sábado, 12 de outubro de 2024
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Editorial: O debate da Band é segunda-feira.
O primeiro grande debate entre os candidatos que concorrem ao segundo turno dessas eleições municipais ocorre nesta segunda-feira, dia 14, transmitido pela Rede Bandeirantes e suas afiliadas por todo o país. Pioneira na realização desses debates, a TV paulista sempre incorporou mudanças que pudessem melhorar a qualidade dos encontros, não surpreendendo que, os debates do segundo turno possam trazer algumas novidades, como o banco de tempo adotado no debate da Folha\UOL. Como a disputa se dá entre dois candidatos apenas, independentemente do formato, o embate propositivo ganha uma dimensão mais substantiva. No dia ontem, saíram as primeiras pesquisas sobre este segundo turno, a partir dos levantamentos realizados pelos Institutos Paraná Pesquisas e o Datafolha.
Como sempre, São Paulo atrai as atenções nacionais. Liderando com folga, Ricardo Nunes mostra-se reticente em aceitar o apoio explícito de Pablo Marçal. Por outro lado, correndo atrás dos números, Guilherme Boulos afirma que não recusaria os votos do eleitor do empresário, admitindo, inclusive, que algumas de suas propostas podem ser avaliados num futuro governo do psolista. Lula deve entrar de sola na campanha, principalmente porque vencer em São Paulo poderia representar uma redenção diante do fiasco do partido nacionalmente.
E, por falar em Lula, o fato de ter perdido em praças importantes de São Paulo deixou o petista bastante preocupado. O PT foi derrotado na região do ABC, inclusive em cidades como São Bernardo, berço da legenda. Araraquara, na região central do Estado, um bastião tido como inexpugnável pelo partido, controlado por décadas por lideranças como Edinho Silva, também caiu nas mãos da oposição. Exceto em Belo Horizonte, onde o partido apoia Fuad Noman, do PSD, as nuvens continuam escuras para a legenda. A situação não é confortável em São Paulo, Natal e Fortaleza.
quinta-feira, 10 de outubro de 2024
Editorial: Paulista, uma cidade em ruínas.
Não vamos entrar aqui nos pormenores para não "melindrar", este que é o verbo da moda. Ficamos sabendo a pouco sobre a confusão armada em relação ao PT na cidade de Paulista, cidade localizada na Região Metropolitana do Recife. Ali a eleição foi para o segundo turno e, neste contexto, ocorreu um rearranjo de forças forçado por tal contingência. O candidato do PSDB, Ramos, recebe o apoio da governadora Raquel Lira, como seria natural, ela que se empenhou pessoalmente em apoios a inúmeros candidatos pelo estado. Foi até exitosa neste projeto, uma vez que o partido ampliou sensivelmente o número de prefeitos no estado.
Num contexto onde os tucanos não foram bem em nível nacional, a governadora amplia seu capital político. Em São Paulo, por exemplo, o partido não conseguiu eleger um vereador sequer. Pela manhã, o diretório municipal do PT na cidade, estabeleceu uma moção de apoio ao nome de Ramos. Júnior Matuto, do PSB, foi à Brasília pedir o apoio de Lula ao seu projeto de voltar a gerir a cidade. Salvo melhor juízo, o morubixaba petista gravou um vídeo em apoio ao candidato e a Executiva Nacional da legenda desautorizou o apoio do diretório municipal ao nome de Ramos, fato endossado pela Executiva Estadual do Partido.
Cidade-Fábrica no passado, Paulista se transformou numa zona onde prevalecem os interesses de grupelhos políticos, sem qualquer viés ideológico, submetidos aos interesses comezinhos, sem o menor senso de espírito público. Questões ideológicas estão longe de estabelecerem os critérios para a formação de alianças políticas. O abandono do Cineteatro Paulo Freire, no centro da cidade, onde outrora funcionava o "Cinema da Companhia", retratado nos nossos romances, está em ruínas, assim como a praça principal e logradouros centrais. É um exemplo da ausência de cuidado dos gestores ao longo de décadas, alguns deles sem a menor credencial para se habilitarem a retornar a gerir a cidade.
Editorial: Saiu a Paraná Pesquisas sobre a disputa em São Paulo.
Agora com o "X" liberado, as notícias chegam rapidinho. Acaba de ser divulgado um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas sobre a disputa do segundo turno em São Paulo. Pelo instituto, o candidato Ricardo Nunes, atual gestor da cidade que concorre à reeleição, aparece com 52,8% das intenções de voto, enquanto o candidato do Palácio do Planalto, Guilherme Boulos, crava 39% das intenções de voto. Apesar das arengas de sempre, envolvendo partidários de ambos os lados, contestando os resultados dessas pesquisas, é bom frisar por aqui que o instituto, na reta final da campanha, acertou com precisão os escores dos três candidatos, Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Pablo Marçal.
Ainda hoje deve sair os dados do levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, que goza do crédito da antiguidade e da longa expertise em pesquisas eleitorais. Vamos aguardar se ambos os institutos convergem sobre esses números. São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza são eleições que deverão contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como do capitão Bolsonaro. Segundo Valdemar da Costa Neto, depois das rinhas internas, Bolsonaro deve visitar as 22 cidades onde o PL ou aliados disputam o segundo turno.
A participação do ex-presidente Jair Bolsonaro no pleito paulista tem sido marcada por grandes controvérsias. O capitão tem emitido sinais oblíquos em relação ao seu efetivo apoio ao candidato Ricardo Nunes, do MDB. Os problemas se arrastam desde a escolha do candidato, depois da definição do vice e durante a campanha do primeiro turno, onde Bolsonaro, literalmente, ficou indeciso sobre se deveria apoiar o nome indicado pelo partido ou o do empresário Pablo Marçal.
Editorial: Em Fortaleza, PDT não endossa apoio ao PT.
Na eleição em segundo turno em Fortaleza, a direita deve se unir em torno do nome do deputado federal André Fernandes, que disputa a nova eleição com o representante do PT, Evandro Leitão. Ambos estão indo para o segundo turno, mas André Fernandes consegue, neste momento, unir a direita em torno do seu projeto político, pois já recebeu sinalização positivas do Capitão Wagner, do União Brasil, e do senador Eduardo Girão, do Novo. Por outro lado, Evandro Leitão, que deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu palanque nesta reta final do pleito, não deverá contar com o apoio do atual gestor da cidade, José Sarto, vinculado ao PDT.
O partido lançou uma nota onde descarta uma apoio formal, mas dá liberdade aos eleitores que sufragaram seu nome a encampar a candidatura do PT contra o candidato do PL. Pelo andar da carruagem política, o racha entre o PDT e o PT naquela praça é briga feia, dessas onde as reconciliações são difíceis. O ex-presidenciável Ciro Gomes, muito ligado a José Sarto, é um poço até aqui de mágoas em relação à companheirada. Em determinados momentos de suas entrevistas concedidas à imprensa do estado e do país, Ciro sugere ter dúvidas sobre o que seria o mal maior para a capital do estado, se cair nas mãos do PL ou do PT.
Depois do sermão de Silas Malafaia, quem deve aparecer no estado é o ex-presidente Jair Bolsonaro. André Fernandes é um bolsonarista raiz. Uma vitória de André Fernandes, com amplas chances de chegar lá, inicia um novo ciclo na gestão da capital, destruindo um projeto de décadas do campo progressista, que começou a décadas atrás, na realidade, com o desmonte das grandes oligarquias políticas que controlavam a política no estado, algumas dessas nucleações cevadas durante o regime militar. Uma pena que divergências pontuais possam levar esse projeto coletivo ao naufrágio.
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Editorial: As gestões para Nunes costurar um acordo com Marçal.
Partindo desse raciocínio, lideranças políticas do campo conservador estão se mobilizando no sentido de fazer gestões no sentido de articular uma aliança entre o prefeito Ricardo Nunes e o empresário Pablo Marçal, de olho na composição dos votos no segundo turno. Não sabemos baseados em que, Marçal já andou declarando que Guilherme Boulos pode vencer as eleições de São Paulo neste segundo turno. Hoje saiu a notícia de que nada menos do que 50 mil eleitores anularam o seu voto cravando o número do PT nas urnas.
Considerávamos que a composição entre ambos fosse uma situação contingencial, mas não é. O grupo ligado a Marçal não se sente muito à vontade com o staff de Nunes. O mais preocupante disso tudo é que o ex-coach já tem seu nome garantido na bolsa de apostas para as eleições presidenciais de 2026.
Editorial: Conclusões sobre as últimas eleições municipais a partir do "bruxo".

Há uma profusão de análises sobre as eleições de 2024. Não surpreende neste momento, uma vez que tal eleição representou um avanço das forças de centro-direita, e até de extrema-direita na quadra política brasileira, capaz de mexer no tabuleiro central daqui para frente. Eles avançaram em termos de capilaridade política e número de votos, não deixando margem para dúvidas. Mantida essa tendência de crescimento do centro-direita no país, é uma questão de tempo - 2026 ou 2030 - para esses grupos tomarem a bastilha do Palácio do Planalto.
Setores do campo progressistas já advogam que Lula precisará se reinventar a partir dessa segunda quadra de mandato, criando uma espécie de Lula 3b. O problema é que o morubixaba petista emite sinais de quem não estaria muito motivado para este embate, talvez preferindo a opção de tornar-se "confiável" a essa correlação de forças que se engendra neste momento. É estranho o rumo que o seu governo está tomando, em alguns casos abdicando de pautas caras ao campo progressista. Ontem tivemos a oportunidade de acompanhar uma entrevista do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ao Folha\OUL.
Como bom estrategista, não revela todos os seus planos, permitindo algum mistério ou, deliberadamente, emitindo comentários que podem confundir o adversário. Kassab aprendeu com as ostras a não abrir a boca além do limite permitido. Ocorre um fenômeno curioso com esses moluscos. Durante a maré baixa eles costumam abrir a boca. Os caranguejos aproveitam para atirar uma pedra ou uma alga nesta abertura, não permitindo que eles voltem a fechá-la, tornando-se fácil a sua captura. Por falar demais, esses moluscos viram comida de caranguejo. Fica a lição.
Daquilo que foi possível abstrair de sua entrevista, podemos concluir que o nome que está sendo trabalhado no momento por esses segmentos conservadores é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pois este tem maior maleabilidade política e partidária do que o capitão, que, além de inelegível, não seria um homem de partido; As rusgas públicas externadas pelo pastor Silas Malafaia podem ir além de um desabafo, indicando que há defecções na base de apoio bolsonarista; Há particularidades entre uma eleição municipal e uma eleição presidencial, mas, a rigor, a direita ampliou sua musculatura nessas eleições; O debacle do PT não representa, necessariamente, um enfraquecimento do morubixaba petista, uma liderança suprapartidária.
terça-feira, 8 de outubro de 2024
Editorial: Racha entre bolsonaristas.
O PL ainda comemora os resultados obtidos nesta eleição. Foi o partido que conseguiu o maior número de votos em todo o país. Atingiu a metade da meta anterior, que seria a eleição de mil prefeitos. Elegeu apenas 509. Valdemar da Costa Neto, presidente nacional da legenda, argumenta que o problema esteve relacionado à ausência de diálogo entre ele e Jair Bolsonaro, cumprindo uma determinação do STF. Sugere-se, no entanto, que o problema da ausência de diálogo não se restringiu aos caciques da legenda. O pastor Silas Malafaia, bolsonarista raiz, rasgou o verbo para questionar a ausência do capitão nas eleições em São Paulo e em Curitiba.
De fato, Bolsonaro cometeu um equívoco em seu posicionamento nas eleições paulistas. Desde o início da campanha a relação entre ele e Ricardo Nunes era de idas e vindas. O acordo com Ricardo Nunes era mais uma decisão do PL, através de Valdemar da Costa Neto, que já tinha gente sua na máquina da prefeitura. Depois veio a novela do vice, que o staff do prefeito não considerava de bom alvitre que fosse indicado um bolsonarista raiz. Bolsonaro fez valer o seu capital político e assegurou a indicação do coronel Mello. De fato, ajustadas essas questões, imaginava-se que o capitão pudesse entrar de sola na campanha de reeleição de Nunes, o que não ocorreu.
Neste intervalo, surge o nome de Pablo Marçal, um furacão que prometia varrer Nunes da prefeitura, causando apreensão nas hostes políticas vinculadas à reeleição do prefeito. Bolsonaro relutou em engajar-se na campanha de Nunes, temendo uma eventual vitória de Pablo Marçal. É aqui que entra os questionamentos sobre a sua postura reticente, que poderia ter influído na decisão da eleição num segundo momento. Curioso que os eleitores ligados a Pablo Marçal também não perdoam a postura do capitão, sugerindo pelas redes sociais que estão dispostos a votarem em Boulos apenas por vingança.
Editorial: Bolsonaro deve participar da campanha de segundo turno na Paraíba.
A expectativa era a de que a campanha política para a Prefeitura de João Pessoa pudesse ser encerrada ainda no primeiro turno. Desde o início, o atual gestor, Cícero Lucena(PP-PB), que conta com o apoio de setores progressistas, como o PSB do governador João Azevedo, liderou todas as pesquisas de intenção de voto. Outra surpresa foi a arrancada de Marcelo Queiroga(PL-PB), já na reta final, superando o candidato do Podemos, Rui Carneiro. Difícil dimensionar o estrago que a prisão da primeira-dama, Lauremília Lucena, teria produzido na campanha de Cícero Lucena.
Adianto que este fato foi muitíssimo explorado durante os debates que antecederam o pleito. O caso é bastante preocupante e, no nosso entendimento, externado dias antes do pleito, não poderia deixar de produzir seus na campanha do marido, que tenta a reeleição. Ao considerarmos esses efeitos, mesmo com uma larga vantagem de votos em relação ao bolsonarista, sugere-se um equilíbrio de forças nesta reta final de campanha de segundo turno. Ex-Ministro da Saúde durante o período nevrálgico da pandemia da Covid-19, Marcelo Queiroga tem um grande prestígio junto ao capitão Bolsonaro e assegura que eles estarão juntos nesta campanha de segundo turno. Restaria, tão somente, ajustar os procedimentos de agendas, uma vez que Bolsonaro deverá assumir outros compromissos pelo país afora.
A direção do PT local já declarou que estará marchando ao lado do prefeito Cícero Lucena. Aliás, desde o início da campanha, setores do partido defendiam esta tese. A direção nacional da legenda é que resolveu bancar uma candidatura própria, incorrendo no mesmo equívoco em Belo Horizonte, com Rogério Correia, que não conseguiu decolar. O senador Humberto Costa descartou completamente a possibilidade de o presidente Lula participar da campanha do segundo turno no estado da Paraíba.
Editorial: As chances de Ricardo Nunes são maiores.
Pelo andar da carruagem política, o PT deve amargar mais uma grande derrota na disputa pelas capitais do país. As previsões indicam que o prefeito Ricardo Nunes deve ser reconduzido ao cargo na maior metrópoles brasileira. É curiosa essa geografia do voto na praça paulista, por vezes, levando os analistas a concluírem precipitadamente por algum desfecho. Não apenas a geografia do voto, para ser mais preciso, mas o próprios institutos podem induzir aos equívocos. Ali pelo finalzinho do período eleitoral do primeiro turno foram divulgadas uma enxurrada de pesquisas de intenção de voto indicando que o embate maior seria mesmo entre Guilherme Boulos e Pablo Marçal. Nunes estaria fora do páreo.
A coluna do jornalista Cláudio Humberto traz uma revelação interessante sobre os acertos e erros dos institutos na capital paulista, onde observa que, mais uma vez, o Paraná Pesquisas foi o instituto que cravou os melhores escores de tendências de voto, apontando índices que viriam a ser confirmados pela apuração. Nunes leva vantagem neste segundo embate, uma vez que os eleitores de Pablo Marçal, necessariamente, teriam mais chances de endossarem o pleito de uma segunda gestão do prefeito. Há sinalizações entre ambos e, como dizem as raposas, principalmente no segundo turno, não se recusa apoio.
Curioso que o eleitor de Guilherme Boulos é um eleitor de boa formação, residindo em zonas de classe média, com renda alta. O eleitor da periferia não encampou o seu projeto, como se previa no início da campanha, com a inserção da ex-prefeita Marta Suplicy em sua chapa, ocupando a condição de vice. Tanto isso é verdade que ele pretende focar sua campanha de segundo turno nesses redutos. Numa eventual derrota de Guilherme Boulos qual, afinal, será o destino de sua companheira de chapa, que já esteve ocupando cargo de secretária na gestão de Nunes?
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
Editorial: Eleições presidenciais de 2026 passa pelo "bruxo".
Houve um tempo em que qualquer articulação em torno das eleições presidenciais passava, necessariamente, pelo PMDB. O partido não tinha nenhum liderança capaz de protagonizar a corrida presidencial, mas dispunha de um capital político nada desprezível: uma penca de prefeitos por todo o país. Hoje apenas MDB, o partido do velho Ulisses Guimarães saiu menor dessas últimas eleições presidenciais, sendo desbancado pelo PSD, comandado nacionalmente pelo bruxo Gilberto Kassab. Há algum tempo que este cidadão exerce forte influência na política brasileira.
Diferentemente do antigo PMDB, ele já cogitou, sem sucesso, lançar alguns nomes ao Planalto. Se as eleições presidenciais de 2026 já passavam por ele, agora, então, depois de eleger 878 prefeitos por todo o país, o PSD de Kassab passou a ser determinante nessas articulações. Para completar o enredo de preocupações do Planalto, ambos, PSD e MDB mantém fortes ligações. Quando ainda estavam em jogo as articulações em torno do apoio do nome de Ricardo Nunes(MDB-SP) em São Paulo, um pib político de peso costumava tomar um chazinho da tarde no Palácio Bandeirantes.
Figuras como Gilberto Kassab, Michel Temer, Ricardo Nunes, Rodrigo Garcia, Tarcísio de Freitas e representantes do PL participavam desses convescotes. Não escondiam que, daquele pib, poderia sair o nome apoiado pelas forças conservadoras para as eleições presidenciais de 2026. Em princípio, este nome poderá ser o do governador Tarcísio de Freitas, segundo dizem, de malas prontas para entrar no PL, partido que sai bastante fortalecido dessas eleições, pois obteve o maior número de votos. Encrencas para o Planalto é o que não faltam.
Editorial: Batalha de titãs em Belo Horizonte.
Embora tenhamos batalhas ferrenhas ainda no segundo turno, inclusive em algumas capitais, a direita e a extrema direita não podem se queixar do eleitorado. Já circulavam muitas previsões em torno de sua ascendência e deu o esperado. Apesar de ter ampliado o número de prefeituras em relação às eleições de 2020, não se pode negligenciar as dificuldades do Partido dos Trabalhadores, dificuldades registradas, inclusive, em seus redutos tradicionais, como o Nordeste. O PL conquistou a maior votação e o PSD, de Gilberto Kassab, alcançou o maior números de prefeituras, conforme havíamos previstos por aqui.
O bruxo Gilberto Kassab, fiel da balança, vai continuar exercendo forte influência sobre os arranjos políticos em todos os níveis no país. Depois de São Paulo, onde os candidatos Guilherme Boulos e Ricardo Nunes enfrentam o segundo turno, uma verdaderia batalha de titãs será travada em Belo Horizonte, a capital das Alterosas, onde devem se enfrentar as forças de direita e extrema direita ligadas ao candidato Bruno Engler, do PL, e as forças do centro e do campo progressista, representadas pelo atual gestor, Fuad Noman(PSD), que tenta a reeleição.
Havia a tendência de que o PT pudesse apoiar o nome de Fuad Noman logo no início da campanha, mas interferências - sugere-se agora que equivocadas - da Executiva Nacional referendou o nome de Rogério Correia, mesmo sabendo que ele teria pouca chance na disputa. Lideranças desses dois extremos estiveram ausentes da eleição em Belo Horizonte. Nem Zema, nem Bolsonaro, nem Lula deram as caras por ali. Agora, diante das circunstâncias, deveremos ter uma batalha de titãs no segundo turno daquelas eleições, reunindo a nata de ambos os lados na terra das Alterosas. A batalha promete.
Editorial: Esta talvez seja mesmo a eleição do crime organizado.
Todas as eleições são marcadas por alguma característica em particular. As eleição das fake news, por exemplo, que ensaiou um projeto de transformar a política num picadeiro de mentiras com o propósito de desconstruir a imagem dos adversários. Na era da pós-verdade, a mentira se tornou um instrumento político poderoso, de larga utilização por determinados segmentos da extrema direita. As fake news se transformam numa estratégia perene desde então, mantendo-se nas eleições subsequentes, como nesta última. Mas, nas eleições de 2024 ocorreu um fenômeno curioso. A intensa tentativa ou ingerência do crime organizado na eleição de alguns gestores e legisladores públicos.
Já bem lubrificados na máquina pública, participando de licitações, auferindo vantagens de toda a ordem, o crime organizado aproveitou a ocasião para ampliar seus tentáculos, como se verificou, inclusive através dos números. A Polícia Federal registrou o maior derrame de compra de votos das últimas eleições. Nunca o órgão havia apreendido tanto dinheiro com esta finalidade. R$ 51 milhões de reais. No caso do Rio de Janeiro, o que não surpreende, até agentes públicos ligados ao aparato de segurança pública foram detidos em flagrante delito.
O Rio é sempre um exemplo cabal de nosso processo célere de mexicanização, mas o nordeste também deu seus exemplos de como o crime organizado está se esguichando na máquina estatal. Há algum tempo atrás li um texto tratando deste assunto, escrito por um especialista, onde ele informava que o projeto do crime organizado não é tomar o poder. Eles desejam apenas fazer negócios com o Estado e aproveitar as benesses dessa parceria. Não concordamos à época, mas hoje, principalmente a partir de fatos ocorridos nessas eleições, damos a mão à palmatória.
sábado, 5 de outubro de 2024
Editorial: Nuvens cinzentas para o PT nessas eleições.
Hoje o presidente Lula fez uma última tentativa no primeiro turno de garantir a presença de Guilherme Boulos no segundo turno das eleições em São Paulo. Hoje o líder petista participou de uma carreata de campanha do psolista em São Paulo, juntamente com a esposa. Era uma questão de honra para o PT vencer naquela praça, mesmo sabendo do ventos desfavoráveis à legenda em todo o país. Esta pedra foi cantada desde as últimas eleições presidenciais, onde o partido encontrou muitas dificuldades, permitindo à direita avanços significativos no Legislativo, dificultando a vida da boa governança no terceiro mandato do morubixaba petista.
A onda de extrema direita que varre o continente europeu já chegou por aqui faz algum tempo. O PT perdeu o norte das narrativas e enfrenta sérios problemas na condução da política econômica. Caiu na armadilha de disputar espaço com a extrema direita na pauta de costumes, sacramentando seu definhamento. Mesmo antes do dia 06, amanhã, a direita e os grupos conservadores já estavam antevendo um malogro do partido nessas eleições. Em São Paulo, Boulos vai para os segundo turno disputando com um candidato disposto a tudo para alcançar seus objetivos, mas com um grande potencial de atrair setores conservadores do eleitorado. Aliás, o bolsonarismo raiz ele já atraiu, a julgar pelos últimos movimentos, o que também significa que o os votos de Nunes podem migrar para ele. O eleitor de Nunes pode votar em Pablo Marçal. Dificilmente votaria em Guilherme Boulos.
Aqui em Pernambuco, um outro percalço, desses bem emblemáticos, tratado por aqui como a Batalha dos Guararapes. Fazíamos referências à época disputa pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, o segundo colégio eleitoral do estado. Ali, os petistas da terra, com ligações com o Planalto, empreenderam todos os esforços para alavancar a candidatura de Elias Gomes, que já havia administrado o município no passado. Pela pesquisa do Instituto Exatta, publicada no dia de hoje, 05, o candidato Mano Medeiros, que concorre pelo PL, pode liquidar a fatura ainda no primeiro turno.
Editorial: Vitória da barbárie nas eleições em São Paulo? É o que está se desenhando.
Aguarda-se para logo mais duas últimas pesquisas sobre a corrida eleitoral em São Paulo, as realizadas pelos institutos Quaest e o Datafolha. Futura, Veritá e Real Time Big Data já anunciaram os seus dados, e, pelo andar da carruagem política, a extrema direita, representada pelo candidato Pablo Marçal já pode cantar vitória, depois de uma campanha marcada por métodos sórdidos, bem característicos desse agrupamento político. Marçal lidera ou aparece bem posicionado nessas três últimas pesquisas e deve ir para o segundo turno, onde irá travar uma batalha decisiva para ocupar a cadeira do Edifício Matarazzo.
Estava lendo a pouco o enredo sujo que envolve a tentativa de associar o nome do candidato do Psol, Guilherme Boulos, ao consumo de cocaína. Um enredo, para ser mais preciso, criminoso, que exigirá as providências do candidato, mas sabe-se lá se ele conseguirá provar sua inocência e a justiça punir os responsáveis por essa disseminação de fake news até o final das eleições. Faz parte da estratégia. Há até um nome para se referir a essa estratégia adotada pela extrema direita. Nos Estados Unidos, até hoje, a candidata Hillary Clinton tenta se explicar das infâmias dirigidas contra ela, numa eleição vencida por Donald Trump.
Reparem que a manobra ardilosa foi montada para desconstruir a imagem pública dos demais concorrentes do empresário Pablo Marçal. Foi assim com Tabata Amaral, no início da campanha, depois José Luiz Datena, que culminou com a cadeirada que encerrou sua campanha, em seguida Guilherme Boulos e, agora, Ricardo Nunes, que esboçou uma resposta na último debate da Globo, mas o estrago já estava feito. Ricardo Nunes corre um sério risco de não ir para os segundo turno. Como seria previsível, o tema continuará sendo explorado daqui para frente, envolvendo o candidato Boulos. No último debate, numa questão que exigia posicionamento propositivo, o empresário sugeriu que Boulos conhecia as "biqueiras".
Nesses tempos bicudos que estamos enfrentando, a justiça precisará ser reinventada, atuar de forma mais célere no combate a esses sonegadores do processo democrático. A assessoria jurídica do candidato Boulos está tomando as providências legais que o caso exige, mas as ações provavelmente virão somente depois do processo eleitoral encerrado. Eleito o sonegador, torna-se ainda mais complicado puni-lo, depois de sufragado pelo voto popular. É complicado.
sexta-feira, 4 de outubro de 2024
Editorial: Embate entre o PT e o PL em Fortaleza.
Pelo andar da carruagem política, teremos um embate duro entre o PT e o PL em Fortaleza. A eleição na capital do estado do Ceará deve ser decidida no segundo turno e, pelas últimas pesquisas, o candidato do PT, Evandro Leitão, deve enfrentar o representante do bolsonarismo na capital cearense, André Fernandes, do PL. Apesar de ser desbancado na disputa pelo oponente, não é improvável que o capitão Wagner, do União Brasil, possa se engajar na campanha do deputado André Fernandes. O menos provável seria o candidato do PDT, José Sarto, atual gestor da cidade, apoiar o nome de Evandro, do PT, a julgar pelas arestas criadas entre essas duas legendas.
Segundo Ciro Gomes, ex-candidato à Presidência da República e um dos principais expoentes do PDT no estado, o PT seria um mal a ser evitado na condução da máquina pública. Sugere-se um mal ainda maior do que o representando pelo bolsonarismo, consoante suas avaliações. Desde cedo sabíamos que o horizonte que está se desenhando na capital, com uma eventual vitória de André Fernandes, seria o resultado possível de uma divisão das forças do campo progressistas naquele estado. Não vamos aqui entrar nessas discussões paroquiais, posto que inúteis. Envolvem até questões familiares, posto que a família Ferreira Gomes encontra-se cindida politicamente. A briga é feia.
Ciro Gomes tem feito uma série de denúncias sobre a gestão do PT no estado. Ao se confirmarem essas denúncias, são coisas graves que depõem contra administração pública. Evandro Leitão recebeu o apoio de caciques da legenda a nível nacional, não se sabe se com o empenho que ele gostaria. De qualquer forma, ele vai bem neste momento. Já esteve bem pior nas sondagens de intenções de voto. A surpresa maior, no entanto, é a ascendência do deputado André Fernandes. No início, o franco favorito das forças bolsonaristas na capital seria o capitão Wagner, que hoje corre o risco de não ir para o segundo turno.
quinta-feira, 3 de outubro de 2024
Editorial: O sonho dos tucanos acabou numa cadeirada.
Os tucanos estão fazendo um esforço tremendo para voltar à ribalta. As circunstâncias políticas do país, porém, não tem ajudado muito neste retorno. Certamente terão candidatos disputando prefeituras pelo país afora, mas, pelo andar da carruagem política não devem fazer um número expressivo de prefeitos nesta eleição municipal. Uma das apostas, mesmo diante dessas adversidades conhecidas, seria fazer o prefeito do seu ninho mais emplumado, São Paulo. Os dirigentes da legenda fecharam com o apresentador José Luiz Datena com este projeto, mesmo contrariando as bases da legenda. Desta vez Datena não desistiu. Foram os eleitores que desistiram do candidato tucano.
Quando assumiu que seria candidato, as pesquisas iniciais indicavam que ele estava bem ranqueado entre os concorrentes. Depois os problemas se sucederam, culminando com o episódio no debate organizado pela TV Cultura, onde o apresentador atingiu o oponente Pablo Marçal com uma cadeirada. Legítima defesa da honra, pois fora duramente atacado. Esta análise, no entanto, é coisa para juristas. O eleitor escolheu fazer outra clivagem e ele passou a declinar nos escores dos institutos de pesquisas de intenções de voto desde então. Os tucanos, neste momento, estão em cima de uma caveira de burro. Nada dá certo.
Aqui no Recife, o candidato Daniel Coelho, que tem o apoio da governadora tucana, Raquel Lira(PSDB), amarga o índice de 5% das intenções de voto, em média. Vamos em frente. Há a possibilidade de eles lançarem um nome para concorrer à Presidência da República em 2026. Este nome pode ser o do ex-governador Aécio Neves, que quase venceu uma eleição que disputou com a ex-presidente Dilma Rousseff, numa demonstração de que os tucanos já tiveram dias melhores.
Editorial: 1\3 do eleitorado paulista ainda não consolidou o seu voto.
O jornalista Josias de Souza, através de sua coluna do portal UOL|Folha chama a atenção para um dado nada desprezível no contexto da disputa acirrada da eleição para a Prefeitura de São Paulo. Nada menos de 1\3 do eleitorado ainda não está absolutamente seguro sobre o seu voto. 2\3 deles é torcida organizada e não mudaria o seu voto de jeito nenhum. O dado põe mais incertezas sobre o desfecho do pleito na capital paulista, abrindo a possibilidade, inclusive, de uma eventual arrancada de algum azarão na reta final. Pablo Marçal demonstrou grande resiliência e mostrou que não estava morto.
Nas últimas pesquisas, ele que se supunha estacionado entre 19 e 21%, chegou a cravar 26,9% no Instituto Futura, acima dos percentuais de Guilherme Boulos e rigorosamente empatado com Ricardo Nunes, indicando que o segundo turno é uma avenida aberta. Tabata Amaral vem numa curva ascendente nas últimas pesquisas. Melhora seus índices em todos os institutos. Ontem comentamos por aqui que se tivéssemos mais uma semana de campanha não seria surpresa que ela alcançasse o pelotão da frente. Tabata tem cara de esquerda e perfil conservador, o que pode atrair tantos eleitores à direita quanto à esquerda do espectro político. De sobra, as mulheres, principalmente as indignadas com os escorregões verbais de Pablo Marçal no último debate.
E, por falar em debate, o último deles, o de logo mais na Rede Globo, pode exercer alguma influência nesta dinâmica competitiva. Uma pena que, mesmo diante dos acertos da organização do debate do grupo UOL\Folha, os demais veículos mantenham as regras de engessamento, que, quase sempre não permitem que os concorrentes completem seus raciocínios, tornando o processo demasiadamente burocrático, vale dizer chatos.
quarta-feira, 2 de outubro de 2024
Editorial: Mais uma semana de campanha para Tabata Amaral, por favor.
Em tese, não haveria a possibilidade de a candidata Tabata Amaral, do PSB, alcançar o pelotão da frente na disputa pela Prefeitura de São Paulo, formado por Pablo Marçal, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Mas, ainda temos campanha, debate e corpo-a-corpo até o dia 6 de outubro. A candidata vem fazendo o seu dever de casa direitinho, portando-se de forma firme, mas civilizada durante os debates; discutindo propostas e evitando entrar em discussões que não interessam ao eleitorado. No último debate, o promovido pelo grupo UOL\Folha, fez questão de demarcar o seu terreno propositivo, republicano, evitando entrar no embate dos demais concorrentes.
Deixou de morder a isca, como ocorreu com Boulos e Ricardo Nunes. Este último encontra-se engasgado até o momento. Um fato que está preocupando os demais concorrentes é este crescimento pequeno, mas constante e continuado da candidata em todos os institutos de pesquisa. Isto está abalando as estruturas dos demais candidatos, antes supostamente consolidados em uma vaga para o segundo rouond. Hoje, o quadro esta indefinido. Se tivéssemos mais uma semana de campanha o processo tenderia a ficar ainda mais complicado ou embolado, com a candidata chegando ao pelotão da frente, a julgar pelo sua performance nesta reta final de campanha.
De quem, afinal, Tabata estaria tirando votos? Possivelmente entre os eleitores de Ricardo Nunes e de Guilherme Boulos, minando suas chances de se consolidarem numa das vagas para o segundo turno.
Editorial: O debate que vai dar o que falar, segundo Pablo Marçal.
Os próximos dias serão decisivos para as eleições municipais deste ano. Num intervalo de apenas quatro dias, quando, a partir do dia 3, não mais teremos campanhas pelo rádio e pela televisão, a sorte estará lançada. Abre-se aqui um espaço para a exploração maciça dos candidatos da campanha de rua e pelas redes sociais, mesmo diante das contingências impostas pela Justiça Eleitoral, uma vez que este universo é difícil de ser controlado. As redes sociais do candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, são as mais azeitadas entre aqueles que concorrem à Prefeitura de São Paulo. Isso pode fazer uma grande diferença, segundo alguns analistas.
Pessoalmente, ele nem precisa se comprometer, uma vez que as redes podem ser utilizadas pelos seus assessores e seguidores. Conforme enfatizamos no dia de ontem, a quadra paulista está completamente indefinida neste momento. Uma verdadeira gangorra de sobe e desce entre os principais competidores, com oscilações para cima e para baixo, conforme o instituto. Há três candidatos com chances efetivas de passar para o segundo turno: Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal. Quem apostou numa definição consolidada do primeiro turno entre Boulos e Nunes pode ter alguma surpresa a partir do dia 06. Marçal não está morto.
Os escaninhos da política informam que a Rede Globo impôs uma série de regras para que ele participasse do debate. Essas regras devem valer para todos os postulantes, dentro dos parâmetros dos pesos e contrapesos, o que pode deixar o debate bastante engessado. O melhor formato foi o organizado pelo grupo UOL\Folha, que permitiu um efetivo confronto de propostas entre os candidatos, a administração de um banco de tempo e, mais importante, interferências pontuais da mediadora. Vocês perceberam, no debate organizado por um sistema de comunicação aqui do Recife as vezes em que os candidatos foram interrompidos pela mediadora, argumentado que o tempo havia se encerrado, quando o raciocínio ainda estava sendo construído? Segundo o empresário Marçal, o debate da Globo vai dar o que falar. Debate tem que dá o que falar mesmo.
Editorial: Os problemas do PT nas próximas eleições municipais.
O Planalto aguarda, naturalmente com grande expectativa, o resultado das próximas eleições municipais, programadas para o próximo dia 06, domingo. A luz amarela já acendeu há algum tempo por ali. As perspectivas não são nada otimistas, a julgar pelo andar da carruagem política. Outro dia, uma matéria nos chamou muito a atenção. Elmar Nascimento, do União Brasil baiano, havia feito o "L" e estaria engajado na campanha do PT no estado. Com os nossos botões, andei refletindo sobre o que não seria possível na política, posto que Elmar, candidato do União Brasil à Presidência da Câmara dos Deputados, é um desafeto figadal dos morubixabas petistas naquele estado. Uma vela para Deus e outra para o Diabo, pois sabe-se lá com quem ele, de fato, poderá contar naquele jogo intrincado que é a sucessão naquela Casa.
As contingências das próximas eleições na Câmara dos Deputados poderia ter provocado esses movimentos contraditórios. Fomos checar a matéria e descobrimos que, na realidade, tratava-se não da eleição em Salvador - um dos casos onde o PT já jogou a toalha - mas numa cidade do norte do estado, onde a candidata da legenda, Lurdinéia do Zé Branco ainda teria alguma chance. Elmar procura construir pontes entre os parlamentares do PT no estado, evitando arestas ou ruídos nos arranjos palacianos em apoio à sua candidatura.
Salvador, conforme afirmamos, é uma dessas capitais onde o partido deverá ter um resultado pífio nas urnas. Bruno Reis, do União Brasil, deverá vencer as eleições ainda no primeiro turno. Em João Pessoa, o candidato da legenda, Luciano Cartaxo, também não decolou. Em Belo Horizonte, o PT deixou de fazer uma aliança com um candidato com alguma chance, o Fuad Noman, do PSD, atual gestor, optando por partir para a aventura da uma candidatura própria, a do deputado federal Rogério Correia, que hoje pontua apenas com 5% das intenções de voto, sem qualquer chance de virar o jogo, num dos colégios eleitorais emblemáticos para o projeto eleitoral da reeleição do morubixaba Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026.




