Faz algum tempo que não tomamos aquele café da manhã incomparável da região do brejo paraibano. Noutros tempos, quando ainda não havíamos nos recolhido aos aposentos - onde tudo que se deseja é ficar em paz, como observou Pepe Mujica, recentemente, alertando que não gostaria de ser mais incomodado - não era incomum circularmos pela região, com paradas obrigatórias em Serraria e em Alagoa Grande, a terra do grande Jackson do Pandeiro, onde fazíamos o repasto da culinária nordestina, acompanhado, inevitavelmente, por uma cachaça artesanal produzida por um dos engenhos locais. As boas coisas da vida, como diria o saudoso cronista, Rubem Braga. Aliás, hoje ali se produzem as melhores cachaças artesanais do país.
Nos tempos do comendador Arnaldo, fazíamos o nosso próprio Caminho do Frio, subvertendo o percurso estabelecido pelos organizadores do evento. Arnaldo conhece a região como a palma da mão, dos tempos em que tirava folga - fugia seria o termo mais apropriado? - das redações dos jornais da capital João Pessoa e se embrenhava nas aventuras do brejo. E, por falar em recolhimento, Arnaldo hoje passa seus dias num chalé, em Bananeiras, comendo seus filés de camarão de água doce. Quem precisa das ovas de esturjão para ser feliz? Filosofa o líder da confraria.
O grupo, ao seu modo, fez muitas gestões para que, finalmente, fosse erguido um memorial em homenagem ao grande cantor nordestino, em sua cidade natal. Outro dia, acompanhado um desses vídeos que viralizam nas redes sociais, observemos uma mulher que pulava que só uma guariba, Jackson. Não se explica o motivo, mas várias mulheres resolvem partir para cima de uma delas, que se defendeu como podia. A mulher era escorregadia e tinha uma técnica de luta capaz de deixar seus adversários desconsertados.
Não tanto pelos golpes, mas por sua facilidade em livrar-se das investidas, posicionando-se com o corpo agachado, derrubando suas adversárias, correndo e pulando para um lado e para outro, despistando os agressores. Concluímos que o fato pode ter ocorrido no Paraná, uma vez que o vídeo foi reproduzi por uma rádio do estado, mas bem que poderia ter ocorrido com alguma guariba paraibana. Para completar o enredo, enquanto a luta rolava, tocava uma música ao fundo. Era outra música, mas bem que poderia ser a Comadre Sebastiana. A letra da música, do compositor pernambucano Rosil Cavalcanti, tornou-se um marco na carreira do paraibano.
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