Há, no meio político, quase que uma absoluta certeza de que o morubixaba petista tentará uma reeleição em 2026. Hoje as circunstâncias não são favoráveis, mas as forças do campo dito progressista não possuem outra opção, até mesmo por capricho do líder petista, que não estimulou a formação de nomes que pudessem sucedê-lo. Dentre os principais postulantes ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026 - podemos aqui tratá-los de pré-candidatos, obviamente - Lula foi o único que não conseguiu fazer um prefeito para chamar de "seu", que seria Guilherme Boulos, em quem apostou todo o seu capital político. Ronaldo Caiado(UB-GO) fez de Sandro Mabel prefeito de Goiânia; Tarcísio de Freitas(PP-SP) fez de Nunes o prefeito de São Paulo; Ratinho Junior(PSD-PR) fez de Eduardo Pimentel prefeito de Curitiba.
O ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) também não esteve bem, mas, a rigor, ainda se encontra inelegível e arrestado com o seu partido, enredado numa divisão interna. A vitória de Evandro Leitão em Fortaleza, única capital onde o PT venceu, pode perfeitamente ser creditada ao Ministro da Educação, Camilo Santana. Em Belém, aí sim, travou-se uma batalha renhida entre bolsonaristas e petistas, onde o Planalto empreendeu todos os esforços para que a cidade não caísse nas mãos do famoso delegado Eder Mauro, bolsonarista roxo. Lula participou das festividades do Círio de Nazaré, assim como o prefeito do Recife, João Campos, em seu processo de nacionalização, também esteve por aquelas bandas. Valeu o esforço. Igor Normando, foi eleito com o apoio do clã Barbalho. Mas Belém está longe de ser comparada a São Paulo. O Planalto acusará essa refrega na capital paulista.
Ficamos por aqui imaginando o que se passou pela cabeça do candidato Guilherme Boulos nesta reta final de campanha do segundo turno. Ocorreu, por parte do candidato, um esforço incomensurável para reverter a situação, francamente desfavorável. Até o eleitorado do empresário Pablo Marçal ele tentou conquistar, incorporando um vocabulário novo no dicionário petista: empreendedorismo. Não haveria hipótese de o eleitor de Marçal migrar para o voto em Boulos, pelo que se constatou.
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