Até recentemente, fomos informados de que o Planalto promete gestões políticas para a retirada da candidatura da Deputada Federal Tabata Amaral, do PSB, à Prefeitura de São Paulo. Ficamos por aqui a imaginar o que seria oferecido em troca de uma eventual desistência da socialista, o que, em tese, poderia significar um embaraço a menos para o candidato oficial do Governo, Guilherme Boulos, do Psol. É muito pouco provável que isso ocorra, a essa altura do campeonato, há um pouco menos de ano das eleições.
Além de tratar-se de um projeto pessoal da deputada - alimentado durante anos - pelo andar da carruagem política, considerando as rusgas entre socialistas e petistas no plano nacional, dificilmente um acordo seria estabelecido neste sentido. Definha a participação dos socialistas no Governo Lula. O futuro Ministro do STF, Flávio Dino, tinha planos de manter Ricardo Cappelli como seu sucessor no Ministério da Justiça, o que acabou não ocorrendo. Lula está entregando aquele ministério, de porteira fechada, ao ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandoswski. Por tal critério, o Secretário Nacional de Segurança Pública, o pernambucano Tadeu Alencar, PSB, também perdeu o cargo.
Ricardo Cappelli já se despediu do cargo, depois de uma longa folha de serviços prestados ao Governo. Há quem diga que aguarda a nomeação para ocupar um cargo em outro ministério. Até para dirigir a ABIN o seu nome vem sendo especulado, embora, se depender dos servidores do orgão, o melhor seria a indicação de um servidor de carreira, algo que talvez contribua para recuperar a imagem da instituição, depois dos desgastes produzidos por uma ABIN paralela, que estaria envolvida com um trabalho irregular de contra-inteligência de Estado.
Curioso que Márcio França chegou a cogitar lançar o nome do ex-Secretário Executivo do Ministério da Justiça como candidato do PSB à Prefeitura do Rio de Janeiro, quando se sabe que o PT apoia o nome de Eduardo Paes. Até em praças como o Recife, onde o PSB é franco favorito, o que se especula nos escaninhos é que a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, sugere que o apoio do Planalto só seria assegurado se o PT indicar o nome a vice. Trata-se de uma costura política complicada, daí sugerirmos, no início, ser improvável algum acordo entre as duas legendas para a retirada do nome de Tabata Amaral em São Paulo.
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