Bastante curiosa essas últimas movimentações no tabuleiro da política pernambucana envolvendo a formalização da aliança entre o PSB e o PSDB. Na realidade, trata-se de uma aliança de longas datas, mesmo quando o "galeguinho" ainda vivia de lua-de-mel com o Planalto. Mesmo naquela condição, aqui no província sua relação era relativamente harmoniosa com o tucanato, frequentava os encontros nacionais do partido e teve, em certa medida, apoio de tucanos para eleger a mãe para o TCU. Minas, São Paulo, Paraíba, Paraná e Pernambuco - ao que me recordo - podem se configurar como exemplos da construção desse processo aliancista. Portanto, para alguns, não se constituiu nenhuma surpresa a afirmação de um grão-tucano local ao afirmar que o PSDB nunca foi oposição ao Governo Estadual. Com a fragilidade do quadro partidário brasileiro, isso seria perfeitamente possível. Em tese, coerentemente, esperava que os tucanos pernambucanos tentassem viabilizar um palanque para o senador Aécio Neves no Estado. A afirmação do Deputado Daniel Coelho de que não irá pedir votos para o PSB no Estado, embora mantenha uma reserva de coerência, tende a isolar-se ou diluir-se diante desse novo contexto, onde até espaço de governo está sendo ocupado pelo PSDB. Outro aspecto curioso desse enredo é a fala do governador ao afirmar que esse lance pode ser enquadrado no contexto de uma "Nova Política". Prefiro não comentar.
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