Faz tanto tempo do ocorrido que já não nos lembrávamos mais o teor da denúncia de calúnia cometida pelo senador Sérgio Moro contra Gilmar Mendes. O fato ocorreu durante uma festividade, num momento de descontração - e este é o perigo - momento em que o senhor Sérgio Moro teria insinuado que se poderia comprar um habeas corpus do Ministro Gilmar Mendes. Refeito, já em condições de medir as consequências de sua atitude, Sérgio Moro não apenas tentou colocar panos mornos sobre o assunto, mas, diante da ação da PGR, formalizou uma espécie de pedido de desculpas ao STF, mas o pedido não está sendo acatado, uma vez que a Primeira Turma da Suprema Corte já formou maioria pela continuidade do processo contra o parlamentar.
sábado, 4 de outubro de 2025
quarta-feira, 22 de maio de 2024
Editorial: TSE mantém mandato do senador Sérgio Moro.
O Tribunal Superior Eleitoral rejeitou o pedido de cassação do ex-juiz da Lava Jato, senador Sérgio Moro(UB-PR). Para nós, que ontem nos pronunciamos por aqui acerca deste assunto, não foi surpresa. Prevaleceu uma análise técnica, desprovida das conotações políticas que envolviam o caso. Racionalidade, razoabilidade, coerência, lucidez, sensatez estão entre os adjetivos que podem ser imputados a uma análise deste caso ou, quem sabe até, à decisão tomada sobre este caso.
A formação de uma opinião sobre o que estava sendo, de fato, julgado, já teria sido formada no TRE-PR, onde até o boneco gigante em homenagem ao senador, aqui de Olinda, foi citado por um dos juízes. O alarde em torno do assunto é decorrência dessa esgarçada polarização política, que apenas prejuízos estão trazendo ao país, em todos os níveis. Nem durante as tragédias, como a que assola o Rio Grande do Sul, conseguimos nos livrar dessa praga.
O interesse coletivo fica sensivelmente prejudicado por essas disputas entre atores políticos governnistas e de oposição. O mais grave é que tal esgarçamento e ameaças, de lado a lado, estão sendo utilizados como as únicas estratégicas políticas possíveis, praticamente inviabilizado as alternativas inteligentes, como bem prega o slogan dos tucanos. Estratégia suicida, como vem se mostrando.
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terça-feira, 21 de maio de 2024
Editorial: TSE retoma hoje julgamento sobre os recursos contra a absolvição de Sérgio Moro.
O Superior Tribunal Eleitoral retoma hoje, dia 21, o julgamento dos recursos impetrados pelo PL e o PT contra a absolvição do senador pelo Estado do Paraná, Sergio Moro(UB-PR). Se prevalcer o mesmo raciocínio estabelecido pelos juízes do TSE do Paraná, o ex-juiz da Lava-Jato já pode preparar a confraternização entre amigos para comemorar a confirmação de sua absolvição. Os argumentos dos juízes que votaram por sua absolvição são bastante coerentes e bem consubstanciados. O que estará sendo julgado não é o juiz que condenou o presidente Lula, mas alguém que não pode ser responsabilizado pela capilaridade política alcançada quando se candidatou a uma vaga para Senado Federal por aquele Estado da Federação.
É tosco e improcedente o raciocínio onde se conclui que ele foi candidato à Presidência da Ropública com o propósito de tirar alguma vantagem numa eventual candidatura ao Senado por aquele Estado. Sérgio Moro candidatou-se ao Senado pelo Paraná porque, na realidade, não restava outra opção ao ex-juiz. É evidente que tal condição poderia ter proporcionado, em tese, alguma vantagem ao ex-juiz. Mas este fato seria involuntário. Os petistas mais radicais enviesam o raciocínio apenas por enxergar no ex-juiz o homem que condenou o morubixaba petista.
Salvo melhor juízo, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria intercedido em favor do ex-juiz junto aos dirigentes do PL. A sugestão era a de que o partido não entrasse com recurso contra a decisão do TRE do Paraná. Valdemar da Costa Neto, presidente do partido, teria sido contra. Do lado do PT, a torcida é enorme pela cassação do senador, desafeto desde sempre do partido. Soma-se isso as eventuais pretenções partidárias da deputada federal Gleisi Hoffmann, que pretende disputar a vaga numa eventual eleição extraordinária.
