Antonio Ferreira Pinto, Secretário de
Segurança Pública de São Paulo, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira, 21.
Uma decisão bastante difícil para o governador Geraldo Alckmin. A presença do oficial da PM Antonio Ferreira Pinto naquela secretaria de Estado foi marcada por
muitas polêmicas e alguns conflitos abertos dentro da corporação. Antonio
lutava contra inimigos externos e internos. Diversos segmentos policiais não concordavam
com a sua atuação a frente da pasta de segurança pública. A ação desses grupos em nada
deixava a dever aos grandes filmes policiais. Num desses momentos, chegaram a
grampeá-lo numa conversa “suspeita” com um jornalista, um fato alardeado
publicamente, responsável por uma das crises na corporação. Depois de analisar
o caso com a prudência e a sensatez necessárias nessas situações, logo descobri
as razões para tanta resistência ao seu nome: Uma das missões assumidas por
Antonio Ferreira foi a de colocar “ordem na casa”, combatendo práticas
irregulares e afastando policiais corruptos. Exatos 317 policiais em menos de um ano. Evidente que não seria uma tarefa
fácil, mas ele foi bastante bem-sucedido na empreitada, sendo mantido no cargo
até onde foi possível. Era um homem da inteira confiança de Geraldo Alckmin. Nesta
reta final, Antonio Ferreira cometeu dois erros cruciais: subestimou o poder de
fogo do PCC, responsável pela morte de vários policiais nos últimos dias; e deu
uma demonstração de arrogância ao afirmar que não teria muito que aprender com
a experiência da polícia do Rio de Janeiro. As brigas com o Governo Federal, sobre os supostos oferecimentos de "socorro", guarda uma relação estreita com a sucessão do governo paulista em 2014, que já coloca na arena os principais protagonistas: PSDB e PT. Ouvido a respeito da exoneração de Antonio Ferreira, o governador
Geraldo Alckmin disse que não o afastou antes para não agravar a crise ainda
mais.
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