Foi desencadeada pelo grupo do senador Aécio Neves uma verdadeira operação de assepsia serrista dentro do PSDB. Alguns deputados ligados ao senador mineiro admitem apenas que José Serra assuma algum cargo de conselheiro, algo que não lhes permita interferir nos rumos da agremiação. Portanto, o deputado Sérgio Guerra deverá ser reconduzido à Presidência do partido e o ex-senador cearense, Tasso Jereissati deverá mesmo assumir a presidência do Instituto Teotônio Vilela. Com a capilaridade conquistada em anos de militância política, ocupando cargos públicos relevantes, caso viesse a assumir o Instituto, Serra alavancaria as finanças do órgão, ganhando envergadura política para participar das decisões importantes do partido, status que não terá na condição de mero conselheiro. Há quem veja nisso uma injustiça com José Serra, que obteve mais de 44 milhões de votos nas últimas eleições presidenciais, um capital político invejável. Não sabemos como o PSDB pretende se arrumar em São Paulo , um dos colégios eleitorais mais importantes do país. Neste diapasão, no entanto, o PSDB caminha, mais uma vez, para cindir o café com leite. O partido não gosta do tradicional pingado. Definitivamente.
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