pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Armando Monteiro: "Frente Popular vai ficar mais forte em 2012"


Em entrevista ao programa CBN Total, com Aldo Vilela, na rádio JC/CBN, o senador Armando Monteiro observou que, independente de disputas em alguns municípios, a Frente Popular de Pernambuco sairá ainda mais forte das urnas em 2012.
Armando reconhece que os partidos poderão enfrentar conflitos de interesse, mas argumenta que é preciso ter competência para encaminhar a disputa com serenidade e a compreensão de que os projetos partidários não podem sobrepor-se aos interesses da Frente. “Quando não for possível compor, se não houver mesmo possibilidade, vamos para a disputa, e o povo então vai decidir”, afirma.
Na entrevista, Armando fala dos planos do PTB e reforça que o seu compromisso como Senador é trabalhar por todos os municípios do Estado, independente de serem administrados por prefeitos de oposição ou governo. “Como senador da República, que é a responsabilidade que tenho hoje, eu me relaciono com prefeitos de todas as legendas”.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
PTB no Recife e Região Metropolitana
Armando Monteiro – “O PTB pretende disputar em vários municípios, inclusive aqui na Região Metropolitana, em Igarassu, Itamaracá, Abreu e Lima, Jaboatão, existem vários companheiros que estão se colocando na disputa. Porque não no Recife? Agora, precisa ser algo que brote espontaneamente. Nós não estamos querendo criar candidaturas artificiais. Onde houver um companheiro que reúna condições, que tenha algum tipo de perspectiva, eu acho que o partido tem que estimular estas candidaturas. Não há propriamente uma estratégia para a Região Metropolitana. Se existem quadros que podem se colocar, muito bem. Mas nós não estamos com isto afastando a possibilidade de adiante buscar um entendimento na própria Frente. Nós podemos ainda buscar este entendimento, mas temos que nos prepararmos para a hipótese que está hoje colocada, que é a de múltiplas candidaturas. Não podemos ficar à mercê de uma única candidatura da Frente, quando constatamos que esta única candidatura talvez não represente a alternativa ideal”.
“Vamos fazer um número expressivo de prefeituras”
Armando Monteiro – “A primeira constatação é que a Frente que nós integramos vai ter um desempenho muito positivo. Porque no interior os dois partidos que tinham mais presença eram o PSB e o PTB. Tanto em número de prefeituras, quanto em número de vereadores eleitos, como também em votos que foram dados às legendas. O que eu percebo é que estes dois partidos vão continuar a ter uma presença expressiva, é possível até que o PSB cresça ainda mais, e outros partidos da Frente vão crescer também. É possível que existam conflitos de interesse, mas nós temos que ter a competência de encaminhar isto da melhor forma possível. Tendo serenidade, tendo a visão de que o interesse partidário não pode sobrepor-se ao interesse da Frente e esperando que também, do mesmo modo, os companheiros que estão vinculados a outras legendas tenham a mesma compreensão. Quando não for possível compor, se não houver mesmo possibilidade, vamos para a disputa, e o povo então vai decidir. O PTB tem pré-candidaturas em 80 municípios. Evidentemente eu não posso fazer prognósticos, mas eu diria que com 80 candidaturas o PTB tem condições de manter um número expressivo de prefeituras”.
2012 e 2014: “É preciso compromisso com um projeto”
Armando Monteiro – “Eu não acho que seja próprio discutir isto agora. Eu não sou mestre na arte de esconder o pensamento e por isto nunca neguei que tenho – como qualquer homem público que tem uma trajetória – a aspiração de que, se pudesse, governar o meu Estado. Eu acho que isto é legítimo. Agora, uma candidatura ao governo passa por um longo percurso. Você precisa não apenas ter um partido que possa dar suporte a esta candidatura, mas ninguém faz uma eleição com um partido. Você precisa formar uma frente partidária, esta candidatura precisa corresponder claramente a uma expectativa, é preciso que você tenha compromisso com um projeto, com uma proposta, para que não seja uma postulação pessoal ou partidária. Se a idéia é de que a candidatura é algo que decorre apenas da vontade do candidato ou da vontade de um partido, isto não se justifica do ponto de vista político. Uma candidatura precisa representar, numa determinada circunstância, uma alternativa para a viabilização de um projeto. Isto é o mais importante”.
“Vou continuar caminhando”
Armando Monteiro – “Eu vou continuar a fazer o que eu sempre fiz, que é o de caminhar, construir, poder fazer um relacionamento também com outros partidos, porque eu tenho o compromisso de olhar e de servir a Pernambuco. Como senador da República, que é a responsabilidade que tenho hoje, eu me relaciono com prefeitos de todas as legendas. Ajudo e procuro trabalhar em favor de todos os municípios de Pernambuco, até mesmo de prefeitos que são da oposição, porque esta é a nossa obrigação. Agora, o projeto partidário do PTB vai seguir adiante também. O PTB vai tentar crescer, esta é a lógica partidária. Tudo passa por 2012. É um momento importante. Agora, eu quero dizer o seguinte, uma candidatura majoritária se vincula mais a uma corrente de opinião, e à compreensão das razões da candidatura do que propriamente o número de prefeitos ou o número de apoios. Não há relação direta entre número de prefeitos e eleição majoritária. Uma coisa necessariamente não tem a ver com a outra. O importante é que aquela candidatura seja justificada do ponto de vista de um projeto e não que ela corresponda apenas à vontade de uma legenda ou de um candidato”.
Assessoria de imprensa do senador Armando Monteiro.
Crédito da foto: Assessoria de imprensa/divulgação

domingo, 11 de dezembro de 2011

Comissão de Mobilidade Urbana irá se reunir com o ex-prefeito João Paulo.



Dando sequência à agenda das visitas aos ex-prefeitos do Recife, a
Comissão de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa do Estado
Pernambuco, irá visitar nesta segunda-feira (12), às 11h o Ex-Prefeito
João Paulo Lima(PT), em seu escritório, no Bairro do Santo Amaro. A
Comissão irá debater as questões de mobilidade com o Deputado Federal
João Paulo, a fim de analisar as ações e projetos de sua gestão,
enquanto prefeito do Recife.

O ex-prefeito João Paulo, que levantou um debate nacional, no início
desta semana, em torno da mobilidade urbana, parabeniza a escolha da
Comissão: “Quero parabenizar a Comissão pela escolha da agenda, por
esta busca de ações que cumpriram papel importante no Recife, e pela
sensibilidade no problema da mobilidade urbana da Região
Metropolitana. Farei tudo para contribuir com a comissão, depois de
ter vivido experiências positivas na mobilidade urbana do Recife e na
construção de obras urbanas, que puderam acrescentar na melhoria do
trânsito, a soma das experiências na ALEPE, com a prefeitura e a
Câmara Federal puderam me trazer uma vasta experiência. Felicito aos
integrantes da comissão por terem priorizado um tema como este”.

Silvio Costa Filho(PTB),vice-líder do Governo e Presidente da
Comissão, acredita que as experiências dos ex-prefeitos, contribuirão
com soluções para o problema do trânsito da Região Metropolitana, que
preocupa à todos “Fico feliz, por estarmos visitando os ex-prefeitos
da cidade do Recife, através da Comissão de Mobilidade ,já estivemos
com os ex-prefeitos e ex-governadores do Recife, Roberto Magalhães,
Joaquim Francisco, Gustavo Krause, e todos deram sua contribuição à
Comissão de Mobilidade, falando das experiências que tiveram enquanto
prefeitos e dando sugestões a esse problema que preocupa a todos os
recifenses e àqueles que moram na Região Metropolitana”, afirma Costa
Filho.

A Comissão de Mobilidade Urbana, visitará ainda este mês o e o
ex-prefeito e ex-governador, Jarbas Vasconcelos (PMDB) e no dia 12,
participará de uma Audiência Pública, na Câmara dos Vereadores, sobre
o tema : “A Ciclovia Modal Essencial para a Mobilidade Urbana”.

Assessoria de imprensa do Deputado Sílvio Costa Filho.

A situação enfrenta um inferno astral em São Paulo. Seria a vez do PT?



A mesma pesquisa que apontou uma situação otimista para o candidato de Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, que peitou a candidatura do seu Ministro da Educação, Fernando Haddad, apresenta um quadro complicado para o atual prefeito, Gilberto Kassab. Apenas 20% do eleitorado aprova sua gestão e, ao contrário de Lula, 49% do eleitorado está disposto a não votar num candidato indicado por ele. O possível candidato do PSD, que conta, inclusive com o aval de José Serra, ostenta apenas 4% das intenções de votos, de acordo com o Datafolha. Guilherme Afif está disposto a entrar no páreo caso Serra não seja candidato. Serra recomenda que o PSDB não tenha candidato, indicando o vice de Afif.  Conforme afirmamos ontem, se as coisas foram mal encaminhadas pelo lado de cá, pelo lado de lá, também está difícil acertar o passo. Netinho e Russomano, ainda de acordo com a pesquisa, possivelmente, também não teriam fôlego para chegar ao final. Queremos dizer ao leitor tucano que contestou nossas informações, que compartilhamos da mesma opinião. Ocorre, porém, que pesquisa revela uma fotografia do monento – isso parece clichê de marqueteiro, mas é verdade– e, pelo menos neste momento, os ventos sopram favoravelmente ao candidato de Lula.

Tribuna do Norte: MEC premia experiências inovadoras.

MEC premia experiências inovadoras

 

Brasília - Um grupo de 39 professores da educação básica pública de 18 estados receberá na próxima quarta-feira (14), em Brasília, o prêmio Professores do Brasil. Cada educador ganhará R$ 5 mil. À escola na qual o professor desenvolve o projeto serão entregues equipamentos audiovisuais ou de multimídia no valor de R$ 2 mil. A solenidade de premiação será realizada no auditório do MEC, às 10 horas.

Nesta quinta edição, à qual concorreram 1,6 mil trabalhos, o prêmio conta com educadores de cinco estados da região Norte (Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins e Acre); cinco do Nordeste (Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará); dois do Centro-Oeste (Goiás e Mato Grosso do Sul); dois do Sul (Paraná e Rio Grande do Sul) e os quatro do Sudeste (Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).

No Rio Grande do Norte foram foram contempladas as experiências em duas escolas localizadas em Natal. A primeira, a Celestino Pimentel, da rede municipal, com o projeto "Pequenos grandes artistas: um passeio pela obra de Romero Brito." O segundo ganho pela Escola Estadual Rômulo Wanderley, com o projeto "O jogo corporalizando atitudes afetivas". Entre os estados com maior número de experiências vencedoras aparecem Goiás, com seis trabalhos, São Paulo e Paraná, com quatro cada um, e Amazonas, com três.

Os municípios de Catalão (GO) e São Miguel do Iguaçu (PR) tiveram mais de uma escola premiada. Catalão, com 86,6 mil habitantes, a 255 quilômetros de Goiânia, receberá dois prêmios por trabalhos desenvolvidos na Escola Serafim Machado de Souza e no Colégio Estadual Pedro Viriato Parigot de Souza. São Miguel do Iguaçu, com 25,7 mil habitantes, no oeste paranaense, a 599 quilômetros de Curitiba, também terá dois professores premiados por experiências na Escola Municipal Nilda Margon Vaz e no Colégio Estadual Dona Iayá.

As mulheres são maioria nesta edição. As 34 vencedoras receberão todos os prêmios nas etapas de educação infantil, anos iniciais e anos finais do ensino fundamental. Entre os homens, os cinco ganhadores desenvolveram projetos com estudantes do ensino médio nas áreas de arte e cultura, educação ambiental, educação indígena e informática.

Para o diretor de formulação de conteúdos educacionais da Secretaria da Educação Básica (SEB) do MEC, Sérgio Gotti, o prêmio é um reconhecimento do Ministério da Educação aos professores e uma forma de valorização das atividades desenvolvidas por eles nas escolas. Gotti salienta que o prêmio, além de destacar a atuação dos profissionais, possibilita a divulgação das experiências vencedoras e abre possibilidades de replicá-las em outras instituições de ensino, municípios e estados. Os ganhadores também vão participar de seminário promovido pelo MEC, em Brasília, no dia 15 próximo.

Em 2011, o Prêmio Professores do Brasil foi realizado pelo MEC em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI). A Fundação SM, Intel Brasil, Instituto Votorantim e Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros) são os patrocinadores.

As duas primeiras edições, em 2005 e 2007, tiveram a participação de professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Em cada ano foram premiados 20 projetos. A partir de 2008, o prêmio foi estendido a toda a educação básica, incluídos os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio. Naquele ano, foram selecionados 31 projetos; em 2009, 35.

No conjunto das quatro edições, concorreram ao prêmio 4.394 trabalhos. Foram 1.135 em 2005; 1.457 em 2007; 779 em 2008 e 1.027 em 2009. Até agora, 106 educadores receberam prêmios, que somam R$ 530 mil.

Medalha Paulo Freire para educadores

Brasília - Os autores das cinco experiências em educação de jovens e adultos vencedores da quinta edição da Medalha Paulo Freire receberão a premiação na próxima quarta-feira, 14. A solenidade será realizada às 19 horas, na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa. Este ano, concorreram à Medalha Paulo Freire 72 trabalhos desenvolvidos nas cinco regiões do país. São vencedores os projetos nos estados do Acre, Ceará, Mato Grosso, São Paulo e do Rio Grande do Sul. A comissão julgadora escolheu experiência da prefeitura de Teresópolis (RJ) para receber menção honrosa.

Promovida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, a Medalha Paulo Freire é concedida a iniciativas nas áreas de políticas, programas e projetos que ajudem a reduzir o analfabetismo e que possibilitem a jovens e adultos continuar os estudos na educação básica. A premiação é o reconhecimento de ações e políticas bem-sucedidas. Sua concessão não está vinculada a prêmio em valor de qualquer natureza.

Criada pelo já revogado Decreto nº 4.834, de 8 de setembro de 2003, que regulamentou o programa Brasil Alfabetizado, a Medalha Paulo Freire teve a continuidade assegurada pelo artigo 13 do Decreto nº 6.093, de 24 de abril de 2007, reformulador do programa. O prêmio, que tem o nome de um dos mais notáveis educadores brasileiros, foi entregue pela primeira vez em 2005.
 

Gazeta de Alagoas:Ensino de Qualidade: Fundaj elabora plano de ação para aplicar ao Plano Nacional de Educação.

 

Educação requer planejamento

Foto: JOSÉ FEITOSA - ARQUIVO GA

Para a Fundação Joaquim Nabuco, educação de qualidade deve focar a formação dos professores, principalmente do ensino básico
Foto: JOSÉ FEITOSA - ARQUIVO GA
Por: DAVI SOARES - REPÓRTER
Recife, PE – Na última quarta-feira (7), o Plano de Ação da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) para o Plano Nacional da Educação (PNE) foi apresentado a jornalistas nordestinos, no seminário “Desafios da Educação no Nordeste e o Papel dos Meios de Comunicação”. Com o objetivo de dinamizar a viabilidade do PNE para desenvolver a educação no Brasil, o projeto pretende, entre outras coisas, modificar a lógica da demanda do brasileiro pela formação profissional, tornando atrativo o ofício de professor.

Ao citar as metas ousadas que o PNE apresenta e reconhece ser insuficientes a destinação de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) para financiar estas ações, o presidente da Fundaj, Fernando Freire, citou o conselheiro do Compromisso Todos pela Educação, Mozart Neves, para ilustrar que a necessidade de mais recursos não visa apenas a melhoria salarial dos educadores.

“E é preciso ir além disso. Não é só botar dinheiro no bolso do professor. Se a gente não conseguir tornar atrativa a profissão de professor, principalmente do ensino básico, não vamos fazer muita coisa, não. A colaboração maior, na parte de pesquisa, que a Fundação Joaquim Nabuco está dando é para um novo plano que ainda vai acontecer depois de 2020. O que colocamos aqui vai subsidiar coisas lá na frente”, disse o presidente da Fundaj.

Ensino superior concentra graduações em Ciências Humanas

Para fundamentar a necessidade de se equilibrar o perfil dos cursos de graduação nas universidades brasileiras, Fernando Freire expôs dados que revelam que o Brasil forma mais advogados que os Estados Unidos, Europa e Coreia do Sul juntos. E sugeriu que o governo federal passe a frear a abertura de novos cursos e induzir a abertura de faculdades no perfil adequado à necessidade do País.

Para isso, por exemplo, mostrou que 62% dos cursos presenciais de graduação formam em ciências humanas e sociais, enquanto áreas como saúde representam 16%, e as outras áreas de ciências, matemática, computação, engenharia, produção e construção representam 12%.

Leia mais na versão impressa

Domingueira do Jolugue: Yesterday when I was Young by Johnny Mathis.

Domingueira do Jolugue: "Bom mesmo", uma crônica de Luiz Fernando Veríssimo.

Bom mesmo

Tem uma crônica do Paulo Mendes Campos em que ele conta de um amigo que sofria de pressão alta e era obrigado a fazer uma dieta rigorosa. Certa vez, no meio de uma conversa animada de um grupo, durante a qual mantivera um silêncio triste, ele suspirou fundo e declarou:
- Vocês ficam ai dizendo que bom mesmo é mulher. Bom mesmo é sal!
O que realmente diferencia os estágios da experiência humana nesta Terra é o que o homem, a cada idade, considera bom mesmo. Não apenas bom. Melhor do que tudo. Bom MESMO.
Um recém-nascido, se pudesse participar articuladamente de uma conversa com homens de outras idades, ouviria pacientemente a opinião de cada um sobre as melhores coisas do mundo e no fim decretaria:
- Conversa. Bom mesmo é mãe.
Depois de uma certa idade, a escolha do melhor de tudo passa a ser mais difícil. A infância é um viveiro de prazeres. Como comparar, por exemplo, o orgulho de um pião bem lançado, o volume voluptuoso de uma bola de gude daquelas boas entre os dedos, o cheiro da terra úmida e o cheiro de caderno novo?
- Bom mesmo é o cheiro de Vick VapoRub.
Mas acho que, tirando-se uma média das opiniões de pré-adolescentes normais brasileiros, se chegaria fatalmente à conclusão de que nesta fase bom mesmo, melhor do que tudo, melhor até do que fazer xixi na piscina, é passe de calcanhar que dá certo.
Mais tarde a gente se sente na obrigação de pensar que bom mesmo é mulher (ou prima, que é parecido com mulher), mas no fundo ainda acha que bom mesmo é acordar na segunda-feira com febre e não precisar ir à aula.
Depois, sim, vem a fase em que não tem conversa. Bom mesmo é sexo!
Esta fase dura geralmente até o fim da vida, mesmo quando o sexo precisa disputar a preferência com outras coisas boas (“Pra mim é sexo em primeiro e romance policial em segundo, mas longe”). Quando alguém diz que bom mesmo é outra coisa, está sendo exemplarmente honesto ou desconcertantemente original.
- Bom mesmo é figada com queijo.
- Melhor do que sexo?
- Bom...Cada coisa na sua hora.
Com a chamada idade madura, embora persista o consenso de que nada se iguala ao prazer, mesmo teórico, do sexo, as necessidades do conforto e os pequenos prazeres da vida prática vão se impondo.
- Meu filho, eu sei que você aí, tão cheio de vida e de entusiasmo, não vai compreender isto. Mas tome nota do que eu digo porque um dia você concordará comigo: bom mesmo é escada rolante.
E esta é a trajetória do homem e seu gosto inconstante sobre a Terra, do colo da mãe, que parece que nada, jamais, substituirá, à descoberta final de que uma boa poltrona reclinável, se não é igual, é parecido. E que bom, mas bom MESMO, é nunca mais ser obrigado a ir a lugar nenhum, mesmo sem febre.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Charge!Paixão!

Paixão

Um giro pelas semanais: Veja: Professores são educadores, não babás.

Entrevista: Ron Clark

 

Autor do 2º artigo mais compartilhado no Facebook em 2011, americano diz que pais desrespeitam regras de escolas, pondo em risco o futuro dos filhos

Nathalia Goulart
Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores (Divulgação/Ron Clark Academy)
"Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade"
O segundo artigo mais compartilhado em 2011 por usuários americanos do Facebook foi escrito por um professor, Ron Clark (o primeiro trazia fotos da usina de Fukushima). Mais de 600.000 pessoas curtiram o texto na rede, escrito a pedido da rede de TV CNN e entitulado "O que os professores realmente querem dizer aos pais". O artigo descreve um cenário de guerra, travada entre pais e professores. Na visão de Clark, os pais vêm transferindo suas responsabilidades para a escola, sem, contudo, aceitar que seus filhos se submetam de fato às regras da instituição. Por isso, assim que surge a primeira nota vermelha ou uma advertência, invadem a sala de aula culpando os professores – a pretexto de preservar a reputação e o orgulho de seus filhos. "Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças", diz o professor, na entrevista concedida a VEJA.com e reproduzida a seguir. "Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas." Clark conhece sua profissão. Aos 39 anos, vinte deles dedicados à carreira, o americano já lecionou na zona rural da Carolina do Norte, nos subúrbios de Nova York e atualmente comanda uma escola modelo no estado da Geórgia que oferece treinamento a educadores. Graças à função, manteve, desde 2007, contato com cerca de 10.000 educadores de diversas partes do mundo, incluindo brasileiros.
Em seu artigo, o senhor fala de um ambiente escolar em que pais e professores não se entendem mais. O que tornou a situação insustentável, como o senhor descreve? A sociedade se transformou. Hoje, vemos pais muito jovens, temos adolescentes que se veem obrigados a criar uma criança sem ao menos estarem preparados para isso. São pessoas imaturas. Por outro lado, temos famílias abastadas, em que pais trabalham fora e são bem-sucedidos profissionalmente. Pela falta de tempo para lidar com os filhos, empurram toda a responsabilidade da educação para a escola, mas querem ditar as regras da instituição. Ou seja, eles querem que a escola eduque, mas não dão autonomia a ela.
Que tipo de comportamento dos pais irrita os professores? Acho que o ponto principal são as desculpas que os pais criam para livrar os filhos das punições que a escola prevê. Se um aluno tira nota baixa, por exemplo, ou deixa de entregar um trabalho, os pais vão à escola e descarregam todo tipo de desculpa: dizem que o filho precisava se divertir, que a escola é muito rigorosa ou que a criança está passando por um momento difícil. Ou, ainda, culpam os professores, dizendo que eles não são capazes de ensinar a matéria. Mas nunca culpam seus próprios filhos. É muito frustrante para os professores ver que os pais não querem assumir suas responsabilidades.
Problemas com notas são bastante frequentes? Sim. Certa vez tive uma aluna que estava indo mal em matemática. A mãe dela justificou-se dizendo que, na escola em que a filha estudara antes, ela só tirava boas notas, sugerindo, assim, que o problema éramos nós, os novos professores. Infelizmente, essa ideia se instalou na nossa sociedade. Se a nota é boa, o mérito é do aluno; se é baixa, o problema está com o professor. E quando as notas ruins surgem, os pais ficam furiosos com os professores. O resultado disso é que muitos profissionais estão evitando dar nota baixa para não entrar em rota de colisão com os pais, que nos Estados Unidos chegam a levar advogados para intimidar a escola.
Os pais poupam os filhos de lidar com fracassos? Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade. Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas. Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças.
Que conselho o senhor dá aos professores? É possível evitar que os pais surtem diante de notas ruins e do mau comportamento dos filhos se for construída uma relação de confiança. Em vez de só procurar os pais quando as crianças vão mal na escola, oriento que os professores conversem com os responsáveis também quando a criança vai bem. Na minha escola, procuro conhecer os pais de todos os meus alunos. Procuro encontrá-los com frequência e envio cartas a eles com boas notícias. Assim, quando tenho que dizer que a criança não está rendendo o esperado, eles me darão credibilidade e confiarão na minha avaliação.
É possível determinar quando termina a responsabilidade dos pais e começa a da escola? As duas partes precisam trabalhar em conjunto. Os pais precisam da escola e a escola precisa do apoio da família para realizar um bom trabalho. Um conselho que sempre dou aos pais é que nunca falem mal da instituição de ensino ou do professor na frente dos filhos. Se a criança ouve os próprios pais desmerecerem seus mestres, perde o respeito por eles. O contrário também é verdadeiro. Os professores precisam respeitar os pais, porque eles são parte fundamental na educação de uma criança.
Em algumas situações a discussão sobre responsabilidades da família e da escola surge com muita força. Em casos de bullying, por exemplo, pais e professores trocam acusações. Sobre quem recai a maior parte da responsabilidade nesses casos? A minha resposta novamente é que precisamos trabalhar em conjunto. Quando o bullying acontece na escola, é obrigação dos professores intervir imediatamente. Mas muitos não agem assim porque querem evitar conflitos com os pais. E isso é muito grave. O bullying está devastando nossas crianças. Precisamos combatê-lo. Para que os professores tenham liberdade para agir, precisam do apoio dos pais. Mas você sabe o que acontece? Muitas vezes, quando os pais são chamados na escola para serem alertados de que seu filho está praticando bullying contra um colega de classe, o que ouvimos é: "Mas qual o problema disso? Tenho certeza de que outros colegas também zombam do meu filho e ele não se sente mal por isso." Mais uma vez, vemos os pais se esquivando da responsabilidade.
A que o senhor atribui o sucesso do artigo que estourou no Facebook? Eu escrevi o que todos os professores tinham vontade de dizer aos pais, mas não podiam dizer, porque isso os enfureceria. O que eu fiz foi dar voz a milhões de profissionais. Fiquei sabendo que muitas escolas imprimiram o texto e enviaram uma cópia a cada família. Na internet, pessoas de outros países também compartilharam a minha mensagem.
O senhor criou uma escola modelo, a Ron Clark Academy. Como é a relação de seus professores com os pais? Procuramos estabelecer uma relação próxima. Como eu disse, estamos constantemente em contato com os pais, nos bons e nos maus momentos. Também promovemos encontros semanalmente, nos quais ofereço aos pais a oportunidade de assistir a uma aula na escola, destinada exclusivamente a eles, para que acompanhem o que está sendo ensinado a seus filhos. Ou seja, trabalhamos muito para conquistar uma relação harmônica. Não estou dizendo que é fácil lidar com os pais. Alguns deles podem ser bem malucos.
O senhor, na sua escola, recebe professores de diversas partes dos Estados Unidos e tambem de outros países, como o Brasil. Além dos problemas de relacionamento com os pais, do que mais professores de todo o mundo reclamam? As avaliações tiram o sono dos professores. Não sei exatamente como funciona no Brasil, mas nos Estados Unidos os professores são constantemente cobrados a melhorar o desempenho de suas escolas em testes padronizados. E todo o processo educacional passa a girar em torno de algumas provas. Isso é massacrante, para os alunos e para os professores. Os professores precisam de mais diversão na sala de aula.

Um giro pelas semanais: IstoÉ: A próspera família de Agnelo.

 

Imóveis, fazenda, restaurantes e locadora engordaram o patrimônio da família do governador do DF em mais de R$ 10 milhões. A PF investiga como a mãe, os irmãos e um sobrinho do petista acumularam essa riqueza em apenas três anos

Claudio Dantas Sequeira

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PROSPERIDADE FAMILIARNa mira da PF por suspeitas de enriquecimento ilícito, irmão de Agnelo,o ex-vigilante Ailton de Queiroz (à dir.), adquiriu uma locadora de carros,a franquia de uma confeitaria e ainda ajudou a irmã, Anailde Queiroz,a fechar a compra de uma fazenda em Água Fria de Goiás
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O inquérito que apura o envolvimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, num esquema de desvio de verbas do Ministério do Esporte deverá atingir também sua família. A Polícia Federal e o Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF investigam o aumento vertiginoso do patrimônio da mãe, dos irmãos e até de um sobrinho de Agnelo. Delegados e procuradores querem entender como a família do governador, que sempre fez questão de enfatizar sua origem humilde, passou a ostentar em apenas três anos mais de R$ 10 milhões em bens. De acordo com as investigações, os sinais de enriquecimento surgem no início de 2008 e vão até setembro deste ano. Agnelo deixou o Esporte em 2006 e logo depois se tornou diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), de onde saiu em 2010 para concorrer ao governo da capital do País. Levantamento preliminar da PF indica que os familiares do político petista não têm fontes de renda para justificar negócios celebrados nos últimos três anos, que incluem a compra de quatro franquias de restaurantes famosos de fast-food e da mais importante confeitaria de Brasília, todas localizadas nos principais shoppings da capital. Carros de luxo, apartamentos e até uma fazenda de gado em Goiás também constituem o que os investigadores batizaram de “império dos Queiroz”.

O MP do DF e a PF suspeitam que a família de Agnelo esteja sendo utilizada para esquentar o dinheiro desviado dos cofres públicos. Além de ter conversado informalmente com agentes que apuram o caso, ISTOÉ obteve com exclusividade parte dos documentos que fundamentam a investigação. O primeiro na lista dos familiares de Agnelo investigados pela Polícia Federal é o ex-vigilante Ailton Carvalho de Queiroz, 51 anos, irmão mais novo do governador. Ailton tornou-se conhecido da mídia em 2008, quando trabalhava na área de inteligência do Supremo Tribunal Federal. Foi ele o responsável pela elaboração de um relatório que indicava a suposta existência de grampos contra ministros do STF. Logo depois do escândalo, o vigilante se licenciou do trabalho. Em seguida, investiu R$ 200 mil numa locadora de veículos chamada Allocare. A empresa, que funciona numa pequena sala comercial na cidade-satélite do Guará, é administrada pelo filho Yuri. Com 23 anos de idade, Yuri tem renda presumida pelo Serasa de R$ 1,1 mil, mas possui em seu nome quatro veículos de luxo, entre eles uma picape Mitsubishi L200 Triton 2011, avaliada em mais de R$ 100 mil.

Em maio passado, Ailton lançou-se num novo negócio. Ele e a irmã Anailde Queiroz Dutra, 49 anos, investiram quase R$ 800 mil numa franquia da Torteria di Lorenza, no Brasília Shopping, o principal shopping do Plano Piloto. Irmã mais nova do governador, Anailde é outra que entrou na mira da PF. Além da Torteria, ela e o marido, Rui Dutra, figuram como proprietários de duas franquias da rede de fast-food Bon Grillê, uma no mesmo Brasília Shopping e outra no Pátio Brasil, também localizado na região central da cidade. Anailde, formada em economia em Salvador, tentou alguns concursos públicos em Brasília, mas não teve sucesso. De uma hora para outra, no entanto, virou milionária. Cada franquia da Bon Grillê custa em média R$ 350 mil. O valor total do investimento num desses shoppings, considerando luva, taxas, equipamento e insumos, pode chegar a R$ 1 milhão, segundo avaliações do mercado. As duas franquias foram adquiridas em 2008. A do Brasília Shopping foi comprada por Anailde em sociedade com outra irmã de Agnelo, Anaide Carvalho de Queiroz, 58 anos. Em 2010, Anaide vendeu sua parte para Rui Dutra. A renda mensal de Anailde, de acordo com o Serasa, gira em torno de R$ 1,7 mil, enquanto a de Anaide Queiroz chega a R$ 1,8 mil. Já os rendimentos da mãe dos irmãos Queiroz, Alaíde, na mesma base de dados, é de aproximadamente R$ 1,2 mil.
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MEDIADOR
Glauco Alves negociou as franquias com a família
Queiroz e atuou na Anvisa, que foi dirigida por Agnelo
Além das franquias, a família de Agnelo expande seus domínios fundiários. Em setembro, Anailde Queiroz Dutra tornou-se proprietária de 560 hectares de terra no município de Água Fria de Goiás, a 170 km de Brasília. A Fazenda Cachoeira, com área equivalente a 560 campos de futebol, foi comprada do oftalmologista Celso Inácio dos Santos em dinheiro, à vista. Para não fazer alarde e desembolsar menos com imposto, o imóvel foi registrado no cartório local por R$ 800 mil. A PF, no entanto, apurou junto a autoridades locais que a compra foi feita por R$ 1,8 milhão. E não foi feita por Anailde, como consta na escritura, mas pelo irmão Ailton Carvalho de Queiroz.

As compras da rede de restaurantes e da confeitaria carregam outro ingrediente que intriga a Polícia Federal. Antes de passarem para as mãos dos familiares de Agnelo, essas franquias foram compradas pela dupla Glauco Alves e Santos e Juliana Suaiden Alves e Santos. O casal é o mesmo que vendeu em 2007 para o governador do DF a mansão em que ele mora hoje com a primeira-dama Ilza Maria. Os investigadores descobriram que logo depois de fecharem o negócio da casa, Glauco passou a atuar na Anvisa por meio das consultorias Plannejare e Saúde Importação de Produtos Médicos. Agnelo tornou-se diretor da agência no mesmo ano de 2007 e, recentemente, foi acusado de receber propina para beneficiar uma empresa do setor. A PF suspeita que Glauco e Juliana emprestaram seus nomes para a compra das franquias, com o compromisso de repassarem essas propriedades ao clã dos Queiroz. Como pagamento pelo serviço, o casal teria recebido outra franquia da Torteria di Lorenza, na Asa Sul, e uma pequena cafeteria, a Café com Bolacha, no bairro Sudoeste.

Na sexta-feira 9, através de sua assessoria, o governador Agnelo afirmou desconhecer a investigação. Já Glauco Alves, o homem que negociou as franquias, foi abordado pela reportagem quando chegava à Torteria da 302 Sul a bordo de uma Mitsu­bishi Outlander. Perguntado sobre os negócios com Agnelo, ele pediu tempo para pensar. “Estou com a cabeça cheia. Mas te ligo depois”, disse. Ailton, o irmão mais novo de Agnelo, reagiu com agressividade ao contato da reportagem. Disse que nunca fez negócios com o irmão ou com o governo e lançou ameaças. “Não admito que ninguém se meta em minha vida, tá certo?!”, afirmou. Ailton deu a entender que sabe onde o repórter mora e até a marca da motocicleta que usa no dia a dia. “A única coisa é que de vez em quando ela (a moto) pega fogo e explode”, disse. Questionado se estava ameaçando o repórter, o irmão de Agnelo perdeu a paciência. “Você sabe onde eu trabalhava? Acha que está lidando com algum boboca? Depois a gente resolve. Vou ter o que rebater depois na Justiça e por outros meios. Você se cuida!”
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Um giro pelas semanais: CartaCapital :Se Dilma não vetar, texto deve passar pelo STF

Se Dilma não vetar, texto deve passar pelo STF

A aprovação do código florestal brasileiro na Câmara dos Deputados, no início do ano, propagou uma sensação de repulsa entre os ambientalistas. “Grotesco” foi a palavra utilizada pelo subprocurador-geral da República, Mário Gisi, representante do Ministério Público Federal junto à Comissão do Meio Ambiente (Conama) em entrevista aCartaCapital
Manifestantes contra o novo Código Florestal plantam árvores em frente ao Congresso. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Depois de rodar por quatro comissões no Senado durante alguns meses, o texto aprovado na terça-feira 6 não chegou nem perto de agradar os ativistas mas, segundo Gisi, tornou-se um pouco mais coerente. “O texto chegou da Câmara mal elaborado, com problemas conceituais”, diz ele. Na interpretação de Marcio Astrini, do Greenpeace, o Senado retirou alguns “absurdos” do novo código.
Gisi alerta, no entanto, que o texto ainda tem problemas jurídicos. O Código voltará para a Câmara, antes de ser sancionado pela presidenta Dilma Rousseff. Se Dilma não vetar alguns trechos mais polêmicos, o subprocurador acredita que a setores da sociedade civil entrarão na Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), que se arrastará no Supremo Tribunal Federal. “Estamos esperando que a presidenta vete alguns dispositivos e só depois de superado isso vamos analisar como a situação ficou”, avisa.
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Entre eles, a permissão para que proprietários que desmataram e tem atividades nessas áreas tenham permissão para reduzir a área mínima de Reserva Legal. As chamadas áreas rurais consolidadas compõem, na interpretação de Gisi, uma anistia travestida. “A questão precisa ser debatida juridicamente. É inconstitucional e afronta todos os princípios que tratam da questão da ambiental e até moral”, diz ele.
Ambientalmente, ele contradiz princípios estabelecidos no próprio texto, que atestam a importância das Áreas de Preservação Permanente (APPs), mas depois vai no sentido inverso ao permitir várias exceções em sua conservação. O texto é inconstitucional moralmente, pois, segundo Gisi, essa flexibilixação endossa o descumprimento da lei. “É uma total inversão dos valores que a constituição se dispõe a proteger”, afirma.
“O texto é uma peneira, cheia de furos”, diz Gisi. Na Amazônia Legal, por exemplo, a área mínima de reserva legal – trecho da propriedade que não deve ser desmatado – é de 80%. Ao mesmo tempo, o Código permite que os proprietários que já tiverem desmatado mais do que o permitido em suas propriedades, possam comprar partes preservadas dos vizinhos. “Existe a possibilidade de usar 30% da área que preservou para negociar com outros proprietários – o que na prática reduz para 50% a necessidade de preservação”, explica o subprocurador. “É uma pegadinha – está dizendo uma coisa e está fazendo outra”.
Outro ponto polêmico aprovado na Câmara e que permaneceu no substitutivo do Senado é a isenção de áreas de reserva legal em propriedades menores, de até 4 módulos rurais. Além do medo de que proprietários fracionem suas terras para que se enquadrem nos quatro módulos, há o perigo de que alguns estados tenham quase sua totalidade desmatada. Cristina de Godói, do Ministério Público de São Paulo, afirma que no Espírito Santo, 90% das terras estão ocupadas por pequenas propriedades, deixando o estado sem reservas.
“Ao invés de respeitar a possibilidade do estado de desenvolver seu potencial, ele estimula que todos desenvolvam o modelo econômico da terra arrasada e da agricultura mecanizada”, diz Gisi. Estados na Amazônia Legal que tiverem 65% da área sob reservas indígenas – áreas públicas protegidas – poderão reduzir suas áreas de reserva legal para apenas 50%. Para os senadores, apenas o Amapá se enquadraria no requisito.
“Eu tenho sérias dúvidas de que a presidenta irá vetar o texto”, diz Gisi. “Não estou vendo essa vontade no governo e até de alguns funcionários do meio ambiente”.
Enquanto na Câmara a aprovação do Código significou uma grande derrota para a presidenta Dilma Rousseff, que perdeu apoio de sua base durante a votação, no Senado o processo foi feito de uma maneira mais consensual.
A senadora Kátia Abreu (PSD), por exemplo, uma das principais representantes do agronegócio na Casa, acredita que ruralistas da Câmara aprovarão o texto do Senado sem restrições – o que deixaria apenas para a presidenta Dilma a atribuição de atender aos ambientalistas. Caso contrário, como tudo leva a crer, o embate seguirá para a Justiça. Sem data, portanto, para acabar.

Clara Roman, Carta Capital.

Últimas pesquisas do Datafolha injetam ânimo em Fernando Haddad.

Não faz muito tempo, comentávamos aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com  sobre as dificuldades que a candidatura do Ministro da Educação, Fernando Haddad, poderia enfrentar na disputa eleitoral pela capital paulista, ancorada unicamente no prestígio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não é simples transferir prestígio, sobretudo em se tratando de eleições para esferas diferentes, no caso, de um ex-presidente pedindo votos para um prefeito. A última pesquisa do Datafolha, no entanto, trouxe um alento novo ao ministro Fernando Haddad. Nem tanto pelo percentual alcançado na última rodada de pesquisas – ainda patinando em torno do teto de 4% - mas por um fato revelador e alguns problemas do outro lado da cerca, ou seja, daqueles que já ocupam o Edifício Matarazzo. O fato revelador é que a pesquisa constatou que 48% dos eleitores ouvidos estão dispostos a votar no candidato indicado por Lula, o que põe sob suspeita a tese da dificuldade de transferência de prestígio. As forças situacionistas, por outro lado, estão extenuadas com o lenga-lenga de uma possível candidatura de José Serra, hoje estimulada até por seus adversários no PSDB, como o senador Aécio Neves. No PSDB paulista, no entanto, além da ausência de nomes competitivos, a demora na definição de um nome angustia. Para desespero dos tucanos e alegria dos petistas – pelo menos para aqueles que estão com Haddad – a taxa de rejeição de Serra ultrapassa os 30%. Em última análise, o que se pode concluir das pesquisas mais recentes é que o ministro Haddad tem sim chances de chegar lá. É esta a fotografia do momento. Comenta-se que o nome que deverá subsituí-lo é o do senador Aloízio Mercadante, cujo Ministério de Ciência e Tecnologia deverá ser incorporado àquela pasta.  

Festa dos 60 anos de Elias Gomes torna-se num ato político.



Na festa dos seus 60 anos, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, emocionou-se bastante com as homenagens recebidas, sobretudo com um vídeo mostrando a trajetória de sua carreira política. O ato foi transformado pelo PSDB como uma demonstração de força do chefe do Executivo Municipal, traduzida, possivelmente, numa resposta ao anúncio do lançamento da candidatura do Deputado Estadual, João Fernando Coutinho, pelo PSB. Lideranças políticas como os deputados João Paulo e Cadoca estiveram presentes para homenagear o aniversariante, que já soma mais de 40 anos de vida pública. O governador Eduardo Campos foi representado por Adilson Gomes. Comenta-se nos bastidores que o anúncio da candidatura do PSB deixou Elias Gomes bastante apreensivo. Prepare-se para subir ao ringue com Coutinho, Elias Gomes, a sua candidatura é para valer. No mais, receba os parabéns do blog  do Jolugue.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Governador questiona no STF norma que permite a deputado fiscalizar Executivo

 

Governador questiona no STF norma que permite a deputado fiscalizar Executivo
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4700) no Supremo Tribunal Federal (STF) na qual questiona dispositivo (artigo 101, caput) da Constituição estadual que permite a qualquer deputado estadual pedir informações sobre atos do Poder Executivo e de suas entidades de administração. Segundo o governador, a pretexto de atribuir poder de fiscalização às comissões da Assembleia Legislativa, o dispositivo estendeu-o a qualquer deputado, ultrapassando as balizas da Constituição Federal.

O governador afirma ainda que, em se tratando de norma constitucional estadual atinente à fiscalização do Poder Executivo por parte da Assembleia Legislativa,"manifesta é a legitimidade do governador do estado para a propositura da ação".

A ADI sustenta que o dispositivo da Constituição estadual viola os artigos 2º; 25, caput; 49, inciso X; e 50, parágrafo 2º, da Constituição de 1988, que conferem ao Congresso Nacional, exclusivamente, a competência para fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; e atribuem às Mesas da Câmara e do Senado o poder de encaminhar os pedidos de informação.

“Esse poder de fiscalização é atribuído, portanto, ao Congresso Nacional, ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados e não a cada um de seus integrantes individualmente considerados, seja ele senador ou deputado. Em âmbito estadual, por conseguinte, este poder é atribuído exclusivamente à Assembleia Legislativa e jamais a um deputado estadual”, argumenta a ação.

O governador fluminense reitera que, no que tange à fiscalização do Poder Executivo por parte do Poder Legislativo, vigora, em nosso sistema constitucional, o princípio da colegialidade, que retiraria do parlamentar o poder de exercer isoladamente esse controle. O governador pede liminar para suspender os efeitos do dispositivo da Constituição estadual.

O relator da ADI é o ministro Gilmar Mendes.

TSE/ www.politicapb.com.br

Charge!Amarildo!

Charge!Paixão!

Paixão

Armando Monteiro no programa Argumento da TV Senado

 
Programa será exibido hoje, às 12h30 (horário de Pernambuco)
Convidado especial do programa Argumento, da TV Senado, nesta sexta-feira (09), o senador Armando Monteiro faz uma avaliação dos últimos dados divulgados pelo IBGE, que apontam um desaquecimento da economia nacional.
Segundo o instituto, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2011 não sofreu variação, enquanto a indústria teve retração de 0,9% e o setor de serviços caiu 0,3%.
Para Armando, a crise econômica internacional já provoca impactos negativos no mercado interno brasileiro. Prova disto é a queda do consumo e a desaceleração de investimentos por parte do Governo Federal. O processo de desindustrialização que o país vem sofrendo é outro aspecto que o parlamentar aborda na entrevista.
Em Pernambuco, a TV Senado é transmitida pelo canal aberto 55 (UHF) e por TV’s pagas como SKY (canal 118) e NET (canal 7). O programa também pode ser acompanhado pelo portal do Senado: www.senado.gov.br/tv

Assessoria de imprensa do senador Armando Monteiro.
Crédito da foto: André Oliveira/divulgação

A Privataria Tucana, finalmente, o livro que arrebenta a suposta castidade tucana.



Finalmente, saiu o tão aguardado livro do jornalista Amaury Ribeiro, conhecido pelo seu trabalho como jornalista investigativo. Um dos melhores. O livro traz revelações surpreendentes envolvendo a promiscuidade entre homens públicos e o setor privado, com o objetivo explícito de roubar o Estado. Um dos capítulos mais interessantes trata das privatizações no Governo de Fernando Henrique Cardoso, na acepção do autor, absolutamente comprometida pela corrupção e danosas ao interesse público. O livro envolve os tucanos em casos de corrupção, capazes de deixar os petistas de alma lavada. Não fosse uma trabalho investigativo, soberbamente bem trabalhado pelo autor, assemelhar-se-ia aos enredos de filmes americanos, abordando tráfico de influência, desvios de recursos públicos, contas no exterior, espionagens de adversários etc. A editora tomou todos os cuidados no lançamento da obra, permitindo que o livro chegasse às livrarias e pudesse ser acessado pelo público. Teme-se medidas judiciais adotadas por um dos políticos mais atingidos pelas denúncias – fartamente documentadas – José Serra. Peça logo o seu pelo blog. 

João Paulo e Sílvio Costa Filho afinam a orquestra. Dobradinha em 2012?



Um dos assuntos mais comentados entre os cronistas políticos do Estado é o estreitamento da relação entre os deputados João Paulo e Silvio Costa Filho, com alguns já chegando a insinuar sobre uma possível dobradinha entre ambos. De fato, a harmonia entre ambos é visível tanto aqui no província quanto em Brasília, onde recentemente estiveram juntos em seminário divulgado aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com. Do ponto de vista político, a afinidade entre ambos vem sendo construída já há algum tempo, motivada por inúmeros motivos, como, por exemplo, as dificuldades de ambos em apoirarem o projeto de reeleição de João da Costa, em 2012. Embora João Paulo ainda mantenha uma postura equilibrada sobre o assunto, o que bastante razoável, a pré-candidatura de Sílvio Costa Filho é um fato concreto. Nas palavras do senador Armando Monteiro, o PTB tem restrições à administração do prefeito João da Costa. Tanto no plano político quanto administrativo, ainda de acordo com Armando, há insuficiências. Ambos, João Paulo e Sílvio Costa,  estiveram presentes nas homenagens à Nossa Senhora da Conceição, sendo bastante festejados naquela área do Recife, onde João Paulo conseguiu os votos que derrotaram Roberto Magalhães, numa eleição histórica para o PT, iniciando o desmonte da União por Pernambuco.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Charge! Paixão!

Paixão

 

SOLERTE MANOBRA DO DR. SILVANA

Por Carlos Chagas
A partir da denúncia formulada pelo Globo, no fim de semana, a imprensa inteira começou a investigar e a divulgar supostos malfeitos praticados pelo ministro Fernando Pimentel. Além das notas explicativas que pouco explicam, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior saiu-se com os dois clássicos chavões a que apelaram seis ex-ministros acusados de corrupção: trata-se de um complô da mídia contra o governo Dilma, além de fogo-amigo, ou seja, denúncias inventadas por companheiros empenhados em conflitos políticos.
Assim como Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva e Carlos Lupi, agora é a vez de Fernando Pimentel tentar sair pela tangente, evitando pronunciar-se sobre o conteúdo das acusações. Houve ou não tráfico de influência em suas atividades de consultor de empresas? Foram celebrados contratos de consultoria com entidades e empresas beneficiadas durante seu período de prefeito de Belo Horizonte, configurando retribuição pouco ética, que lhe rendeu pelo menos dois milhões de reais em dois anos?
Noves fora a economia interna do PT mineiro, em luta de foice em quarto escuro por conta das eleições para prefeito da capital, em 2012, a defesa do ministro visa o mesmo alvo de sempre, a imprensa.
Estaria o governo sofrendo os efeitos de pérfida e solerte manobra do dr. Silvana? O inimigo número 1 da Humanidade teria outra vez montado seu laboratório secreto nos porões da Esplanada dos Ministérios, para atormentar a presidente Dilma e deixar em frangalhos as instituições nacionais? Dele partiu o desmonte do ministério e a desmoralização dos partidos políticos? Ao investir contra mais um ministro do PT, depois ver arcabuzado um do PDT, pretenderia esse cientista louco acabar com o pouco que resta do trabalhismo brasileiro?
Essa parece a conclusão não só de Pimentel, mas de quantos deixam de perceber que tudo acontece porque a natureza das coisas é implacável. Denúncias de corrupção devem ser apuradas como imperativo da liberdade de informação e de expressão do pensamento. Fosse na ditadura e nada seria publicado. Só falta botarem a culpa na democracia.

Nota do Editor: Em 2012, a cúpula do Partido dos Trabalhadores elegeu como prioridade número um a "regulação da mídia", entendida por eles como não censura. Os caciques do partido estão sensivelmente preocupados com as revelações que derrubaram 06 ministros no primeiro ano do Governo Dilma Rousseff.

Prioridades da nova classe media são ‘casa’ e ‘estudo’

Pesquisa feita por encomenda da Confederação Nacional da Agricultura esboçou uma foto da ‘classe C’.
Hoje chamada de ‘nova classe média’, esse naco da sociedade responde por 55% da população brasileira.
Verificou-se que as duas prioridades desse segumento são a aquisição da casa própria e o acesso ao estudo.
Ouviram-se 2 mil pessoas com renda familiar entre R$ 1.200 e R$ 5.200 mensais. As entrevistas foram feitas nas cidades e no campo.
A grossa maioria dos entrevistados (81%) disse que planeja comprar a casa própria nos próximos meses.
O sonho do teto é comum nos meios urbano e rural. Nas cidades, 21% das pessoas ouvidas guindaram a casa à condição de priroridade. No campo, 20%.
A educação também é citada como prioridade nos dois ambientes. O acesso ao estudo frequenta o topo das preocupações de 13% da classe média urbana. Nas áreas rurais, 17%.
Aferiu-se o acesso da classe C à internet. Quase metade dos entrevistados (49%) tem acesso à web. Bem mais nas áreas urbanas (52%) do que no meio rural (28%).
A pesquisa foi feita pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), do sociólogo Antonio Lavareda.
A sondagem revelou que a maioria da nova classe media (88%) vive nas cidades. Tomada por inteiro, 84% da população brasileira vive nas áreas urbanas.
Apenas 12% da classe C mora na zona rural, contra 16% da população brasileira em geral.
Para refinar os dados, o instituto dividiu a classe C em três subgrupos: ‘C tradicional’, ‘C mais’ e ‘C menos’.
O primeiro grupo (‘tradicional’) soma 41% da classe C. É gente que já se considerava de classe média antes da mobilidade que alterou as feições desse estrato social.
O segundo grupo (‘mais’) corresponde a 39% do segmento. São pessoas que declaram enfaticamente que suas condições de vida melhoraram nos últimos anos.
O terceiro grupo (‘menos’) representa 20% da dita nova classe média. Integram-no brasileiros que, a despeito da melhoria, dispõem de escolaridade mais baixa.
Estão menos aparelhados para usufruir das oportunidades que a ascensão social propicia.
Os responsáveis pela sondagem concluíram que as diferenças de perfis exigem do Estado a elaboração de políticas específicas para cada subgrupo.

Coluna do jornalista Josias de Souza, Folha de São Paulo.

Cássio cobra transparência na aplicação dos recursos da DRU

 

Cássio cobra transparência na aplicação dos recursos da DRU


“O Governo receberá do Congresso R$ 62 milhões para gastar da forma que bem entender, sem que haja o mínimo de transparência e de debate público, um cheque em branco tirando dinheiro da saúde para pagar a máquina pública inchada e ineficaz”.

A declaração, em tom de protesto, foi feito da tribuna do Senado Federal, nesta quinta-feira (08), pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB), ao encaminhar voto contrário à PEC 114/2011, que prorroga a DRU (desvinculação das receitas da União).

“Ontem não existia dinheiro para a saúde. Hoje, o Governo pede autorização a esta Casa para remanejar recursos da saúde. Queremos transparência e exigimos coerência”, cobrou o senador paraibano.

Foi exatamente no período do Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso que a atualmente chamada DRU foi criada. Naquela época, era o Fundo Social de Emergência e, depois, convertido para o Fundo de Estabilidade Fiscal, segundo o parlamentar, numa conjuntura absolutamente diversa e distinta da atual.

Porém, explicou o senador, “Era outro momento econômico, era outro instante da história do Brasil, e, de forma consensual, tínhamos, nessa liberalidade de aplicação de um orçamento sabidamente vinculado, uma ferramenta eficiente para garantir a estabilidade econômica. Muda-se a circunstância, mas os instrumentos permanecem”, afirmou Cássio Cunha Lima.

Da tribuna, o senador confessa que, particularmente, em tese, dada essa extrema vinculação dos recursos do Orçamento da União, não é contrário de todo contra a DRU.

“Já fui Governador da Paraíba por dois mandatos; conheço bem os limites do Poder Executivo, mas o que se discute aqui é o aprimoramento desta relação de Governo e oposição, em primeiro lugar, e do Governo com a própria sociedade, quando poderíamos, numa oportunidade como esta, oferecer um pouco mais de transparência, de interatividade, entre o Governo, o Parlamento e o povo brasileiro”, ressaltou, da tribuna o senador Cássio Cunha Lima.

Crítica ao modelo atual da federação

“Votarei contra a DRU pela forma pouco transparente com que essa discussão é feita no respeito ao próprio Parlamento, é preciso que haja no mínimo coerência nas ações de gestão do Governo Federal”.

Se um dia não pode conceder recursos para a saúde, no outro pede autorização para remanejar recursos da saúde, tirando da saúde para levar para o custeio, pagamento das contas mensais de água, de luz, de telefone, pagamento de diária de uma máquina pública que não para de crescer, uma máquina pública absolutamente incompatível no seu tamanho com a qualidade dos serviços que presta.

“Aqui não é uma crítica pontual a este governo ou aquele governo, é uma crítica, uma reflexão, que deve ser feita ao modelo de país que estamos construindo, ao layout, para usar uma expressão estrangeira, onde temos na nossa Constituição uma estrutura de Federação, está é a casa da Federação, e na prática o país caminha a passos largos para se transformar num país unitário”, disse Cássio em seu pronunciamento transmitido pela TV Senado.

Assessoria

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Charge! Tiago Recchia.

Tiago Recchia

Charge! Nani!

Pré-candidaturas de Fernando Bezerra e João Coutinho não sáo apenas "flores do recesso".



As ações políticas do governador Eduardo Campos no sentido de manter a hegemonia do PSB no contexto da Frente Popular, por vezes atropelando acordos firmados no interior da aliança, já foi tratado por um veículo de comunicação do Estado como uma revanche. Não queremos entrar nesse mérito no momento,mas, a a julgar pelo que vem ocorrendo com os "soldados palacianos"  escalados para trocar de domicílio eleitoral no final do prazo determinado pela legislação – conforme tratamos isso em artigo – no mínimo podemos afirmar que Fernando Bezerra Coelho está na fase de aquecimento. Não foi convocado para ficar no banco de reserva. No caso de Jaboatão dos Guararapes, a candidatura do deputado João Fernando Coutinho é dada como certa. Como mantém uma excelente relação com o governador, ao tomar conhecimento do assunto, o Deputado Federal Sérgio Guerra, Presidente Nacional do PSDB, tratou a questão como flores do recesso, adiantando que, no momento, o fenômeno da pulverização de candidaturas seria natural, mas que depois do carnaval, aí sim, os acordo seriam rigorosamente firmados. Com isso, Sérgio está querendo afirmar que ainda acredita no apoio do governador à candidatura de Elias Gomes, o que é muito pouco provável. Amanhã, no blog, mais um artigo sobre as eleições do Recife, onde o editor faz uma análise dos últimos acontecimentos sobre o assunto. 

Jorge Gerdau aplicará um "choque de gestão" na máquina pública brasileira.



A presidente Dilma Rousseff nomeou o empresário Jorge Gerdau para a Câmara de Gestão do Governo. O objetivo do empresário é analisar a gestão pública brasileira e propor um choque de gestão que possa tornar a máquina mais eficaz e eficiente. Salvo algum engano, Gerdau também orienta o Governo de Pernambuco, numa espécie de consultoria informal. Não vai ser fácil por ordem na casa, sobretudo considerando as inúmeras variáveis políticas com as quais Gerdau terá que lidar. Num dos seus primeiros pronunciamentos, muito bem à vontade, o empresário classificou a máquina pública brasileira como ingovernável. Afinal, são 40 ministérios, na concepção do empresário, um absurdo. Possivelmente como reflexo dessas observações, Dilma Rousseff já antecipa que pretende promover algumas mudanças no seu ministério a partir de Janeiro, fundindo algumas pastas e, quem sabe, extinguindo outras. Quem deseja aprofundar-se mais sobre o assunto, leia matéria da revista Exame desta semana.