Servidores públicos federais que tiveram algum tipo de recomposição salarial em 2025 ainda não viram esses percentuais chegar aos seus contracheque. Mesmo com a garantia de receberam os retroativas contados a partir de janeiro deste ano, quando o reajuste passa a vigorar, o fato é que a LOA ainda não foi aprovada, impedindo essa recomposição, obtida em duras batalhas nas mesas de negociações em 2024, inclusive com a greve de algumas categorias. O Executivo exime-se de responsabilidade, porque a aprovação da LOA é uma tarefa do Legislativo.
O Ministro do Supremo Federal, Flávio Dino, neste momento, trava duas batalhas campais, pois resolveu mexer em duas casas de marimbondos e, desta vez, não são os marimbondos do Sarney. Trata-se aqui de criar regras claras e transparentes do uso de recursos públicos através das famigeradas emendas parlamentares e uma discussão mais do que justa sobre os supersalários, engordados através dos inúmeros penduricalhos conhecidos. E, como neste país os do andar de cima não costumam e não se preocupam em dar bons exemplos, entidades civis estão acionando os órgãos de controle do Estado para que o Senado Federal explique uma artimanha recente, concebida durante o período momesco, que concede um dia de folga para os servidores da Casa depois de três dias de trabalho.
Até recentemente a Ministra Cármen Lúcia considerou irregular um tal de Vale Peru, no valor de R$ 10 mil reais, concedidos no final de ano, a servidores do judiciário do Mato Grosso do Sul. Neste momento de aperto dos mais carentes, talvez seja o caso de se pensar num Vale Ovo, pois a bandeja com trinta já está sendo comercializada por R$30,00 nas gôndolas dos supermercados. A fala do presidente Lula durante uma manifestação pública no dia de ontem está sendo interpretada como um prenúncio de adoção de medidas mais severas em relação ao aumento deste item básico na mesa dos brasileiros.
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