pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Venezuela
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domingo, 26 de outubro de 2025

Editorial: Finalmente, o grande encontro entre Lula e Trump.



Nossa avaliação sobre o encontro entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua recomendando a prudência necessária. Em princípio, foi um encontro positivo, onde ambos trataram, inclusive, da questão das tarifas impostas aos produtos de exportação brasileiros, o que sempre enfatizamos por aqui que se trata de uma questão muito mais política do que econômica. Embora Donald Trump tenha afirmado que a questão da Venezuela não seria abordada, os jornais estampam que Lula teria se oferecido para intermediar as contendas entre os dois países, o que, convenhamos, não se trata de uma proposta interessante, pois esbarra num rosário de pressupostos que hoje já não interessam mais aos Estados Unidos, a exemplo da autodeterminação, soberania, respeito ao limites territoriais e governos constituídos. 

A situação no continente tornou-se complicada não apenas para a Venezuela, mas para a Colômbia, de Gustavo Petro. Assim como ocorreu com a Ucrânia, o melhor a fazer é o Brasil não se meter neste imbróglio. Já temos problemas suficientes.  A despeito da fala do presidente Donald Trump, que, a princípio, propõe acenos positivos, como o entendimento de que Brasil e Estados Unidos se tratam de dois países que sempre estabeleceram relações amistosas, nas entrelinhas, Donald Trump sempre sugere algum blefe. Donald Trump tem um jeitão enigmático, como aquele jogador que sempre tem uma carta escondida na manga. 

Assim como o presidente brasileiro, Donald Trump foi ao encontro acompanhado de alguns assessores diretos, aos quais recomendou a abertura de negociações entre os dois países. O encontro durou em torno de uma hora, de onde se conclui, ao menos, um respeito protocolar entre as nações. Agora é aguardar os resultados possíveis dessa abertura de diálogo, pois alguns produtores hoje no Brasil enfrentam sérias dificuldades depois da imposição dessas tarifas absurdas. Nos assuntos internos, uma enorme repercussão negativa da fala do presidente Lula sobre os traficantes de drogas, exaustivamente explorada pela oposição. Até Zema apareceu nas redes sociais para informar que nas Alterosas é diferente. Onde foi preso em Minas o maior traficante de cocaína do estado

sábado, 25 de outubro de 2025

Editorial: A cantilena da redução das tarifas comerciais entre Brasil e Estados Unidos.



No dia ontem, 24, os jornais noticiavam que o presidente das Estados Unidos, Donald Trump, havia encerrado as negociações com o Canadá. No dia de hoje, 25, um pouco antes do encontro entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a informação é que Donald Trump teria acenado positivamente com a proposta de redução das tarifas aplicadas aos produtos de exportação brasileiros. Sob certas condições. Os problemas são exatamente essas condições, sobre as quais os dois países não chegarão a um acordo, uma vez que as condições são de natureza política. O que Trump quis dizer é que, se tais condições não forem aceitas pelo Governo brasileiro, não haverá negociação neste sentido. 

Não há como mantermos algum otimismo por aqui. Infelizmente. Na medida em que o encontro se aproxima, a situação do Brasil apenas piora no sentido de se construir algo positivo para o país em termos de relações comerciais. O discurso de Lula, carregado da tinta ideológica de uma banda do Itamaraty, foi no sentido de reforçar a soberania, construir alternativas de relações comerciais menos dependente da moeda americana, entre outros pontos da agenda dos interesses dos países latino-americanos. As ações encetadas pelos EUA no que concerne ao enfrentamento do tráfico de drogas pelo Mar do Caribe, por exemplo, foram criticadas em sua fala, que pediu que tais ações não ferissem o respeito aos espaços territoriais dos países atingidos, numa clara alusão à Venezuela, quando a CIA já recebeu sinal verde para operações em seu território.  

É neste "climão" que Lula irá se encontrar com Donald Trump, de onde não se pode, realmente, manter algum otimismo em relação ao assunto. Estima-se que o encontro entre o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o Secretário de Estado Marco Rubio não tenha sido superior aos quinze minutos, quando o assunto exigiria, naturalmente, uma agenda mais extensa. As tarifas são um punição a um comportamento político do Governo brasileiro, identificado como inadequado pelo Governo dos Estados Unidos.  

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Editorial: Um Nobel da Paz para Maria Corina Machado.


Uma das mais recorrentes perguntas que os internautas fazem no dia de hoje é se Maria Corina Machado é de esquerda ou de direita. Ela é de direita, uma ultraliberal, mas atua dentro dos parâmetros da democracia e luta pelo respeito aos direitos humanos na Venezuela, o que pesou para a Academia Sueca lhe conceder o Prêmio Nobel da Paz. Maria Corina Machado deixou de disputar uma eleição na Venezuela, depois de ter a sua candidatura impugnada, quando era franca favorita a vencer o pleito. Como se sabe, o tecido da democracia venezuelana encontra-se desgastado. Não seria o primeiro momento em que o regime de Nicolás Maduro enfrenta a nevrálgica questão de calar seus adversários através de expedientes não condizentes com regimes democráticos. 

A situação tende a se agravar, em razão da presença ostensiva de forças norte-americanas próximas à sua fronteira, gerando uma situação de tensão permanente. Há quem acredite até mesmo numa eventual invasão, uma vez que, no conceito americano, Maduro não é mais o presidente de um país latino-americano, mas um bandido procurado, inclusive se oferecendo recompensa por sua captura. Merecida a premiação a Maria Corina Machado. Por falar nos americanos, quem também pleiteava a premiação era o presidente norte-americano, Donald Trump. Não seria justo, uma vez que ele hoje conduz um governo com sérias considerações negativas no que concerne à preservação dos alicerces da democracia americana

Dois professores estudiosos do assunto, autores do livro Como Morrem as Democracias, já informaram que a democracia americana nunca esteve tão ameaçada. O mais grave disso tudo é que, em razão de nunca enfrentarem solavancos ou retrocessos autoritários, os americanos não conhecem a dimensão do problema. Dormem o sono político que pode produzir o monstro.