O caldeirão político está fervendo na Paraíba. Ontem fomos informados que um cidadão deu entrada no TRE com um pedido de impugnação da candidatura do senador Cássio Cunha Lima ao Governo do Estado. A família Cunha Lima conhece os bastidores da política paraibana como nenhum outro grupo político. São raposas de primeira linhagem. Muito dificilmente entrariam na disputa para voltarem ao Palácio Redenção se não tivessem certeza de que as filigranas jurídicas não estivessem contornadas. Depois de disputar com a candidata do governado Ricardo Coutinho(PSB) a prefeitura da capital, o PT local, numa atitude surpreendente, endossa o seu nome à reeleição, contrariando acordos celebrados nacionalmente entre o PMDB e o PT nacional. O PMDB vai de candidatura própria, com um nome da família Vital do Rego, Veneziano Vital do Rego, ex-prefeito de Campina Grande.Leva a tiracolo a raposa felpuda do José Maranhão, que concorre ao Senado. Com uma grande capilaridade política naquele Estado, José Maranhão lidera todas as pesquisas até o momento. Muito improvável uma não polarização entre as candidaturas de Ricardo Coutinho(PSB) e Cássio Cunha Lima (PSDB). Um deles possui a máquina do Estado sob o seu controle. O outro, conforme já afirmamos, conhece como ninguém a política paraibana. Nunca perdeu uma eleição no Estado. Em Campina Grande, já ganhou eleição com mais de 80% dos votos válidos. Dificilmente o PMDB quebrará essa polarização quase certa. Talvez seja por isso que até hoje se especula em torno de negociações entre a agremiação e o pessoal de Ricardo Coutinho(PSB). Nas eleições de 2010, o apoio de Cássio foi fundamental para Ricardo vencer aquelas eleições. O nosso blog quis ouvir Luciano Agra sobre o assunto. Na capital, a gestão e o apoio de Agra também foi fundamental para a eleição de Luciano Cartaxo, hoje um aliado do "Mago". Agra, por sua vez, foi "rifado" pelo PSB naquelas eleições. De perfil técnico, oriundo da academia, Agra fez uma gestão impecável. Em dois anos e meio consagrou-se como um dos melhores prefeitos da capital. Com o apoio do partido, o PSB, certamente continuaria gerindo os destinos da capital. Ocorre que isso não estava nos planos do "Mago". Agra tornou-se uma estrela ascendente que começava a incomodar a caciquia ricardista, que tratou de apeá-lo. Isso talvez fosse assunto para ser discutido num caloroso almoço de domingo no Gulliver, Agra. Para resumir sua opinião sobre essa inusitada união, Agra limita-se a afirmar que o povo saberá responder nas urnas. Fica o aviso.
Nota do Editor: O Gulliver está para a classe política paraibana, assim como o Leite ou Porto Ferreiro para a classe política pernambucana.
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