pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Lula.
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sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Editorial: Aprovação de Lula é superior à desaprovação.



O título deste editorial seria "Lula fecha a boca do jacaré", numa alusão a um jargão utilizado entre os pesquisadores para se referirem ao fato de que os índices de aprovação e de desaprovação de um governante estão se encontrando. Na realidade, os índices negativos e positivos seriam mais apropriados. Ninguém iria entender, muito menos o SEO recomendaria a busca de um editorial com este título. Na realidade, estamos tratando aqui da última pesquisa sobre a aprovação do Governo Lula 3, realizada pelo Instituto IPESP, que aponta que os índices de aprovação do petista, pela primeira vez, depois de um longo e doloroso inverno, supera os números negativos, ou seja, enquanto 50% dos entrevistados o aprovam, 48% da população continua desaprovação o seu Governo. 

Conforme já expusemos num momento anterior, há vários fatores que podem estar contribuindo para a melhoria desses índices, a exemplo do aumento da oferta de empregos formais, assim como o refresco das gôndolas dos supermercados. O Governo aposta todas as fichas na exaltação do sentimento de soberania nacional, enfatizado depois das indisposições com o Governo dos Estados Unidos. Hoje, o idioma da comunicação institucional é o soberanês. Comenta-se, à boca miúda, que Lula talvez não estivesse assim tão entusiasmada em razão da tal química a qual se refere o presidente Donald Trump. A indisposição diplomática colocou Lula no jogo novamente, conforme observou o ex-presidente Michel Temer. 

A ancoragem do aumento desses índices de popularidade ainda é sustentada em fatores frágeis. A tal "química" e a abertura da possibilidade de um diálogo com os Estados Unidos sobre as tarifas aplicadas aos produtos de exportação brasileiros foi algo festejada por inúmeros produtores nacionais, com a corda no pescoço em razão das dificuldades que estão enfrentando. A médio e longo prazo melhor seria a retomada desse diálogo e um ajuste republicano nos padrões de relações econômicas entre os dois países. Alguém já andou afirmando que essa tal química é só balela. Na realidade, vem chumbo grosso por aí, minimizando os efeitos do soberanês. 


domingo, 1 de dezembro de 2024

Editorial: Lula tenta reconectar-se com sua base histórica de apoio.


Na nossa modesta opinião, antes de qualquer coisa Lula precisaria colocar as contas públicas em ordem. Este é um princípio básico. As previsões de agentes do mercado e de economistas não são das melhores sobre os rumos de nossa economia. Quando o sujeito precisa se endividar para pagar as contas entra num círculo que não tem mais volta. No mês seguinte, o salário vem reduzido pelos descontos empréstimos, as parcelas das dívidas permanecem, o sujeito não consegue honrá-las e a bolha estoura com os juros. A economista Tânia Bacelar, numa palestra na Fundação Joaquim Nabuco, respondendo a um questionamento nosso, dá este exemplo de economia doméstica, que, segundo ela, o mesmo raciocínio se aplica às contas públicas. 

Déficit público é isto: Você gasta mais do que arrecada. Há um consenso que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, perdeu o cabo de guerra no Governo Lula. Foi derrotado por aqueles que viam no equilíbrio fiscal um suicídio político, tese defendida por setores influentes da legenda. Esse negócio de mercado não é para alguns petistas, que enxergam nesta entidade um conjunto de maldades contra a sociedade. Logo após os encontros desagradáveis onde este assunto foi discutido no governo - parecia uma daquelas reuniões intermináveis - Os acenos de Lula indicam claramente que ele fez a sua opção pelas políticas sociais, de olho nas eleições de 2026. 

Ontem determinou a regularização de terras negras de 15 comunidades quilombolas pelo país afora e, logo em seguida, anunciou um conjunto de medidas com o propósito de atender tais comunidades, onde estão previstas até ações de empreendedorismo, a palavra do momento até para os petistas mais radicais. Antes, já havia anunciado um amplo programa de desfavelização do país, o que deverá ter um custo bastante alto num país com o nosso número de favelas.