pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Tempos difíceis. Boaventura de Sousa Santos desvenda a tessitura do nosso "Capitólio"
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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Editorial: Tempos difíceis. Boaventura de Sousa Santos desvenda a tessitura do nosso "Capitólio"



O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, em artigo publicado no site Outras Palavras, faz uma radiografia da engrenagem autoritária ora curso no país, que está longe de ter sido encerrada com a vitória de Lula nas eleições presidenciais do último domingo. A máquina golpista mói desde 2014, continuou com o impeachment de Dilma Rousseff,em 2016, depois com a prisão de Lula e continua ativa, bem azeitada, sabotando o processo democrático. Não sabemos se as forças do campo legalista, democrático e progressista estão dimensionado o problema, com a gravidade requerida e imposta pelo mesmo. 

Todos os problemas enfrentados até este momento não foi resultado de acasos, mas de um processo milimetricamente urdido, com a intimidação para "votar certo', quando empresários e formadores de opinião tentaram "convencer" - ou seria coagir - determinados eleitores a votarem num candidato "X". Este procedimento também teria sido observado em alguns templos evangélicos, quando fiéis que declararam voto em Lula foram "ademoestados". Depois, vieram as operações para a verificação dos pneus carecas, criando dificuldades para os eleitores identificados com determinados candidatos. 

O senador Otton Alencar, do PSD, que teve papel destacado durante os trabalhos da CPI da Covid-19, parado num desses bloqueios, observou que os carros que portavam adesivos de um determinado candidato não eram parados pela polícia. Agora, por ocasião dos bloqueios nas estradas praticados pelos bolsonaristas insatisfeitos - criticou-se bastante o trabalho de uma determinada corporação policial, que mais parecia estar "acompanhado' os manifestantes, quando a ordem seria a de desobstruir as estradas. 

Para os democratas convictos, o artigo é, de fato, bastante preocupante. De acordo com o autor, o Brasil tornou-se o laboratório do projeto fascista por excelência. Há, inclusive, a informaçãos de que um dos seus principais artífices atuou no Brasil, mantendo uma sala no Estado de São Paulo. Estamos vivendo o nosso Capitólio é torna-se necessário que as instituições e as forças democratas e progressistas reunam as condições para enfrentá-lo. Ficar aguardando o dia da posse talvez não seja a postura mais correta neste momento. Quem poderia imaginar manifestações bolsonaristas com a magnitude dessas que estão ocorrendo pelo país?  

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