A curva ascendente de recuperação de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia dado um refresco ao Governo nos últimos meses, hoje, esboça alguns sinais de fadiga, conforme as últimas pesquisas. Lula perde aderência entre os evangélicos - o que não seria nenhuma novidade - mas também entre os idosos acima dos 60 anos de idade. Este último indicador pode ter relação com o escândalo do roubo dos aposentados, algo que vem sendo apurado pela CPMI do INSS. Não estamos apontando o Governo Lula como o responsável por tais desmandos, o que seria injusto, mas apenas constatando que se trata de uma falcatrua sistêmica, que perpassou por todos os governos, inclusive os petistas.
O mais grave é que algo sugere que as irregularidades continuam. Havia servidor do órgão recebendo mesadas de R$ 500 mil por mês das entidades que participavam dos descontos irregulares. Na última sessão da CPMI foi preso um servidor de carreira que teve inúmeras chances de estancar a sangria, mas dava sinal verde em seus pareceres, permitindo a continuidade das falcatruas. Mesmo com o Governo Lula 3 se empenhado em devolver os recursos subtraídos dos aposentados e pensionistas, não se descarta alguma insatisfação por parte dos lesados, um ônus que sempre pesa sobre o Governo de turno. Antes um reduto inviolável, o Nordeste, igualmente, em algumas praças, reflete esses índices negativos, conforme observado por inúmeros institutos.
O Ceará, por exemplo, onde hoje o PT mantém talvez sua principal trincheira na região, passa por um momento difícil, em razão dos altos índices de violência. Nas últimas eleições municipais, Fortaleza foi a única capital do país onde o partido conseguiu fazer o prefeito. Em 2026, o estado já apresenta os indicadores de uma das disputas mais renhidas do país, uma vez que a Oposição se integra num único propósito, ou seja, apear o PT do Palácio da Abolição. Ingredientes é o que não faltam.

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