pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Eduardo Campos: entre a raposa e a serpente.
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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eduardo Campos: entre a raposa e a serpente.


Eduardo Campos aprendeu muito coisa da política com o avô, Miguel Arraes, grande raposa da política pernambucana. Costumo dizer que, do ponto de vista estrito das estratégias eleitorais, o maior capital político de Arraes foi obtido quando ele dirigiu o antigo IAA, Instituto do Açúcar e do Álcool. Neste órgão, Arraes teve a oportunidade de conhecer de perto toda a aristocracia açucareira do Estado, inclusive suas divisões familiares, informação amplamente utilizadas por aquela raposa nos diversos embates políticos em que esteve envolvido. Uma das marcas características do neto, no entanto, é a largueza dos horizontes políticos, em atos e pronunciamentos. O Blog do Jolugue já comentou que, na recepção oferecida no Palácio dos Campos das Princesas, o ex-deputado Roberto Magalhães se sentiu em casa, rodeados pelos grandes amigos de militância política, hoje habituais freqüentadores daquela Casa, Joaquim Francisco, José Múcio. Eduardo deu sinal verde para Kassab convidar André de Paula para dirigir o PSD local. Nas duas entrevistas concedidas recentemente, uma para o jornal Valor Econômico e para o jornal Folha de São Paulo, coloca panos mornos nas disputas internas do PSB - afagando Ciro Gomes -, captula-se diante de uma inevitável reeleição de Dilma Rousseff e ainda elogia o artigo escrito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando até seus pares o criticaram. Com isso, o pernambucano credencia-se, cada vez mais, aos seus projetos nacionais. Tem felling e timing político. Prudente e esperto nos momentos certos, como aconselhava Maquiavel.

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