A família Vital do Rego tem sua base política na cidade de Campina Grande. Nas últimas eleições, o senador Vitalzinho do Rego candidatou-se para o Governo do Estado. Perdeu as eleições, mas manteve-se fiel ao projeto de reeleição de Dilma Rousseff. No primeiro e no segundo turno, registre-se. Assim que foram conhecidos os resultados do primeiro turno, de imediato, a família declarou apoio à reeleição de Ricardo Coutinho(PSB), contribuindo para equilibrar a correlação de forças políticas em Campina Grande, fundamental para a eleição do "Mago". Em razão da família Cássio Cunha Lima, Campina Grande se tornou uma espécie de ilha tucana no Nordeste. No segundo turno, Cássio pretendia ampliar sua vantagem na cidade, o que poderia proporcionar sua vitória. Não deu certo. Comenta-se que Veneziano Vital do Rego - do mesmo clã -, ex-prefeito da cidade, empenhou-se pessoalmente para que o objetivo de Cássio não se materializasse. Quem conhece a política paraibana sabe que as eleições majoritárias no Estado passam, necessariamente, por Campina Grande. De compleição física entroncada - é bem baixinho - Vital do Rego é um animal político, na mais pura acepção do termo. Come o mingau quente pelas beiradas, devagarzinho, conforme recomenda os bons manuais de sobrevivência política. Goza de um grande prestígio na máquina do PMDB. Por mais de uma vez, seu nome foi indicado para ocupar um espaço na Esplanada dos Ministérios. Até recentemente seu nome esteve na bolsa de apostas para o Ministério da Integração Nacional. Preterido, não amuou-se. Afogou suas mágoas com uma boa carne de sol com feijão verde, numa barzinho qualquer de sua cidade natal, acompanhada de uma boa lapada de Volúpia. As mágoas ficaram nas coxias. De público, não perdeu sua capilaridade na máquina partidária. Continuou fazendo o que sabe muito: articular-se. Agora veio a recompensa. Seu nome será indicado para uma vaga vitalícia no Tribunal de Conta da União. Indicado não seria bem o termo, mas trata-se de uma reunião mineira, ou seja, tudo acertado previamente. Como diria nossos avós, mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Não sei que cálculo ele fez do cenário político paraibano, mas a derrota, possivelmente, o levou a tirar algumas conclusões. No próprio clã familiar há nomes com maior potencialidade. O pacto já teria sido fechado entre PMDB e PT. Vital vai para o TCU enquanto José Eduardo Cardoso seria indicado a substituir Joaquim Barbosa no STF, mesmo depois dos problemas indisciplinares da Polícia Federal.
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