Lula tem tomado algumas decisões que estão deixando o mundo político atônito. Resolveu fazer de Edinho Silva o novo presidente do PT, mesmo contrariando ala cada vez mais barulhenta da legenda, que prefere um nome do Nordeste. Noutros tempos, isso se resolvia com um pouco de vaselina política, mas, a julgar pelas ponderações do ex-timoneiro José Dirceu, que conhece o partido como ninguém, se os ânimos não forem apaziguados, os danos produzidos poderão ser preocupantes. Contrariando toda a lógica da manha política, optou por indicar o nome da deputada federal Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais, um cargo que exige um traquejo politico que, definitivamente, a deputada não tem.
Análises mais recentes sugerem que Lula teria abandonando o varejo politico e estaria, na realidade, preocupado com as articulações em torno das macros alianças relativas ao seu projeto de 2026. Será? Curioso que a própria Gleisi teria endossado a tese da indicação de um nome do Centrão para o varejo político junto à Câmara dos Deputados, assumindo a condição de líder do Governo Lula3. Em mais um lance curioso, o nome do deputado federal por São Paulo, Guilherme Boulos, voltou à bolsa de aposta na condição de eventual indicação para um ministério em Brasília. Derrotado em São Paulo, Guilherme Boulos integra o PSOL, partido que só acompanha o Governo em votação no Congresso quando as conveniências ideológicas ou programáticas da legenda se coadunam com as pautas em votação. Não é incomum o partido votar contra o Governo.
Guilherme Boulos é literalmente um coelho que está sendo retirado da cartola. Com que propósito? Projetá-lo para a disputa de 2026? Mesmo depois da experiência paulista, que mostrou que uma chapa puro-sangue não trouxe os resultados esperados?
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