Essa política quixotesca adotada por alguns membros do PSOL eleitos nas últimas eleições municipais, como é o caso da vereadora potiguar Amanda Gurgel,
que promete doar o salário de parlamentar e pretende sobreviver com o seu salário de professora, ou o prefeito de Macapá, Clécio Luiz, que já se vê contingenciado
pelo coletivo da agremiação no sentido de intervenções diretas em sua gestão,
faz lembrar dos primeiros prefeitos eleitos pelo PT. No contexto do modelo de
democracia representativa burguesa isso não dá certo. Diadema e São Paulo foram
casos emblemáticos onde militantes com atuação apenas na máquina partidário tentaram “impor”
diretrizes socialistas e "ditar" as regras aos gestores, não fazendo uma avaliação consequente dos “constrangimentos” impostos pelo modelo de democracia burguesa e
acabaram, no final, paralisando a gestão. Tenho uma grande admiração pela professora Amanda, mas a minha impressão é a de que a sua atitude será interpretada apenas como demagógica por parte da população, além da rejeição e do isolamento destinado pelos seus pares aos dissidentes.Desejo muita sorte a ambos, mas aconselho a leitura das impressões da prefeita Luiza Erundina sobre a sua gestão na capital paulista.
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