Uma das mais recorrentes perguntas que os internautas fazem no dia de hoje é se Maria Corina Machado é de esquerda ou de direita. Ela é de direita, uma ultraliberal, mas atua dentro dos parâmetros da democracia e luta pelo respeito aos direitos humanos na Venezuela, o que pesou para a Academia Sueca lhe conceder o Prêmio Nobel da Paz. Maria Corina Machado deixou de disputar uma eleição na Venezuela, depois de ter a sua candidatura impugnada, quando era franca favorita a vencer o pleito. Como se sabe, o tecido da democracia venezuelana encontra-se desgastado. Não seria o primeiro momento em que o regime de Nicolás Maduro enfrenta a nevrálgica questão de calar seus adversários através de expedientes não condizentes com regimes democráticos.
A situação tende a se agravar, em razão da presença ostensiva de forças norte-americanas próximas à sua fronteira, gerando uma situação de tensão permanente. Há quem acredite até mesmo numa eventual invasão, uma vez que, no conceito americano, Maduro não é mais o presidente de um país latino-americano, mas um bandido procurado, inclusive se oferecendo recompensa por sua captura. Merecida a premiação a Maria Corina Machado. Por falar nos americanos, quem também pleiteava a premiação era o presidente norte-americano, Donald Trump. Não seria justo, uma vez que ele hoje conduz um governo com sérias considerações negativas no que concerne à preservação dos alicerces da democracia americana.
Dois professores estudiosos do assunto, autores do livro Como Morrem as Democracias, já informaram que a democracia americana nunca esteve tão ameaçada. O mais grave disso tudo é que, em razão de nunca enfrentarem solavancos ou retrocessos autoritários, os americanos não conhecem a dimensão do problema. Dormem o sono político que pode produzir o monstro.

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