pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A volta do Lulinha paz e amor
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segunda-feira, 9 de maio de 2022

Editorial: A volta do Lulinha paz e amor



Dizem que as coisas não estão nada boa no staff de campanha do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP). As reorientações de diretrizes comportamentais do candidato - cujo discurso lido no lançamento de sua pré-campanha é um exemplo - decorre de uma série de ajustes para evitar que ele tropeçe novamente nas palavras e cometa novos sincericídios, como o anúncio da demissão dos militares em cargos comissionados e a posição sobre os policiais. A briga é feia nos bastidores. 

Cabeça estão rolando, enquanto novos atores assumem missões estratégicas na campanha. A ideia é a de adequar o discurso do candidato consoante o momento da campanha, que indica uma recuperação do candidato Jair Bolsonaro(PL), assim como um acirramento de ânimos, que envolve a tensão entre os Três Poderes e a temperatura nas casernas. Ainda bem que eles tem sido francos em relação ao assunto, como na afirmação do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, de que se Lula vencer, não teremos um Governo do PT. Na realidade, meu caro Wagner, nunca tivemos e dificilmente o teremos nesses dias de turbulências políticas que enfrentamos. 

Neste caso, talvez a grande conquista, no momento, seria restituir a saúde de nossas instituições democráticas e evitar um mal maior. Como tenho afirmamdo por aqui, nossas instituições democráticas já atingiram um certo grau de comprometimento e estão ameaçadas. Se possuem tecido suficienete para reagir aos assédios é uma outra questão. Torçamos que sim. Torçamos para que o tecido já não esteja "puído", como se dizia em nossa época de menino. É triste a constatação de que a nossa democracia padece de um mal eterno de amadurecimento, incapaz de suportar as reformas de um governo de perfil progressista. 

Neste caso, depois da conformação partidária formada pela janela, se Lula vencer essas eleições, terá uma base congressual extremamente hostil para enfrentar, que poderá dificultar enormemente o seu governo. Em relação a ex-presidente Dilma Rousseff(PT-MG), como se sabe, aplicou-se um torniquete político que acabou estrangulando o seu governo, com o golpe institucional de 2016. Essa insegurança democrática é uma constante no país. Infelizmente.    

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