As manifestações populares de Junho/Julho de 2013 pareciam indicar que o país havia acordado para a necessidade de construir uma nova agenda pública. Logo, os governantes de todos os matizes ideológicos saírem a campo para anunciar que iriam atender as legítimas reivindicações da população. As mobilizações arrefeceram e, de concreto, nada foi feito deste então que pudesse mudar substantivamente o quadro dos indicadores sociais na área de saúde, mobilidade, educação, salvo alguns avanços, como a aprovação do PNE, que garante a ampliação de verbas para o setor de educação. Muito bem formulada uma questão levantada pelo professor Michel Zaidan, em artigo publicado no blog, dias antes do início da Copa do Mundo de Futebol de 2014: Quais as bandeiras que estaríamos levantando? Em nenhum outro momento no país, os brasileiros haviam promovido uma mobilização tão intensa, cuja agenda indicava uma preocupação com as políticas públicas de educação. Mais uma vez, perdemos a Copa e, lamentavelmente, nos desmobilizamos em torno de agenda tão importante para país. Muito mais importante que o futebol. As cenas divulgadas pelas redes sociais no dia de hoje, que mostram alunos da rede pública do município de São José do Egito, no sertão pernambucano, sendo transportados numa carroça puxada por um jumento dão a dimensão do problema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário