Nos últimos dias, o ex-governador Eduardo Campos intensificou a campanha em Pernambuco, colando sua imagem junto a do seu candidato, Paulo Câmara. Logo se especulou que, diante das dificuldades de sua candidatura presidencial, a melhor opção seria evitar um vexame maior como, por exemplo, sofrer uma derrota no seu quintal. Conforme informamos ontem, algumas mudanças foram feitas no staff de campanha do candidato ao Governo, o que é muito comum nessas ocasiões, até porque ninguém assume quem pariu mateus. A escolha do nome de Paulo foi marcada por uma série de circunstâncias políticas específicas, o que contingenciou a escolha, que acabou recaindo sobre um nome não muito feliz para a disputa, oriundo da cozinha do Campo das Princesas. Um técnico, cobrador de impostos, desconhecido do eleitorado, num momento em que o seu tutor não reúne condições de carregar o andor. Um nome fraco, pouco competitivo, disputando uma eleição com um senador da República, um político experiente, com bom trânsito junto ao capital - pela origem de classe - e ao trabalho, uma vez que a aliança com o PT aparou suas arestas junto com uma federação importante como a FETAPE, tradicionalmente ligado aos socialistas. Enquanto Paulo foi literalmente "pinçado" e imposto por um capricho, Armando já vinha comendo terra fazia alguns anos, viajando aos domingos para o interior,adubando suas bases eleitorais, a exemplo do Dr. Arraes.Eleição é um quadro que apresenta muitas variáveis, um deslize qualquer pode representar uma defenestração de uma candidatura, mas, pelo andar da carruagem política, a turma da Frente Popular está na retaguarda e bastante acuada. Se o pessoal da oposição mantiver a cabeça no lugar, segurar bem essas rédeas, Eduardo Campos poderá ser derrotado em seu próprio Estado, o que representaria um fim político melancólico para uma jovem liderança que pode ter cometido alguns erros de avaliação imperdoáveis.
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