pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Caso Marielle Franco: Esclarecido?
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sábado, 12 de maio de 2018

Editorial: Caso Marielle Franco: Esclarecido?


Resultado de imagem para Marielle Franco/reconstituição

Desde de que a vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Ferreira, foram assassinados, mantivemos na capa do blog uma charge de autoria do chargista Renato Aroeira, desenhada em sua homenagem. A ideia era só ritirá-la dali quando, de fato, seu assassinato e o do motorista Anderson fossem devidamente esclarecido. Nos últimos dias, órgãos vinculados ao Grupo Marinho, como a Rede Globo e o jornal O Globo, começaram a divulgar matérias acerca do assunto, depois que uma testemunha chave prestou dois depoimentos à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, em tese, fechando o cerco em tono do esclarecimento do assassinato da vereadora e do seu motorista, uma vez que se trata de uma peça chave no conjunto das testemunhas arroladas. Por razões óbvias, sua identidade não é revelada, assim como está sob proteção policial.

Em certa medida, a versão apresentada pelo depoente parece verossímil. No jargão acadêmico, se diria que ele tem argumento. Teria sido seguranaç de um dos acusados e presenciado todas as reuniões preparatórias, onde se planejou a morte da vereadora. Ele aponta os mandantes do crime e indica seus prováveis executores, agentes do Estado, ligados à Polícia Militar e possivelmente integrantes de grupos milicianos. Um vereador e um chefe de milícia, que se encontra preso, são apontados como mandantes. Dois dos executores teriam sido assassinados como queima de arquivo. Não tenho dúvida de que o plano seria igualmente assassinar os outros dois executores, mas existem sempre as circunstâncias no meio do caminho, seja para o bem, seja para o mal. O delator é uma espécie de fio desemcapado, ou seja, aquele elemento que foge ao controle dos operadores de delitos. Pode  ser uma pessoa, um conversa vazada inadvertidamente, um objeto incriminador deixado no local do crime. Certamente os algozes da vereadora não contavam com essa “garganta profunda”, fundamental para o desfecho do caso, se estiver dizendo a verdade. 

Segunda a versão dessa testewmunha, os mandantes do crime são o vereador Marcelo Siciliano(PHS) e o ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, comandante miliciano que se encontra detido. Mesmo preso, ele seria um dos principais articuladores do assassinato da vereadora. A motivação, naturalmente, seria as bandeiras defendidas pela vereadora, que contrariava os interesses dos grupos milicianos, paramilitares e seus representantes no parlamento. Sabe-se, por exemplo, que o vereador citado teria reduto eleitoral onde a atuação de Marielle Franco, sobretudo quando denunciava e exigia o esclarecimentos de crimes cometidos pelos milicianos, incomodava bastante.  

A Polícia ainda pretende checar as informações repassdas por esta testemunha, com o propósito de confirmá-las ou não, antes de indiciar os acusados. Até o momento, os fmiliares da vereadora e do motorista Anderson Ferreira não se manifestaram a esse respeito. Os integrantes do seu partido, o PSOL, sobretudo o deputado Marcelo Freixo, negou uma versão apresentada pelo vereador Siciliano, que se dizia amigo da vereadora. Segundo Freixo, eram apenas colegas de parlamento. Nada mais que isso. É bom que se diga que essa versão encaixa-se com as possibilidades levantadas desde o início pela polícia, ou seja, o envolvimento de PMs, milicianos e parlamentares ligados a eles.  

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