Os
leitores mais familiarizados com as nossas crônicas sobre Jampa já devem saber
que há muitos anos atrás, onde hoje foi erguido o Parque Solon de Lucena, era
uma grande área alagada, um pântano, que deixava nossa querida João Pessoa
espremida naquela colina, assoreada pelo rio Sanhauá, do seu lado esquerdo, e
a Lagoa dos Irerês, do seu lado direito, não permitindo que ela se expandisse.
Intervenções substantivas tiveram que ser feitas naquela área alagada,
tornando possível a abertura de avenidas que permitiram a expansão da
cidade para o litoral. As autoridades públicas, em nome da civilização, tiveram
que intervir no paraíso dos irerês, marrecos muito abundantes naquela
região, que para ali se dirigiam para se alimentarem e procriarem.
Em
1940, na gestão go governador Solon de Lucena, foram iniciadas as obras de
saneamentio e construção de um parque, que contou com a assinatura do
paisagista Burle Marx. De sua prancheta, saíram os famosos ipês amarelos, as acácias,
os pau-brasis, os bambuzais entre outras espécies de árvores da mata
atlântica. O parque ocupa uma área extensa - são 15 quilômetros de área,
incluindo a lagoa, bares, restaurantes, equipamentos de lazer e ginástica - contornado por uma área de intenso comércio, onde se
encontram lojas, resturantes e um shopping popular mais recentemente inaugurada, já como
resultado da última intervenção, com o intuito de disciplinar a atuação do
comércio ambulante nas suas imediações. Esta última intervenção é mais recente,
do ano de 2013, onde até mesmo uma via de transporte foi sacrificada para se
permitir mais tranquilidade aos frequentadores do parque, que antes precisavam
atravessar a via para ter acesso à lagoa.
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