pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Governo Lula 3
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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Editorial: Cícero janta com Dirceu. Vem novidade por aí?


Foi muito feliz a raposa da política mineira, Magalhães Pinto, quando afirmou que política é como as nuvens, ou seja, muda repentinamente. Até recentemente, um senador paraibano, que luta por sua reeleição em 2026, corria o risco de ser rifado pelo Planalto, em razão das articulações de Lula com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que implicariam em apoiar um nome ligado ao parlamentar paraibano para concorrer ao Senado Federal. Seria injusto, uma vez que o cidadão tem demonstrado um comportamento exemplar em relação ao Governo Lula 3, pautando suas ações  orientadas pela bússola governista. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, hoje no MDB, que já esteve ao lado do governador João Azevedo, uma vez preterido como candidato, rompeu com o grupo, embora afirmasse, surpreendentemente, que continuaria apoiando o projeto de eleição do governador ao Senado Federal. 

Uma incongruência que ele acabou admitindo recentemente, afirmando que sua obrigação é com os senadores que deverão concorrer em sua chapa para disputar o voto eleitores rumo ao Palácio Redenção. O político mais "manhoso" da Paraíba vem entabulando conversas com o PT. Esteve com Edinho Silva, Presidente Nacional do partido, e, ontem, dia 06, jantou com a eminência parda do partido, José Dirceu. Na agenda, um eventual apoio do PT ao seu projeto de se eleger governador do estado, em 2026. Essas costuras políticas têm avançado, até porque conta com o aval do MDB local, afinado com a ala do partido que se inclina a apoiar o projeto de reeleição de Lula em 2026. 

Embora tenha demonstrado uma inclinação natural em apoio à chapa que está sendo montada por João Azevedo, Cida Ramos, que o dirige o Diretório Estadual do PT na Paraíba, já afirmou que as portas não estão fechadas para uma negociação política com o prefeito da capital. O prefeito que goza de um capital político nada desprezível, que vai de uma extremo ao outro do espectro ideológico, monta uma chapa competitiva e lidera todas as pesquisas de intenção de votos realizadas até este momento. 

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Editorial: O cerco contra o crime organizado.


No dia ontem, 05, foi instaurada no Senado Federal a CPI que deve investigar a atuação do crime organizado no país. Os trabalhos devem ser presididos pelo senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, em tese, um aliado do Governo. A relatoria ficará sob a incumbência do senador do Estado de Sergipe, Alessandro Vieira, do MDB. Ambos são oriundos da Polícia Civil, o que deve emprestar muito profissionalismo à condução dos trabalhos. O Governo Lula 3 segue uma linha mais moderada, mas a Oposição pretende endurecer o jogo contra as facções, classificando-as como grupos terroristas, o que abre alguns precedentes perigosos, conforme alertamos no dia de ontem. 

Não deve ser mera coincidência que, logo após a Operação Contenção, realizada pela Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro no complexo de favelas da Penha e do Alemão, as polícias do estado da Bahia e do Ceará também realizaram mega operações contra o crime organizado. Na Bahia, trinta integrantes do CV foram presos, enquanto 07 deles morreram no interior do Ceará, depois de confronto com forças policiais. O Governo Lula desenvolve um projeto piloto no Rio Grande do Norte, que objetiva a recuperação dos territórios sob o domínio do crime organizado. Podemos estar enganados, mas além de Pernambuco e Paraíba, O Rio Grande do Norte é o ente federado que mais se aproxima daquela situação limite, a exemplo da Bahia e do Ceará. Isso considerando apenas os estados da Região Nordeste, uma  vez que situação assim podem ser encontradas em outras regiões do país, a exemplo da região Norte, onde se realiza a COP30

Diante do quadro de divergências entre a União e os entes federados acerca da questão de segurança pública, não se constitui nenhuma surpresa que o plano piloto concebido pela pasta comandada pelo ex-Ministro do STF, Ricardo Lewandowski, tenha encontrado guarida apenas nos rincões do Rio Grande do Norte. Sugere-se que, em breve, o Governo deverá estar apresentando os resultados do trabalho desenvolvido naquele estado. Lewandowski, possivelmente, será um dos convidados da CPI do Crime Organizado. Na oportunidade, poderá explicar o andamento de tal projeto. 


quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Editorial: Trem de passageiros ligando Recife a João Pessoa.



Notícias boas são raras nesses tempos bicudos que atravessamos. Mas hoje, 15, líamos uma notícia muito interessante acerca da retomada da malha ferroviária brasileira, o que o Governo Lula 3 já havia insinuado com algumas medidas, mas agora o assunto entra verdadeiramente nos trilhos do Palácio do Planalto, já com recursos previstos, no contexto do Plano Nacional de Logística. Conforme observou o presidente da estatal Infra S.A, Jorge Bastos, numa série de debates promovidos pelo jornal Valor Econômico, onde o assunto foi discutido. A uma série de projetos em andamento, a exemplo da Transnordestina, mas desta vez estamos falando de um plano bem mais amplo, que contemporiza o transporte de cargas e passageiros, ligando as principais capitais do país. 

O projeto teria início com uma malha ferroviária interligando as capitais do Recife e João Pessoa. Somos fascinados por trens e estações ferroviárias. Um dos textos que sempre retomamos a leitura é o romance Pureza, do escritor paraibano José Lins do Rego, muito em razão do fato de que o romance se passa numa estação ferroviária. Aliás, na cumplicidade literária estabelecida entre o escritor e o antropólogo Gilberto Freyre, ambos vão concordar que este é o melhor romance produzido pelo paraibano, onde ele exerce mais criatividade do que memória, a exemplo dos textos do Ciclo da Cana- de- Açúcar.  Mas, voltemos aos trilhos. Iniciativa elogiável esta do Governo Federal, merecedora de nosso incentivo, não apenas por nossa paixão pelo tema, mas, sobretudo, em razão dos benefícios de logística proporcionados por este transporte, principalmente o de cargas, hoje conduzidas por malhas rodoviárias precárias, mal conservadas, sem falar nas ações dos bandoleiros saqueando-as. 

E, por iniciar essas conversas tratando de logística, realmente causou estranheza um pronunciamento do Ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, onde ele se mostra incrédulo com o fato de a governadora Raquel Lyra recusar uma oferta da ordem de R$ 150 milhões de reais para a retomada das obras de reconstrução do Aeroporto de Caruaru. Surpreende mais ainda quando se considera uma declaração recente da governadora, onde ele afirma que o presidente Lula tem sido muito generoso com Pernambuco. Sílvio é cotado para candidatar-se ao Senado Federal nas próximas eleições, integrando a chapa do principal adversário ao projeto de reeleição da governadora, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE). 

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Editorial: Lula é o "cara" de novo.


A última pesquisa do Instituto Quaest\Genial traz dados que são importantes para o Palácio do Planalto. Os índices de aprovação do Governo Lula 3 continuam melhorando, já em empate técnico com os índices negativos, ou seja, 48 a 49. Sobre as eleições de 2026, Lula venceria todos os adversários num eventual segundo turno, tornando o cearense Ciro Gomes como o principal oponente. Ainda é cedo e não temos as informações suficientes para avaliarmos esta performance do ex-candidato presidencial Ciro Gomes, que lutou, sem sucesso, o quanto pode nas eleições passadas para quebrar a polarização renitente entre petismo e bolsonarismo. Um experiente marqueteiro baiano, assim como Sidônio Palmeira, outro dia informou que o presidente Lula havia sido ressuscitado por Donald Trump, que deu o mote que seria a faca e o queijo para o petista recuperar sua popularidade e entrar no jogo, em definitivo, das eleições de 2026. 

Sidônio, aliás, já estava no desespero quando ocorreu esta contenda diplomática entre os dois países, levantando a bola da soberania nacional. Quando a gente era estudante - e em algum momento deixamos de sê-los - se dizia que isso se tratava de uma Lei da Sociologia. A Lei diz que, diante de uma ameaça externa, o povo tende a se unir em torno do seu governante. A outra Lei, em complemento a esta, diz que, se alguém estranho chega em sua casa e critica todo mundo, a tendência é unir as pessoas da casa em contraposição àquelas críticas, mesmo quando elas procedem. Sociologia não é uma ciência exata, mas, em todo caso, sugere-se alguma assertiva por aqui. 

Neste momento, a direita ou extrema direita entrou num enrosco complicado, dividida, defendendo pautas antipopulares, a exemplo desse projeto absurdo de conceder anistia àqueles que atentaram contra as nossas instituições democráticas. Seu principal representante encontra-se doente, condenado e inelegível, mas insistindo em não autorizar outro nome do seu campo político para as eleições presidenciais de 2026. Tarcísio de Freitas, antes bastante ponderado, a partir de um determinado momento, sugere-se que perdeu o prumo, como nesta última declaração infeliz sobre a Coca-Cola, por ocasião do grave problema da contaminação de bebidas por metanol. 

Drops Político: Ministro Celso Sabino pode ser expulso do União Brasil.



Ambos os partidos que formarão a federação União Progressista, integrada pelo União Brasil e o Progressistas, já se pronunciaram sobre a insistência de seus ministros permaneceram no Governo Lula 3. Celso Sabino, do Turismo, e André Fufuca, dos Esportes, resolveram permanecer no Governo, mesmo quando resoluções da federação indicam o desembarque da gestão. Como não se constrói algum consenso sobre o assunto, tanto o União Brasil quanto o Progressistas abriam processos internos que podem culminar com a expulsão de ambos de suas agremiações. Celso Sabino pediu apenas mais alguns dias, segundo dizem até o encerramento da COP30, mas, pelo andar da carruagem política, até sua candidatura ao Senado Federal pode ser reavaliada, uma vez que ele mostra uma grande disposição de continuar no Governo Lula 3. Por outro lado, o apoio do líder petista ao seu projeto político seria muito bem-vindo. 

domingo, 5 de outubro de 2025

Editorial: A difícil missão de largar a "boquinha".



O patrimonialismo brasileiro é capaz de produzir algumas situações inusitadas. Pessoalmente, conhecemos algumas delas, como a tradição de um rito, bastante semelhante às capitanias hereditárias, que se aplicava aos cargos de confiança de uma determinada instituição. Quando o titular do posto se afastava do cargo, em razão da aposentadoria, por tradição, indicava um parente ou a amante para ocupar o seu cargo. Numa conjuntura onde isso passou a ser encarado com "naturalidade" na cultura institucional, criticar tal procedimento significaria que o mundo poderia desabar sob seus pés. Acreditamos que se o sociólogo Pierre Bourdieu vivesse em Pernambuco, teria mais alguns elementos inusitados para agregar à sua teoria social.  

Passamos a pensar sobre este assunto depois de acompanhar as polêmicas em torno das dificuldades que dois ministros do Governo Lula 3 estão encontrando para desembarcar do Governo. André Fufuca, dos Esportes, filiado ao PP, e Celso Sabino, do Turismo, do União Brasil. Ambos já foram alertados sobre a necessidade de deixarem as suas pastas, mas, por algum motivo, sentem dificuldades de largarem o cargo. Em relação a Celso Sabino, haveria um acordo dele com Lula, em razão da realização da COP30, que ocorre em sua base eleitoral, o Pará. Em relação a Fufuca, desconhecemos as negociações. Em ambos os casos, no entanto, ambos os partidos, que devem formalizar a poderosa federação União Progressista, já sinalizaram que estão insatisfeitos com a situação, prometendo, inclusive, punição aos infratores. 

A determinação é no sentido de desembarcar imediatamente do Governo Lula 3.  O imbróglio torna-se ainda mais complicado quando se pensa naqueles atores que gozam de grande capital político e trânsito fácil junto ao Palácio do Planalto, a exemplo do ex-Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP, e do atual Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, do União Brasil. É aqui que a porca torce o rabo, uma vez que pode não se aplicar o adágio popular que diz que pau que bate em Chico também bate em Francisco. 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Editorial: Aprovação de Lula é superior à desaprovação.



O título deste editorial seria "Lula fecha a boca do jacaré", numa alusão a um jargão utilizado entre os pesquisadores para se referirem ao fato de que os índices de aprovação e de desaprovação de um governante estão se encontrando. Na realidade, os índices negativos e positivos seriam mais apropriados. Ninguém iria entender, muito menos o SEO recomendaria a busca de um editorial com este título. Na realidade, estamos tratando aqui da última pesquisa sobre a aprovação do Governo Lula 3, realizada pelo Instituto IPESP, que aponta que os índices de aprovação do petista, pela primeira vez, depois de um longo e doloroso inverno, supera os números negativos, ou seja, enquanto 50% dos entrevistados o aprovam, 48% da população continua desaprovação o seu Governo. 

Conforme já expusemos num momento anterior, há vários fatores que podem estar contribuindo para a melhoria desses índices, a exemplo do aumento da oferta de empregos formais, assim como o refresco das gôndolas dos supermercados. O Governo aposta todas as fichas na exaltação do sentimento de soberania nacional, enfatizado depois das indisposições com o Governo dos Estados Unidos. Hoje, o idioma da comunicação institucional é o soberanês. Comenta-se, à boca miúda, que Lula talvez não estivesse assim tão entusiasmada em razão da tal química a qual se refere o presidente Donald Trump. A indisposição diplomática colocou Lula no jogo novamente, conforme observou o ex-presidente Michel Temer. 

A ancoragem do aumento desses índices de popularidade ainda é sustentada em fatores frágeis. A tal "química" e a abertura da possibilidade de um diálogo com os Estados Unidos sobre as tarifas aplicadas aos produtos de exportação brasileiros foi algo festejada por inúmeros produtores nacionais, com a corda no pescoço em razão das dificuldades que estão enfrentando. A médio e longo prazo melhor seria a retomada desse diálogo e um ajuste republicano nos padrões de relações econômicas entre os dois países. Alguém já andou afirmando que essa tal química é só balela. Na realidade, vem chumbo grosso por aí, minimizando os efeitos do soberanês. 


sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Editorial: União Brasil desembarca do Governo Lula



Esta decisão já havia sido tomada desde o momento em que o União Brasil e o Progressistas decidiram formalizar a Federação União Progressista. O plano das intenções é uma coisa, mas, concretamente, o apego às benesses e à capilaridade política proporcionada pelo exercício do cargo colocaram muitos atores em dúvida sobre o assunto, a exemplo do Ministro do Turismo, Celso Sabino, que hoje, 19, manteve um diálogo com o presidente Lula tratando deste assunto espinhoso. A relação esfriou de vez nas últimas 24 horas, depois que saiu pela imprensa informações sobre investigações da Polícia Federal envolvendo o presidente da federação, Antonio Rueda, que considerou que as informações faz parte de um plano de desgaste de sua imagem, algo urdido, possivelmente, por seus adversários políticos. 

Nos velhos tempos, convém sempre ressaltar, a lealdade do presidente do União Brasil ao Governo Lula 3. Este fato era enaltecido pelos próprio núcleo duro do Planalto. São as contingências políticas impostas pela nova Federação, mas, mesmo antes disso, o União Brasil já se mostrava bastante infiel ao Governo. Era o partido mais infiel da chamada base aliada. É sempre bom considerar o que ocorre na capital federal e observar como isso se reflete entre os entes federados. É um bom indicador para considerarmos a aderência desses movimentos ou tendências. Na Paraíba, por exemplo, um dos atores mais representativos do União Brasil, o senador Efraim de Moares, desembarcou, fez uma aliança com o PL, e recomendou aos seus aliados que deixassem seus cargos. Foi coerente. 

A solução para Celso Sabino é entregar o cargo e se manter na federação ou deixar a legenda, acomodando-se numa outra legenda. A solução para o Planalto, por outro lado, é encontrar uma solução caseira, ou seja, entre os fiéis aliados de longas datas. Em princípio, nada mudou no cenário de alianças políticas mesmo diante do estancamento da sangria da impopularidade de Lula, que deve concorrer a mais um mandato. Lula, inclusive, tem liderado o pelotão de pretendentes ao Planalto mesmo navegando nessas águas turvas. 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Editorial: Ainda a polêmica em torno da aposentadoria dos militares.


No país do hímen complacente ou onde tudo se resolve com um tapinha nas costas, não causa surpresa os rumores em torno de gestões que estariam sendo perpetradas no sentido de minimizar os estragos na tropa em relação àqueles militares que estariam envolvidos nas tessituras golpistas mais recentes. Além de uma punição efetiva, a sociedade brasileira exige que medidas sejam tomadas no sentido de minimizar a possibilidade de novas armações antidemocráticas e inconstitucionais. Isso implica, naturalmente, numa reestruturação na caserna, que passa, necessariamente sobre o aspecto de formação dos militares. 

A questão da aposentadoria não passa por tal preocupação. A questão aqui diz respeito a dinheiro mesmo. Ou, para sermos mais preciso, pela  ausência dele. Há um déficit gigantesco e é preciso estancar a sangria de alguma forma. Há distorções entre as aposentadorias entre servidores civis e militares e elas precisam serem corrigidas. Quando o servidor público civil se aposenta, já com idade acima dos 60 anos, continua com descontos previdenciários em seus vencimentos, o que se constitui numa excrescência. Já existem alguns movimentos no Legislativo no sentido de rever essa contribuição pós aposentadoria.  

Ao morrer, existe hoje uma série de dispositivos legais, todos no sentido de subtrair seus vencimentos, que caem, em média, pela metade. Isto é resultado das sucessivas reformas previdenciárias impostas sobre os servidores civis, às quais os militares sempre estiveram ausentes. Foi em razão deste histórico que concluímos sobre os ruídos que este tema iria provocar entre a tropa. A Marinha lançou uma nota contrariando aquilo que eles consideram que esteja sendo tratado como privilégios. Exército e Aeronáutica não se manifestaram, mas sabe-se que o drama é o mesmo. Mexeu-se num vespeiro e o Planalto deveria ter em mente o tamanho da encrenca.  

Salvo melhor juízo, o raciocínio não se aplica aos militares que, quando se aposentam, em alguns casos, são promovidos ou dados como mortos, inflando seu proventos. A União gasta uma fábula com as filhas dos militares que não se casaram, que podem herdar a pensão dos pais falecidos. Matéria do Estadão verificou que uma delas receberia a quantia de R$ 117 mil reais por mês. A União gastou em 2020 R$ 19 bilhões somente com essas viúvas. 60% do montante gasto com a aposentadoria dos militares é para pagar essa conta. 

sábado, 16 de novembro de 2024

Editorial: PSOL pede arquivamento do PL sobre anistia.



Depois do que ocorreu no último dia 11, governo e oposição consideram encerradas as discussões em torno da anistia aos envolvidos nos episódios do 08 de janeiro. A inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, cheio de entusiasmo com a vitória do aliado republicano para a Casa Branca, sugere-se que deve permanecer. O Governo Lula3 está mobilizando todos os seus recursos políticos para punir os envolvidos na frustrada tentativa de golpe de Estado, assim como apear o ex-presidente das disputas eleitorais pelos próximos anos, conforme já ficou definido pelo TSE. Os arranjos políticos permanecem. O PL vai continuar negociando o apoio ao próximo presidente da Câmara dos Deputados a partir da "liberação" do capitão para se candidatar as eleições presidenciais de 2026. 

Hábil, Lira vai responder com o veremos. Não nega, mas também não confirma e assegura os votos do partido para o seu apadrinhado, Hugo Motta. Quem ouviu muito isso foi o Elmar Nascimento. Deu no que deu. Diante dos novos cenários provocados pelas explosões de Brasília, o PSOL está entrando com um pedido de arquivamento da PL sobre a anistia. Numa de nossas postagens anteriores, discutimos essa questão por aqui. Trata-se de um desserviço às instituições da democracia. Nós não temos uma democracia consolidada, sujeita aos solavancos autoritários recorrentes,  em alguns casos, motivados por essas passagens de pano. Com golpe de Estado não é coisa que se brinque.

Vamos ver o resultado dessa queda de braço entre governo oposição em torno deste assunto. O STF já se manifestou em torno do assunto, advogando que se trata de um assunto sobre o qual não haverá complacência. Houve um período em que a oposição estava mais entusiasmada em torno do assunto.  


quarta-feira, 8 de maio de 2024

Editorial: O "Gabinete das Sombras" já atua no país.



Salvo melhor juízo, nenhuma oposição que se preze torce para que o Governo seja bem-sucedido. Faz parte do jogo, até porque eles desejam assumir o poder em algum momento, conforme previsto nas democracias representativas consolidadas. Este talvez seja o limite. No nosso caso, com uma oposição inconsequente, de perfil nada republicano, não responsiva, torce e faz de tudo para o Governo sangrar em praça pública. Infelizmente, as instituições democráticas no país entraram numa seara complicada. 

Rusgas não são superadas pela construção de consensos, as conciliações foram apagadas do nosso dicionário político e o que mais se evidencia são as bordoadas entre os Três Poderes da República. Lula pode ter cometido muitas derrapagens verbais - uma repórter de um desses sites especializados em política teve até a curiosidade de contá-las - mas acerta em cheio quando afirma que estamos numa guerra, sem chances de armistício. Ontem uma coluna de política chamou a atenção para um incipiente Gabinete das Sombras, no melhor estilo inglês, que já estaria dando os seus primeiros passos no país, sob os auspícios da renhida oposição bolsonarista, no melhor estilo de um regime parlamentarista.

Até o Arthur Lira já admitiu que o conceito de presidencialismo de coalizão está superado, ainda relevante apenas para os estudantes de ciências políticas. Em inglês, o termo se chama Shadow Cabinet e também pode ser traduzido como Governo Paralelo, um termo bem mais apropriado para a oposição brasileira. Vamos aguardar o que vem por aí, mas especula-se que os gastos licitados pelo Governo para a propaganda institucional digital, já está em análise, prevendo-se até uma proposta de CPI. 

Editorial: Lula estanca queda de popularidade.

 


Ainda é cedo para as comemorações. Mas, pelo andar da carruagem política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a julgar pelas três pesquisas de avaliação do Governo divulgadas apenas nesta semana, realizadas por diferentes institutos, o Governo do presidente Lula pode se tranquilizar em relação à queda crescente de sua popularidade, fenômeno verificado nos últimos meses. Desta vez, com ligeiras variações, os indicadores desses institutos apontam para uma estabilidade dos índices de aprovação do Governo. 

Como são três pesquisas,divulgadas em intervalos mínimos entre uma e outra, alguns sites exploraram a eventual queda, mesmo que nas margens desses institutos, levando o leitor a estabelecer alguma confusão em relação ao assunto. A pesquisa do Genial\Quaest, divulgada no dia de hoje, 08, aponta que a aprovação saiu de 50%, na última pesquisa do instituto, para 51%, dentro da margem de erro, que é de 2,2. Além dessa estabilidade, a notícia boa é que as ações do Governo Federal no Rio Grande do Sul podem ter contribuído para a melhora dos percentuais na região sul. 

Por aqui enceram-se as boas notícias. Difícil dizer se essa tendência de estabilidade verificadas nessas últimas pesquisas, se nos permitem o trocadilho, se estabiliza. Vamos precisar de mais pesquisas pela frente para afirmar se se trata de uma tendência. Por outro lado, crescem o percentual de eleitores que consideram que o Governo está indo na direção errada, assim como não consegue comprir o que prometeu, o que pode se refletir, em algum momento, em má avaliação.