pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
Powered By Blogger

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Acordos entre PSDB e DEM ,em São Paulo, poderão minar candidatura de Daniel Coelho



Acordos celebrados entre o PSDB e o DEM nas eleições paulistas poderão minar a candidatura do deputado estadual, Daniel Coelho à Prefeitura da Cidade do Recife, em 2012. Apresentado como um grande “trunfo” – não é bem esta a avaliação do editor do blog – Sérgio Guerra patrocina a candidatura de Coelho como uma alternativa viável e capaz de derrotar, nas urnas, a candidatura de Frente Popular, sobretudo se confirmado o nome do atual prefeito, João da Costa, que conta com uma rejeição acentuada em setores importantes do eleitorado. O entusiasmo de Sérgio o leva a empinar tal candidatura, advogando que a oposição pernambucana deveria apoiá-la. Até certo ponto, tornou-se difícil um diálogo de Sérgio com amplos setores da oposição no Estado. Não precisamos entrar em detalhes sobre isso. Outro dia comentávamos que as articulações que envolviam o nome de Jarbas Vasconcelos até poderiam ser facilitadas, em razão do distanciamento de Sérgio Guerra. As negociações que estão envolvendo as eleições paulistas, no entanto, poderão mudar substantivamente os acordos celebrados na província. Kassab está onde sempre esteve e não poderia sair: já confirmou o apoio do seu PSD à candidatura do tucano José Serra. Pelo menos neste particular Kassab não pode ser acusado de incoerência. Sempre afirmou que, caso Serra saísse candidato, seu apoio seria incondicional. O DEM, no entanto, faz “beicinho” e algumas exigências, vendendo caro os três preciosos minutos de televisão que dispõe. O presidente nacional da legenda, José Agripino Maia, colocou na mesa de negociações, o apoio do PSDB às candidaturas de Mendonça Filho (Recife) e ACM Neto (Salvador). As eleições paulistas – como todos já perceberam – transformaram-se numa prévia de 2014. Tornou-se uma obsessão de Lula desbancar o PSDB do seu ninho mais emplumado. Para se defender, os tucanos escalaram o seu melhor quadro: José Serra. Embora ostente uma rejeição de 33% do eleitorado – motivada, sobretudo, por suas “renúncias”-, as chances de um “novato”, conforme é o caso de Haddad, desbancá-lo são remotas. É quase certo que os grãos-tucanos tirem Sérgio Guerra do salto alto em Pernambuco.  

Charge!Paixão! Serra: cabeça a prêmio!

Paixão

Morre Robinson Cavalcanti: Esquerda evangélica mais pobre.



 
Morreu no dia de hoje, de maneira trágica, o cientista político e Bispo da Igreja Anglicana, Robinson Cavalcanti. O professor Robinson foi assassinado pelo próprio filho, que tinha voltado dos Estados Unidos e havia passado o período de carnaval em Olinda, onde o bispo residia. Tentando proteger o marido, a esposa de Robinson também foi assassinada a facadas. Formado numa das mais respeitadas instituições de formação de cientistas políticos do Brasil, o IUPERJ, Robinson orgulhava-se de afirmar que foi o primeiro cientista político de Pernambuco. Embora com um currículo acadêmico impecável – professor,diretor do CFCH, reitor da UFRPE – é na militância política que o nome de Robinson ganharia maior projeção, embora atuasse sempre nos bastidores. Muito ligado ao Partido dos Trabalhadores, Robinson contribuiu para minimizar a rejeição que Lula apresentava junto aos setores evangélicos do Estado, coordenando uma de suas campanhas. Como professor e um dos examinadores do nosso projeto de mestrado, nos alertou para a pouca importância que estávamos dando a setores da Igreja entre os grupos que formariam o Partido dos Trabalhadores. Participei, juntamente com Robinson, de alguns encontros importantes do Partido no Estado. Devo a ele a articulação de algumas entrevistas para o nosso trabalho, que é a memória do partido em Pernambuco. Dois professores do CFCH sempre se destacaram pelo espírito de solidariedade: Robinson Cavalcanti e Michel Zaidan. Momento houve, conforme nos confidenciou Eli Ferreira, que Robinson, como diretor do CFCH, bancou o nome do professor Michel Zaidan para a Coordenação do Programa de Mestrado e Doutorado em Ciência Política da UFPE. Ambos nos ajudaram bastante. A última vez que encontrei Robinson foi no supermercado GBarbosa, em Casa Caiada, Olinda. Trocamos poucas palavras, mas ele, como sempre, insistiu para que voltássemos aos estudos. Tendo estudado com Fernando Freyre na Faculdade de Direito do Recife, Robinson acompanhou toda a trajetória da Fundação Joaquim Nabuco, tendo-nos feito revelações importantes sobre a Casa, em nossas conversas. Nos últimos anos, como uma referência da esquerda evangélica, foi convidado a participar dos cultos ecumênicos da Instituição, acompanhado do companheiro Padre Reginaldo e representante dos cultos afro-descendentes. No site da FUNDAJ foram publicados – como artigos – alguns desses sermões. Vai com Deus, pastor!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Eleições paulistas: Serra anuncia pré-candidatura. O PT sente o choque.




Mesmo fora do prazo, o que se traduz como uma mera formalidade, José Serra, enfim, decidiu colocar seu nome como pré-candidato do PSDB às eleições municipais paulistas de 2012. O ingresso de Serra na disputa muda completamente o xadrez político daquela eleição. O alto comando petista já se reuniu para avaliar a situação, mas, em razão de ajustes internos, a reunião serviu apenas para pontuar as divergências que a agremiação terá que superar. O Diretório Municipal não se entende com a Tendência Construindo um Novo Brasil, que deseja uma participação maior no comando da campanha de Fernando Haddad. De acordo com o jornalista Josias de Souza, do portal UOL, Haddad até que tentou injetar ânimos nos companheiros, demonstrando que não sentiu o choque, mas era visível o abalo que o anúncio do nome de José Serra provocou na cúpula petista. Conforme comentávamos em postagens anteriores, O PSDB vivia um drama sem precedentes no seu principal reduto. A ideia das prévias – longe de representar um momento de oxigenação da agremiação – era o último recurso para o enfrentamento do imbróglio. O nome de Serra – que talvez ainda seja submetido a uma consulta interna – coloca o partido na disputa, com chances de êxito. Kassab, que estava de namoro com o Planalto, voltou atrás e deverá apoiar o seu padrinho político. Apesar de “gratidão” ser uma palavra difícil de encontrar no dicionário político, a atitude de Kassab para com Serra é perfeitamente compreensível.  Um outro político que também deverá manter os acordos já firmados é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O PSB participa do Governo de Geraldo Alckmin e já antecipou a “fatura”, celebrando acordos em cidades importantes do Estado. Claro que o Planalto jogará pesado, tentando reverter o quadro, mas, seguramente, hoje, não é o PT o ator mais confiável aos planos do “moleque” dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco. Comecem a ficar de olho – como já o faz o editor do Blog – às alianças entre o PSB e o PMDB. Também neste caso, o PSB come o mingau quente pelas beiradas. Apesar de uma rejeição oscilando em torno de 30%, José Serra será um páreo duro para o PT. Haddad nunca foi testado nas urnas, é de uma personalidade tímida e conta com a possibilidade de transferência de votos de Luiz Inácio Lula da Silva, que, de acordo com as últimas pesquisas são favoráveis. O quadro permanece estável até outubro? 

Governo assina autorização para licitar novas obras no Estado.

 

Governador assina autorização para licitar novas obras no Estado
O governador Ricardo Coutinho assina nesta segunda-feira (27) autorização para abertura de processos licitatórios de novas obras no Estado. A solenidade acontece às 10h, no Salão Nobre do Palácio da Redenção.

O evento vai contar com a presença do secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Sermact), João Azevedo, do presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Deusdete Queiroga, do secretário executivo do PAC, Ricardo Barbosa, do superintendente do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Carlos Pereira, do secretário de Estado da Infraestrutura, Efraim Morais, e do superintendente da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), Orlando Soares de Oliveira Filho, além de outras autoridades.

Entre as obras cujas licitações serão autorizadas, estão de abastecimento d'água, inclusive construção de barragens e adutoras, de esgotamento sanitário, recuperação de estradas e construção de hospitais.

As obras contemplarão dezenas de municípios de todas as regiões do Estado, tais como João Pessoa, Coremas, Livramento, cajazeiras, Queimadas, Campina Grande, Alhandra, Araruna, Itaporanga, Patos, Sapé, Umbuzeiro, entre outros.

Secom-PB

Charge!Paixão! Ricardo Teixeira manipula Ronaldo.

Paixão

Armando Monteiro: "Adutora do Agreste é materilaização de um compromisso".


O senador Armando Monteiro (PTB) aponta a realização da audiência pública que irá apresentar a implantação da primeira etapa da Adutora do Agreste como o início da materialização de um compromisso assumido pelo governo Eduardo Campos.
A audiência pública será realizada na manhã desta quinta-feira (23) na sede da Compesa, e reunirá secretários, prefeitos e representantes dos 12 municípios beneficiados pela primeira fase do projeto. “A Adutora do Agreste é um marco para esta região tão carente de água. É um investimento que trará benefícios profundos à população destes municípios”, comemora Armando.
Quando estiver concluída, a Adutora do Agreste vai universalizar o abastecimento de água para 2 milhões de pessoas. Na primeira fase do projeto, serão beneficiados os municípios de Arcoverde, Pesqueira, Sanharó, Belo Jardim, Alagoinha, Venturosa, Pedra, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas e Iati. Os investimentos nesta etapa inicial são da ordem de R$ 1,3 bilhão.

Assessoria de imprensa do senador Armando Monteiro.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Charge!Aroeira! Garotinho como rainha de bateria.

Charge!Paixão: Kevin Costner desempregado.

Paixão

José Serra: sua candidatura é a única que resolve o impasse no PSDB.



A candidatura de José Serra à Prefeitura de São Paulo continua uma incógnita ou, mais precisamente, uma esfinge a ser decifrada. Quando esteve no Palácio do Campo das Princesas – alguns meses atrás, ainda na fase de consolidação do PSD – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que o seu apoio ao nome de José Serra era inegociável e incondicional. Era o mínimo de gratidão que se esperava de alguém que ocupa o edifício Matarazzo sob os auspícios de Serra. Mas, durante todo esse período, Serra negou categoricamente que seria candidato, alimentando, tão somente, suas aspirações presidenciais. Ninguém deu ouvidos, por exemplo, ao ex-ministro Wagner Rossi, quando ele, ao sair do Ministério da Agricultura, afirmou que sua saída teria sido provocada por ações da “imprensa serrista” e que, o que estava em jogo, era a candidatura de Serra às eleições paulistas. Serra não emitiu nenhum indício de que poderia ser candidato. Kassab, então se sentiu à vontade para entabular conversas no sentido de definir a posição do PSD naquelas eleições. Assediado pelo PT “kassabista” – posto que há uma ala que resiste à aliança – Kassab está prestes a fechar um acordo com o PT, engrossando a aliança que dá sustentação à candidatura de Fernando Haddad. Cascavilhando o Twitter de Serra, à procura de uma sinalização neste sentido,  o jornalista Josias de Souza chegou à conclusão de que ele não fala, em nenhum momento, sobre o assunto. Serra seria um nome estrategicamente importante para o PSDB, que sem encontra envolto num imbróglio sem tamanho, chamando as bases para resolver o impasse, através de uma inusitada prévia, que deve mobilizar – conforme já afirmamos – alguns gatos pingados. E ainda tem gente que afirma que essas prévias são um momento de oxigenação da agremiação. Elas traduzem, tão somente, o tamanho do abacaxi em que o partido se meteu. Serra bem que poderia descascá-lo!Será que ele topa? Na avaliação dos tucanos, Serra é uma ótima opção para prefeito. O problema é essa sua mania de querer ser presidente da República.

Gilbertinho pede perdão aos evangélicos.


 
Gilbertinho, finalmente, depois da admoestação da presidente Dilma Rousseff, pediu perdão à bancada evangélica, evitando que o Governo Dilma viesse a sofrer retaliações em votações importantes na Câmara Federal.  O ministro prometeu que publicará uma nota oficial sobre o assunto, mas antecipou que foi muito mal interpretado pela imprensa, que teria distorcido suas declarações. Católico, ex-seminarista, esta não é a primeira vez que Gilberto Carvalho se indispõe com os evangélicos. Alguém lembra do chamado “kit gay”?

Armando Monteiro: "Brasil convive com uma agenda pendente na saúde".


Em discurso proferido na tribuna do Senado na noite desta quarta-feira (15), o senador Armando Monteiro (PTB) demonstrou preocupação com as políticas públicas voltadas para a saúde do país. De acordo com as pesquisas anuais do Datafolha, desde 2007 os brasileiros colocam a saúde como a principal preocupação entre todas as políticas públicas.
O senador afirma que há muito a se resolver na área da saúde, mas já aponta alguns avanços. A emenda constitucional 29 é uma delas. Aprovada no Senado no ano passado, a emenda regulamenta níveis mínimos de gastos para União, Estados e Municípios com a área da saúde. “Foi um passo importante para garantir um padrão mínimo de despesas focalizadas no setor, evitando a inclusão indevida na rubrica de outros tipos de gastos”, comentou.
O parlamentar reconhece que essas medidas estão longe de esgotar o problema. “É preciso reconhecer que o Brasil convive com uma agenda pendente na saúde. Essa é a área que talvez melhor explicite a contradição entre os ideais igualitários consagrados na Constituição de 88 e a desigualdade imensa do País. A saúde é um direito de todos e dever do Estado, mas nossa prática foge a esse ideal”, avaliou.
Quanto ao Sistema Único de Saúde (SUS), o senador aponta que sua concepção faz dele o mais completo do mundo. Porém, na prática isso não se aplica. Apesar de os mais ricos usarem menos o SUS do que os mais pobres, eles têm mais acesso ao atendimento público de alto custo e complexidade, no geral disponível de forma completa apenas nos Estados mais desenvolvidos. “As diferenças de atendimento médico entre os grupos sociais continuam elevadas”, comentou.
Armando acredita que para avançar na agenda da saúde é preciso enfrentar o elenco de distorções existentes no SUS. “Convivemos com deficiência de cobertura, falta de qualidade dos serviços, filas longas e resultados aquém do esperado, além de problemas de organização e baixa eficiência, falta de transparência na alocação de recursos e de autonomia administrativa, entre outros itens”, pontuou.
Medidas - O senador apresentou ainda um conjunto de medidas que poderiam contribuir com a melhoria do setor da saúde por meio do SUS, elaborado pelo economista André Medici, no livro Brasil: a nova agenda social. O economista acredita que a melhoria do acesso e da qualidade do serviço público - ampliando sua cobertura, certificando instituições de atendimento e qualificando recursos humanos -, é uma alternativa eficaz. Outra ação seria o aperfeiçoamento da governabilidade do SUS, pela implantação de redes regionais integradas de saúde e da criação de instituições com autonomia administrativa.
Na avaliação de Armando Monteiro há um enorme fosso entre as demandas crescentes por serviços de saúde e os limitados recursos com que contam os governos, principalmente considerando a impossibilidade de aumento da carga tributária. “O debate em torno dessa questão é polêmico, mas o fato é que a sociedade rejeitou a CPMF e o retorno de novos impostos com essa finalidade. Registra-se ainda que, mesmo quando o Ministério da Saúde contava com a CPMF, o total destinado à área não aumentou na mesma proporção, porque o governo reduziu os recursos de outras fontes que deveriam ser aí alocadas”, esclareceu.
Para o parlamentar são muitos os problemas, mas “o cardápio de soluções” também é amplo. “Precisamos caminhar no sentido de impulsionar essa agenda pendente, que depende de muita vontade política”, concluiu.
Crédito da foto: Moreira Mariz / Agência Senado
Assessoria de imprensa do senador Armando Monteiro

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Charge/Nani: Kassab, o cisne negro.

kassab

Honoré de Balzac e os 32 anos de existência do Partido dos Trabalhadores.



Um dos grandes problemas da imprensa é a dependência do poder econômico o que, em alguns casos, tolhe a liberdade dos seus agentes. As opiniões dos colunistas de política da província mudam consoante as verbas de publicidade da Prefeitura da Cidade do Recife.  Como nosso Blog não conta com patrocinadores oficiais e muito menos possui rabo preso com quem quer que seja, seu editor sente-se mais à vontade para emitir suas opiniões, tratando a todos com civilidade e respeito, mais cumprindo a filosofia do Blog de externar a opinião livre dos bastidores da política. Um desses momentos em que percebe-se que a bússola dos articulistas de política estão sendo orientadas pelas verbas publicitárias é quando são tratadas as questões relativas às eleições de 2012, no Recife, precisamente o projeto de reeleição do prefeito João da Costa. Ontem, por exemplo, um desses articulistas avalizou o discurso de “Rochinha” – dirigente nacional do PT – sobre a decisão do candidato do partido às eleições de 2012. São Paulo, onde caciques do partido impuseram o nome de Fernando Haddad, é apresentado como uma excepcionalidade. É o tipo de excepcionalidade que, lamentavelmente, não confirma a regra.  Em 2010 ocorreram situações semelhantes em Minas Gerais, Maranhão e Ceará. Nesses Estados, a Direção Nacional interveio nos diretórios regionais, sobrepondo os interesses nacionais aos arranjos locais, subvertendo a experiência histórica de democracia direta da agremiação. Esse é o tipo da coisa que só se perde uma única vez, se é que vocês nos entendem. Portanto, concretamente falando, quando uma autoridade do Partido emite um discurso de que serão respeitadas as decisões tomadas pelos diretórios locais – que seriam soberanos nas decisões sobre a definição de nomes, cabendo a Direção do Partido apenas acatá-los – trata-se apenas de um “discurso”. Como diria Honoré de Balzac, meus caros jornalistas, não confiem em alguém com mais de 30. O PT completou 32 primaveras recentemente.

Gilberto Kassab foge do imbróglio paulista e vem acompanhar o Galo da Madrugada.



Ontem foi anunciado que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deverá acompanhar o desfile do Galo da Madrugada, juntamente com o governador Eduardo Campos. É bom que o prefeito relaxe, aproveite bem o nosso carnaval, que se estende até à quarta-feira de cinzas, com o  Bacalhau do Batata percorrendo as ladeiras do sítio histórico de Olinda. Não está sendo fácil resolver o imbróglio das eleições paulistas. Serra é ou não candidato? Por mais que diga que não – um amigo da blogosfera até nos criticou por voltar a falar no assunto – O PSDB sabe que Serra seria um nome que poderia unificar tradicionais aliados, como é o caso do DEM, que já chegou a esboçar a idéia de uma candidatura própria. Por incrível que possa parecer Eduardo Campos hoje está mais para Alckmin, ao passo que Kassab encontra-se cada vez mais próximo de um acordo com o Partido dos Trabalhadores. Lula, apesar da doença, estaria envolvido diretamente nas negociações, tendo preferência pela indicação de Meirelles, ex-presidente do Banco Central, como candidato a vice pelo PSD. Descanse bastante, prefeito.  

Os evangélicos condenaram Gilberto Carvalho à fogueira do inferno.




Se depender dos evangélicos, Gilberto Carvalho continuará ardendo na fogueira do inferno. O perdão é um preceito bíblico muito bem assimilado pelos evangélicos, mas, pelo menos por enquanto, o diálogo entre a bancada evangélica e o Ministro Chefe da Secretatia-Geral da Presidência permanece truncado. Depois da infeliz declaração concedida durante encontro com os movimentos sociais – onde sugeriu que eles deveriam disputar espaço junto à nova classe média com os pastores evangélicos – Gilberto até que vem tentando, mas não conseguiu reatar o diálogo com os irmãos. A bancada evangélica na Câmara Federal é bastante representativa e Dilma Rousseff, temendo retaliações, determinou ao seu ministro que apagasse o incêndio antes que o Governo também seja condenado a arder no inferno. Comentávamos aqui na última semana que o senador Magno Malta havia adjetivado de uma maneira dura o ministro, além de ter prometido derrotar nas urnas o candidato do Planalto nas eleições paulistas, ex-ministro Fernando Haddad.

Marcelo Dino é sepultado em cerimônia discreta.




Numa cerimônia discreta, sem a presença de jornalistas – atendendo a um pedido da família - foi enterrado, em Brasília, o corpo de Marcelo Dino, filho do presidente da EMBRATUR, Flávio Dino. Algumas autoridades públicas da capital federal compareceram ao velório, como o presidente do Senado, José Sarney, e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, muito amigo de Flávio. Comenta-se que a família está inconsolada e revoltada com o ocorrido, uma vez que existe a possibilidade de negligência no atendimento do jovem. A Polícia Civil de Brasília abriu inquérito para apurar os fatos que determinaram a morte de Marcelo. Após crise de asma, Marcelo teria sido vítima de parada cardíaca. Desde segunda-feira que ele lutava pela vida. O editor do blog se solidariza com a família. É doloroso perder um filho com essa idade.Muita paz, camarada. 

Aprovada suspensão do novo sistema de ponto eletrônico


O senador Armando Monteiro defendeu na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), a suspensão da portaria do Ministério do Trabalho nº 1.510/2009 que obriga as empresas brasileiras a adotarem um novo sistema de ponto eletrônico dos empregados.
O parecer apresentado por Armando Monteiro (PDS 593/2010) foi aprovado por unanimidade nesta quarta-feira (15), nos mesmos moldes que havia sido aprovado no final do ano passado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Na defesa, o senador afirmou que a portaria foi uma medida autoritária do Ministério do Trabalho, por definir um novo modelo de registro de ponto sem consultar os representantes dos trabalhadores e dos empresários.
Além disso, o parlamentar argumentou que a portaria foi elaborada a partir de um pressuposto equivocado de “fraude generalizada” no sistema de ponto eletrônico aplicado pelas empresas. “A portaria não é capaz de coibir a mais comum das fraudes – a combinação entre empregado e empregador de registrar o ponto eletrônico nos padrões normais, independentemente do excesso de horas trabalhadas”, afirmou o senador.
A portaria imposta pelo Ministério do Trabalho visa a implantação de um novo sistema de ponto eletrônico – REP (Registrador de Ponto Eletrônico) - em todas as empresas do país com mais de 10 funcionários. Este novo sistema também exige, inclusive, a emissão de comprovante do registro do empregado na entrada e saída do expediente de trabalho.
Para o parlamentar, a portaria burocratiza o sistema de controle por uma série de imposições desnecessárias. ”Atualmente já existem portarias que regulam esse controle de forma simples e eficiente, o que torna essa portaria desnecessária”, comentou.
Outro ponto levantado pelo senador refere-se aos elevados custos operacionais de gestão deste sistema. “As empresas terão uma elevada despesa para a instalação desses novos registradores eletrônicos. O sistema tem uma manutenção alta, baixa durabilidade e ainda não pode ser utilizado em outras funções como, por exemplo, o controle de produção”, explicou o senador.
De acordo com dados de mercado, os aparelhos estão sendo vendidos com valores entre R$ 2.500 a R$ 5mil. Os fabricantes estimam que para evitar grandes filas e perda de tempo no ato do registro do ponto, as empresas deverão adquirir um equipamento para cada grupo de 70 funcionários. Essa medida desde a compra, instalação e adaptação do novo sistema, em números globais, poderá alcançar custos de até R$ 6 mil por equipamento.
“A portaria do Ministério do Trabalho poderá impor um prejuízo de R$ 6 bilhões para o setor produtivo nacional, no momento em que o país demanda medidas que fortaleçam a nossa competitividade diante da acirrada concorrência com os produtos estrangeiros”, ressaltou Armando Monteiro.
O PDS 593/2010 segue para apreciação da Comissão de Direitos Humanos antes de ser discutida no plenário do Senado Federal.
Crédito da foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Assessoria de imprensa do senador Armando Monteiro.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Charge!Paixão! Gol de placa de Lula.

Paixão

Morre Marcelo, filho de Flávio Dino. O blog do Jolugue lamenta profundamente.



O blog lamenta a morte do filho do presidente da EMBRATUR, Flávio Dino, Marcelo Dino, de apenas 13 anos de idade. Marcelo sofreu uma crise de asma na escola, foi socorrido,  mas não resistiu. Opositor ferrenho dos Sarney no Maranhão, Flávio Dino mereceu a admiração e o respeito do editor do blog quando, na última campanha, como candidato do PCdoB, teve negado o apoio do Partido dos Trabalhadores, que oficialmente, emprestou apoio à candidatura de Roseana Sarney, herdeira política do clã. Alguns militantes históricos do partido, como Manuel da Conceição, chegaram a fazer greve de fome como protesto. Talvez por encargo de consciência, a presidente Dilma Rousseff passou a nutrir uma grande admiração por Flávio Dino, depois desse episódio.  Flávio Dino é um daqueles homens públicos que nos estimulam a afirmar que nos recusamos a dizer que perdemos as esperanças. Força, companheiro! 

PMDB critica apetite fisiológico do PT. Quem diria!



A voracidade fisiológica do PT parece ter superado a do PMDB. Trata-se de um fato inusitado, mas setores expressivos do PMDB estão se queixando que estão sendo tratados como aliados de segunda categoria e  ameaçam uma rebelião. Segundo o senador Vital do Rego (PMDB-PB), apenas três líderes do partido estão prestigiados com o Planalto: Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney. O que parecia apenas manha de alguns gatos pingados, ganhou força a ponto de exigir a mediação do vice-presidente da República, Michel Temer, que tenta acalmar os ânimos dos rebelados. Com pós-doutoramento em fisiologismo não deixa de ser curioso que o PMDB tenha sido passado para trás pelo PT, um partido que nasceu criticando essas práticas nefastas da política brasileira. Além de curioso, o episódio é emblemático e revelador. 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ricardo Coutinho afirma que recursos do Pacto Social já somam R$ 81 milhões.

 

 

Nesta segunda-feira (13), o governador Ricardo Coutinho disse que o volume de recursos do Pacto pelo Desenvolvimento Social da Paraíba já chega a R$ 81 milhões, em apenas um ano e 45 dias de governo. O anúncio foi feito durante a solenidade de entrega de 100 ônibus – sendo 81 para igual número de municípios e 19 para as Gerências Regionais de Ensino – na praça do povo do Espaço Cultural, em João Pessoa.

Além dos R$ 60 milhões liberados anteriormente, a primeira parcela do Pacto este ano será de R$ 27,108.386,39. Esse valor se refere a novos convênios assinados, que, somados aos R$ 13,2 milhões investidos nas compras dos 100 ônibus, somam os R$ 81 milhões investidos em educação e saúde – as duas áreas contempladas pelo Pacto Social.


Esse recurso, somado à contrapartida solidária dos municípios (que estão ampliando e melhorando seus serviços) vai assegurar, dentre outras obras, a construção, ampliação ou reforma de escolas; construção de quadra poliesportiva; aquisição de instrumentos musicais e aquisição de cadeiras e escolares.


Em Alhandra, Areia de Baraúnas, Barra de Santana, Caiçara, Juripiranga, Pocinhos, Solânea, Sumé e Várzea, os recursos do Pacto Social vão assegurar a construção de uma escola em cada uma dessas cidades. Os valores destinados aos municípios variam de R$ 58.910 (para a aquisição de instrumentos musicais para a banda fanfarra de Bom Sucesso) a R$ 1 milhão (para a construção de uma escola em Alhandra). Ao todo, 183 municípios assinaram o Pacto em 2011.


Segundo Ricardo, a partir desta segunda-feira, dia em que teve início o ano letivo 2012, a rede pública estadual de ensino oferece 36 mil novas vagas no Ensino Médio. Outro dado importante é que o número de escolas em tempo integral passou de 105 para 470. "Caminhamos em velocidade máxima, pois precisamos resgatar os indicadores sociais e oferecer à população uma qualidade de vida bem superior ao que ela tem hoje”, disse o governador.


A respeito dos ônibus comprados com recursos próprios do Tesouro do Estado e entregues nesta segunda-feira, o governador revelou: "Estou fechando simbolicamente um tempo de perseguição, um tempo de exclusão em virtude da cor partidária. Com esse ato, com esses 81 municípios que foram discriminados no período eleitoral de 2010, eu estou fechando esta ferida dentro da Paraíba e dizendo que política pública tem que ser pública, não pode ser partidarizada”, declarou. Ele ressaltou, ainda, que os grandes prejudicados foram as crianças e os jovens desses municípios, que não receberam o transporte escolar naquele ano.


Mais investimentos – Para o mês de março, o Governo do Estado prevê a licitação de mais de R$ 400 milhões em obras. Ricardo destacou que a Paraíba, que teve um pico de R$ 350 a 380 milhões em investimentos públicos, vai chegar este ano a cerca de R$ 2,5 bilhões.


Com relação aos investimentos privados já com protocolos de intenção assinados, o governo contabiliza R$ 1,2 bilhão. No conjunto das obras previstas, estão o canal Acauã-Araçagi (a maior obra financiada pelo Ministério da Integração Nacional), obras do PAC Funasa e obras de saneamento básico e estradas, entre outras.


Além da primeira-dama do Estado, jornalista Pâmela Bório, do vice-governador Rômulo Gouveia, dos secretários do governo e das dezenas de prefeitos, prestigiaram a solenidade os deputados federais Luiz Couto e Efraim Filho, os deputados estaduais Edmilson Soares, João Gonçalves, Cléa Toscano, Gilma Germano, Antonio Mineral, Eva Gouveia, José Aldemir, Toinho do Sopão, Branco Mendes, Hervázio Bezerra, Wilson Braga, André Galdino, Domiciano Cabral e Genival Matias, bem como o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Rubens Germano, que é prefeito de Picuí. A prefeita de Alagoinha, Alcione Beltrão, representou os colegas prefeitos e agradeceu de público ao governador pelas parcerias. O mesmo fez o vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Edmilson Soares.

Secom-PB

Chaminés de Paulista são tombadas como patrimônio histórico.



As velhas chaminés da Companhia de Tecidos Paulistas foram tombadas como patrimônio histórico. Nada mais justo, se considerarmos o quanto de história da indústria têxtil no Brasil aquelas chaminés representam. Garoto de vila operária, ainda cheguei a ser acordado pelo apito da fábrica de tecidos – como diria o cancioneiro popular. Há algumas edificações – como a antiga residência dos Lundgrens, no centro da cidade – que poderiam ter um aproveitamento melhor do poder público. Não naquele sentido de “resgatar o passado”, uma vez que - como diria Durval Muniz - quem resgata são os bombeiros -, mas no sentido de reconstituir, simbolicamente,  um dos períodos mais emblemáticos da nossa história, quando tínhamos um dos pólos têxteis mais importantes do país. Os estudos a esse respeito já chegaram à academia, constituindo-se dissertações de mestrado e teses de doutorado. Desde a Revolução Industrial Inglesa, as indústrias têxteis sempre foram um grande palco de circulação de idéias socialistas. Salvo algum engano, o segundo violino das idéias socialistas, Fredrich Engels, era filho de um industrial do setor. Em Camaragibe – onde teria sido erguida a primeira Vila Operária da América Latina – também há alguns fatos curiosos envolvendo o proprietário da Fábrica de Tecidos de Camaragibe, que se instalou naquela região, como uma possível “sensibilidade” às causas dos operários. Carlos Alberto de Menezes era um engenheiro civil muito fiel à Igreja Católica. O fato de ciurcularem tantas idéias socialistas pelas chaminés parece-nos ser apenas algo circunstancial. Quando Hermann Theodor Lundgren adquiriu a Fábrica Paulista ela era apenas uma produtora de sacarias para os engenhos de açúcar da região. Transformou-a num império.   

Eleições paulistas: As pressões sobre Eduardo Campos.



Enquanto em Pernambuco os políticos resolveram dar uma trégua em torno das articulações visando às eleições de 2012, em São Paulo as movimentações continuam intensas. O Planalto move-se no sentido de assegurar um palanque robusto para o candidato petista, Fernando Haddad, mesmo tendo que contrariar alguns interesses internos da legenda, como ocorre com a sinalização de uma possível aliança com o atual prefeito, Gilberto Kassab, num passado recente, um adversário ferrenho do petismo. Como já afirmamos anteriormente, Kassab teria feito uma “proposta indecente” para o governador Geraldo Alckmin, que a recusou. Na realidade, tudo se ajeitava para a situação caso houvesse uma candidatura de José Serra, que, em São Paulo, é um agregador no campo situacionista. Sem Serra, o PSDB vai para uma prévia insossa, que não deve reunir mais do que 05 mil filiados para a escolha do nome do partido para as eleições de 2012. São candidatos que tendem a não empolgar o eleitorado. O curioso é que a investida de Alckmin, no momento, é sobre o PSB de Eduardo Campos, aliado de Kassab. De acordo com o jornalista Josias de Souza, Eduardo Campos teria posto nas negociações a retirada dos nomes do PSDB em cidades estratégicas para a agremiação, como São José do Rio Preto e Campinas. Cumprido o acordo, Alckmin conta com o apoio do governador pernambucano. O Planalto deverá jogar pesado para “corrigir” os rumos do aliado.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Programa do Partido da Causa Operária.

Governador lança comitê Movimento Vida no Trânsito para reduzir acidentes e mortes.

 

Governador lança comitê Movimento Vida no Trânsito para reduzir acidentes e mortes
O governador Ricardo Coutinho lançou, na manhã desta sexta-feira (10) o comitê Movimento Vida no Trânsito, que tem o objetivo de prevenir acidentes e reduzir o índice de mortes no trânsito no Estado. O comitê reúne órgãos da administração direta e indireta, além da sociedade civil organizada, e tem como primeira atividade o Seminário Estadual de Estratégias para o Enfretamento da Violência no Trânsito, que está sendo realizado até às 17h, no Hotel Caiçara, em João Pessoa.


A portaria que institui o Comitê para Vigilância e Monitoramento dos Acidentes de Trânsito e outras Violências foi publicada no Diário Oficial dessa quinta-feira (9). "Temos que nos unir de maneira despartidarizada nesse trabalho de combate aos acidentes de trânsito. Mesmo que realizemos ações que desagradem à população, como acontece com um pai de família que vê o veículo de seu filho sendo apreendido porque ele não tem habilitação. Nós estaremos salvando a vida dele – e temos que fazer isso”, insistiu o Ricardo Coutinho.


O secretário de Estado da Saúde, Waldson Souza, presidente do comitê, explicou que as ações do Movimento Vida no Trânsito serão conjuntas. "Estamos trabalhando na elaboração desse comitê há três semanas. Constituímos quatro comissões que já estão realizando cruzamento de dados e definindo as primeiras ações que serão executadas já no Carnaval”, disse.


Os órgãos e entidades que participam do comitê são: Secretaria de Estado da Saúde (SES), Secretaria de Comunicação Institucional (Secom), Secretaria de Estado da Educação (SEE), o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Superintendência de Transportes e Trânsito (STTrans), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Batalhão de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Câmara Municipal de João Pessoa, Assembleia Legislativa, Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Ministério Público Estadual, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Arquidiocese da Paraíba e Fundação Fátima Lopes.

Secom/PB

A Greve da Polícia Militar da Bahia. (Artigo).




A GREVE DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA: Como a ausência de planejamento e a omissão do Estado desencadearam o problema.



José Luiz Gomes escreve:



                                   Não faz muito tempo que uma reportagem publicada por um jornal local alcançou uma enorme repercussão junto ao aparelho de segurança do Estado, para usar uma expressão muito comum entre os filósofos e sociólogos que se debruçaram sobre o debate em torno dos sistemas de controle social. Tratava-se de um trabalho de conclusão de curso, realizado por uma recém-formada no curso de Arquitetura da Universidade Federal de Pernambuco.

                                   Um leitor desavisado poderia supor que se tratasse, quem sabe, de uma proposta inovadora no campo das unidades prisionais, que padecem de inúmeros problemas, inclusive de superlotação. Ou, ainda quem sabe, um trabalho orientado pelas reflexões foucautiana sobre a “arquitetura da punição”, aplicada aos marginalizados ou dissidentes do sistema. Nada disso. O trabalho da jovem – que lamentavelmente esqueço o nome – teve a brilhante ideia de realizar um mapeamento das ruas mais perigosas do Recife, identificando, inclusive, as tipologias de delitos cometidos naquelas artérias.

                                   O trabalho da estudante pegou o aparato de segurança do Estado de Pernambuco de calças curtas que, devido a enorme desorganização e ausência de planejamento de suas ações, jamais teriam condição de apresentar esses dados de forma precisa. Ou seja, a “política de segurança” do Estado era elaborada sem nenhuma fundamentação na realidade observada, sem nenhum controle sobre variáveis importantes, como incidência de delitos em áreas geográficas específicas.  

                                   Ao assumir ao Governo do Estado, foi esse o quadro encontrado pelo governador Eduardo Campos, agravado pelo fato de que Pernambuco ostentava um dos maiores índices de violência no país, com problemas crônicos na área de segurança: ausência de uma efetiva política de segurança pública; uma polícia dividida, descoordenada, desaparelhada e desmotivada; uma população acuada, assustada. Uma de suas promessas de campanha foi enfrentar o problema.

                                   Montou uma equipe de trabalho articulada; passou a monitorar a incidência de delitos; equipou o aparato policial; orientou as ações a partir de pesquisas – neste aspecto contou com o apoio de acadêmicos; minimizou as práticas corporativas e a politicagem no meio, estabelecendo a meritocracia como critério para ascensão na carreira; aprimorou os processos de “limpeza” da máquina, excluindo policiais corruptos; reequipou a polícia científica, uma das pontas do iceberg insegurança; acompanhou e cobrou resultados sobre todo o andamento do processo. O chefe da Polícia Civil do Estado, delegado Manuel Carneiro, atribui o êxito do programa ao acompanhamento sistemático do chefe do executivo.

                                   Conforme afirmamos no blog, Pernambuco não se transformou numa “ilha” de segurança, como sugere crer algumas opiniões precipitadas. Como o Pacto pela Vida prioriza a questão dos homicídios, algumas práticas delituosas até cresceram nos últimos anos, como assaltos a bancos, mas o Estado hoje tem um controle efetivo do processo, o que não ocorria num passado recente. Os problemas ainda estão longe de serem resolvidos no quesito segurança no Estado de Pernambuco. Aquela “sensação de segurança” – que nos facultavam, há alguns anos atrás,  passear pelas ruas do Recife mostrando seus pontos históricos aos amigos, ainda está longe ser sentida.   

                                   O “Pacto pela Vida” ainda enfrenta algumas dificuldades. Variáveis que pareciam estar sob controle – como o número de homicídios por causas violentas – no último ano passou a preocupar o Governo, reacendendo a luz amarela no comitê de gestão do Pacto. Agora, inegavelmente – isso admitido pelos maiores especialistas em segurança pública – o Estado de Pernambuco desenvolve hoje uma política de segurança das mais estruturadas, consistentes e exitosas no país, exportando tecnologia de gestão nessa área e alavancando os projetos nacionais do governador Eduardo Campos.  

                                   A maioria dos Estados do Nordeste, inclusive a Bahia – que manteve o mesmo nome do programa – já enviaram emissários ao Estado de Pernambuco para se familiarizarem e adotarem o programa. Alagoas, Sergipe, Paraíba são alguns exemplos que nos ocorrem. São Paulo e Rio de Janeiro – até então campeões do ranking da insegurança no país – com algumas nuances particulares, adotaram programas semelhantes e estão obtendo êxito no processo de redução da violência. O que ocorre na Bahia, Alagoas, Paraná e Paraíba – onde está ocorrendo homicídios até por apedrejamento nas ruas da capital – em última análise, é resultado da ausência de Estado, não apenas pela existência de “zonas de exclusão” controladas por bandidos e traficantes, mas pela omissão na concepção, implantação e acompanhamento de políticas públicas estruturadoras para o setor.

                                   O exemplo mais elucidativo do que estamos falando é o sucateamento da polícia científica. Um quadro desolador, observado em todo o Brasil. Amplas reportagens publicadas pela imprensa nacional denunciaram o descaso do Estado com o assunto. Nós, que sempre acompanhamos a crônica policial – auxiliado por repórteres policiais com os quais tuitamos na rede – ficamos muito feliz ao saber da prisão do principal suspeito da morte da jovem Rebeca, um caso bastante semelhante ao ocorrido com nossas adolescentes Tarsila Gusmão e Maria Eduarda (PE) e Elisa (RN), já abordados em nossos artigos.

                                   Rebeca, uma jovem com apenas 15 anos de idade, foi sequestrada quando se dirigia à escola e encontrada morta numa praia da Paraíba, com sinais de violência sexual, com um tiro na nuca. Não sei quanto tempo ainda teremos de esperar pelos resultados dos exames que estão sendo realizados pela polícia científica daquele Estado, apontando ou não a culpa do principal suspeito. Segundo as últimas informações, o material recolhido teria sido encaminhado para outro Estado, com equipamentos mais atualizados. Vejam como isso embola o meio de campo. Em Pernambuco, por exemplo, as provas contra os kombeiros eram tão inconsistentes – o que não elide a possibilidade de culpa – que qualquer advogado de porta de cadeia conseguiria inocentá-los. Não se provou, sequer, que eles estiveram no local do crime.

                                   O resumo da ópera é o seguinte: Em todos esses casos, a Justiça ainda não conseguiu punir os responsáveis por esses crimes. No caso do Rio Grande do Norte, quatro vidas foram ceifadas e o “Caso Elisa” continua sem solução. Com a notícia da absolvição dos jovens apresentados pela polícia como os possíveis autores do crime, o pai de Elisa passou mal e faleceu. Um irmão de Elisa matou um dos acusados e logo em seguida também foi executado. Uma tragédia.

                                   Quando estive na Bahia, conhecendo a Fundação Pierre Verger – que fica localizada na periferia de Salvador, numa favela conhecida como Vasco da Gama – os turistas só visitam o belo escritório da Instituição, que fica no Pelourinho – fiquei espantado pela absoluta ausência de Estado naquela área. A fundação fica no mesmo local, onde, alguns anos atrás, o fotógrafo construiu sua residência. À época, possivelmente, um local paradisíaco. O lado positivo da sede daquela Instituição naquela localidade é porque ali se desenvolve um trabalho social relevante, atendendo a população empobrecida da comunidade. Em diálogo mantido com um pesquisador americano em visita ao Brasil, um especialista em segurança pública afirmou que ele havia ficado absolutamente espantado com fato de que o Rio de Janeiro conviveu tanto tempo com as “zonas de exclusão”, controladas pelo tráfico de droga. Como isso foi possível? Boa pergunta.

                                   A partir de  certo momento, o Estado da Bahia passou a enfrentar os mesmos problemas que vinham ocorrendo em Estados como Rio de Janeiro e São Paulo. O vandalismo praticado por bandidos tornou-se uma rotina. É suficiente relembrar as reportagens de alguns meses atrás, onde os chefes do tráfico ordenaram mortes e depredação de equipamentos públicos. 

                                   Ausência do Estado na concepção, planejamento e execução de políticas públicas de segurança consistentes, permanentes e a constituição das chamadas “zonas de exclusão”, isso somados, contribuíram para acender o rastilho de pólvora que deu inicio à greve dos policiais militares naquele Estado, algo que pode se repetir em outros Estados da Federação.

                                   O governador Jaques Wagner vem recebendo todo o apoio do Governo Federal. Inclusive o apoio político, por tratar-se de um governador do Partido dos Trabalhadores, com o prestígio em alta. Recebe elogios da presidente Dilma Rousseff, do líder do partido no Senado Federal, Humberto Costa, e do Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso. Passado os festejos de momo – se houver carnaval na Bahia este ano – convém chamar Wagner para uma conversa séria, no Planalto, ainda na tarde da quarta-feira de cinzas. Alguém precisa ter a coragem de colocar o guizo no pescoço do gato. Há assuntos mais urgentes a serem tratados no Palácio de Ondina do que as articulações em torno da candidatura de Nelson Pelegrino à Prefeitura de Salvador, nas eleições de 2012.


Fernando Bezerra Coelho precisa republicanizar suas práticas políticas.



Alguém comentou que jornalistas estariam fazendo uma espécie de auditoria na Prefeitura de Petrolina, com o objetivo de encontrar irregularidades nas administrações do hoje Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. FBC já foi prefeito daquela cidade por dois mandatos.  Já comentamos aqui no blog que talvez fosse necessário mudar os mecanismos de destinação de verbas dos Ministérios, uma vez que a tendência natural é que os ministros e gestores públicos acabem favorecendo suas bases. Na administração de Geddel Vieira, por exemplo, verbas poupudas foram alocadas para a Bahia, ao passo que recursos ínfimos foram destinados a outros Estados, como Alagoas, por exemplo. Naquele ano, Alagoas sofreu uma de suas piores enchentes e recebeu apenas 0,3% dos recursos do Ministério. Quando criticados, o argumento é o mesmo: O Ministério atende a projetos e emendas de parlamentares. Então tá. Apenas a Bahia e Pernambuco sabem fazer projetos consistentes. Sabe-se que não é esse o problema. FBC foi mantido no cargo pela blindagem de Eduardo Campos. Há, entretanto, alguns outros deslizes – típicos da cultura patrimonialista brasileira – que contribuíram para macular sua imagem, como a prática de nepotismo e a não definição clara da fronteira que separa o interesse público das motivações privadas. São essas práticas de um Brasil arcaico, colonial, de uma elite que se apropria do Estado como um bem particular que mantém a imprensa no seu incalço. Seria interessante que Eduardo Campos - que fala tanto "republicanizar" as práticas políticas, ficasse mais atento às contradições do seu Governo.  

João da Costa no "Me segura se não eu caio".



O Partido dos Trabalhadores completa 32 anos e reúne seus principais dirigentes num encontro na capital federal. Os cronistas da política pernambucana vêem nesse encontro uma ótima oportunidade para o prefeito João da Costa arregimentar apoio ao seu projeto de reeleição em 2012. Sinceramente, não vejo como possa sair desse encontro algo que possa fortalecer o projeto de uma nova candidatura do prefeito. Embora defendam abertamente o espaço do PT no Recife, os dirigentes da legenda não assumem publicamente uma posição favorável à reeleição de João da Costa, o que nos faculta a afirmar que até estimulam a articulações da Tendência Construindo um Novo Brasil, na Veneza brasileira. Certamente, esse cenário não mudaria a partir desse encontro. Em Fortaleza, outro imbróglio que o partido tenta administrar, embora a prefeita Luizianne Lins trabalhe para construir uma candidatura "puro sangue"- visando seus projetos para 2014 - não está sendo fácil encontrar um nome de consenso para o Campo Majoritário, o governador Cid Gomes e o Planalto.  

"Guerra Santa" nas eleições municipais de 2012 em São Paulo.



As eleições municipais de 2012, em São Paulo, podem se transformar numa verdadeira “Guerra Santa”. Gilberto Carvalho teria feito algumas declarações inoportunas contra os evangélicos, o que levou o senador Magno Malta a prometer derrotar nas urnas o candidato petista à Prefeitura daquela cidade, Fernando Haddad. Preocupado com as conseqüências de mais um tomate atirado ao palanque do petista, o “kit gay”, o Planalto convocou o marqueteiro João Santana para elaborar uma estratégia que possa minimizar os estragos, que já começam a ser sentido pelas redes sociais. Por falar nas eleições paulistas comenta-se que o atual prefeito, Gilberto Kassab, hoje trabalha unicamente com a hipótese de apoio ao ex-ministro da Educação. Teria esgotado as negociações com o governador Geraldo Alckmin. Raposa velha, Alckmin não gostou nenhum pouco da estratégia que estava sendo montada por Kassab para, de casamento em casamento, assumir o controle do Palácio Bandeirante, consolidar o espaço do PSD na região e, súbito, romper o matrimônio depois da lua-de-mel. O plano de Kassab era, gradativamente, apear o PSDB do seu ninho mais emplumado. Faz sentido os mimos do Planalto para com o pupilo de José Serra. Especula-se que Kassab deve indicar alguém para o Governo Dilma.