A revista Veja desta semana traz uma matéria sobre um fenômeno político de direita que atende pelo nome de Nikolas Ferreira, um jovem de 28 anos, que objetiva transformar Belo Horizonte num reduto direitista inexpugnável. Mas, a rigor, suas ambições políticas se estendem para muito além da fronteira das Alterosas, onde começou a alicerçar sua carreira. Nessa última eleição municipal, Nikolas Ferreira se transformou no maior cabo eleitoral do PL, partido que disponibilizou um jatinho para o parlamentar se deslocar por todo o país, apoiando nomes da legenda para as prefeituras municipais.
As demandas por seu apoio foram enormes e, a rigor, consumiu todas as suas energias, seja nos deslocamentos pelo país afora, seja na gravação de centenas de vídeos em apoio a nomes ligados à legenda. Em Belo Horizonte, seu ex-chefe de gabinete, Pablo Almeida, foi eleito o vereador mais votado do país, com 40.000 mil votos. Nikolas entrou de sola na campanha de Bruno Engler, que disputa a prefeita de Belo Horizonte pelo PL. Pelas últimas pesquisas, Engler aparece atrás de Fuad Noman(PSD), mas o páreo não está definido. Todas as tribos do campo progressista se uniram em torno de Fuad. Trava-se uma batalha campal na capital dos mineiros.
Seu eixo de atuação está focado nas redes sociais, nas lacrações públicas, onde é praticamente imbatível. Nikolas já atua dessa forma há algum tempo, logo depois que se tornou o deputado mais votado do país, com um milhão e meio de votos. Enfrentado um momento difícil, onde a fragilidade em alguns pontos são visíveis - as redes sociais é um deles - as forças do campo progressista tentam se arregimentar para as novas batalhas que terá pela frente. Um dos nomes que surgem no horizonte como expoente desse projeto é o do prefeito reeleito de Recife, João Campos, sufragado ainda no primeiro turno com 78% dos votos do eleitor recifense.
João é jovem, perfil de bom gesto, tocador de obras, tem penetração nas redes sociais e grandes ambições políticas. Acreditamos, no entanto, que não seja o momento ideal, conforme já enfatizamos, mas os caciques socialistas resolveram nacionalizar o seu nome, incumbindo-o de participar em apoio a várias candidaturas de esquerda, principalmente no Nordeste, como a de Evandro Leitão, em Fortaleza, e Natália Bonavides, em Natal. Ninguém tem dúvida de que João pretende seguir à risca, o mesmo projeto do seu pai, o ex-governador Eduardo Campos. Mas, como lição deixada pelo próprio pai, uma coisa de cada vez.
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