Em breve, a Presidenta Dilma Rousseff deverá anunciar o maior programa de formação profissional já realizado no país, um projeto ambicioso, que objetiva capacitar 3,5 milhões de jovens. País construído sob o signo do trabalho escravo, com uma elite muito insensível, forjada numa sociedade verticalizada e hierarquizada, o Brasil ainda tem muitos problemas pela frente, mas não se pode negar a profunda coragem dos governos Lula/Dilma no enfrentamento dos graves problemas das desigualdades do país. Joaquim Nabuco, por ocasião da libertação dos escravos, manifestava uma preocupação das mais sensatas, ou seja, teríamos um contingente de homens livres, mas escravizados pelo analfabetismo, interditados pela ausência de uma qualificação profissional, sem moradia ou acesso a terra. Na década de 60, por exemplo, houve uma primeira expansão do ensino superior e quase nada foi feito em relação à educação básica. No Governo Lula, houve o maior programa de acesso de jovens entre 18 e 24 anos ao ensino superior, mas não se descuidou do ensino básico nem dos analfabetos. A proposta de Dilma Rousseff vem atender a uma demanda evidente, sobretudo considerando-se o momento de crescimento que o país vem experimentando nos últimos anos, onde a ausência de uma qualificação profissional é um dos maiores “gargalos”. É por isso que a oposição não encontra o seu mote.
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