O diretor Roman Polanski foi muito feliz na realização da
película “O Bebê de Rosemary”, um suspense que prende nosso fôlego do início ao
final do filme. Registre-se, igualmente, o ótimo desempenho dos atores Mia
Farrow e John Cassavetes. Depois do filme, Mia manteve um relacionamento com
Woody Allen. Quando seu filho nasceu, a imprensa não perdoou, fazendo alusões ao
filme onde ela atuou. O filme de Polanski, conforme afirmamos, é de “tirar o
fôlego”, ambientado num prédio decadente, onde a personagem de Mia Farrow,
grávida, recebe a “ajuda” de uns idosos aparentemente muito bem intencionados,
mas a serviço do filho das trevas. Esse filme veio à nossa mente quando
estourou o escândalo conhecido como Porto Seguro, quando a Polícia Federal, através de
um trabalho de investigação, grampeou graúdos servidores públicos envolvidos em
malfeitos, inclusive a Chefe de Gabinete do escritório da Presidência da
República em São Paulo, Rosemery Noronha. O escândalo é cabeludo e quanto mais
se evidencia o teor das investigações, os alicerces do Planalto temem por suas
consequências. A instabilidade emocional de Rosemery constitui-se num outro agravante. Ela já andou declarando que não cairia sozinha, o que obrigou o establishment a despachar diversos atores com a missão de acalmá-la. Rosemery, rigorosamente, não tem vocação para Delúbio Soares. Logo que a Polícia Federal bateu em sua porta, recorreu ao ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, e ao ex-ministro José Dirceu, que está com o prestígio mais baixo do que poleiro de pato. Tudo envolvendo Rosemery remete, inexoravelmente, à promiscuidade
entre os interesses da res publica e as motivações pessoais de servidores que
desconhecem essas fronteiras. Isso vai desde as “caronas” nos jatinhos da FAB
até ao tráfico de influência explícito, com o possível recebimento de vultosos
benefícios. Rosemary era íntima do ex-presidente Lula. Quando deixou o
poder, Lula fez questão de pedir a Dilma que encontrasse um lugar para Rose,
com quem manteve contatos frequentes mesmo quando afastou-se do Planalto.
Preocupada, a presidente Dilma tomou algumas medidas saneadoras, como a
demissão imediata dos servidores envolvidos e a anulação das licenças ou concessões
assinadas por ele, hoje sob suspeição. Ainda não satisfeita, pediu explicações
a Eduardo Cardozo, Ministro da Justiça, sobre o episódio. Cardozo assegurou que
Rose não teria sido grampeada, um grave equívoco em situações como essa, mas
que pode tranquilizar o Planalto, uma vez que está em curso uma operação para
blindar Lula no episódio. O teor das conversas de Lula com Rose poderiam
revaler muita coisa. Coisas desagradáveis para o ex-presidente do país e alguns
grãos-petistas, como José Dirceu, que já apareceu nas conversas. O PSDB
estaria,a princípio, muito interessado nessas transcrições, mas a operação
“abafa” já estaria surtindo seus efeitos. Resolveram adotar uma postura de
cautela, optando por aguardar o rumo das investigações. Além dos fatos já
relatados, o que nos intriga são essas intimidades de Lula com Rose. O
ex-presidente Jânio Quadros é responsável pelos episódios mais hilariantes do
folclore político brasileiro. Conta-se que uma certa vez, recebeu um estudante, a quem concedeu uma entrevista. Num primeiro momento, o estudante começou
tratando-o com as formalidades de praxe, com os rituais recomendados nessas
situações. Depois de um certo tempo, com a descontração da conversa, o
estudante passou a tratá-lo informalmente. Jânio teria interrompido a
conversa bruscamente e informado aquele atrevido estudante que intimidades geram
filhos e aborrecimentos, uma expressão muito utilizada pelo editor do blog. No filme de Polanski, Mia recebe a ajuda de atenciosos idosos durante sua gestação ... para conceber o filho da besta fera. Convém que a PF e a Justiça procedam uma rigorosa investigação de DNA para descobrir, de fato, quem são os pais dessa criança e, mais importante, quem eram esses "conselheiros do diabo" a quem Rose recorria com frequência. Pay Attention, Mariza!!!
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