pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Secretário de Eduardo Campos deixa o cargo após "justificar" estupros por PMs.

Secretário de Eduardo Campos deixa o cargo após 'justificar' estupros por PMs


REYNALDO TUROLLO JR.

DO RECIFE
Ouvir o texto
O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, deixou o cargo nesta quinta-feira (19), após repercussão negativa de entrevista ao "Jornal do Commercio", do Recife.Entrevistado pelo jornal sobre denúncias de abusos sexuais praticados por policiais, o secretário, que soma 30 anos de carreira nas polícias Civil e Federal, disse que "desvio de conduta tem em todo lugar" e que "mulher gosta de farda".
"Desvio de conduta a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? Lógico que a homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional. Então, em todo lugar tem alguma coisa errada, e a polícia... né? A linha em que a polícia anda, ela é muito tênue, não é?", afirmou o secretário ao jornal.
Em outro momento da entrevista, o secretário diz que "mulher gosta de farda".
"Elas às vezes até se acham porque estão com policial. O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil. Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negócio. Eu sou policial federal, feio para c..., a gente ia para Floresta [cidade do sertão] para esses lugares. Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas. Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Para ela é o máximo tá [sic] dando para um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido", disse.
A repórter, sem citar casos concretos, perguntara ao secretário se há na ouvidoria da Policia Militar do Estado apuração de queixas contra supostos abusos sexuais por parte de policiais.
As declarações motivaram repúdio de entidades da sociedade civil e da oposição.
O OmbudsPE, observatório da mídia do Centro de Cultura Luiz Freire, em Olinda, publicou nota de entidades de direitos humanos e movimentos sociais criticando o secretário, pedindo sua saída e chamando as declarações de machistas e homofóbicas. "O machismo institucional impregnado nas palavras do secretário é o mesmo que está presente na atuação da polícia. Assim, é conivente e legitima estupros, espancamentos e abusos cometidos por policiais nas noites do Recife", diz o texto.
Líder da oposição, o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) classificou a entrevista como "quase inacreditável" e cobrou um pedido de desculpas. "Uma pérola de puro besteirol e desrespeito', disse.
Em nota em que anunciou a saída do governo, Damázio disse que as declarações não representam seu "pensamento nem visão do mundo". Disse que falou "em tom de brincadeira de conversações informais", durante intervalos da entrevista, e reconhece o uso de termos "inapropriados e inadequados".
No começo da noite, o governo de Pernambuco informou que o governador Eduardo Campos (PSB) aceitou o pedido de demissão e designou o secretário-executivo da pasta, Alessandro Carvalho, para responder pela secretaria.
Divulgação
Wilson Damázio: 'Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negócio
Wilson Damázio: 'Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negócio'
Leia abaixo a nota do ex-secretário:
Eu, Wilson Damázio, secretário de Defesa Social, com relação às declarações a mim atribuídas em reportagem do caderno Cidades do Jornal do Commercio de hoje, dirijo-me à sociedade pernambucana para declarar que as mesmas não constituem meu pensamento nem minha visão do mundo, razão pela qual repilo os termos e peço desculpas a todos aqueles que porventura tenham se sentido ofendidos.
Esclareço ainda que a entrevista que embasou a reportagem foi interrompida em vários momentos, como a própria autora relata, permitindo o desenvolvimento, nesses intervalos, de conversações informais, em tom de brincadeira e termos que, reconheço, foram inapropriados e inadequados.
Reafirmo, por fim, que se as palavras, como é fato, não representam minhas ideias nem minha história de vida, muito menos ainda, podem ser confundidas com as políticas desenvolvidas pelo governo do Estado que vem revolucionando a segurança pública no Brasil com transparências, práticas cidadãs além de total e absoluta intolerância com qualquer conduta contrária aos direitos humanos, à liberdade de expressão e à proteção dos direitos individuais da pessoa humana.
Para proteger o governo e o seu legado, informo que já coloquei o cargo à disposição do governador Eduardo Campos.
Recife, 19 de dezembro de 2013
Wilson Damázio

(Publicado originalmente na Folha de São Paulo)

Tijolaço do Jolugue: Não adianta estrebuchar, tucanos. O Bolsa Família é a cara do Lula.



Pelo andar da carruagem política, além de demitir o antropólogo e dublê de publicitário, o PSDB está precisando mesmo é contratar um psicanalista. Os tucanos apresentam os mesmos problemas da campanha de 2010, quando José Serra ficou dando voltas, sem sair do lugar. Naquele ano, os tucanos tergiversavam sobre um tema caro, o das priovatizações. Nas eleições de 2014, certamente, o motivo das dúvidas será o Bolsa Família. Na oposição, até bem pouco tempo, os tucanos consideravam o programa equivocado, uma espécie de "bolsa esmola". Cientes que seria bastante complicado explicar isso aos eleitores, passaram a adotar uma outra postura, propondo transformá-lo numa política de Estado e não apenas de Governo, antecipando-se às possíveis especulações em torno do seu fim. Agora Aécio Neves passou a elogiar o programa, numa clara demonstração de captulações aos seus efeitos eleitorais. Esse, possivelmente, será o mote que os tucanos deverão usar em relação ao programa. Dilma Rousseff aproveitou a deixa para tirar uma casquinha, o que deixou Aécio bastante irritado. Os tucanos passaram a divulgar pelas redes sociais um vídeo antigo, onde Luiz Inácio Lula da Silva faz algumas declarações sobre os programas de transferência de renda ainda da era Fernando Henrique Cardozo, utilizados como moeda de troca eleitoral. O vídeo é real. Lula era muito jovem. Amadureceu bastante e, possivelmente, mudaria o seu conceito sobre o tema. O que os tucanos não conseguem passar para a população é credibilidade sobre o assunto. O Bolsa Família foi criado numa prefeitura administrada à época pelo PSDB, Campinas. Fernando Henrique era presidente e nada fez para ampliá-lo. Quando assumiu a presidência, Lula, agregou a experiência do Bolsa Escola, desenvolvido pelo Governo de Cristovam Buarque, no Distrito Federal, juntamente com outras experiências tucanas no Governo Federal, e criou aquele que seria o maior programa de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família. Não adiante estrebuchar, tucanos, o Bolsa Família é a cara do Lula.

Tijolaço do Jolugue: As declarações infelizes do secretário Wilson Damázio

Num dos nossos últimos posts, comentantamos sobre as duas séries de reportagens que os dois maiores jornais locais publicaram em homenagem aos 80 anos do livro Casa Grande & Senzala, escrito por Gilberto Freyre. O Diário de Pernambuco, digamos assim, foi mais conservador, ouvindo apenas acadêmicos e, mesmo assim, identificados com o pensamento do autor. O Jornal do Commércio tomou o cuidado de confrontar as ideias do mestre de Apipucos com o cotidiano de mulheres negras exploradas sexualmente nas ruas do Recife, apontando a triste "atualidade" do livro. Pois bem. Resolveram entrevistar o Secretário de Defesa Social do Estado, Wilson Damázio, um membro graduado da Polícia Federal. Ele não poderia ter sido mais infeliz. No contexto da reportagem subentende-se que havia o desejo da repórter em saber as providências que a secretaria estaria tomando contra as denúncias de exploração de adolescentes por policiais em serviço Foi aqui que o secretário se perdeu, ao fazer declarações infelizes, de cunho pessoal, sem as ponderações necessárias, expondo as mazelas da corporação em relação ao problema. Faltou aquele "equilíbrio" exigido dos homens públicos, investidos de suas funções e atribuições. Está repercutindo muito mal pelas redes sociais, com várias entidades se manifestando sobre suas declarações. Onde estava sua assessoria nessa hora?

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Tijolaço do Jolugue: Caruaru: Metade dos vereadores envolvidos em maracutaias

Dez vereadores teriam sido presos na Princesa do Agreste, acusados de corrupção. De acordo com as últimas informações, já teriam sido ouvidos e encaminhados ao presídio. Um percentual altíssimo, se considerarmos o número de vereadores do Legislativo Municipal, algo em torno de 23 representantes do povo. Praticamente a metade está sendo acusado de envolvimento em maracutaias que, segundo dizem, respingam no Executivo Municipal, compondo uma complexa rede de uso indevido de recursos públicos. Trata-se, na realidade, pelas  primeiras informações, de um mensalinho. Ainda no dia de ontem, ao comentar sobre um possível Plano Diretor para o município de Paulista, um internauta nos sugeriu o que o tal Plano Diretor do município havia sido modificado por um prefeito para atender às exigências de especulação imobiliária de um determinado grupo. São por essas e outras razões que a gente acaba perdendo as esperanças no país.

Tijolaço do Jolugue: Serra para Deputado Federal.

As circunstâncias políticas podem até levar Serra a compreender a necessidade de abdicar de seu projeto presidencial, afastando-se da possibilidade de disputar a vaga pela indicação no ninho tucano. Pelas redes sociais, sinalizou algo neste sentido, levantando a hipótese de uma candidatura a Deputado Federal. É difícil dizer que se trata de um recuo estratégico. Talvez, de fato, ele esteja considerando essa possibilidade. Poderia ser uma forma de cuidar de sua campanha e envolver-se o mínimo possível com o projeto do senador mineiro, de quem ele nunca gostou. Só não se espere de Serra duas coisas: desistir em definitivo de tornar-se Presidente da República ou engajar-se na candidatura do senador Aécio Neves. Essas, sim, hipóteses fora de propósito.

Tijolaço do Jolugue: Mercado aquecido entre os marqueteiros

Há mais de um ano das eleições de 2014, o mercado dos marqueteiros está bastante aquecido. O Planalto parece bem resolvido quanto a essa questão, mas está de olho na movimentação dos adversários Aécio Neves e Eduardo Campos. Até recentemente, o sanador mineiro demitiu o antropólogo - isso mesmo - e publicitário Renato Pereira de sua equipe, fato que teria sido comemorado pelos tucanos, mas observado com reservas pelo Planalto, que não gostava de sua linha mais moderada. Antes mesmo de demitir Renato, especula-se que os tucanos já estavam sondando a possibilidade do nome de Duda Mendonça para compor a equipe. Nada confirmado, por enquanto. Em tese, o governador Eduardo Campos já teria sua equipe montada, mas especula-se que poderia entabular negociações com Renato Pereira. Eduardo talvez tenha sido um dos primeiros a apresentar sua equipe. Quem não se lembra? Há um conhecido especialista em pesquisas e um argentino, que o acompanha desde 2006. Pelo andar da carruagem política, o que que se presume é que o staff de Eduardo Campos ainda não teria sido fechado. Vamos aguardar as novidades. João Santana, marqueteiro oficial do Planalto, já travou um embate com Renato Pereira na Venezuela. Santana ganhou.

Tijolaço do Jolugue: Dilma e Eduardo: C,erimônia do adeus.

Ontem, durante a cerimônia em SUAPE, o Planalto fez questão de sacramentar o distanciamento da presidente Dilma Rousseff em relação ao governador Eduardo Campos. Até o cerimonial foi propositadamente organizado para que ele ficasse por traz da presidente e não numa situação de equilíbrio, ou seja, ao seu lado, conforme o Painel da Folha de São Paulo. Nos discursos, isso também ficaria muito evidente, com Dilma enfatizando que os recursos vieram de Brasília, do seu Governo, enquanto Eduardo lembrava o caráter republicano dos recursos e a capacidade técnica de sua equipe em elaborar bons projetos. Momento houve em que o governador evitou até mesmo aquela conversa de pé-de-ouvido com os auxiliares da presidente. Isso ainda vai render muito pano para as mangas, uma vez que ambos, como candidatos, disputam votos no mesmo reduto eleitoral. Eduardo sabe que esse discurso republicano não surtirá muito efeito junto ao eleitorado. Terá que mudá-lo e apresentar para a população o porte-fólio de obras estaduais, de preferência com recursos próprios, além de projetar um plano de investimentos em políticas regionais capaz de galvanizar a atenção da população. A presença da economista Tânia Bacelar em sua equipe é um indício de que, possivelmente, retomaremos o debate sobre políticas regionais. O Planalto também sabe que as eleições poderão ser decididas na região Nordeste. Não pretendem perder o controle da situação. Há perspectivas de novos investimentos federais na região, inclusive em Pernambuco. Já houve um tempo em que a presença do casal presidencial, em Pernambuco, era marcada por muita festividade, regada às orgias gastronômicas servida na casa de Dois Irmãos. Esses tempos chegaram ao fim. A paleta de cordeiro, o camarão na moranga, o bolo de rolo, a rapadura, o sorvete de tapioca são coisas do passado. Estamos em plena cerimônia de adeus, coisa que alguns petistas ainda insistem em não acreditar.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Pensamento Brasileiro, por Wladimir Safatle

No último domingo, o Instituto Datafolha publicou uma pesquisa a respeito do posicionamento ideológico dos brasileiros. Essa não foi a primeira vez que pesquisas dessa natureza foram feitas pelo instituto, mas foi a primeira vez que questões econômicas ligadas à função do Estado, às leis trabalhistas e à importância de financiar serviços públicos apareceram. O resultado foi simplesmente surpreendente.
Se você ler os cadernos de economia dos jornais e ouvir comentaristas econômicos na televisão e no rádio, encontrará necessariamente o mesmo mantra: os impostos brasileiros são insuportavelmente altos, as leis trabalhistas apenas encarecem os custos e, quanto mais o Estado se afastar da regulação da economia, melhor. Durante décadas foi praticamente só isso o que ouvimos dos ditos “analistas” econômicos deste país.
No entanto décadas de discurso único no campo econômico foram incapazes de fazer 47% dos brasileiros deixarem de acreditar que uma boa sociedade é aquela na qual o Estado tem condição de oferecer o máximo de serviços e benefícios públicos.
Da mesma forma, 54% associam leis trabalhistas mais à defesa dos trabalhadores do que aos empecilhos para as empresas crescerem, e 70% acham que o Estado deveria ser o principal responsável pelo crescimento do Brasil.
Agora, a pergunta que não quer calar é a seguinte: por que tais pessoas praticamente não têm voz na imprensa econômica deste país? Por que elas são tão sub-representadas na dita esfera pública?
A pesquisa ainda demonstra que, do ponto de vista dos costumes, os eleitores brasileiros não se diferenciam muito de um perfil conservador. O que deixa claro como suas escolhas eleitorais são eminentemente marcadas por posições ideológicas no campo econômico. Uma razão a mais para que tais posições possam ter maior visibilidade e estar em pé de igualdade com as posições econômicas liberais hegemônicas na imprensa brasileira.
É claro que haverá os que virão com a velha explicação ressentida: o país ama o Estado devido à “herança patrimonialista ibérica” e à falta de empreendedorismo congênita de seu povo. Essa é a velha forma de travestir egoísmo social ressentido e preconceituoso com roupas de bricolagem histórica.
Na verdade, o povo brasileiro sabe muito bem a importância da solidariedade social construída por meio da fiscalidade e da tributação dos mais ricos, assim como é cônscio da importância do fortalecimento da capacidade de intervenção do Estado e da defesa do bem comum. Só quem não sabe disso são nossos analistas econômicos, com suas consultorias milionárias pagas pelo sistema financeiro.

Tijolaço do Jolugue: Em SUAPE, Dilma refuta acusações de Eduardo Campos.

Eduardo Campos pretende disputar com Dilma Rousseff os votos dos nordestinos. É natural que seja assim. Afinal, é aqui que se concentra o seu principal reduto eleitoral, daí o estímulo do senador Aécio Neves ao seu nome, numa estratégia que objetiva enfraquecer Dilma Rousseff. Outro dia um passarinho nos contou que a economista Tânia Bacelar - que compõe o seu staff - estaria fazendo um levantamento sobre os investimentos do Governo Federal na região, municiando o candidato com números que subsidiem as suas críticas a esse respeito. Hoje, no Porto de SUAPE, eles tiveram o primeiro entrevero. Ao sentir a estocada, Dilma Rousseff foi contundente no que concerne às preocupações do Governo com a região Nordeste, refutando as insinuações do governador. É uma briga que promete. Vamos aguardar os próximos rounds, mas os investimentos federais em SUAPE - como afirma a presidente - desmentem as críticas apontadas pelo agora adversário. E vem chumbo-grosso por aí. Pay attention, Dudu!

Aconteceu: Arraes ensina Manuel Correia de Andrade a fazer política.

Aconteceu: Arraes ensina Manuel Correia de Andrade a fazer política.

Em entrevistas concedidas ao autor deste Blog, ainda quando dirigia o CEHIBRA/FUNDAJ, o geógrafo Manuel Correia de Andrade, após discorrer sobre o cenário político da década de 80 em Pernambuco, entre uma conversa e outra, falou-nos sobre a sua experiência no Governo Arraes. Autor de uma vasta produção acadêmica sobre os problemas fundiários da região Nordeste - alguns desses trabalhos, como A Terra e o Homem no Nordeste, escrito a pedido de Caio Prado Júnior, tornaram-se clássicos - suas reflexões fizeram Miguel Arraes convidá-lo ao Palácio do Campo das Princesas para colaborar com o seu Governo. Politicamente, Manuel Correia sempre fora ligado ao MDB, o que não deixa de ser um dado importante, numa época em que esse partido representava a oposição consentida. Manuel Correia de Andrade sempre foi um homem muito conciliador, de diálogo fácil, embora admitisse a ausência de traquejo político. No diálogo com Arraes, Manuel alegou que não tinha experiência administrativa e não gostava da ideia de negociações com os políticos.Velha raposa, Arraes o convenceu, dizendo apenas o seguinte: Quando os políticos se dirigirem à sua sala e você precisar negar algum pleito, negue, mas ofereça um cafezinho. Essa sessão está incluída na reformulação do blog, que terá sua cara renovada no próximo ano. 

Tijolaço do Jolugue: Dudu, o novo queridinho de Dilma Rousseff

Ele já andou afirmando que o seu compromisso com Dilma Rousseff é com o seu projeto de reeleição, o que o deixaria muito à vontade para fechar acordos na província que não estejam, necessariamente, atrelados ao PT local. O Deputado Eduardo da Fonte tem se notabilizado por ser um político de muita independência. Já andou às turras com o Palácio do Campo das Princesas, mas mantém bases consolidadas no interior, o que lhes garante excelentes votações. Caiu nas graças do PT quando, reproduzindo o que estava ocorrendo em São Paulo, quando Paulo Maluf apoiou Haddad, emprestou solidariedade à campanha de Humberto Costa no Recife. Hoje, sem nenhuma dúvida, é um dos trunfos do Planalto no Estado. Dilma, que não é muito afeita e esse meio de campo, liga para ele com certa frequência, tratando-o sempre como "Dudu". A Eduardo, depois das indisposições, dizem as vozes da coxia, o tratamento dispensado é "aquele galeguinho".

Tijolaço do Jolugue: Dilma em Pernambuco. O confronto inevitável com Eduardo Campos.

No dia de hoje, Dilma e Eduardo Campos, como se diz na região, deverão emendar os bigodes, tanto do ponto de vista pessoal, como o do ponto de vista dos projetos de nação que cada um representa. Pernambuco vem adotando uma política de "Polos de Desenvolvimento" - na ausência de um nome mais apropriado - ou nichos de competitividade, onde estão concentrados os maiores investimentos do Estado. SUAPE e Goiana são exemplos do que acabamos de falar. Não é algo novo. Países como a China, por exemplo, adota política semelhante. Como afirma Michel Zaidan, são verdadeiros enclaves autônomos, com jurisdição própria. O fundamental a ser observado é que a população que vive em seu entorno, não necessariamente, é beneficiária desses investimentos, permanecendo em sua condição precária, sem assistência a saúde, a uma educação decente, a inclusão produtiva etc. Naqueles polos os investimentos são facilitados, há um programa arrojado de isenção fiscal, os danos ao meio-ambiente são minimizados, acordos de natureza não necessariamente republicanos são celebrados, envolvendo o capital internacional. Concretizados esses acordos e findo o prazo dos investimentos ( ou exploração?), os problemas sociais e ambientais se avolumam e essas zonas são entregues à própria sorte, ficando a mercê dos municípios onde estão localizadas geograficamente, que não reúnem condições de propor soluções estruturadoras para o problema, como alerta o professor Michel Zaidan Filho, em artigo publicado em nosso blog. Claramente, SUAPE começa a enfrentar esse problema, com a perspectiva de desligamento de um número expressivo de funcionários, danos ambientais irreparáveis, alto índice de prostituição infantil, etc. Um tremendo abacaxi a ser descascado. Hoje o prefeito de Ipojuca teria sido vaiado em razão dos problemas de mobilidade local, evidenciado o que o professor vem alertando. Em Goiana, a situação não é tão diferente assim. Já existe um alto índice de prostituição infantil - que tende a agravar-se -, o impacto ambiental desses investimentos já estão sendo apontados por estudiosos do assunto, que já prevêem ataques de tubarões nas praias do litoral sul da Paraíba. Até recentemente, uma empresa responsável por investimentos pesqueiros, desmatou manguezais e causou sérios danos na cadeia de sobrevivência da comunidade quilombola de São Lourenço, com a instalação de uma fazenda de criação de camarão em cativeiro. Nem os crustáceos, fonte de sobrevivência da comunidade, conseguem mais se reproduzir. O Governo Federal está desenvolvendo uma espécie de "cinturão" de amortecedores para se contrapor a esses impactos. Dilma vem a Pernambuco exatamente para apresentar as propostas do Governo Federal para o Estado, atingindo Eduardo em seu Estado natal. Deverá se encontrar com Eduardo Campos em SUAPE. No Domingo, o Diário de Pernambuco, ao abordar o assunto, trouxe uma foto que nos deixou muito feliz. A foto de Dona Lourdes, uma representante do culto de "Jurema", também conhecido como Catimbó, da comunidade de São Lourenço, em Goiana. Dona Lourdes é uma pessoa muito querida na comunidade e visita obrigatória de nossas turmas de sociologia a cada semestre. 

Tucanos: Mais do mesmo em 2014

Nas eleições passadas, escrevemos uma série de artigos que, infelizmente, não puderam ser regatados em função de uma pane no sistema da instituição, que comprometeu os arquivos. Alguns desses artigos estavam relacionados ao PSDB, tendo José Serra como protagonista, nas eleições presidenciais passadas, onde observava-se um total descompasso na condução da campanha. Ninguém se entendia. Serra veio a Pernambuco e elogiou Lula. FHC foi posto para debaixo do tapete. Tucanos de bico fino praticamente exigiram a troca do marqueteiro, o que não mudou muita coisa. Serra continuou tergiversando sobre assuntos caros aos tucanos, como as privatizações e outros temas polêmicos. Nada dava certo. Para completar o enredo, até hoje Serra não esconde as mágoas de ter sido "boicotado" em Minas Gerais, um dos fatores de sua desavença com o o senador Aécio Neves. Venho afirmando aqui que os tucanos enfrentarão os mesmos problemas com relação às eleições presidenciais de 2014. Não há um discurso que possa se contrapor ao da coalizão petista; continuam divididos e não vão chegar a um "consenso"; já começaram a trocar o time de marqueteiros. Renato Pereira, que respondia pela publicidade dos tucanos, foi afastado por orientação do próprio Aécio, que não concordava em seguir suas recomendações. Mais do mesmo no ninho tucano em 2014.

Crise na Universidade Federal de Pernambuco, artigo de Michel Zaidan Filho

  

 
 
 
A invasão policial do campus universitário da UFPE, em represália às manobras privatizantes do atual reitor deflagrou uma verdadeira guerra de e-mails dos professores do CFCH. Ora, aparece a expressão "vandalismo na reitoria da UFPE", ora "crise da UFPE". O fato é que os docentes (e aqueles que detêm cargos na instituição) se viram obrigados a se manifestar sobre os acontecimentos policiais recentes, bem perto de si. Mas há ou não há uma crise na UFPE?
Ao meu ver, há sim. Há uma crise de gestão e uma crise de confiança. Há uma crise de gestão, porque o reitor eleito pela comunidade universitária para realizar um determinado programa, vem realizando outro. Se o programa com o qual ele foi eleito, com ajuda inclusive pelo PC do B, era o de abrir democraticamente a universidade para os reclamos, as demandas da sociedade; ele vem fazendo o contrário: sensível, como tem se mostrado, aos apelos do governador do estado, quando este pede a suspensão das aulas, para permitir que os alunos assistam os jogos da mini-copa ou cede as instalações da UFPE para ser estacionamento para os torcedores da Arena Pernambuco, ou sensível às medidas "público-privadas" da Presidente Dilma Rousseff; ele parece não ter se mostrado tão sensível assim aos apelos da própria comunidade que o elegeu, quando se trata de cumprir os mandamentos constitucionais da prestação pública-estatal dos serviços de saúde, sobretudo aos mais carentes. Há indícios de que até a "formolização" dos cadáveres é cobrada no HC!
Um gestor ou dirigente universitário não é eleito para ser um mero "gerente" da política governamental em curso. É eleito para cumprir as promessas de campanha e o que diz e rege o ordenamento jurídico do País. Quando ele trai a confiança dos seus representados, passando para o outro lado, pensando mais no cargo do que no mandato recebido, instaura-se com razão uma grave crise de confiança e os seus representados ficam sem saber o que vai ser daqui para frente. Quantas vezes a polícia será convidada a reprimir manifestações estudantis, dos funcionários ou dos próprios professores? - Até onde irão os limites à liberdade de expressão e manifestação (críticas) dentro do campus da UFPE? Quem define esses limites? O reitor? A corporação policial? A própria comunidade universitária?
Houve sim uma quebra de contrato na Universidade Federal de Pernambuco. Antes de hipotecarem automaticamente apoio a essas medidas de força e de contenção policial às atividades legítimas, democráticas dos estudantes e professores em prol da defesa do patrimônio público e da assistência estatal aos mais necessitados, os apoiadores do reitor devem pensar seriamente e essas medidas não se voltarão contra si, mais adiante.
PS. É peciso dizer que instalou-se no campus universitário do Engenho do Meio um verdadeiro "panopticum", uma gestão concentracionária que vem fotografando alunos, comparando impressões digitais, impedindo os mesmos de fazer a sua calorada etc. E o que é mais grave: a omissão de muitos professores que ou concordam com tais medidas ou não querem se expor publicamente, tendo seu nomes em documentos coletivos que condenam essas ações. São os cripto-privatistas, que se escondem por trás do legalismo e da meritocracia, para ir se dando bem nos editais de pesquisas, publicações, bolsas etc.
Michel Zaidan Filho, sociólogo e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Gilberto Freyre, o inesgotável.

Gilberto Freyre, o inesgotável.


Gilberto Freyre parece mesmo inesgotável. Todos os anos são defendidas dissertações de mestrado e teses de doutorado abordando algum aspecto de sua obra, além de dezenas de artigos científicos publicados aqui e no exterior. Na semana passado publicamos no blog uma série de historietas envolvendo o autor de Casa Grande & Senzala, aguçando a curiosidade de alguns leitores que nos solicitaram que continuássemos com essas, digamos assim, pérolas sobre o morador do solar de Apipucos. São temas polêmicos que costumam atingir susceptibilidades, criando polêmicas. Mesmo assim, prometo que no próximo ano, retomaremos essas pérolas, já dentro do contexto do "Aconteceu", uma sessão que contará episódios do folclore político brasileiro. Mas, não poderia deixar de fazer referência às duas séries de reportagens publicadas pelos jornais locais em comemoração aos 80 anos de Casa Grande & Senzala. O Diário de Pernambuco seguiu uma linha editorial mais conservadora, menos polêmica, evitando entrar no mérito das contradições das teses levantadas sobre o autor de Casa Grande & Senzala. Gilberto foi colaborador daquela matutino durante longas datas. Na minha adolescência, lia seus artigos, publicados sempre aos sábados, naquele jornal. O Jornal do Commércio, a exemplo de outros cadernos, seguiu uma linha editoral que procurou confrontar as teses de Casa Grande & Senzala com a realidade observada no nosso cotidiano, sobretudo no que concerne à prostituição infantil em nossa cidade, embora o drama seja mais social do que racial, a despeito dos pontos de convergência. Penso que, neste aspecto, o Jornal do Commércio foi mais feliz.

Tijolaço do Jolugue: Saudades do Dr. Arraes

Hoje é o aniversário da morte do ex-governador Miguel Arraes. Com a sua morte, não se constitui nenhum exagero afirmar que passamos a viver, em Pernambuco, uma espécie de orfandade política. Ele não deixou herdeiros. Há uma geração de políticos que se colocam como seus herdeiros, capazes de verter lágrimas ao relembrá-lo, mas que, a rigor, não dão exemplo de homens públicos da envergadura moral assumida por aquele. Num passado recente, escrevi um longo artigo sobre Arraes, publicado no site de uma instituição federal. Lembrava ali o Arraes dos acordos do campo, o Arraes da disputa de projetos políticos com o então governador Cid Sampaio, o Arraes do MCP, o Arraes dos programas sociais "arcaicos", o Arraes da "Pedagogia da Revolução", o Arraes, sobretudo, exemplo de homem público probo, sensível às demanda dos mais humildes. E viva Arraes. Os anos passam e torna-se cada vez menos provável que o Estado apresente para o Brasil um homem público com a sua sensibilidade e dimensão. 

Tijolaço do Jolugue: Um complexo de lazer e cultura para Paulista.


O município de Paulista, na região metropolitana norte do Recife, fechou algumas ruas para o lazer nesse último final de semana. A princípio, sobretudo se considerarmos as carências de equipamentos de lazer da cidade, uma medida salutar. O que preocupa são as razões apontadas pela Prefeitura para a adoção da medida, a partir de uma pesquisa realizada junto à população, onde a ausência desses equipamentos foram denunciados pelos munícipes. A constatação é óbvia. Paulista é carente de equipamentos de lazer. O mais preocupante é que não há, por parte do poder público municipal, o desenvolvimento de políticas públicas capazes de superar esse problema, daí essas soluções paliativas, esporádicas, sem consistência. Existem matas ainda preservadas que poderiam ser transformadas em parques ecológicos, terrenos abandonados no centro da cidade - que poderiam ser transformados em áreas de lazer ou equipamentos culturais. Nas proximidades de sua praça central há um clube e um terreno abandonado onde, no passado, funcionava a Companhia de Tecidos Paulista.Também nas proximidades, as ruínas do Jardim do Coronel, Um cinturão importante, que deveria ser pensado em conjunto, como um complexo de lazer e cultura para o município. O que nos parece que está sendo pensada é a construção de um shopping center, salvo algum engano. Um espigão de arquitetura moderna, que ficaria ao lado de chaminés preservadas, uma aberração, como, de certa maneira já ocorre no Recife, onde os casarões preservados são transformados em salões de festa e convivem com espigões de péssimo mau-gosto, desprovidos de cobertura vegetal. Apenas concreto. Pelo andar da carruagem política, imagino que Paulista não tenha um plano diretor neste sentido. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Tijolaço do Jolugue: Eduardo Campos endurece o discurso contra o PT. E o PT?



Eduardo Campos tem jogado duro com a presidente Dilma Rousseff. O governador se afunda em contradições todas as vezes em que aponta equívocos na condução do Governo Dilma Rousseff. Integrou o Governo, dele beneficiou-se, com montantes expressivos de verbas dos programas federais. Período houve em que 25% dos recursos do PAC estavam destinados ao Estado. Até bem pouco tempo gabava-se de ter contribuído com as conquistas sociais da Era Lula/Dilma. Não resta dúvidas de que se faz necessário alguns ajustes, todos perfeitamente assimilados pelo Planalto como fundamentais para assegurar os avanços sociais e manter a estabilidade da economia. O que espanta, porém, são as bravatas do governador ao invocar, por exemplo, os critérios de escolha dos nomes para ocuparem a gestão, consoante as famosas indicações políticas, sem que se atente sobre a capacidade técnica. Ele fala disso como um mantra, mas seu exemplo não é dos melhores. Está tentando corrigir algumas coisas, como a diminuição dos cargos de assessoramento superior, os chamados DAS, reduziu algumas secretarias, mas, em essência, trata-se de um governo de corte patrimonialista, arraigado às práticas mais nefastas da adminitração pública. Então Dilma convocou petistas para gestão apenas pela carteirinha de filiados? E Eduardo convocou-os para o seu Governo consoante que critérios? Orientado pelo critério da competência? Isso deveria servir de lição para a turma do beija-mão. Dilma estará na próxima semana em SUAPE. Prepara o discurso, Gilberto.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Tijolaço do Jolugue: A polêmica entrevista de Raul Henry à revista Veja.



Quando se faz um levantamento sobre os principais gargalos da educação brasileira, quase sempre, há referências à formação dos professores. O bom-senso diz que não poderia ser diferente, independentemente dos arroubos corporativos dos sindicatos ou da grita sobre a precariedade das condições de atuação desses profissionais nos estabelecimentos de ensino. Na realidade, trata-se de um vesperio que não gostaríamos de mexer, até porque existem uma confluência de fatores que determinam nosso ainda deficiente desempenho educacional, inclusive o descaso das autoridades públicas e o desvio de recursos destinados ao setor. A entrevista concedida pelo Deputado Federal Raul Henry(PMDB) à revista Veja traz alguns fatos nos remetem à reflexão, sobretudo se baixarmos as armas. Antecipo que não nutro nenhuma simpatia pelo Deputado, tampouco fui ou serei seu eleitor, embora aprecie um "cozido", mas o preparado por Dona Maria, no Mercado de Santa Cruz. Acompanhado por uma cajuína, então... Ao longo de sua entrevista, nos chamou atenção duas questões: a) a primeira diz respeito à Lei de Responsabilidade Educacional que propõe perda dos direitos políticos ao gestor que não conseguir melhorar os índices de qualidade da educação encontrado. Penso que o senador Cristovam Buarque teria uma proposta muito semelhante,mas relativa apenas ao montante de investimentos para o setor, à semelhança da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se a proposta vingar, logo teríamos uma diáspora na administração pública brasileira. b) A outra diz respeito à formação dos professores dos professores, notadamente nos cursos de Pedagogia. Por uma série de fatores, os profissionais egressos desse curso não são valorizados, apenas lembrados quando se está em jogo, olhem o deslize, o desempenho da educação no país, fundamental para atingirmos as metas estipuladas pela OCDE. De fato, se houvesse uma preocupação política mais consistente, o Estado deveria cuidar melhor desses cursos e desses profissionais. O que se coloca em relação à formação desses profissionais diz respeito à demasiada orientação ideológica e pouca orientação prática, ou seja, você sairia das universidades em condições de formar "alunos críticos", mas incapaz de ensinar, por exemplo, algumas equações que poderiam ser, igualmente, "revolucionárias'. Trata-se de um tema polêmico, mas adianto que o currículo, de fato, dá muita ênfase ao teórico.
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Tijolaço do Jolugue: Ocupem a UFPE antes que seja tarde.

Ontem tivemos a oportunidade de ler um artigo do professor Michel Zaidan, publicado por um blog local. Tivemos a oportunidade de publicarmos três dos seus últimos artigos, cencurados pela imprensa. Logo em seguido, Michel escreveu um outro artigo sobre liberdade de imprensa - também reproduzido no nosso blog - que alcançou enorme audiência entre os leitores. É cedo para afirmar que os ventos democráticos voltaram a circular nos corredores das redações locais. Em todo caso, a publicação do seu artigo, ocupando uma tribuna de debate importante para a população, não deixa de ser uma notícia alvissareira. O artigo ao qual nos referimos, trata da ocupação da reitoria da UFPE por estudantes que protestam contra o crime de lesa-cidadania que está ocorrendo em relação ao processo de privatização do Hospital das Clínicas. Pelo comentário dos internautas há, em essência, concordância com o articulista, apenas ressalvas no tocante a duas questões: a presença do aparato policial estadual no campus e sobre se houve ou não depredação do patrimônio público e quem foram, de fato, os responsáveis, se estudantes ou "infiltrados". Michel tem razão quando afirma, logo no início do artigo, que, por tratar-se de uma instituição pública federal, se fosse o caso, apenas o aparato de segurança federal poderia ter acesso ao campus. A presença da Polícia Militar nos campus universitários, sobretudo como reflexo de momentos políticos que devem ser apagados de nossa memória, sempre gerou muitas polêmicas. Como mesmo afirma o professor, abre um precedente perigoso para novas incursões, com comprometimento do Estado Democrático de Direito.