pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O que fazer depois da vitória de Donald Trump.
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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Editorial: O que fazer depois da vitória de Donald Trump.



A vitória do republicano Donald Trump nas eleições americanos produziu um verdadeiro frisson nas forças do campo progressista no país. Arrisco-me a dizer que nem a tesoura dos cortes que ronda a Esplanada dos Ministérios conseguiu ser mais comentada nos burburinhos entre os integrantes do Governo Lula. O próprio Lula, por dever de ofício, reconheceu a vitória do republicano de forma bastante burocrática, sem qualquer entusiasmo. A grande questão que se impõe é o que esperar, em termos de desdobramentos geopolíticos e econômicos, da presença de Trump na Casa Branca. 

Se a esquerda anda esmorecida, a direita está em festa. Jair Bolsonaro comemorou efusivamente a vitória de Trump, deixando antever, em sua fala, a necessidade de que a sua inelegibilidade seja reavaliada, quem sabe até com uma forcinha do americano. Ele não vê motivo algum para continuar inelegível.  Bolsonaro aguarda a liberação do seu passaporte pelo STF para comparecer à posse do compatriota. Numa charge publicada no dia de hoje, 07, pelo jornal Folha de São Paulo, o talentoso artista Laerte Coutinho produziu uma arte onde observa, através dos traços, que essa discussão entre extrema direita e as forças do campo progressista em torno da pauta identitária pode ter sido decisiva para a vitória de Trump sobre Kamala Harris. 

Essa questão tem sido observada por outros analistas políticos, enfatizando sempre como a direita jogou  esta isca para a esquerda e conseguiu ganhar a batalha das narrativas. Como Laerte é genial, talvez ele queira dizer outra coisa e nós não acompanhamos o raciocínio. A charge está publicada aqui no blog. O grande mal que está em curso é este retrocesso civilizatório que vem na esteira da ascensão desses grupos de ultra-direita. Estávamos recentemente acompanhando uma discussão na Câmara dos Deputados entre integrantes da Bancada da Bala e a deputada federal mineira Duda Salabert, onde ela demonstrava a sua indignação de ver proibido a entrada de papel higiênico nos presídios femininos. É a este nível que chegamos, daí se entender que, dificilmente, o Governo Lula3 construirá algum consenso com esse pessoal. 

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