pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: The Wall Street Journal e a nova ordem mundial.
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terça-feira, 4 de março de 2025

Editorial: The Wall Street Journal e a nova ordem mundial.


Ontem comentávamos por aqui sobre uma matéria da conceituada revista britânica The Economist acerca da saúde da democracia brasileira. O diagnóstico é preciso, estamos de acordo que as nossas instituições democráticas não estão com a saúde em ordem, mas temos profundas divergências sobre as causas da doença, assim como sobre o tratamento a ser ministrado. Uma dose da dipirona anistia, clamadas por notórios golpistas em apuros, por exemplo, não seria bem-vinda no nosso caso. O mais preocupante, no entanto, é um editorial publicado na segunda-feira, também pelo prestigiado jornal americano The Wall Street Journal, bíblia do mundo corporativo, onde é tratado um suposto acordo que o jornal denomina de nova ordem mundial, dividindo o planeta em áreas de influência dos Estados Unidos, China e Rússia. 

Pelo raciocínio do editorialista do jornal, explica-se, por exemplo, o comportamento relativamente amigável adotado pelo presidente Donald Trump em relação à China e a Rússia. Nesta nova ordem, o mundo ficaria dividido assim: Os Estados Unidos ficaria com as Américas, a China com o Pacífico, e a Rússia com a Europa. Faz sentido, por exemplo, consoante tal análise, o posicionamento dos Estados Unidos em relação à guerra na Ucrânia, onde Trump já decidiu que não mais ajudará Zelensky, assim como seus pronunciamentos em relação ao Canal do Panamá, o Canadá e o México. 

Na época da antiga União Soviética chamávamos isso de Guerra Fria, mas acreditamos que o conceito já não atende mais as circunstâncias atuais, onde sugere-se mais uma aliança global entre as grandes potências mundiais. Naqueles tempos, depois da crise dos mísseis instalados em Cuba, em 1962, a ilha ficou completamente isolada, depois que os americanos e os russos sentaram à mesa para dirimir essa questão. Os soviéticos retiraram o mísseis, a ajuda militar e informaram que não participariam de nenhum levante revolucionário na América. Dizem que o comandante Fidel Castro à época, deu muitos socos na mesa. A referência é para refletirmos sobre como ficará a situação da Venezuela, que mantém cordiais relações com a Rússia e a China. 


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