Um final de semana pesado para a governadora do Estado do Maranhão, Roseana Sarney. Ela tem até segunda-feira para explicar o quadro caótico em que se encontra o sistema penitenciário do Estado. Da natureza de suas explicações, poderá ser decretada uma intervenção federal naquele Estado. Se for sincera, cortará na pele e admitirá que a hegemonia política de quase cinco décadas do clã no poder é um dos fatores determinantes para a fragilidade do tecido social naquele Estado. O Maranhão ostenta indicadores sociais vergonhosos. É o Estado com a maior taxa de mortalidade infantil do país, além de ser o que menos recolhe o lixo produzido pela população. A hegemonia do clã também envolve o aparato de comunicação que retransmite o sinal da Rede Globo no Estado. Isso provocou uma situação curiosa. Depois que a situação fugiu ao controle, a própria TV dos Sarney precisou dar publicidade sobre a real situação em que se encontrava o sistema carcerário do Estado, onde mulheres de presidiários estavam sendo estupradas dentro e fora dos presídios, presos estavam sendo executados e extorquidos etc. Em Pedrinhas criou-se um sistema de poder paralelo, comandados por facções criminosas. Nem as autoridades do CNJ tiveram permissão para entrar em algumas alas. Os Sarney devem muitas explicações ao povo maranhense.
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