Esta expressão tornou-se popular através do comunicador pernambucano Abelardo Barbosa, o Chacrinha, que comandou um programa de auditório durante anos, sempre com grande audiência. Hoje, dia 10, tivemos a oportunidade de acompanharmos duas entrevistas concedidas por dois atores políticos relevantes do Partido dos Trabalhadores, o senador pernambucano, Humberto Costa, e o Ministro da Educação, Camilo Santana. Se nos pedissem uma síntese dessas duas entrevistas, diríamos, sem medo de errar, que a ênfase foi dada sobre a necessidade de o PT enfrentar o problema de comunicação. Há um verdadeiro hiato entre o PT e amplos setores da população.
Há algum tempo o Governo Lula3 almeja fazer mudanças nessa área da comunicação institucional. Verbas estão sendo previstas - possivelmente essas não entrarão na tesoura dos cortes - e existe a possibilidade de mudanças de nomes que hoje comandam esta área nevrálgica. Antes de materializar essas mudanças, o PT precisa, na realidade, debater o que vai propor à população. Há uma narrativa histórica, que acompanha o partido desde a época de 80, que se encontra completamente dissociada da sociedade. Se, por um lado, os princípios devem ser mantidos, por outro lado, aquele conjuntos de medidas com o propósito de superar as desigualdades sociais, atender aos mais necessitados - sempre através dos programas sociais conhecidos - estão completamente superados.
A pauta de costumes é outro grandiosíssimo problema. A direita ganhou a narrativa neste terreno. Mantidas as condições atuais, como sugere o próprio Humberto Costa, uma derrota de Lula nas eleições presidenciais de 2026 entra na condição de uma possibilidade concreta. O partido precisa ser submetido a uma profunda autocrítica. A periferia pobre de São Paulo votou majoritariamente em Ricardo Nunes. O pessoal da USP ainda votou em Boulos, mas as universidades já esboçam suas insatisfações com o Governo Lula3, sobretudo se considerarmos a última greve dos docentes. Sugere-se que as pessoas estão cansadas dessas "lacrações".
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