problema de Lula. O grande embate político das eleições municipais de 2012, envolvendo Dilma, se dará mesmo em Minas Gerais, onde ela, pessoalmente, resolveu bancar a candidatura de Patrus Ananias, nacionalizando aquelas eleições. Pois bem... Haddad continua cada vez mais lulodependente, patinando em 6% das intenções de voto. O pior é que não está podendo contar com Lula para conduzir o seu andor nem com Marta para apresentá-lo em tradicionais redutos do PT. Essa última variável, o PT pretende controlar, impondo à senadora um torniquete político que pode frear suas pretensões no Governo Dilma. Com isso, esperar-se que a independente, mas vaiodosa senadora reavalie suas posições. Quanto à primeira variável, a da presença de Lula na condução do andor, é um assunto muito sensível para ser tratado, sobretudo se entendermos as fragilidades do ex-mandatário da nação. Agora mesmo, por ocasião do lançamento do programa de governo do candidato, Lula não compareceu à cerimônia, fato amplamente divulgado pela imprensa.

Olha a ARENA aí, gente!


A nova ARENA já estaria em fase de consolidação jurídica em Brasília. Durante as décadas obscuras do regime militar implantado no país com o Golpe Militar de 1964, a Aliança Renovadora Nacional reunia intelectuais, empresários, políticos e movimentos sociais vinculados aos militares. Era o "partido oficial", que disputava espaço com a “oposição consentida”, representada pelo PMDB. Um dos herdeiros políticos desse espólio são os Democratas que, aliás, estão muito bem nas disputas de capitais como Salvador e Fortaleza. Apesar desses bons desempenhos pontuais, os DEMOS, no geral, não estão muito bem, tendo amargado enormes refregas políticas nas últimas décadas, como o Mensalão de Brasília, a criação do PSD e, por último, o vexame da cassação do ex-senador Demóstenes Torres, uma de suas apostas até mesmo para planos nacionais. Um fato curioso, inclusive, lembrado pelo ex-senador Demóstenes Torres, numa entrevista concedida à revista Veja, é que, no Brasil, os partidos políticos não assumem sua condição de partidos de direita. É esse vácuo político que a Nova Arena pretende preencher, segundo seus idealizadores. O novo partido já teria simpatizantes em 10 Estados da Federação e encontra-se com a papelada em tramitação na capital federal. Em Pernambuco, certamente, ressuscita-se a figura emblemática do ex-senador e governador do Estado, Marco Maciel, apeado da vida pública depois de sofrer um revés político de conseqüência inimaginável. Dizem que a única liturgia que ele segue hoje é rezar. Sinceramente, pratica-se, no Brasil, a política do “jeitinho”, da conciliação entre opostos.Talvez não haja outro país onde a "vaselina política" seja tão eficiente. Ai de quem queira separar, rigorosamente, o “jôio” do “trigo”. Quantas figuras emblemáticas tidas como de direita não foram preservadas no Governo Lula/Dilma? Ora porque o presidencialismo de coalizão impôs ou, ora porque, simplesmente, mudaram de “lado” como as Dianas de pastoril, movidas por um fisiologismo dos mais pragmáticos? O editor do Blog do Jolugue tem uma penca de exemplos. Talvez seja por isso, exatamente, que assumir uma posição de direita no Brasil seja, rigorosamente, bastante complicado, mas é isso que desejam os refundadores da Aliança Renovadora Nacional. 



   

Ganhe o mundo: Louvável a iniciativa do Governo do Estado de Pernambuco.


Eduardo Campos utiliza uma expressão específica quando toma uma decisão de governo que favorece os segmentos sociais mais empobrecidos. No momento não lembro a expressão, mas merece nosso reconhecimento o programa adotado nas escolas públicos do Estado voltado para o ensino de idiomas, com direito, inclusive, a um intercâmbio de alguns meses, o que permitirá uma imersão no idioma estrangeiro, consolidando a aprendizagem. Uma iniciativa das mais louváveis, embora ainda limitado a pequenas parcelas do alunado da rede pública estadual. É, sem dúvida, o primeiro momento em que o ensino de idiomas estrangeiros nas escolas públicas estaduais é tratado com a seriedade necessária, permitindo, de fato, uma aprendizagem do idioma. É conhecido o mote de que os alunos de escolas públicas não ultrapassam o verbo To Be, gerando alguns dificuldades em sua vida profissional. Embora o número de alunos atendidos pelo programa seja limitado, louve-se, igualmente, a adoção de algumas medidas que estão contribuindo, como um todo, para a melhoria da qualidade do ensino de idiomas nas escolas da Rede Pública Estadual. O Blog do Jolugue parabeniza o Governo do Estado pela iniciativa.

sábado, 28 de julho de 2012

Celso Russomanno teria fôlego ético para chegar até o final?


Logo no início das primeiras pesquisas sobre intenções de voto, onde o candidato à Prefeitura da Cidade de São Paulo, Celso Russomanno, já despontava como um candidato competitivo, externamos a nossa opinião de que ele, possivelmente, não reuniria “fôlego ético” para manter essa performance até a reta final das eleições. No momento ele continua muito bem, num empate técnico com o candidato tucano, com o apoio da Igreja Universal do Reino de Deus – que já pediu a Dilma Rousseff que não interferisse no pleito paulista – mas já começaram a pipocar na imprensa as denúncias de mal-feitos envolvendo o deputado, o que, certamente, pode prejudicar sua campanha. De qualquer forma, seja qual for o desfecho dessas denúncias, pode-se concluir que não favorecerá o candidato do PT, Fernando Haddad. Assessores de Serra estão mantendo contatos regulares com o candidato do PRB.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

João da Costa, o bem-amado.


Depois que se afastar da vida pública e retornar a Angelim, cidade onde nasceu, o prefeito do Recife, João da Costa, terá todo tempo do mundo para descrever, com minúcias de detalhes, todos os episódios pouco esclarecidos sobre seu calvário como candidato à reeleição. Terá muito assunto sobre o tema, a exemplo do ex-prefeito, Roberto Magalhães, que está lançando um livro de memórias sobre sua vida pública. Hoje se sabe, por exemplo, que a cúpula petista tentou dissuadi-lo do projeto de reeleição oferecendo um cargo relevante no Governo Dilma Rousseff. O destino político do prefeito é uma incógnita, mas algumas possibilidades estão descartadas. A hipótese de apoio ao candidato do PT, Humberto Costa, hoje, é remota. Sua permanência no PT apenas seria possível num contexto onde ele reunisse um grupo com força capaz de dar uma revanche em seus adversários na agremiação. Por outro lado, suas negociações com atores políticos ligados ao PSB continuam muito bem azeitadas, sugerindo-se, inclusive, que ele poderá apoiar o candidato Geraldo Júlio. Apesar de sua taxa de rejeição ser superior a 50% da população recifense, Humberto Costa desdenha, mas, concretamente, mesmo nessas circunstâncias, o apoio do prefeito, em determinado contexto, poderá ser decisivo para esse ou aquele candidato. Até sua decisão, o prefeito será cortejado pelo candidato do PSB e Humberto, se não o faz, é porque já entendeu ser improvável uma reconciliação entre ambos.Ou seja, João da Costa é bem-amado.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Debate na rede esfria o entusiasmo sobre os viadutos da Agamenon Magalhães.



As redes sociais, quando bem utilizadas, podem trazer uma grande contribuição ao debate político. O editor do Blog do Jolugue está adicionado a inúmeros grupos de discussão no Facebook e, salvo algumas exceções, é possível debater temas importantes e de interesse coletivo nesses grupos. Um desses temas são os polêmicos viadutos previstos para a Av. Agamenon Magalhães. Em razão do intenso debate proporcionado pelas redes sociais, os políticos passaram a tratar o assunto com o maior cuidado possível, sobretudo nesse momento de proximidade das eleições. Políticos como Mendonça Filho (DEM), com objetivo explícito de atingir Geraldo Júlio, já advogam que a Agamenon Magalhães, se construídos os tais viadutos, poderá transformar-se numa nova Av. Conde da Boa Vista. Humberto Costa tem sido reticente ao falar sobre o assunto, sugerindo uma nova análise do projeto. O próprio governador Eduardo Campos já não fala sobre os famigerados viadutos com a mesma veemência de antes. Esse debate, inclusive, parece ter agilizado a tramitação dos projetos em torno da navegabilidade do Rio Capibaribe.

Mendonça tenta evitar a todo custo uma polarização entre Geraldo Júlio e Humberto Costa.


O candidato do DEM, Mendonça Filho, empreende todos os esforços, nesse início de campanha, para evitar uma possível polarização entre o candidato do PSB, Geraldo Júlio, e o petista Humberto Costa. Essa estratégia, no momento, parece-nos ser a mais acertada e talvez a única possível. As três primeiras sondagens de intenções de voto, indicam uma estabilização dos seus números, dentro da margem de erro, hoje em torno de 20%. As contingências políticas sugerem, inevitavelmente, uma polarização entre Humberto e Geraldo Júlio, a despeito dos índices anêmicos que este último apresentou nas três primeiras pesquisas. Há uma possibilidade concreta de que o Guia Eleitoral do rádio e televisão possa reverter esse quadro. Por enquanto, o candidato faz um corpo-a-corpo intenso, tentando tornar-se conhecido do eleitorado, uma vez que vivia enfurnado no Campo das Princesas. A possibilidade de as eleições do Recife nos reservarem algumas “surpresas” – mais do que já nos proporcionaram - existe. Uma polarização entre Mendonça Filho e Humberto Costa – como os seus assessores estão estimulando – apesar de pouco provável, não é uma hipótese impossível. Afinal, as grandes polarizações das eleições recifenses sempre se deram entre “esquerda” e “direita”.    


Roberto Jefferson: Seus advogados prometem pegar duro contra Roberto Gurgel.


O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, internou-se para cuidar de um tumor no pâncreas. Com o bom humor de sempre, afirma que vai tirar de letra, apesar de conhecer a gravidade do problema, pois se trata de um câncer dos mais agressivos. Nós aqui do Blog do Jolugue torcemos pelo seu restabelecimento. Depois da explosão do escândalo do mensalão, tudo que envolve o deputado torna-se, de imediato, um grande factoide. Agora são as insinuações dos seus advogados, apontando os possíveis equívocos que foram cometidos pelo Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, em relação ao seu cliente. No entender de seus advogados, o tratamento que deveria ser dado a Jefferson, no caso, era o de testemunha privilegiada do escândalo, nunca de réu. Por outro lado, afirmam que vão pegar pesado, prometendo duras investidas contra Gurgel durante o julgamento. Deve proporcionar um grande debate. É aguardar. 

Você conhece um certo Geraldo Júlio, eleitor?


Num dos momentos em que discursou em favor do candidato do PSB, Geraldo Júlio, o governador Eduardo Campos conclamou a militância a ir às ruas, objetivando tornar conhecido o seu candidato, até então, um executivo de políticas públicas que vivia enfurnado no Campo das Princesas. No momento, esta parece ser a estratégia mais visível do partido socialista. Geraldo tem trabalhado bastante – outra estratégia subliminar – numa média de 20 horas por dia. Vem freqüentando locais de grande concentração de público, como mercados e feiras livres, sempre acompanhado de seus assessores, como Fred Oliveira, cuja postura já mereceu alguns reparos da imprensa. Até o cordelista J. Borges já foi contratado para produzir um folheto de cordel sobre o candidato. É... não é fácil trabalhar candidatos sem “cheiro de suor”. O mesmo problema tende a se repetir em João Pessoa, onde a desconhecida Estelizabel Bezerra enfrentará candidatos “azeitados”, com uma longa atuação na política local. Luciano Agra, com grande densidade política na capital, que também pleiteava a indicação do PSB, foi rifado pelo Coletivo Ricardo Coutinho.  
(Crédito da Foto: Nando Chiappetta, Diário de Pernambuco).

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Geraldo Julio investe nos currais eleitorais neopentecostais.


No final da década de 40 foi lançado um livro emblemático sobre a cultura política brasileira. O livro? Coronelismo, Enxada e Voto. Seu autor? Victor Nunes Leal. Em razão da primazia da abordagem, o enfoque do autor, o minucioso rigor da pesquisa, logo o livro se tornaria um clássico na área de sociologia política, uma referência indispensável, até hoje, sobre os estudos envolvendo o coronelismo e o chamado "voto de cabresto" no país. A relação entre o voto, a política e os grupos religiosos pentecostais, neopentecostais e pós-pentecostais estão a exigir um estudo do porte do realizado por Victor Nunes Leal, focado no coronelismo agrário e os chamados “currais eleitorais”, uma massa de manobra comandada com absoluto rigor por chefes políticos locais, votando de “porteira fechada” em quem eles indicassem. Muito repercutiu a aproximação do candidato do PSB à Prefeitura da Cidade do Recife, Geraldo Júlio, junto aos evangélicos das Igrejas Universal do Reino de Deus, Assembléia de Deus e do Evangelho Quadrangular. Dessas, duas estão praticamernte fechadas com o candidato, a Universal e a Assembléia. Trata-se de um jogo de conveniência extremamente importante e estratégico para as ambas as partes. A política entre os pentecostais e neopentecostais é algo levado muito a sério. Trata-se de algo sistemático, minuciosamente planejado e bastante articulado. Há coalizões e bancadas políticas nas casas legislativas, partidos organicamente vinculados, todos dispostos a defenderem os projetos de interesses corporativos dessas igrejas. Pragmaticamente, para os políticos, não há melhor negócio: é voto certo, porteira fechada, nos moldes dos antigos currais descritos por Victor Nunes Leal.  

Caruaru: Qual o prato principal do DEM na Princesa do Agreste?


O  clima não está nada amistoso na disputa em Caruaru, conforme já era previsto. Lyras e Queiroz, apesar de comporem uma mesma chapa em disputa pela prefeitura local, continuam mantendo suas animosidades, enquanto a candidata do DEM, Miriam Lacerda, ostenta números que equilibram a disputa, mantendo um empate técnico com o atual prefeito, José Queiroz. A performance de Miriam Lacerda já era prevista. Caruaru, aliás, no Estado, é uma das poucas praças onde os Democratas disputam com alguma chance de êxito. Se, na capital, o governador jogará todo o seu prestígio para eleger Geraldo Júlio, ali, fará uma transferência de prestígio para José Queiroz, um fiel escudeiro da Frente Popular. Esposo da deputada e o seu principal cabo eleitoral, Tony Gel aproveita a tribuna para desferir seus torpedos contra a administração municipal. Trata-se de uma eleição das mais disputadas no Estado, à exemplo do que deve ocorrer em Petrolina, cidades que compõem o chamado "Triângulo das Bermudas". Nem o tradicional  rala-bucho ocorrido durante os festejos juninos na Fazenda Macambira foi suficiente para dirimir as divergências entre o vice-governador, João Lyra, e o prefeito José Queiroz. João Lyra já andou fazendo declarações de que uma eventual derrota em Caruaru poderia ser creditada na conta do atual prefeito.Nós sempre lembramos isso aqui no Blog do Jolugue, uma velha raposa política local, afirmava que na Princesa do Agreste ou se servia carne-de-sol ou charque, numa referência à histórica polarização política local. A propósito, qual o prato principal do DEM naquela cidade? Seria um filé de bode servido no Alto do Moura?

terça-feira, 24 de julho de 2012

Atenção, Blogueiros: Procuradoria Eleitoral investigará os chapa-branca.



O PSDB solicitou à Procuradoria Geral Eleitoral que investigue o patrocínio de blogs por empresas estatais, sobretudo a Caixa Econômica e a Petrobras. Essas empresas, de acordo com a denúncia do partido, estariam injetando recursos em sites e blogs que mantém uma linha editorial favorável ao Governo do PT. Não sabemos se procede, mas outro dia publicamos aqui no Blog do Jolugue ( que, registre-se, não recebe nenhum patrocínio desses órgãos ) a informação de que o Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, receberia uma mesada de R$ 50 mil mensais da Caixa Econômica Federal. À época, até fizemos uma brincadeira, pedindo que o banco federal passasse a investir no Blog do jolugue, usando um jargão conhecido: vem pra
Caixa você também. Neste caso, Caixa, vem pro Blog do Jolugue você também.

Lula até que gostaria, mas vai ser difícil carregar o andor de Humberto.


Lula tem uma dívida de gratidão muito grande com o Arraes, mas a atitude de Eduardo Campos em lançar um candidato do PSB para concorrer às eleições do Recife vem tirando o sossego do ex-presidente. E Lula, quando deseja, também sabe ser rancoroso. Marcondes Perillo que o diga.  Os argumentos apresentados pelo governador pernambucano não foram suficientes para convencê-lo sobre as circunstâncias políticas em que essa candidatura foi lançada, contingenciada por alguns fatores específicos, como o próprio desgaste do PT na capital pernambucana. Evidente que o ato de lançamento da candidatura de Geraldo Júlio se enquadra num figurino traçado pelo Campo das Princesas, calcada numa estratégia montado em torno do projeto presidencial de Eduardo Campos, o que é perfeitamente compreensível, mas, a forma como o processo se deu, deixou algumas arestas entre esses dois pernambucanos. Comenta-se, inclusive,  que Lula estaria bastante feliz com o desempenho de Humberto Costa nas primeiras sondagens de intenções de voto. Já prometeu que virá ao Recife e promete trazer a presidente Dilma Rousseff a tiracolo para ajudar o senador a derrotar o candidato "fabricado" pelo Campo das Princesas. Acontece, porém, que isso não depende apenas do seu desejo. Por determinação médica, deverá manter a garganta em repouso, evitando possíveis complicações, uma vez que, a despeito da ausência de inflamção, já não exibe a mesma verve de outrora. Na realidade, sua participação em palanque acabará se restringindo à São Paulo, onde tenta transferir seu prestígio para Fernando Haddad, que se encontra, ainda, na rabeira das pesquisas, ainda não atingindo os doi dígitos. Para complicar o cenário, na última Datafolha, o candidato do PRTB, Celso Russomanno, encostou em Serra, numa subida vertiginosa, ignorando figurinhas carimbadas que estão na disputa, como o "acochadinho" Gabriel Chalita. 
(Crédito da foto: Luiz Cláudio Cicci) 

Democratas: Por enquanto, ainda há o que comemorar.


Os números apresentados pelas primeiras sondagens de opinião sobre as eleições nas capitais apontam para uma boa largada dos Democratas em alguns delas. No Recife, o candidato Mendonça Filho consegue segurar os seus índices, hoje em torno dos 22% das intenções de voto, apesar de uma  taxa de rejeição considerada alta. Em Salvador, a eleição está embolada, mas ACM Neto assegura um empate técnico entre os postulantes mais competitivos. Em Fortaleza, Moroni Torgan lidera a corrida, ignorando o candidato dos Ferreira Gomes, Roberto Cláudio(PSB), e o da prefeita Luizianne Lins, Elmano Freitas(PT), que apresentam, neste momento, um desempenho preocupante. Mais de 75% do eleitorado afirma que não votariam num candidato indicado pela prefeita Luizianne Lins. Os dados estão publicados no aqui no blog. Ainda é cedo para comentar sobre o “fôlego” desses candidatos daqui para frente, mas não resta dúvida de que, pelo menos nessas capitais citadas, os democratas tendem a não fazer feio nas urnas, quem sabe, articulando boas alianças em prováveis segundo turno. No primeiro enfrentamento entre os candidatos à Prefeitura da Cidade do Recife, num debate realizado no Clube de Engenharia de Pernambuco, o clima esquentou entre o democrata Mendonça Filho e o socialista, Geraldo Júlio, quando este último fez referência às altas taxas de violência no Estado quando Mendonça esteve à frente do Executivo Estadual. Mendonça Filho, por sua vez, não poupou Geraldo Júlio das críticas, enfatizando a participação do PSB na  malograda gestão de João da Costa.
(Crédito da foto: Andréa Rego Barros, PSB).

domingo, 22 de julho de 2012

Eleições do Recife em tempo real: Eduardo Campos chega para a inauguração do Ponto 40, o QG de Geraldo Júlio.

Tempo real das eleições do Recife: Humberto e João Paulo no Alto José Bonifácio, hoje, pela manhã.

Moroni Torgan(DEM) lidera em Fortaleza

Moroni lidera e Inácio disputa 2º lugar com Heitor

Veteranos largam na frente, enquanto candidatos da prefeita e do governador ficam para trás
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A eleição para prefeito de Fortaleza começa com um líder isolado e dois candidatos na batalha pela segunda colocação. No cenário atual, Moroni Torgan (DEM), com 27% das intenções de voto, iria para o segundo turno. Seu adversário estaria indefinido, com vaga disputada entre Inácio Arruda (PCdoB), com 14%, e Heitor Férrer (PDT), com 11%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os candidatos do PCdoB e do PDT estão tecnicamente empatados.
Os números são da primeira pesquisa sobre a eleição na Capital após a definição dos candidatos e o início da campanha. A consulta foi realizada pelo instituto Datafolha e contratada pelo O POVO.
Renato Roseno (Psol) e Marcos Cals (PSDB) aparecem ambos com 6%. Essa primeira pesquisa O POVO/Datafolha mostra ainda que o candidato do governador Cid Gomes (PSB) e o que tem apoio da prefeita Luizianne Lins (PT) não conseguiram entrar na briga direta para chegar ao segundo turno. Com as bênçãos do Governo do Estado, Roberto Cláudio (PSB) tem 5%. Elmano de Freitas (PT), candidato da Prefeitura, tem 3%.
O professor Valdeci (PRTB) tem 1%. André Ramos (PPL) e Francisco Gonzaga (PSTU) não atingiram 1%.
Eleitores que declararam intenção de votar em branco, nulo ou em nenhum somam 6%. Chama atenção o percentual dos entrevistados pelo Datafolha que disseram não saber em quem pretendem votar: 21%. O índice fica acima da média em pesquisas estimuladas, nas quais o pesquisador apresenta ao eleitor a lista com o nome dos candidatos. Na primeira pesquisa O POVO/Datafolha realizada na eleição municipal de 2008, há quatro anos, esse índice era de 6% no fim de julho.
O Datafolha ouviu 831 eleitores de Fortaleza nos dias 18 e 19 de julho. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o número CE-00004/2012.
Avaliação das gestões
A TV O POVO divulga neste domingo, com exclusividade, a pesquisa O POVO/Datafolha sobre avaliação das administrações da prefeita Luizianne Lins (PT) e do governador Cid Gomes (PSB).
Você confere ainda o debate e a análise sobre os números da pesquisa com os jornalistas Fábio Campos e Erivaldo Carvalho e o cientista político Uriban Xavier.
Programa: O POVO Notícias Eleições 2012
Horário: 19h30min
TV O POVO
Canais: 48 (TV aberta), 23 (NET) e 11 (TV Show)
FONTE: pesquisa O POVO/Datafolha

Kassab amarga a pior avaliação entre os prefeitos

Há dois Kassabs na praça. Um potento e um fracasso. O Kassab portentoso criou um partido novo (PSD) e aparelhou-o com o beneplácito do STF (verba pública e propaganda na tevê). Pôs um pé num projeto de poder federal (Eduardo Campos) e o outro numa canoa reeleitoral (Dilma Rousseff). O Kassab fracassado esqueceu-se de cumprir a obrigação para a qual fora eleito: governar a cidade de São Paulo.
Se prefeitura fosse escola, Gilberto Kassab tomaria bomba, informa o Datafolha. Numa escala de zero a dez, o paulistano concedeu ao prefeito a nota 4,4. Entre os executivos das seis principais capitais do país, o de São Paulo exibe a pior avaliação. Desde março de 2007, quando sua nota era 3,9, Kassab não aparecia tão mal na foto. Evidência de que, na prefeitura, faz o pior o melhor que pode. Ruim para o tucano José Serra, que frequenta o ringue de 2012 com o fracasso no córner.
Na outra ponta, Márcio Lacerda (PSB) e Eduardo Paes (PMDB), prefeitos de Belo Horizonte e do Rio, aparecem no ranking do Datafolha com as melhores notas: 6,4 e 6,3, respectivamente. Nada brilhante. Mas o suficiente para guindar os dois, candidatos à reeleição, ao topo das preferências.
Na capital mineira, Lacerda saboreia uma dianteira de 17 pontos percentuais sobre o antagonista Patrus Ananias, o candidato petista que Dilma Rousseff levou à raia na penúltima hora. Bom para o presidenciável do PSDB Aécio Neves, principal escora do neossocialista Lacerda. Ruim para o PT, que estava na aliança do PSB e desembarcou por medo de converter-se em azeitona na empada federal de Aécio.
Na capital fluminense, o ex-tucano Paes aparece no Datafolha como candidato a um triunfo de primeiro turno. A caminho da insignificância, PSDB e DEM ganham matéria prima para um seminário sobre o fim do mundo. Vice de Sérgio Cabral e candidato à sucessão estadual, Luiz Pezão enxerga o pezinho de Paes invadindo-lhe o território. Além do senador Lindberg Farias (PT), um aliado com cara de futuro rival, Pezão assiste em 2012 ao nascimento de um adversário doméstico para 2014.


Publicado originalmente no blog do jornalista Josias de Souza, Portal UOL.

sábado, 21 de julho de 2012

João da Costa deixará o PT e apoiará Geraldo Júlio


Não faz muito tempo que comentávamos sobre o fato de o senador Humberto Costa ter "jogado a toalha" em torno um possível apoio do atual prefeito à sua candidatura. Minimizava o episódio, mas certamente, seria importante, conforme provamos, contar com o apoio do gestor petista. Diante dos inúmeros incidantes envolvendo os petistas no Recife, certamente, essa costura seria uma das menos prováveis, mas não impossível. Cogitou-se que até Lula poderia entrar no circuito para convencer João da Costa a subir no palanque de Humberto. Hoje, vem a notícia, dada em primeira mão pela coluna do jornalista Cláudio Humberto, informando que o prefeito já estaria de malas prontas pra deixar a agremiação e apoiar o candidato do governador Eduardo Campos, Geraldo Júlio, que hoje ainda patina nas pesquisas, com índices entre 5% e 7% das intenções de voto. O apoio a Geraldo Júlio estaria dentro de acordos que asseguram a sobrevivência política do gestor municipal. Converge com as informações do Blog do Jolugue que dão conta que o prefeito herdaria parte do espólio político construído em torno da mãe do governador, Ana Arraes, que hoje encontra-se no Tribunal de Contas da União.

RIO+20 e a economia de 2020, artigo de Dla Marcondes na Carta Capital.

Rio+20 e a economia de 2020

 
Em 1973, um filme alertou para os ricos da degradação ambiental em 2020. Soylent Green, dirigido por Richard Fleisher e estrelado por Charlton Heston e Edward G. Robinson, mostrou uma megalópole com 40 milhões de pessoas em um mundo degradado e sem condições de produzir alimentos para todos. Oceanos mortos e fazendas protegidas como caixas fortes completam o cenário da trama policial para desvendar o assassinato de um alto executivo da empresa Soylent, que fabrica biscoitos com os quais as pessoas se alimentam. A trama se desenvolve ao redor do biscoito verde (Soylent Green), que dá título ao filme, mas que em português foi traduzido para “O Mundo de 2020”. Esse biscoito, de proteínas, deveria ser fabricado de algas marinhas, mas os oceanos estão morrendo e não tem mais capacidade de alimentar a humanidade…
Galeria de Andre Deak/Flickr
O cenário é de fato catastrofista. Na época de seu lançamento, com 16 anos, comecei a pensar no que seria a mundo de 2020, principalmente porque o personagem de Edward G. Robinson, que morre no filme em uma cena memorável de eutanásia (o ator morreu, de fato, duas semanas depois de terminar as filmagens), teria nascido no mesmo ano que eu, em 1956. Portanto, aquele poderia ser um olhar sobre o meu próprio futuro. Esse talvez tenha sido o principal incentivo para que me dedicasse, em minhas atividades profissionais, ao jornalismo econômico, às questões ambientais e ao desenvolvimento de um olhar sobre as possibilidades do futuro.
Quase 40 anos depois de ter assistido Soylent Green em uma sala de cinema na avenida Paulista, em São Paulo, passei um mês no Rio de Janeiro assistindo a apresentações, diálogos, debates e todo tipo de atividades na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Por mais que se diga que essa conferência rendeu poucos frutos, ninguém em sã consciência pode negar a importância das mais de 3 mil reuniões da sociedade civil e da academia, além, é claro, das reuniões de governo, para a construção de uma base de consciência para as transformações na economia global nos próximos anos.
O Mundo de 2020 ainda não chegou e há instrumentos disponíveis para que nunca chegue. O cenário de degradação ambiental irreversível e de insensatez capaz de alimentar as massas com proteína humana é tão inaceitável sob o ponto de vista ético que governos, empresas e sociedade civil devem seguir dialogando em busca de soluções. A economia de 2020 deve ser capaz de alimentar cerca de 8 bilhões de pessoas em todo o planeta e estar preparada para abrigar mais um ou dois bilhões ainda neste século.
O Mundo pós Rio+20
Existe uma certa “ressaca” de discussões, investimentos e projetos ambientais e de sustentabilidade neste pós-Rio+20. Empresas, governos e sociedade civil pagaram alto para garantir suas presenças e suas vozes nos milhares de fóruns, salas e manifestações que sacudiram o rio de Janeiro. Os próprios cariocas, anfitriões do evento, olham em perspectiva com um certo ar blasé, como quem abriu as portas aos convidados, mas não participou da festa.
Por todo lado se fortalece a tendência do derrotismo de argumento fácil, de que nada aconteceu de importante, que nada se decidiu de relevante e de que tudo não passou de um gigantesco palco para um dramalhão protagonizado por toda a humanidade. Essas bobagens estão por trás de manchetes de jornais e revistas escritas por pessoas que não querem se dar ao trabalho de analisar os fatos.
Os fatos mostram avanços e perspectivas de continuidade nos trabalhos que não podem ser ignorados. As maiores cidades do mundo, reunidas no C40, se comprometeram a investir em uma economia de baixo carbono e em mobilidade mais sustentável para seus habitantes; Até 2014 o mundo terá uma outra métrica de desenvolvimento que deverá ser expressa nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que vão substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; empresas por todos os países estão buscando melhorar suas performances em sustentabilidade e as bolsas de valores, como a BM&FBovespa, estão cobrando de seus associados que façam relatórios de sustentabilidade; pela primeira vez os Oceanos estiveram no centro de uma conferência deste porte e a biodiversidade ganhou um destaque inédito nos debates sobre desenvolvimento.
No entanto, apregoar o fracasso e seguir fazendo como sempre é muito mais fácil.
No Brasil os debates sobre o modelo elétrico, a exploração e uso do pré-sal, a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e os modelos urbanos estão na pauta da mídia, das empresas, dos movimentos sociais e do governo.
A grande dilema para a transformação do modelo econômico não é porque faltam alternativas, mas sim porque a resiliência do atual modelo é muito forte. É mais fácil dizer e até mesmo acreditar que não há alternativa, do que arregaçar as mangas e trabalhar em diversos caminhos que estão ai propostos para empresas e governos.
A Economia da 2020
A Economia de 2020 não será fácil de se compreender e soluções únicas não servem mais a todos. O poder local deve ganhar não apenas força, mas competência para gerir questões relacionadas ao desenvolvimento local e à criação de cadeias de valor capazes de identificar a aproveitar potencialidades únicas.
Grandes empresas devem abandonar a atitude imperial diante de seus fornecedores, empregados e clientes e passarão a compreender seu papel enquanto gestoras de redes de relacionamento capazes de criar valor em todas as suas pontas através de modelos de negócios muito mais livres e transparentes.
O mundo do século XXI é tão diferente do modo de vida do século XX, como aquele foi de seu antecessor, o século XIX. Mas estas diferenças somente são percebidas em perspectiva. Por exemplo, um cidadão em 1912 pouca diferença veria entre seu modo de vida naquele momento e o que havia vinte anos antes, em 1892. Então vejamos: em 1912 a indústria do petróleo se firmou como uma das principais atividades econômicas do século XX, assim como a indústria automobilística, que lançou as bases de uma das mais impactantes transformações da economia mundial. O petróleo praticamente arrancou a humanidade de rincões da idade média e a lançou na era espacial. Em 1912 essa revolução não era perceptível no cotidiano das pessoas. Em 1892 qualquer um que pensasse em abandonar a criação de cavalos para charretes para investir em motores a combustão seria classificado como imprudente.
Entre 1992 e 2012 dois saltos tecnológicos foram dados pela humanidade, o primeiro no campo das comunicações, com a entrada em cena da internet, da telefonia celular e de suas ramificações por cabo, wireless e satélites. A segunda, acoplada à primeira, assim como os automóveis e o petróleo também se desenvolveram de forma simbiótica, é a indústria da informática, com seus computadores cada vez mais potentes e portáteis. Capacidade de computação, de armazenamento e de processamento de dados aliado à interconectividade universal são as sementes de uma economia mais inteligente no século XXI. Uma que ainda está em gestação.
A aqueles que acham que o tempo entre 2012 e 2020 é curto demais para grandes mudanças, vale lembrar que em 1912 o mundo vivia a chamada Belle Époque , com sua aristocracia boêmia e seus sonhos românticos. Em 1914 o mundo entrou na 1ª Guerra Mundial, que até 1918 deixou 19 milhões de mortos e um novo mapa geopolítico na Europa. As décadas seguintes foram absolutamente imprevisíveis sob o ponto de vista civilizatório, mas revolucionárias sob a ótica do desenvolvimento tecnológico.
A 1ª Guerra Mundial marcou o fim dos impérios do século XIX, como a Alemanha do Kaiser, o Império Austro-húngaro e o império Turco-Otomano. O Império Britânico ainda levou alguns anos definhando. A crise financeira deste início de século XXI pode estar marcando o início de uma nova geopolítica global, com o fim da hegemonia dos herdeiros da 2ª Guerra Mundial e o início de uma economia menos focada no lucro financeiro de bancos e mais alicerçada na produção de bens e serviços essenciais para oferecer qualidade de vida a 9 bilhões de pessoas. As atuais economias emergentes estão mais focadas na produção de commodities minerais e agrícolas e na oferta de produtos industrializados e serviços do que em uma roda viva financeira.
As tecnologias emergentes nesse início de século fazem apostar em uma economia baseada no valor do conhecimento, da ciência e no entretenimento, em detrimento à economia da especulação financeira do final do século XX.
Marcar o ano de 2020 no horizonte pode dar um excelente ponto de inflexão para um planejamento de onde queremos ir e, quando chegarmos lá, avaliarmos a trajetória e os resultados. Em uma comparação com os carros, os modelos de 1912 eram toscos, pouco mais do que carroças com motores, enquanto em 1920 havia veículos que superavam os 100 quilômetros por hora e já começavam a sofisticar em confortos.
Podemos não saber exatamente como será a economia de 2020, mas de uma coisa já se tem certeza, ela não pode imitar a arte em devastação ambiental, promiscuidade social e ignomínia econômica. (Envolverde)

Acende a luz amarela no comitê de Geraldo Júlio.


Formou-se uma grande expectativa em torno dos resultados da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha sobre as eleições municipais de 2012, inclusive no Recife. Alguns aspectos estavam em jogo. Primeiro, a grande credibilidade do Instituto, com atuação nacional e com vários anos de experiência, o que lhes confere um grande respeito. Some-se a isso, apesar das críticas dos candidatos desfavorecidos em seus levantamentos, um número expressivo de acertos nas últimas eleições. As duas últimas pesquisas de intenção de votos nas eleições do Recife foram realizadas por institutos ainda não consolidados no mercado, o Instituto Opinião, de Campina Grande, e o Instituto Maurício de Nassau. O resultado da pesquisa realizado pelo Datafolha, porém, apenas confirmam os dados antes apresentados pelos demais institutos, apresentando uma ligeira diferença que pode, perfeitamente, ser enquadrada na margem de erro. É exatamente essa convergência nos resultados que deixam alguns candidatos, caso de Humberto e Mendonça, satisfeitos, mas começam a preocupar o comitê de campanha de Geraldo Júlio. Pode ser um equívoco imaginar que ele está crescendo. Pelos levantamentos do Instituto Opinião, por exemplo, ele aparece com 5% das intenções de voto. No Datafolha, 7%, o que pode significar uma “estabilização”. Muito mais do que os resultados terem sido apresentados por este ou aquele Instituto, no momento, o que nos parece mais importante é verificar a convergência dos números apresentados – bastante semelhantes – e, sobretudo, o fato de que isso faz parte de uma “série” de pesquisas, realizados com intervalos regulares, o que pode antever uma tendência. Neste sentido, convém o comitê de Geraldo Júlio acender a luz amarela ficar de olhos bem abertos ao semáforo das próximas pesquisas. Ou, para dirimir qualquer dúvida ou evitar surpresas desagradáveis, contratar o Núcleo de Estudos Eleitorais e Partidários da UFPE. Nada que provoque uma preocupação demasiada, mas que exige um monitoramento sistemático e, quiçá, mudanças nas estratégias. Capacidade de trabalho o candidato tem demais. Comenta-se que, recentemente, num único dia, dedicou 21 horas à campanha. Nesse ritmo e bem assessorado, ele reverte qualquer quadro.

Datafolha: Celso Russomanno e José Serra tecnicamente empatados.


A última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, em São Paulo, aponta um empate técnico entre os candidatos José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRTB). Serra ostenta 30% das intenções de voto, enquanto Celso mantém índices de 26% o que, considerando-se a margem de erro, o coloca como tecnicamente empatado com Serra, numa ascendência surpreendente. O candidato do PT, Fernando Haddad, obteve 7% das intenções de voto. Rifado por Maluf, Celso foi se abrigar no PRTB, partido que viabilizou sua candidatura. Sempre se apresentou bem nas pesquisas, desde o início. Maluf foi ao balcão negociar o apoio do PP a outro candidato. Depois de procurar alguns partidos, firmou, no final, uma aliança polêmica com o PT, onde houve espaço até para a famosa sessão de fotos que causa dor de cabeça em Lula até hoje. Celso faz um estilo popular e, em princípio, não acreditamos que ele mantenha esses percentuais até a reta final. Por outro lado, as taxas de rejeição do candidato Serra são surpreendentes: 39% do eleitorado declara que não votaria nele de jeito nenhum. Até o momento, o candidato do PT continua com um desempenho preocupante. São Paulo, que já elegeu Jânio Quadros, pode muito bem colocar um tipo Celso no Edifício Matarazzo.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A estrela sobe: Mercandante pode assumir as Relações Exteriores.

Derrotado em São Paulo,nas eleições de 2010, todos sabiam que o Ministro Aloizio Marcadante gostaria de ter ocupado o cargo para o qual foi nomeado Fernando Haddad. Foi contemplado com o Ministério da Ciência e Tecnologia, onde tornou-se um gestor sem qualquer "tesão" pelo cargo. Não foram poucos os momentos em que discutimos isso pelas redes sociais, sobretudo pelo microblog Twitter. Quando Dilma o nomeou para a Educação, pensamos, de imediato, que agora ele poderia se sentir confortável no cargo, uma antiga aspiração sua. Não seria possível superar o legado de Ferrnando Haddad, um dos melhores ministros da Educação dos últimos governos. Pensamos, inclusive, que foi um erro tirá-lo do cargo para embarcar nesse aventura em que está se transformando as eleições paulistas. Não se esperasse, portanto, uma gestão excepcional de Aloizio naquele ministério. Em todo caso, ele estava se saindo bem na regência da orquestra, cujos instrumentos já haviam sidos afinados por Haddad. Um outro fator relevante é que ele gosta do cargo. Não se sabe por qual das quantas, a presidente Dilma Rousseff pretende afastar Antonio Patriota do Ministério das Relações Exteriores e nomear Mercadante para o cargo. Há aí, dois fatores e um equívoco. O primeiro dele diz respeito a insatisfação com a atuação de Antonio Patriota, por diversas vezes comentada aqui no Blog do Jolugue. O outro fator é a ascendência do prestígio de Mercadante no Planalto, levando Dilma a escolhê-lo como um dos ministros articuladores de seu projeto de reeleição. O erro seria tirá-lo da pasta, antes que ele resolvesse o impasse da greve dos professores universitários, algo que já vem causando alguns estragos à candidatura de Haddad em São Paulo.

Eleições do Recife: Comunista reclama da cobertura da imprensa burguesa e Mendonça Filho faz uma opção preferencial pelos pobres.


Realmente, as eleiçõe do Recife estão nos revelando alguns surpresas curiosas. O candidado comunista, Roberto Numeriano, através de um artigo - inclusive reproduzido aqui no Blog do Jolugue - reclamou da cobertura da imprensa sobre as eleições. No próprio artigo, Numeriano enfatiza que falava não como candidato, mas como professor de jornalismo. Em síntese, cobrava mais espaço na chamada "mídia burguesa". Logo em seguida, através dos jornais, o candidato dos Democratas, que sempre esteve vinculado aos interesses do capital, faz uma repentina conversão e declara sua opção preferencial pelos pobres. Mendonça pertence a uma estirpe de políticos de origem conservadora, com atuação no Agreste do Estado. Atores políticos como Marco Maciel e Gustavo Krause estiveram presentes ao lançamento de sua candidatura. Gustavo, inclusive, como sempre, nessas ocasiões, assume o papel de ideólogo dos candidatos democratas, como ocorreu nas eleições de 2010, quando esteve envolvido com o projeto derrotado de Marco Maciel. O candidato do PT, Humberto Costa, por sua vez, passou a desdenhar do apoio do prefeito João da Costa. Seria interessante que os marqueteiros do candidato o informasse que não há como o PT "livrar-se" de João da Costa. Em última análise, melhor que ele estivesse no seu palanque, uma vez que o senador tem insistido que defenderá o legado do PT no Recife. Concretamente falando, não há mais como unir esses dois grupos, dado o grau de animosidade e agressões a que chegaram. Ao escolher o seu staff de campanha, Humberto sequer tomou o cuidado de construir algumas "pontes" com o grupo do prefeito. Ainda é cedo para avaliar o desempenho de Geraldo Júlio, mas, seus números anêmicos da largada levaram alguns analistas a especularem sobre, quem sabe, uma aposta equivocada do governador Eduardo Campos, sobretudo em relação ao "custo Geraldo". Não acreditamos nessa hipótese. Em todo caso, são fatos que evidenciam curiosidades inusitadas sobre as eleições do Recife. Nesse ritmo, novas surpresas nos aguardam.   


















Coordenador da campanha de Haddad classifica protesto tucano com fascista.

O coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) na disputa da prefeitura de São Paulo, o vereador petista Antonio Donato, classificou de fascista o protesto promovido por manifestantes ligados a movimentos jovens do PSDB que, sem se identificar, criticaram Haddad, na última quarta-feira, por conta da greve nas universidades federais do país, que estão paralisadas há cerca de dois meses.

"Lamentável o comportamento de militantes do PSDB que, sem se identificar, tentaram interromper atividade da campanha que o candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, fez no bairro do Brás na quarta-feira. Usando de um expediente tipicamente fascista, quatro jovens tucanos passaram-se por estudantes para protestar contra a greve nas universidades federais, como se estivessem mesmo preocupados com esta paralisação", afirmou Donato em uma nota publicada no site do diretório municipal da legenda.
Além das críticas aos estudantes, Donato fez críticas também ao PSDB, do candidato José Serra, principal adversário de Haddad, como o próprio candidato o classificou em entrevista a Terra Magazine nesta quinta-feira.
"A atitude dos quatro tucanos mostra a verdadeira face do PSDB, partido que abusa do discurso em favor da democracia, mas que na prática age com intolerância e desrespeito contra os adversários. O episódio é um alerta de que o PSDB está disposto a usar de qualquer expediente para favorecer seu candidato na eleição para a Prefeitura de São Paulo."
Protesto
Na última quarta-feira, quatro estudantes abordaram Haddad, que fazia campanha na região do Brás, no centro de São Paulo, e protestaram contra a paralisação das universidades federais, responsabilidade de Haddad enquanto ministro da Educação. Apesar de não se identificarem, os manifestantes são membros da Juventude do PSDB.
Nesta quinta-feira, em campanha pelo bairro de Perus, Haddad classificou a situação como um "embaraço artificial". "Não saímos à rua com temor, mas desde que isso seja espontâneo. Assim como não quero ninguém organizado para elogiar, eu não considero adequado os nossos adversários se organizarem para criar embaraços artificiais. Vamos manter o alto nível de campanha sem esse expediente que não serve à democracia. Se isso está confirmado é de se lamentar", afirmou.
Procurados pelo Terra, tanto o diretório municipal do PSDB quanto a campanha de José Serra não quiseram comentar as declarações de Donato.
O presidente da Juventude Municipal do PSDB em São Paulo, Breno Siviero, confirmou a participação de pessoas ligadas ao partido na manifestação. Contudo, segundo Breno, a legenda não tem nenhuma participação com os acontecimentos, e não pode controlar nem impedir as manifestações de seus membros.
"Não houve conhecimento prévio nem aval da Juventude, do diretório, nem da campanha (de José Serra). Buscamos seguir na campanha a proposta feita pelo Serra, de discutir propostas, ideias, de fazer uma campanha propositiva. Esse foi um fato isolado", afirmou Siviero em entrevista ao Terra.
Segundo o tucano, a atitude foi desaprovada pelo partido, por não combinar com o perfil do PSDB. "Não tem a cara do PSDB. Queremos discutir ideias, propostas, não partir para tumultos, acusações, factóides", afirmou.
    Terra

    quinta-feira, 19 de julho de 2012

    Bananeiras abre a Rota Cultural Caminhos do Frio.

     
     
     
     
    Chegou a hora de vestir o agasalho, subir a serra e desfrutar da rota cultural 'Caminhos do Frio' que começa nesta segunda-feira(23) na cidade de Bananeiras. O projeto leva na bagagem shows, teatro, dança, cinema, poesia, literatura, artesanato, gastrononomia, oficinas, exposições, trilhas, ecoturismo e visita aos engenhos. A sétima edição do roteiro parte de Bananeiras e depois segue para as cidades de Serraria, Pilões, Areia, Alagoa Grande, e encerra no dia 02 de setembro em Alagoa Nova.

    Entre julho e agosto, essas cidades serranas chegam a registrar temperaturas de até 12°. Durante a temporada a região do Brejo paraibano deverá receber a visita de cerca de 30 mil turistas. Além de divulgar a cultura da região, o intuito do projeto também é lançar novos artistas e dinamizar a economia local. 'Caminhos do Frio' é praticamente a única rota turística do Estado e já é conhecida internacionalmente. A expectativa do Fórum do Turismo Sustentável do Brejo da Paraíba é que cerca de R$ 1,5 milhões sejam movimentados durante os 42 dias do evento.

    Bananeiras, a quase 30 km dali e a 552 metros sobre o nível do mar, é o primeiro destino que merece uma visita. Esse município de passado colonial, recortado por ladeiras e sobrados do século 19, foi o maior produtor de café de toda a Paraíba e abriga um casario com 80 construções catalogadas pelo IPHAEP.

    A região abriga também o histórico engenho Goiamunduba que, desde 1877 produz a cachaça Rainha. A cidade ainda conta com outras construções históricas como um túnel de trem de 1922 e um cruzeiro do final do século 19 localizado a 507 metros de altura, além da Cachoeira do Roncador, uma queda d’água de 45 metros.