Mais do que nunca o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gostaria que os brasileiros esquecessem o que ele escreveu. Vive ocupando o painel da Folha tentando explicar que não afirmau que os pobres devessem ser desprezados, que não possui por ele nenhuma ojeriza e que foi muito mal interpretado. Quanto mais se explica, mais se complica. Um homem público precisa tomar muito cuidado com seus atos e suas palavras. O senhor Roberto Magalhães, ótimo parlamentar e gestor público sério – que faz falta à vida pública – por alguma razão pegou fama de “esquentado”, “nervozinho”. Experimentado advogado, nos debates sempre se saía muito bem. Em certo embate pela televisão com o ex-prefeito João Paulo, este explorou como pode esse perfil do adversário, perguntando todo tempo se ele estava “nervoso” e pedindo que ele tivesse “calma”. Ganhou aquelas eleições. É o que está ocorrendo com FHC: pegou a pecha de que ele não gosta de pobres. Não tem mais jeito.
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