Sob o argumento de "pautas administrativas", tem sido recorrentes os encontros entre integrantes da família Coelho e os ocupantes do Palácio do Campo das Princesas. Amiúde, comenta-se sobre a possibilidade concreta de articulações políticas de olhos nas eleições de 2022. Hoje, o capital político da família Coelho interessaria a qualquer força política no Estado. Durante os últimos anos, eles adubaram bem as bases nas diversas microrregiões do Estado, pavimentaram as estradas, de olho, inclusive, num projeto majoritário de um dos herdeiros do clã familiar, Miguel Coelho(MDB), atual prefeito de Patrolina. Consoante determinados arranjos, no entanto, o herdeiro do clã pode esperar um pouco mais para viabilizar seu principal projeto político. Ainda é muito jovem. O pai, o senador Fernando Bezerra Coelho(MDB), por exemplo, tem sido resiliente desde os tempos do ex-governador Eduardo Campos, que, matreiramente, para evitar eventuais perda de controle do grupo, indicou técnicos de sua estrita confiança para a ocupação de cargos majoritários do Estado, a exemplo do próprio Paulo Câmara.
Ainda é prematuro afirmar que esses acordos já estariam sendo costurados, mas não se pode descatá-los, uma vez que a disputa no campo das oposições também apresenta alguns complicadores, como, por exemplo, definir os ungidos do grupo para as vagas em disputa, compondo a chapa majoritária, o que implica em váriáveis quase sempre de difícil controle. Soma-se a isso, as eleições presidenciais tambem em curso, o que faz de Pernambuco um Estado submetido a constantes assédios de pretendentes ao Palácio do Planalto, como Ciro Gomes(PDT) e Lula(PT). Como são eleições casadas, as articulações nacionais tem reflexos nos arranjos políticos estaduais. O Deputado Federal Marcelo Freixo, por exemplo, desembarcou no PSB, no contexto de uma costura que prevê o apoio do PT à sua candidatura ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, em 2022, que contaria com o apoio do PT, mediante acordos aqui na província com o PSB.
Animal político de faro aguçado, não surpreende que o chefe do clã dos Coelhos, o senador Fernando Bezerra Coelho(MDB), tenha reaberto este diálogo com o Palácio do Campo das Princesas. Uma possível aliança entre o grupo Coelho e o Palácio do campo das Princesas emprestaria uma musculatura política invejável a esta coalizão de forças, uma vez, que, como dissemos no início, a família Coelho vem adubando suas bases políticas religiosamente em todos os quadrantes do Estado. Um complicador poderia ser o alinhamento do senador, no plano nacional, com correntes políticas adversárias dos socialistas.
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