pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Careca do INSS
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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Editorial: Antônio Carlos Camilo Antunes na CPMI do INSS


Estamos aguardando o depoimento do senhor Antônio Carlos Camilo Antunes, agendada para hoje, dia 25, em audiência na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, instaurada para apurar fraudes e irregularidades no INSS. Difícil fazer alguma previsão sobre o resultado desta audiência, mas as previsões não são alvissareiras, em razão da complexidade dessa trama que envolveu uma fraude gigantesca, orquestrada contra humildes aposentados, articulada por agentes públicos e privados. Trata-se de uma operação sistêmica, orgânica, sendo absolutamente inócua esta narrativa de tentar imputar a este ou aquele governo a responsabilidade sobre essas fraudes. Está se tornando cansativo ouvir o representante do Governo Lula 3, o deputado federal Paulo Pimenta, tentar imputar ao Governo Bolsonaro a responsabilidade por esses desmandos. Não convence ninguém, uma vez que as fraudes perpassaram por diversos governos, agentes privados, instituições, inclusive com a suspeita de propinas pagas a políticos. 

Esta CPMI vem realizando um trabalho republicano da maior relevância, uma vez que pode contribuir para apontar responsáveis, fazer justiças aos lesados e, principalmente, propor a criação de mecanismos pelos quais isso possa ser minimizados no futuro. É a grande importância desta CPMI, ou seja, fechar o duto por onde migraram bilhões de recursos da autarquia para mãos indevidas. Este montante inicial, estimado em R$ 6, 3 bilhões,  possivelmente é subestimado. O relator da CPMI, o deputado alagoano Alfredo Gaspar, com sua experiência de promotor público, uma homem público honrado, começou a sua fala de forma incisiva, produzindo um princípio de tumulto durante os trabalhos, uma vez que Antônio Carlos Camilo já se antecipou que não responderia às suas perguntas. 

Cheio de melindres, Antônio Carlos, possivelmente, não irá responder às perguntas embaraçosas. A decisão do seu advogado em não responder às perguntas do relator é um indício seguro de que ele se manterá em silêncio. O enredo é nebuloso, pois suspeita que a rede de proteção seja imensa, contando com eventuais vazamentos de operações da Polícia Federal e órgãos de controle e fiscalização. Realmente, não deixa de ser um fato que precisa ser melhor esclarecido a presença do senhor Antônio Carlos Camilo numa reunião, até relativamente recente, com dirigentes do INSS. 


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Editorial: Advogado Nelson Wilians na CPMI do INSS.


Estamos acompanhando os trabalhos da CPMI do INSS, que hoje, 18, ouve o advogado Nelson Wilians, alvo recente da segunda fase da Operação Sem Desconto, desencadeada pela Polícia Federal. Os ânimos estão acirrados entre Oposição e Governo, algo que já seria previsto desde o início. O fato alvissareiro é a mudança de entendimento de ministros do STF no que concerne às audiências de convocados, que agora podem usar de suas prerrogativas constitucionais de se manterem em silêncio, mas não podem deixar de comparecer quando convocados. Isso faz uma mudança substantiva, uma vez que, mesmo calados, se existem indícios de ilícitos isso é externado durante a fala do relator e dos demais membros da comissão, cujas assessorias estão trabalhando e produzindo seus relatórios internos.   

Compete aos ouvintes tirarem as suas conclusões, como as ligações perigosas apontadas pelo relator, o deputado alagoano Alfredo Gaspar. Nelson Wilians fez uma preleção sobre a sua trajetória profissional, começando por baixo, estudando bastante e se tornando um dos maiores advogados do Brasil. Vamos deixar aos investigadores da Policia Federal chegarem às suas conclusões sobre os investigados, mas, em princípio, há suspeitas de relações de caráter não necessariamente republicanas entre o advogado e o senhor Maurício Camisotti. O problema seria essa relação com Maurício Camisotti, uma vez que, como ele alegou repetidas vezes, não conhece Antonio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS". 

Com a prerrogativa de se manter em silêncio, Nelson Wilians deixou de responder às perguntas cruciais do relator Alfredo Gaspar que, mais uma vez, soube conduzir com competência seu interrogatório. Se respondidas, tais questões poderiam ajudar bastante nos trabalhos. Voltamos a enaltecer o trabalho desenvolvido pela CPMI do INSS, principalmente nos seus propósitos de desvendar este esquema nebuloso que fraudou milhões de aposentados e aposentadas por todo o país, permitindo as orgias consumistas de alguns espertalhões.