pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Você tem fome de que? ( ou o empobrecimento da linguagem)
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sábado, 27 de julho de 2019

Editorial: Você tem fome de que? ( ou o empobrecimento da linguagem)

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    Duas declarações do presidente Jair Bolsonaro causaram muitas polêmicas nesta última semana. Numa delas, durante uma coletiva para jornalistas estrangeiros que atuam no país, o presidente afirmou que não havia fome no Brasil, afirmação que não contou nem mesmo com o aval dos seus partidários mais fiéis, pois, sabidamente, historicamente o país nunca superou o flagelo da fome. Num outro momento, num desses descuidos de áudio - onde sempre se revelam os atos falhos, meu caro Freud - Jair Bolsonaro observou  que, "Daqueles governadores de paraíba, o pior é o Maranhão." Na realidade, ele quis dizer: entre os governadores nordestinos, o mais pior era o governador do Maranhão, Flávio Dino, um dos Estados da região Nordeste. Essas duas declarações renderam muitas postagens nas redes sociais e na blogosfera, assim como suscitaram artigos e reportagens na imprensa escrita. 
     
    Algumas ponderações indignadas de nordestinos, que se sentiram ofendidos com a observação do presidente. Polemicas à parte, no nosso raciocínio, sempre ancorado numa caracterizado das ditaduras de um novo tipo, a partir de uma apropriação de Onfrey do livro do escritor inglês George Oswell, 1984, discutida num artigo de Casara, o artigo de hoje se concentra naquilo que George Oswell identifica como um empobrecimento ou eufemizacao ou desimboluzacao e perda de sentido da linguagem. Ou seja, aquilo que seria um absurdo inimaginável - alguem, por exemplo, - afirmar que não existe fome num país, onde cruanas morrem desnutridas todos os dias e que ostenta 9 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza - pede seu sentido, sempre com o objetivo de manipular a população e restringir o pensamento. Uma espécie de "novilíngua". Neste sentindo, ainda neste contexto, exempkufuca o que observamos as recentes " des importância " dada pelo presidente quando sevtrata dis dados de desmatamento da amazônia. Como afirmamos antes, essa nova língua está consorciada a um projeto dr sociedade autoritária, quiçá, classificada aqui como um subproduto ou consequência das categorias pos verdade e pos- democracia. Em 1944 um sócioligo pernambucano publicou um livro emblemático,,: Geografia da Fome. Este livro foi um verdadeiro divisor de agua sobre a análise dobprblema da fome no país. Talvez os senhores que assumiram o poder no país prefiram o termo carência alimentar ou Desnutricao, naquela preocupação com a de simbolização ,- eu, prefiro mesmo o termo fome. Com este trabalho Josué de Castro imprime ao drama da fome um.status político, ao asdicuala à questão das cknficoesy efetivas de acessibilidade AIS alimentos. Em ultima análise a fome é um fenômeno resultantes das engrenagens sociais perversas. A fome é produzida socialmente. 80 anos depois de lancado , o livro continua atalisimo. O Brasil ainsa ostenta taxas vergonhafas de pessoas que vivem nesta condição. Josué alcançou projeção e reconhecimento internacional com o seu trabalho, chegando a ocupar a presidência da FAO e ser indicado para o Nobel da Paz. Deu aulas na Soorbone, mas gostava mesmo era dis bairros alagados do Recife, cuja população vivia dis frutos do mangue. Foi nesses manguezal palafitas que ele começou a timar conhecimenu sobre o fenômeno da fome, observando cruancas alimentadas com leite de caranguejo. Depôs descobriria que existiria situações ainda piores, pois os paus desses criança eram oriundos da zona da mata ou do serão do estado, onde a situação era ainda maus grave. Até bem pouco tempo, im jornal local publicou um caderno especial sobre o assunto, concluind que crianas ainda tem o cristalino de seus olhos irremediavelmente comprometidos pela ausência de vitamina A na alimentação. studiosos como Tomaz Tadeu da Silva e Stuart Hall, cujos trabalhos de pesquisas estão vinculados aos estudos culturais, advogam a tese de que de a identidade não é algo estável, mas em processo constante de afirmações e de afirmações. As reações de nordestinos indignados com as declarações recentes DP presidente, que se referiu a nos como Paraíbas, talvez se constitua num bom exemplo da tese levantada por esses autores. Um momentos de ratificar uma identidade, a identidade de nordestino. Mas, afinal, o que significa ser nordestino? Para alguns autores, ser nordestino, não passa de construção discursiva, uma invenção. Sociólogos como Gilberto Freye, por exemplo, figuraruam nessa galeria de inventores. Para outros autores. Ha uma essência que caracteriza essa região. Alguns elementos distintivos e portanto identitários, uma vez que a identidade é bastante formada pela diferenças, ou déjà aquilo que não e. Ni caso DP Nordeste, aquilo que não é sulista, por exemplo. Por falar nesses elementos tipicamente regiobaisy, recomendo a leitura do texto do ciestusta político Michelv Zaidan Filho, aqui publicado. O reducionismo utilizado pelo presidente - ao se referir a nós como "paraíbas" - é outro exemplo de empobrecimento da kinguagrm, comuns meses momentos bicudos bicudos pelo país. Percebendo o grave rquivoco , ele tentou minimizar as declarações e, num evento na região,  fez declaracoezy e até caracterizou se como um nordestino o, num figurino que não lhes caiu muito bem. Contextualizando o debate com a aproximada da obra de George Oswekl, 1984, o empobrecimento da linguagem carateruzase como uma categoria das ditaduras de um novo tipo, assunto que estamos tratando nesses edutiruaus, acompanhando o raciocínio do César a. Em artigo publicado no site da revista Cukt.

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