pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Eu também dispenso o perdão do bispo Macedo
Powered By Blogger

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Editorial: Eu também dispenso o perdão do bispo Macedo



Os evangélicos emprestaram um apoio efetivo à candidatura do presidente Jair Bolsonaro nessas eleições. O PT tentou reconstruir as pontes com esse nicho do eleitorado, mas sem muito sucesso. O diálogo começou a ser reestabelecido muito tardiamente. Outro equívoco do partido foi considerar que a pauta econômica seria mais importante na definição do voto desse segmento do eleitorado, quando se sabe que eles são muito influenciados pelas pautas de costumes. Neste sentido, foram disseminadas uma série de fake news sobre o candidato, como a de que ele iria fechar igrejas ou introduzir sanitário único para meninos e meninas nas escolas. 

Coisas mais escabrosas e mentirosas foram ditas, mas vamos ficar por aqui. É um erro imaginar que esses grupos evangélicos pentecostais e neopentecostais comungam de uma mesma agenda quando está em jogo as relações de poder dentro ou fora das denominações ou federações. A partir da leitura de Boaventura de Sousa Santos, conclue-se que esse grupo teve uma participação importante nessas eleiçãos, ou seja, a de cumprir uma das etapas da estratégia de sabotagem das eleições, contingenciando ou constrangendo o voto, ao exigir que se votasse num determinado candidato. 

Como disse antes, entre eles talvez possamos falar de coesão apenas em alguns aspectos, notadamente os de preceitos religiosos. No que concerne às relações de poder, certamente não. Até recentemente falava-se, por exemplo, que o bispo Macedo se sentia magoado com os mimos - ou ausência deles -do Planalto. Pleiteou a nomeação do bispo Crivella para uma embaixada na África do Sul, nomeação que acabou não saíndo. Independentemente dessas questões, no entnato, ele endossou  o apoio à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro. Agora, depois das eleições, com Lula eleito presidente, acena para um perdão ao furuto presidente, de pronto rejeitado pela Presidente Nacional da Legenda, Gleisi Hoffmann, que ele deveria pedir perdão era a Deus. Também achamos, mas o que está em jogo, neste momento, são as verbas da publicidade institucional. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário