pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Vamos orar por Lula, irmãos.
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sábado, 5 de novembro de 2022

Editorial: Vamos orar por Lula, irmãos.


Se houve algo que Lula realmente lamentou desde o início das eleições foi o distanciamento criado entre o Partido dos Trabalhadores e os evangélicos. Já escrevemos diversas postagens tratando deste assunto, explicando, inclusive, como se deu este divórcio. Voltar a discutir o tema nesses termos pode ser cansativo. Na realidade, acabaram as eleições e este diálogo não foi reestabelecido. Tornou-se uma relação muito mal resolvida, uma vez que determinados grupos evangélicos cumpriram um papel preponderante nessas eleições, inclusive embarcando no pecado mortal de disseminar fake news ou mesmo o de criar constrangimento para a definição do voto dos fiéis. 

No conjunto, Lula venceu as eleições, mas foi muito prejudicado neste segmento do eleitorado em particular. Agora, Lula tem dois trunfos para entrar no reino dos céus: O poder e a caneta. E isso já está conseguindo produzir os primeiros milagres. Já é possível ouvir representantes da bancada evangélica afirmando que irão orar por Lula ou mesmo uma declaração recente do bispo Edir Macedo, afirmando que perdoaria Lula. Este último recebeu uma dura reprimenda da dirigente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, que informou que seria ele que está precisando pedir perdão a Deus. 

A preocupação de Lula em reestabelecer este diálogo é tão evidente que já se cogita até mesmo a criação de uma secretaria exclusiva para reatar essa relação. Nas casas legislativas, em nome da governabilidade, este diálogo não pode esperar. Quem disse que iria orar por Lula é um parlamentar, ilustre representante da poderosa federação da Assembléia de Deus de Madureira. Lula, de fato, vai precisar de muitas orações para negociar a agenda do país com um corpo legislativo majoritariamente hostil.   

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