pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Fernando Haddad para ministro da Economia?
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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Editorial: Fernando Haddad para ministro da Economia?



É bem possível que os ministérios do futuro Governo Lula - salvo as exceções de praxe - não mantenham a mesma denominação dos ministérios do Governo Bolsonaro. Mas, quando comentamos por aqui sobre a possibilidade de o fiel escudeiro de Lula, o professor Fernando Haddad, ser indicado para assumir o leme da condução das políticas econômicas do país, muita gente duvidou. Consideraram a eventualidade de o pupilo ser indicado para fazer uma espécie mediação entre Lula e os demais ministérios. Todos eles. Seria um espécíe de consultor privilegiado do futuro presidente, atuando como um pára-choque do petista. 

O fato concreto é que as coisas não vão muito bem neste início de governo. Não fosse suficinte a crise política e institucional instaurada - que não emite sinais de arrefecimento - há sérios problemas com a equipe de transição, que ficou muito grande e "ingovernável". Lula não se envolve com o "varejo' e há nítidas divisões entre os petistas históricos e os neosocialistas. A ausência da indicação de um nome para a área econômica não incomoda apenas o mercado, mas a própria equipe de Lula. Seria alguém com perfil para assumir as inúmeras responsabilidades da função, de imediato. 

Esperar até o início de janeiro de 2023 seria uma eternidade. As contas não fecham entra as duas equipes. Há gargalos orçamentários que saltam aos olhos. Outro dia este editor leu uma postagem de Guilherme Boulos fazendo uma análise sobre diferenças abissais entre as necessidades de recursos para determinadas áreas e o que foi "previsto" pelo Governo Bolsonaro no orçamento.  É preciso tomar muito cuidado com isso. Aqui na província há uma tentativa clara de empurrar "jabutis" para o futuro governo, ou seja, licitar, antes do final do ano, obras cujos recursos não estão assegurados. 

Há,voltando ao plano federal, processos de privatizações que precisam se abortados consoantes as diretrizes do novo governo. Lula já afirmou que seria preciso interromper as vendas de refinarias, a Petrobras não será "fatiada", assim como os Correios não mais será privatizado, o que se constitue numa boa notícia. Nesta equipe de transição, são pouquíssimos os interlocutoes que estão autorizados a falarem por Lula. Até recentemente, Lula escalou Fernando Haddad para uma reunião com agentes do capital, o que seria mais uma evidência de suas inclinações. Vamos ser sinceros. Não consideramos Fernando Haddad um bom nome para a condução das políticas econômicas, mesmo que fazendo uma tabelinha com o economista Pérsio Arida no planejamento. Entendo o cacife que ele construiu junto ao morubixaba petista, mas a sua praia é outra. Não tenhamos dúvidas de que que ele deverá dar uma enorme contribuição ao futuro governo, mas em outra área. Parece-nos, no entanto, que o que Lula pretende mesmo é prepará-lo para as eleições presidenciais de 2026. 

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