pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Michel Zaidan Filho: A feijoada completa
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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Michel Zaidan Filho: A feijoada completa

 


A mídia impressa de Pernambuco publicou, de acordo com a sua inclinação governista e chapa branca, um farto caderno fotográfico sobre os personagens que frequentaram o camarim imperial, no último sábado.

Pelas imagens coloridas e animadas, é possível ver num congraçamento de dá inveja à Igreja Internacional da Graça, abraçados o vereador Raul Jungmann, e ex-governador Jarbas Vasconcelos, Jarbinhas, o deputado Raul Henry, o governador Eduardo Campos, o secretário Paulo Câmara e o senador Fernando Bezerra Coelho.

Faltaram as figurinhas do DEM e do PSDB, e não foi por falta de espaço…

A foto é ilustrativa do caráter oligárquico, quase familiar, do evento.

Se o finado Gilberto Freyre ainda fosse vivo, diria se tratar de um alegre convescote, no bairro aristocrático de Apipucos, reunindo compadres e comadres em torno da “mesa farta” com pitus do rio Una e as cocadas da preta velha.

Como documento iconográfico do Carnaval de 2014, dedicado a dois membros famosos da família (Ariano Suassuna e Antonio Carlos Nóbrega), é também por incrível que pareça um documento político da mais alta importância para as gerações futuras.

A oligárquica política de Pernambuco não se cansa de reproduzir as mesmas cenas de carnavais passados: amigos, apaniguados, afilhados, adversários e amigos da hora, todos juntos tramando o futuro político do estado, ou quiçá, do país.

Parece o Baile da Ilha Fiscal, que deu fim a Velha República.

Riem, se abraçam, felizes e satisfeitos, como se o mundo se resumisse a essa festa “íntima” de compadres e afilhados. Talvez pensem mesmo isso. Eles decidem – entre si – quem vai ser o governador, o senador, o deputado e o presidente da República.

E no fim, todos se dão bem. Ninguém fica de fora do sarapatel ou da feijoada à pernambucana, como diria nossos antropólogos.

É o caso de se perguntar aonde fica o povo.

A plebe rude e ignara. A raia miúda ou os tabaréus. Ficam nas arquibancadas olhando o cortejo passar.

Batendo palmas e dizendo: “amém, amém, amém”.

Os que vão morrer te saudam, ó Cesar.

P.S: Onde se ler senador Fernando Bezerra Coelho, leia-se ex-ministro Fernando Bezerra Coelho.

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