A candidatura do deputado Raul Henry à prefeitura do Recife, nas eleições de 2012, sempre esteve envolta em muitas variáveis. Dependia de acordos dentro do próprio grupo de oposição ao prefeito João da Costa, reunidos na Mesa da Unidade; das condições efetivas de entrar na disputa com a garantia de financiamento; da posição do seu padrinho político, senador Jarbas Vasconcelos; da própria motivação de Raul, que não demonstrava muito entusiasmo com a ideia. Algumas dessas questões foram dirimidas, como a promessa de apoio da legenda – que, dentro de uma estratégia definida pelos caciques, deseja uma candidatura numa cidade do porte do Recife; a pulverização das candidatura de oposição, em razão das dificuldades de construção de um consenso entre eles; as chances de um segundo turno nas eleições do Recife, colocando Raul no páreo, com a certeza do apoio dos demais setores oposicionistas. No momento, quem aparece melhor nas pesquisas é Mendonça Filho, mas muita coisa pode acontecer até outubro. Em entrevista concedida ao jornalista Josias de Souza, do portal UOL, Raul Henry dá todos os indicadores de que vai entrar na disputa.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
No ninho da oposição: PSDB pede investigação de Ideli Salvatti pela Comissão de Ética.
Brasília – O PSDB pedirá que a Comissão de Ética da Presidência da República investigue a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O Ministério da Pesca, do qual Ideli foi titular nos primeiros meses da gestão de Dilma Rousseff, promoveu uma licitação milionária para a compra de lanchas que nunca foram utilizadas – e a empresa vencedora do pregão, a Intech Boating, fez doações ao diretório do PT em Santa Catarina, quando Ideli Salvatti concorreu ao governo estadual pelo partido.
Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) afirmou que a ministra deve explicações pelo fato. O parlamentar lembrou que a Comissão de Ética apresentou resultados significativos em episódios recentes, como no do ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – a Comissão pediu a investigação das denúncias de enriquecimento ilícito que pairam sobre o ministro.
Ideli Salvatti afirmou, em nota, que não há relações entre ela e a Intech Boating. A alegação da ministra é que as doações não foram feitas diretamente para a sua campanha.
domingo, 1 de abril de 2012
Ricardo Coutinho volta da Índia e inaugura Memorial das Ligas Camponesas.
Na próxima segunda-feira (2), o governador Ricardo Coutinho inaugura o Memorial das Ligas Camponesas, viabilizado pelo Governo do Estado na cidade de Sapé. O evento, marcado para as 16h, faz parte da programação do Cinquentenário do Assassinato de João Pedro Teixeira, líder das Ligas Camponesas.
As atividades do dia começam às 9h, com uma visita ao túmulo de João Pedro Teixeira, no Cemitério Nossa Senhora da Assumpção, seguida de uma caminhada até a Praça João Pessoa. A programação da tarde começa às 13h30, com uma carreata para o povoado de Barra de Antas (zona rural de Sapé), até a casa onde morou João Pedro, seguida da Inauguração do Memorial das Ligas Camponesas. Nesta ocasião, o governador Ricardo Coutinho vai selar a doação de uma área de sete hectares de terra para a construção do Centro de Formação para o Campesinato.
A programação constará ainda do lançamento do Concurso de Redação João Pedro Teixeira, onde poderão participar alunos da rede pública estadual. Na Escola Gentil Lins – onde aconteceu a primeira reunião das ligas e estudaram vários integrantes e líderes – haverá uma programação especial, com palestras e exposições em comemoração ao aniversário de 75 da escola anos, completados em 1º de abril.
Estão confirmadas as presenças da secretária executiva da Educação, Márcia Lucena; da gerente operacional de Integração Escola Comunidade (Goiesc), Hygia Margarete Sousa; e do Secretário de Estado da Cultura, Chico César.
Memorial – O Memorial das Ligas Camponesas foi criado em 2008, com o apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e de camponeses assentados da reforma agrária. Tem como objetivos construir um Centro de Formação para o Campesinato; resgatar a memória por meio de documentos, para a formação de um acervo histórico, social, político e cultural das ligas camponesas e lutas da reforma agrária; preservar o espírito de luta das ligas por justiça social, dignidade e reforma agrária.
Desde o início da sua gestão, em 2011, o governador Ricardo Coutinho se preocupou com a memória histórica e procurou meios para viabilizar o memorial. À época, os organizadores já haviam solicitado o tombamento da área e da casa onde morou o líder João Pedro Teixeira – solicitação atendida via Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep).
As atividades em homenagem à memória de João Pedro Teixeira acontecem todos os anos e têm o objetivo de manter acesa a chama da coragem e da luta por melhores condições de vida para os trabalhadores do campo. O líder camponês foi assassinado no dia 2 de abril de 1962, quando retornava para sua casa.
Entre as secretarias e órgãos estaduais que apoiam o evento estão: Casa Civil; secretarias de Estado do Turismo e do Desenvolvimento Econômico (Setde), da Educação (SEE); da Cultura (Secult); e do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap); Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap); Projeto Cooperar; e Iphaep.
Fonte: Secom-PB
Nota do Editor do Blog: O Governo da Paraíba está de parabéns pela iniciativa.
Oposição: tem, mas está faltando.
A cada dia em menor número e cada vez mais sufocada pelo governismo, a oposição na vida pública brasileira vivencia uma de suas piores crises existenciais dos últimos tempos. Saiba por que chegamos a essa pobreza política e o que dizem os estudiosos do assunto
notícia1comentários
Fundamental ao exercício da democracia, a oposição oportuniza ao Governo uma visão crítica de si. Além de apresentar propostas, debater questões relacionadas às demandas sociais e fiscalizar o Poder Executivo, parlamentares não alinhados aos governos trazem o contraponto, o contraditório. Mas, infelizmente, não é isso que o eleitor vem acompanhando no dia a dia das casas legislativas.
O material que chega às suas mãos, caro leitor – ou na sua tela, se estiver desfrutando dessa leitura dominical pela Internet –, é fruto de uma reflexão que nasceu junto com o atual jogo do poder: quem é, onde está e para que serve a oposição? Por outras: estaria a oposição passando por uma séria crise de existência? Ou, como diriam os apocalípticos políticos, a oposição morreu?
Com essas inquietações, O POVO levantou dados, formulou questões e conversou com agentes do meio – ou com quem acompanha a dinâmica da disputa pelo poder. O resultado mostra um cenário não muito animador. Falta clareza, vontade e entusiasmo em nossas oposições – nos três níveis de poder.
Os discursos inflamados de outrora deram lugar à retórica fácil da defesa das gestões. A antes esquerda, agora no poder, acomodou-se. E o vácuo deixado não está sendo ocupado pelos novos (e velhos) grupos políticos.
Fragilizada na ética – vide caso Demóstenes – ou sufocada por governos que conseguem vender a noção de que tudo melhorou – a oposição tem dificuldades de encontrar seu rumo. Mesmo que seja apenas para sobreviver a mais uma campanha eleitoral, que já bate na porta, a tempo de, no ano que vem, voltar a se confundir com os donos do poder. Boa leitura!
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Além de ter passado por um processo de “encolhimento” nas Casas Legislativas nos últimos anos, a oposição vem sofrendo com a fragilidade de discurso, de identidade e de propostas. Tal cenário põe em xeque a própria democracia.
O material que chega às suas mãos, caro leitor – ou na sua tela, se estiver desfrutando dessa leitura dominical pela Internet –, é fruto de uma reflexão que nasceu junto com o atual jogo do poder: quem é, onde está e para que serve a oposição? Por outras: estaria a oposição passando por uma séria crise de existência? Ou, como diriam os apocalípticos políticos, a oposição morreu?
Com essas inquietações, O POVO levantou dados, formulou questões e conversou com agentes do meio – ou com quem acompanha a dinâmica da disputa pelo poder. O resultado mostra um cenário não muito animador. Falta clareza, vontade e entusiasmo em nossas oposições – nos três níveis de poder.
Os discursos inflamados de outrora deram lugar à retórica fácil da defesa das gestões. A antes esquerda, agora no poder, acomodou-se. E o vácuo deixado não está sendo ocupado pelos novos (e velhos) grupos políticos.
Fragilizada na ética – vide caso Demóstenes – ou sufocada por governos que conseguem vender a noção de que tudo melhorou – a oposição tem dificuldades de encontrar seu rumo. Mesmo que seja apenas para sobreviver a mais uma campanha eleitoral, que já bate na porta, a tempo de, no ano que vem, voltar a se confundir com os donos do poder. Boa leitura!
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Além de ter passado por um processo de “encolhimento” nas Casas Legislativas nos últimos anos, a oposição vem sofrendo com a fragilidade de discurso, de identidade e de propostas. Tal cenário põe em xeque a própria democracia.
Lucinthya Gomes lucinthya@opovo.com.br
O Povo online.
POLÍTICA CULTURAL. Considerada uma das mais promissoras forças econômicas para o futuro, a economia criativa tem sido foco do interesse dos mais diversos profissionais
CABO DE GUERRA
Nova legislação que regula o setor da TV por assinatura no Brasil
Foto: ARTE - SANDRO OLIVEIRA
Por: RAFHAEL BARBOSA - EDITOR INTERINO DE CULTURA
Imersa nas tramas, intrigas e conflitos de seus programas de televisão favoritos, a grande maioria do público tem se mantido alheia a uma discussão de seu total interesse enquanto consumidor e cidadão.
Polêmica desde que entrou em pauta, há cinco anos, está vigor desde o último dia 03 de março a Lei 12.485/11 (Lei da TV Paga). Entre outras normas, a nova legislação do segmento cria cotas para o conteúdo brasileiro independente no horário nobre dos canais por assinatura. Justamente esse ponto tem sido o pivô de uma verdadeira guerra.
De um lado, os produtores independentes lidam com uma vitória conquistada por pelo menos uma década de reivindicações. Do outro, empresários do setor acusam a lei de inconstitucional e a apontam como um atentado à liberdade. Entrincheirado, o consumidor teve sua chance de ser ouvido. Entre janeiro e março, a minuta da Instrução Normativa esteve disponível para consulta pública no site da Agência Nacional de Cinema (Ancine), órgão que passa a regular o segmento da TV paga com a nova legislação.
ATAQUE DA SKY
A polêmica em torno do assunto chegou ao seu ápice no último mês, quando a operadora Sky veiculou na internet, em jornais, revistas e por meio da própria televisão uma violenta campanha que convocou os espectadores a se manifestar. O material apela para sensibilizar o consumidor, apontando como consequências da medida a diminuição da qualidade na programação e o aumento nos preços das assinaturas.
“Esse assunto é relevante para a sociedade, pois é o início de uma grave intervenção nos meios de comunicação” (...). “Uma agência reguladora terá poderes para controlar o conteúdo da TV paga, e isso poderá impactar diretamente a sua liberdade de escolha”, diz um dos vídeos, que usa atletas famosos como chamariz.
Em um site criado especialmente para a campanha, a operadora também apresenta números para mostrar a força do setor, que atingiu 12,5 milhões de assinantes em dezembro de 2011, com um crescimento total de 30,5% em relação ao ano anterior.
Polêmica desde que entrou em pauta, há cinco anos, está vigor desde o último dia 03 de março a Lei 12.485/11 (Lei da TV Paga). Entre outras normas, a nova legislação do segmento cria cotas para o conteúdo brasileiro independente no horário nobre dos canais por assinatura. Justamente esse ponto tem sido o pivô de uma verdadeira guerra.
De um lado, os produtores independentes lidam com uma vitória conquistada por pelo menos uma década de reivindicações. Do outro, empresários do setor acusam a lei de inconstitucional e a apontam como um atentado à liberdade. Entrincheirado, o consumidor teve sua chance de ser ouvido. Entre janeiro e março, a minuta da Instrução Normativa esteve disponível para consulta pública no site da Agência Nacional de Cinema (Ancine), órgão que passa a regular o segmento da TV paga com a nova legislação.
ATAQUE DA SKY
A polêmica em torno do assunto chegou ao seu ápice no último mês, quando a operadora Sky veiculou na internet, em jornais, revistas e por meio da própria televisão uma violenta campanha que convocou os espectadores a se manifestar. O material apela para sensibilizar o consumidor, apontando como consequências da medida a diminuição da qualidade na programação e o aumento nos preços das assinaturas.
“Esse assunto é relevante para a sociedade, pois é o início de uma grave intervenção nos meios de comunicação” (...). “Uma agência reguladora terá poderes para controlar o conteúdo da TV paga, e isso poderá impactar diretamente a sua liberdade de escolha”, diz um dos vídeos, que usa atletas famosos como chamariz.
Em um site criado especialmente para a campanha, a operadora também apresenta números para mostrar a força do setor, que atingiu 12,5 milhões de assinantes em dezembro de 2011, com um crescimento total de 30,5% em relação ao ano anterior.
Leia mais na versão impressa
Jornal Gazeta de Alagoas.
FHC: No Brasil, políticos migram do clientelismo tradicional para prática mais grave: "Negocismo"
Como faz todo primeiro domingo do mês, Fernando Henrique Cardoso levou às páginas deste 1o de abril um artigo. Sob o título ‘Crime sem Castigo’, o texto trata de um assunto que não desgruda das manchetes: a corrupção.
O texto começa na saúva: “Houve tempo em que se dizia que ou o Brasil acabava com a saúva ou a saúva acabaria com o Brasil. As saúvas andam por aí, não acabaram, e nem o Brasil acabou. Será a mesma coisa com a corrupção?”
Passa por Demóstenes Torres: “Ouvem-se vozes, cada vez mais numerosas, na mídia, no Congresso e mesmo no governo, a clamar contra a corrupção. E o que é mais entristecedor, algumas delas por puro farisaísmo, como ainda agora, em clamoroso caso que afeta o Senado e sabe Deus que outros ramos do poder.”
E termina no colo de todo mundo: “Não nos devemos esquecer de que a responsabilidade não é só dos que transgridem e da pouca repressão, mas da própria sociedade, isto é, de todos nós, por aceitar o inaceitável e reagir pouco diante dos escândalos.”
Em essência, FHC sustenta a tese segundo a qual a perversão dos políticos brasileiros aperfeiçoa-se. O tradicional clientelismo, o velho patrimonialismo vão sendo gradativamente substituídos pelo “negocismo”.
“Com o desenvolvimento acelerado do capitalismo e com a presença abrangente dos governos na vida econômica nacional, as oportunidades de negócios entremeados por decisões dependentes do poder público se ampliaram consideravelmente”, anota FHC.
“E as pressões políticas se deslocaram do mero favoritismo para o ‘negocismo’. […] Crescentemente, os apoios políticos passam a depender do atendimento do apetite voraz de setores partidários que só se dispõem a ‘colaborar’ se devidamente azeitados pelo controle de partes do governo que permitam decisões sobre obras e contratos.”
Para FHC, “mudou o tipo de corrupção predominante e o papel dela na engrenagem do poder.” Pessimista, prevê: “Dia chegará – se não houver reação – em que a corrupção passará a ser condição de governabilidade, como acontece nos chamados narco-Estados.”
O que fazer? FHC receitou o óbvio: “Não há outro meio para restabelecer a saúde pública senão a exemplaridade dos líderes maiores, condenando os desvios e não participando deles, o aperfeiçoamento dos sistemas de controle do gasto público e a ação enérgica da Justiça.”
Lamentou: “Não faltam conhecidos corruptos a serem brindados em festas elegantes e terem quem os ouça como se impolutos fossem. As mudanças culturais são lentas e dependem de pregação, pedagogia e exemplaridade. Será pedir muito?”
Não, não. Absolutamente. Não é pedir muito. O que espanta é que, presidente por oito anos, FHC tenha feito tão pouco pela restauração dos costumes. Numa ponta, rendia-se ao toma lá dá cá. Noutra, conduzia e reconduzia à chefia da Procuradoria-Geral da República um procurador capaz de tudo, meno de procurar, Geraldo Brideiro, el engavetador.
Jornalista Josias de Souza, Portal UOL.
sábado, 31 de março de 2012
A onda do "volta, Agra"
Aprovação popular dá legitimidade ao prefeitoPublicada em: 30/3/2012 às 8:43
O movimento “Volta, Agra” ganha corpo. Dizem que o prefeito Luciano Agra está num movimento cada vez mais ascendente em pesquisas encomendadas pelo grupo da situação, o que seria um indicador de que a candidatura de Estelizabel não teria decolado.
De maneira meio surda, aliados na Assembleia e na Câmara Municipal vão dando sinais ao governador Ricardo Coutinho de que Agra é a solução, o candidato viável. Até mesmo o vereador Bira Pereira reconheceu a aprovação de mais de 70% da população em relação ao governo municipal. E que isso não deve ser desprezado.
Paralelamente, a candidatura de Nonato Bandeira pelo PPS deveria permanecer. Seria menos um a bater em Luciano Agra e, com sua indiscutível desenvoltura política e eloquência, faria diferença nos debates na mídia. Seria um essencial elemento de equilíbrio de forças. Bom para o grupo do governador, ótimo para ele próprio, que teria a chance de dimensionar sua capacidade de convencimento do público, talvez até sendo um elemento surpresa. Além disso, Bandeira tem potencial para outros voos políticos e a vitrine de uma candidatura a prefeito seria fundamental para fixar uma imagem de político com opinião própria, ainda que sempre solidário e ligado ao governador Ricardo Coutinho.
Estelizabel não é uma candidata fraca. Ela tem histórico nos movimentos políticos de esquerda, conquistou respeito por sua postura administrativa e política, mas precisa de mais tempo para se apresentar como candidata com chances de vitória.
A questão é que, com Cícero Lucena ou José Maranhão no páreo, é preciso que o PSB tenha alguém que realmente se apresente com mais empatia com a população. Para ganhar a eleição, é preciso respeitar os números, as preferências do eleitorado, escutar as ruas. E se nas ruas o nome lembrado é o de Agra, melhor não ignorar isso.
A questão é que, com Cícero Lucena ou José Maranhão no páreo, é preciso que o PSB tenha alguém que realmente se apresente com mais empatia com a população. Para ganhar a eleição, é preciso respeitar os números, as preferências do eleitorado, escutar as ruas. E se nas ruas o nome lembrado é o de Agra, melhor não ignorar isso.
Gisa Veiga, jornalista, www.politicapb.com.br
Ideli Salvatti - mais um caso de escárnio do financiamento de campanhas políticas no Brasil.
Não raro temos que voltar a falar sobre esse escárnio que é o financiamento de campanhas políticas no Brasil. Até bem pouco tempo, o senador Demóstenes era uma das vozes mais altivas da República. Hoje, torna-se cada vez mais evidente suas relações promiscuídas com o contraventor Carlinhos Cachoeira, envolvendo possíveis financiamentos de campanha. José Agripino Maia, presidente dos Democratas, desde o início das denúncias contra o companheiro, assumiu uma postura bastante incisiva, chegando mesmo a comentar sobre a expulsão de Demóstenes da agremiação. Em depoimento no seu Estado natal, o Rio Grande do Norte, empreiteiro afirma que também José Agripino teria recebido doações ilegais para a sua campanha ao senado. Agora é a vez da Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ser acusada de receber doações de empresário favorecido no fornecimento de lanchas para aquele Ministério. Em sua defesa, Ideli Salvatti alega que já não ocupava o Ministério por ocasião dos negócios com as lanchas. Quanto ao financiamento, este teria sido articulado pelo comitê do partido. Esses três casos explicitam a excrescência dos financiamentos de campanhas políticas no Brasil.
Hotel Fazenda Brejo - É a dica de viagem da semana.
A dica de viagem da semana, para você que está se programando para o São João, é o Hotel Fazenda Brejo, localizado na cidade de Saloá, Agreste Meridional, bem pertinho de Garanhuns. A Fazenda Brejo possui uma estrutura completa para o lazer das crianças, com piscinas, recreadores, trilhas etc. As acomodações são excelentes e você ainda desfruta de uma das melhores gastronomias rurais, com alguns pratos – como o “Carneiro Coroado do Brejo” – premiado em concursos de gastronomia do Estado - cuja receita também encontra-se em nosso blog, na sua dica de gastronomia da semana. Vem comigo.
"Carneiro Coroado do Brejo" é a dica de gastronomia da semana.
O Hotel Fazenda Brejo, localizado na cidade de Saloá, agreste meridional, bem próximo a Garanhuns, possui uma das melhores gastronomia rural do Estado. A dica da semana é para o "Carneiro coroado do Brejo", um prato premiado em 2006, pelo Circuito Delícias de Pernambuco".
Ingredientes: 500g de costela de carneiro, 3g de sal, 2g de pimenta do reino, 1 pimenta dedo de moça, 1 tomate, 5 gramas de coentro, 1 pimentão, 5g de manjericão, 2 cebolas grandes, 3 dentes de alho, 50g de bacon, 1 copo de vinho seco, 1 ½ de água, 5g de alecrim, 5g de canela em pau, 500g de massa de mandioca, 250g de fubá, 50g de amendoim, 100g dde castanha, 50g de coco ralado, 50g de farinha de mandioca.
Preparo: Tempere a costela de carneiro com os temperos secos, deixe à parte por dez minutos. Doure em outra panela a cebola picada, o alho e o bacon. Coloque quatro pedaços de costela, acrescente o vinho, a canela e a água. Cozinhe a costela neste caldo.
Guarnição: Faça um cuscuz de mandioca, com a chamada puba. Basta acrescentar um pouco de sal a massa e pôr para cozinhar numa cuscuzeira. Faça também um cuscuz de fubá: acrescente a farinha de mandioca ao fubá, um pouco de sal a gosto e polvilhe com água ate chegar ao ponto de uma farofa úmida. Misture bem. Ponha para cozinhar numa cuscuzeira com água no fundo. Quando pronto, misture esse cuscuz com amendoim triturado. Divida o cuscuz de mandioca e misture a metade com coco. Disponha essas farofas resultantes numa forma, em camadas na ordem que se queira.
Finalização e montagem: desenforme e sirva o carneiro ao lado. Decore com canela, alecrim e pimenta dedo de moça.
Preparo: Tempere a costela de carneiro com os temperos secos, deixe à parte por dez minutos. Doure em outra panela a cebola picada, o alho e o bacon. Coloque quatro pedaços de costela, acrescente o vinho, a canela e a água. Cozinhe a costela neste caldo.
Guarnição: Faça um cuscuz de mandioca, com a chamada puba. Basta acrescentar um pouco de sal a massa e pôr para cozinhar numa cuscuzeira. Faça também um cuscuz de fubá: acrescente a farinha de mandioca ao fubá, um pouco de sal a gosto e polvilhe com água ate chegar ao ponto de uma farofa úmida. Misture bem. Ponha para cozinhar numa cuscuzeira com água no fundo. Quando pronto, misture esse cuscuz com amendoim triturado. Divida o cuscuz de mandioca e misture a metade com coco. Disponha essas farofas resultantes numa forma, em camadas na ordem que se queira.
Finalização e montagem: desenforme e sirva o carneiro ao lado. Decore com canela, alecrim e pimenta dedo de moça.
Marta Suplicy: Não sei fazer "mágica".
Ontem, durante uma entrevista da senadora marta Suplicy, o tema das eleições paulistas voltou à tona. A imposição do nome de Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, continua atravessada na garganta da ex-senadora, que, matreiramente, vem criando dificuldades para a vida do ex-ministro. As ações do seu grupo foram responsáveis pelo adiamento dos acordos com o PSD do prefeito Gilberto Kassab, o que acabou por não se concretizar com o anúncio da candidatura de José Serra. Marta é criticada por algumas lideranças do partido por não se engajar na candidatura de Fernando Haddad. Novato na política, desconhecido e com índices que não ultrapassam os 3% das intenções de voto, não está sendo fácil empinar a candidatura do ex-ministro. Quando questionada a esse respeito, Marta diz não acreditar na possibilidade de uma reversão do quadro em favor do seu nome – inclusive afirma que são favas contadas – mas logo em seguida, ao seu estilo, afirma que não é mágica e que, antes de tirar um coelho da cartola, o PT deveria preparar uma cartola para esse coelho. Estamos escrevendo um artigo sobre os problemas enfrentados pela candidatura de Fernando Haddad, em São Paulo, que será publicado no Blog do Jolugue, na próxima semana.
Tudo está consumado. Quem, afinal, é o Judas no Partido dos Trabalhadores?
Tudo está consumado. A tendência Construindo um Novo Brasil apresentou seu candidato para disputar a indicação do PT para as eleições municipais de 2012. Na concepção dos idealizadores da candidatura de Rands, faltou ao prefeito a habilidade política necessária para aglutinar o conjunto de forças da Frente Popular em torno do seu projeto de reeleição. Nas palavras de sua maior liderança no Estado, política se faz com solidariedade e nunca de uma maneira solitária, esperando que, por gravidade, as coisas pudessem ser arranjadas. Em outras palavras, é como se o prefeito ficasse sentado em sua cadeira no Palácio Antonio Farias aguardando que as lideranças partidárias da Frente Popular o procurasse. Questionamentos de natureza gerenciais também foram postos por suas lideranças. A candidatura de Rands não é simplesmente mais uma candidatura que disputaria as prévias no interior da agremiação e, independentemente do resultado, caminharia integrada ao projeto do partido de manter sob seu controle a gestão da capital pernambucana. Seja qual for o resultado das prévias, o PT vai cindido para as eleições de outubro. A partir de agora entra em curso o quer os colunistas de política do Estado já batizaram de “sangria”, ou seja, um processo lento e doloroso no sentido de minar a resistência do chefe do Executivo Municipal, desgastando-o gradativamente até às prévias previstas pelo estatuto da agremiação. Não será bom para o Recife e, inteligentemente, João da Costa já começou a usar isso em seu favor, afirmando que não vai abandonar os recifenses ou permitir solução de continuidade na gestão da cidade. Recife tem muito mais do que 33 mil filiados do Partido dos Trabalhadores, como afirmou o prefeito. Os nomes ligados a CNB – alguns estiveram no lançamento da candidatura de Rands – já colocaram seus cargos à disposição do prefeito. Embora algumas lideranças tenham assumido um discurso em tom moderado, é visível o tom de revanche assumido pelo CNB em razão de mágoas passadas, onde suas lideranças tiveram que engolir o nome de João da Costa, imposto por João Paulo. A vida de João da Costa – que já não era muito fácil, tende a se complicar ainda mais daqui para frente, contingenciado por uma série de condições políticas desfavoráveis. João é do interior, e tem consciência de que nem leite de banana estanca essa hemorragia. O prefeito ainda fala em conversar com Humberto Costa. Essa oportunidade já foi perdida, João. Tome as medidas necessárias, mande redigir as portarias de demissão, reúna a tropa, conte os seus soldados e vamos às cadeiradas... Ops! às prévias. O PT transformou-se num partido de tantos Judas que torna-se difícil identificá-lo entre os 12 apóstolos.
sexta-feira, 30 de março de 2012
90 anos do PCdoB - ainda a polêmica do estelionato histórico.
A leitora Carla Albuquerque Santos, possivelmente uma comunista do PCdoB, nos enviou alguns questionamentos, pelo e-mail, uma vez que o blogger cria algumas dificuldades para as pessoas deixarem seus comentários, conforme já exposto aqui numa outra ocasião. A questão é: Por que o PCdoB não pode se arvorar de ter comemorado 90 anos de existência, de acordo com o seu programa institucional. Na realidade, quem tem esse registro de nascimento – de 1922 – e pode, verdadeiramente comemorar 90 anos de existência é o PCB – Partido Comunista Brasileiro. O PCdoB é resultado de uma “cisão” entre os comunistas em razão das denúncias dos crimes do ditador Joseph Stalin, ocorrida em 1962. A questão é simples. Eles teriam que contar a sua data de existência a partir de 1962, momento em que romperam com a direção do PCB – que manteve-se fiel à União das Repúblicas Socialistas Soviética, ao passo que o PCdoB alinhou-se à Albânia e à China. O PPS, então, já se trata de uma outra cisão, partir da queda do Muro de Berlin. É o caçula entre os comunistas e, por sinal, bastante descaracterizado. O que, aliás, não se constitui em nenhuma surpresa se considerarmos a aproximação cada vez maior entre comunistas e tucanos. O PCB, esse sim, do colega Roberto Numeriano, continua firme em suas convicçõe e, por isso mesmo, isolado e inviável no jogo pesado da democracia representativa burguesa. Um grande abraço, Carla. Continue prestigiando o Blog do Jolugue.
Recife: um longo e tenebroso inverno até as eleições de outubro.
Análise de discurso é um tema dos mais fascinantes. Há inúmeros trabalhos publicados sobre o tema e a cada ano surgem novas perspectivas de abordagens, tornando-o sempre atual, ora subsidiando trabalhos acadêmicos, ora trazendo enormes contribuições para a linguística, a psicologia, a publicidade e ciência política. Houve um tempo em que correntes de intelectuais de esquerda imaginaram – já que o problema estava na construção de um "discurso" sobre a "realidade" – mudando o discurso, nós mudaríamos a realidade. Depois se verificou que não é bem assim. Vai ficar no folclore político pernambucano um discurso bastante usado pelos opositores de João da Costa, quando do lançamento oficial da candidatura do Secretário de Governo, Maurício Rands: “déficit de diálogo”. Comenta-se que a expressão teria sido usada pelo próprio prefeito, em determinada ocasião. A situação do prefeito tornou-se complicada a partir de um certo momento e o quadro tornou-se irreversível, registrando-se, inclusive, a ausência de interlocutores propensos a esse diálogo. O senador Humberto Costa, por exemplo, manteve com o chefe do Executivo Municipal, um diálogo bastante razoável até um determinado momento. Qual teria sido a razão do afastamento entre ambos? Faltou espaço na Prefeitura para acomodar o pessoal da CNB? O grupo liderado pelo senador Armando Monteiro, leia-se PTB, tomou um caminho sem volta. Chegou um momento - quando o senador começou a trabalhar uma possível candidatura alternativa da Frente Popular - em que não haveria qualquer possibilidade de reestabelecer esse diálogo. João da Costa sinalizou positivamente até para João Paulo, que recusou peremptoriamente uma nova aproximação. O diálogo com governador serviu apenas para reforçar as teses negativas que se imputam à administração de João da Costa. A cada aproximação o governador saia convencido da necessidade de criar uma alternativa para a gestão da cidade. Afirmar que o problema de João da Costa foi unicamente de natureza política também não corresponde à realidade. Tivemos alguns entraves administrativos, como parece ser a tônica do discurso de Maurício Rands. Não sabemos o que ocorrerá com o prefeito daqui para frente, mas é quase certo que o Recife atravessará um longo e tenebroso inverno até outubro. A exceção é ele sagrar-se vitorioso numa prévia, sacudindo a militância em torno do seu nome, contingenciando o partido a apoiá-lo.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Luciano Agra entrega Residencial Anayde Beiriz e beneficia 584 famílias carentes
“Estamos entregando 584 unidades habitacionais hoje, beneficiando 1.324 pessoas, mas nossa meta é chegar aos 14 mil imóveis entregues até o final deste ano”, afirmou o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, na cerimônia de entrega das chaves do Residencial Anayde Beiriz, no bairro das Indústrias, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (29). O projeto faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida, executado em parceria com o Governo Federal. O prefeito esteve acompanhado dos secretários municipais, vereadores e do superintendente da Caixa Econômica Federal na Paraíba, Elan Miranda.
“Com mais este conjunto residencial, já entregamos 2,2 mil unidades habitacionais desde 2010, mas considerando o período desde 2006, já vamos com 6.516 unidades”, disse o prefeito. De acordo com ele, a meta é que as mais de sete mil unidades em construção atualmente sejam concluídas até o final de 2012.
Luciano Agra destacou que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) segue firme na execução de políticas públicas para população de baixa renda, concedendo às pessoas dignidade e qualidade de vida. “Este projeto não trata apenas de construção de casas, mas de dar infraestrutura aos moradores, com rede de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem, pavimentação e energia elétrica, além de atendimento em saúde e educação. Toda a estrutura foi construída com base na acessibilidade, pensando naqueles com dificuldade de locomoção”, ressaltou o prefeito.
Educação e saúde – O prefeito convidou as mães presentes a matricularem seus filhos na Escola Municipal Linaldo Cavalcanti, construída ao redor do residencial, especialmente para as crianças da comunidade. Além disso, os moradores terão acesso, nas imediações, a um Centro de Referência em Educação Infantil (Crei), três escolas municipais, uma estadual, uma profissionalizante (do Senai), além do Mercado Público de Oitizeiro e de supermercados e várias indústrias.
Na área de saúde, a população será beneficiada com seis unidades, sendo uma localizada apenas a 150 metros de distância do residencial. Há também fácil acesso à Maternidade Frei Damião (Cruz das Armas) e ao Hospital Infantil Dr. João Soares (Jaguaribe).
A presidente da Companhia de Habitação Popular (Cehap) do Estado, Emília Correia, que representou o governador Ricardo Coutinho, também ficou emocionada com a entrega das residências. Ela também esteve à frente do projeto pela PMJP enquanto secretária de Habitação, no ano de 2009.
O superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF), Elan Miranda, disse que a entidade continua cumprindo sua função na área habitacional do País. “Este é um momento de muita alegria, porque estamos trabalhando pela qualidade de vida das pessoas. A Caixa financia 80% do crédito imobiliário do País e queremos continuar esta parceria com a PMJP”.
Estrutura - O Residencial Anayde Beiriz está orçado em R$ 19.661.109,39, pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A PMJP doou o terreno, adquirido de propriedade privada e transformado em Zona Especial de Interesse Social (Zeis), além da construção da infraestrutura ao redor. “É por meio das Zeis que trabalhamos nossa política de habitação, porque, para construir, é preciso haver espaços adequados”, explicou o prefeito.
Os imóveis estão situados no Bairro das Indústrias e os 584 apartamentos estão em 73 blocos distribuídos em 10 condomínios que compõem as nove quadras do complexo. Cada bloco é composto por oito unidades habitacionais, sendo quatro no térreo e quatro no primeiro piso. As unidades possuem 41,44 metros quadrados de área privativa, composta de uma sala de estar e de jantar, dois quartos, um banheiro social, cozinha e área de serviço. “Toda nossa equipe se empenhou muito para que tudo fosse feito com qualidade”, afirmou o secretário de Habitação, José Guilherme.
Casa própria – Maria José Dario recebeu a chave de sua casa das mãos do prefeito e disse estar muito agradecida de ter seu imóvel. O mesmo disse Adailton Rufo, que vai construir uma nova vida ao lado da esposa Sueli. “Agradeço ao prefeito Luciano Agra por ter feito este trabalho maravilhoso e realizado meu sonho. Eu sinto que faço parte da Prefeitura, depois de ter sido beneficiado com este projeto”.
Outra família beneficiada com o projeto de habitação da PMJP foi o casal Edinaldo e Maria Pereira. “Nós agora vamos deixar o aluguel e viver em uma casa nossa”, disse ele. Já Maria, animada, falou que vai providenciar tudo para a mudança. “Nós e nossos filhos vamos ser felizes aqui”, comemorou ela.
Homenagem - O nome do residencial é uma homenagem à professora e poetisa Anayde Beiriz, que viveu à frente do seu tempo na década de 1920. A sobrinha da poetisa, Ielmita Beiriz, esteve presente na solenidade e agradeceu à homenagem para sua tia. Esta referência à figura feminina também é vista na concessão de posse das casas. Dos 584 imóveis, 444 estão em nome de mulheres como chefes de família.
Mais imóveis – De acordo com o secretário de Habitação, José Guilherme, no próximo dia 14 de abril, serão entregues outras 96 unidades habitacionais na comunidade Ilha do Bispo, pelo PAC Sanhauá. “Nesta primeira etapa vamos contemplar as famílias mais vulneráveis, mas o projeto comporta a construção de 288 imóveis”.
Já no mês de junho está programada a entrega de 1.240 casas na comunidade Irmã Dulce, no Colinas do Sul. O empreendimento é pelo Minha Casa, Minha Vida. Pelo programa habitacional já foram entregues 828 unidades do Residencial Manacá em dezembro do ano passado.
Fonte: Secom-JP
Nesta manhã, Maurício Rands entra oficialmente na disputa pela indicação do PT
Nesta manhã de sexta-feira, com a presença de grandes lideranças da legenda, a candidatura de Maurício Rands será lançada pela tendência Construindo um Novo Brasil. Deverá medir forças com a postulação do atual prefeito, João da Costa, no interior da agremiação. Seja qual for o resultado desse embate, o PT vai cindido às eleições de 2012. Até recentemente, o ex-prefeito João Paulo esboçava sinais de que poderia entrar na disputa, mas passou a assumir uma postura de quem acompanhará o companheiro Humberto Costa, o que pode ser traduzido como um provável apoio ao nome do Secretário de Estado, Maurício Rands. Rands vem bastante fortalecido, com o apoio do governador Eduardo Campos, Lula, Rui Facão. Pouco provável que o atual gestor, João da Costa, reúna as condições para se contrapor a esse “rolo compressor", mas nós torcemos que a decisão seja numa prévia, com o voto dos 33 mil filiados ao partido. Como o PT tem uma velha tradição de democracia interna, é sempre uma festa, diferentemente das aguadas prévias tucanas do último domingo.
João, muita calma nessa hora.
Curiosa a postura do prefeito João da Costa ao se referir aos adversários, dentro do partido, quando soube que eles estariam procurando Lula para referendar o nome de Maurício Rands. Costa brincou, indagando dos repórteres se eles estariam procurando o papa. Quando soube das movimentações em torno do nome de Rands, uma das primeiras iniciativas do prefeito foi procurar os caciques que tivessem condições políticas de interditar os planos da tendência Construindo um Novo Brasil. Na realidade, o prefeito acusou o golpe e sabe que as principais lideranças da legenda deverão referendar o projeto da CNB. Evidentemente que o prefeito tem algumas armas. Alguém precisa orientá-lo sobre a melhor forma de usá-la. Se queixar aos seus algozes, prefeito? Não é por aí. Arregimente as condições políticas fundamentais, reúna seu exército, articule-se, utilize os expedientes regimentais previstos no estatuto do partido e vá à luta. Deixe de dar ouvido a essa conversa furada de Rochinha e aconselhe Ivone Caetano a não ser mais real do rei. Muita calma nessa hora, João.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Millôr Fernandes: O humor perde a graça mais uma vez.
SÃO PAULO - O escritor Millôr Fernandes morreu na noite deste terça-feira, 27, por volta das 21h, em sua residência no Rio, por falência múltipla de órgãos. O corpo será velado a partir das 10h de quinta-feira, 29, no Cemitério Memorial do Carmo, no Bairro do Caju, no Rio. Segundo a assessoria do cemitério, o corpo será cremado às 15h, desta quinta, no Crematório da Santa Casa. Millôr tinha 88 anos.
O escritor chegou a ser internado por cinco meses no ano passado, na Casa de Saúde São José, também no Rio de Janeiro.
Millôr Fernandes nasceu no Rio de Janeiro, no bairro do Meyer, em 16 de agosto de 1923, sendo oficialmente registrado em 27 de maio de 1924. Aos 14 anos iniciou a carreira no jornalismo como contínuo da revista O Cruzeiro. Millôr foi um dos fundadores do jornal O Pasquim e um dos representantes da imprensa nanica, que levou o humor às publicações alternativas na época da forte censura do Regime Militar.
Autor, Millôr destacou-se também como dramaturgo e poeta, além de desenhista, com trabalhos de humor e crítica.
Colaborador do Estado, manteve a coluna Estado de Graça no Caderno 2 de junho de 1999 a julho de 2000. Em seu primeir texto escreveu '...eis-me aqui, ainda um pouco sem jeito, no Estadão (antiga macro do Estado de S. Paulo), a única organização que começou na imprensa antes de mim. Tenho que tomar muito cuidado para não mudar sua linha editorial. E me cuidar pra não cair num ato de temor e reverência. Seja como for, a responsabilidade é enorme. Do alto destas colunas quarenta Mesquitas me contemplam.'
Tinha um site pessoal, atualizado por uma equipe nos últimos anos, e sua conta na rede de microblogs Twitter tinha mais de 300 mil seguidores.
O Estado de São Paulo
PSDB e PCdoB: Polêmicas e equívocos históricos.
Essa aliança entre o PSDB e o PCdoB – fato que vem se concretizando em outras cidades do Estado, sobretudo depois dos acordos de Olinda – vem surpreendendo aos comunistas mais orientados ideologicamente. Do ponto de vista programático, trata-se, efetivamente, de uma aberração. Do ponto de vista estritamente eleitoral não há como fazer grandes reparos, sobretudo se considerarmos as circunstâncias em que se faz política neste país. Não há muito o que se comentar e acreditamos que o eleitorado fiel de Renildo Calheiros dificilmente mudaria seu voto em função dessa aliança com Sérgio Guerra. É uma grande bobagem trabalhar com essa hipótese. Se ele vier a perder as eleições em Olinda não seria por esse motivo. Agora, se o debate é histórico ou acadêmico, teremos panos para as mangas, como ocorreu recententemente quando o Diário de Pernambuco entrevistou os cientistas políticos Roberto Numeriano e Michel Zaidan sobre a “cisão” entre os comunistas brasileiros. Michel é um dos mais respeitados estudiosos do assunto no Brasil. Convém ao PCdoB, quando anunciar seus anos de existência contar essa data a partir do momento em que comunistas como João Amazonas romperam com o partidão,PCB, logo após as denúncias dos crimes de Stálin. Segundo Numeriano, outro partido que também não é bom de contas é o PPS, do deputado Roberto Freire. Comete estilionato histórico ao atribuir sua existência desde a fundação do partidão, ou seja, 1922.
Demóstenes Torres: perdeu a verve e a capacidade de se contrapor.
Quem se aproxima do outrora vibrante senador Demóstenes Torres afirma que é visível seu grau de abatimento com as recentes denúncias ligando seu nome ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Ex-líder do DEM, de verve inflamada e brado retumbante contra a malversação dos interesses da Viúva, Demóstenes, aos poucos, perde a capacidade de se contrapor às denúncias. Deixou a liderança do partido, e o seu presidente, José Agripino Maia, já cogita a possibilidade de expulsão do senador da agremiação, caso as denúncias sejam comprovadas. Até bem pouco tempo, o DEM via na figura do senador um potencial candidato presidencial da legenda, nas eleições de 2014. Trata-se de um grande parlamentar. É realmente uma pena que tenha se metido nessa enrascada, como parece indicar os grampos da Polícia Federal.
Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos: Os interesses de Pernambuco em jogo.
Repercute na crônica política pernambucana a aproximação entre o senador Jarbas Vasconcelos e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Os leitores que lêem o Blog do Jolugue não terão muitas razões para surpresas, uma vez que antecipamos, no plano nacional, uma articulação envolvendo o PMDB e o PSB. Essa articulação nacional já respinga nos Estados e, consequentemente, irá se materializar nos municípios pernambucanos, ainda nas eleições de 2012. Simplesmente não dá falar - como alguns colunistas insinuam - que aproximação é apenas o resultado da articulação de Eduardo Campos para garantir os US$ 500 milhões do Bird. A situação política de Eduardo Campos é tremendamente confortável. As últimas pesquisas indicam que ele ostenta 90% de aprovação, fato bastante comemorado pelo Palácio do Campo das Princesas. Há outras versões sobre as animosidades entre Jarbas e os Arraes, mas, concretamente, o problema maior foi a briga por espaço político, como diria o professor Rodolfo Araújo. Estivéssemos na época do Dr. Arraes, essa aproximação seria improvável, mas seu neto é um homem de gestos largos e coloca os interesses do Estado acima das picuinhas políticas. Pediu ao senador para acompanhar projetos que são estratégicos para Pernambuco. Quem andou criticando a aproximação foi o deputado federal, Sérgio Guerra, rompido com Jarbas quando, nas eleições de 2010, colocou o PSDB no colo de Eduardo.
terça-feira, 27 de março de 2012
João da Costa: O matuto que tomou água de barreira vai até às últimas consequências.
O matuto parece ser mesmo bom de briga. Nos últimos dias vem se movimentando como nunca com o objetivo de salvar sua candidatura à reeleição. Surpreendido com a postulação de Rands, de imediato, João da Costa foi ao síndico do condomínio da Frente Popular, o governador Eduardo Campos, queixa-se da manobra urdida, hoje se sabe, em sua cozinha, o que nos leva a pensar sobre o efeito dessa conversa: nenhum. A coluna do Josias de Souza, de hoje, publicada no Portal UOL, afirma com todas as tintas que, caso se viabilize o nome de João da Costa, Eduardo Campos está disposto, inclusive, a romper com o partido. No último final de semana, sabendo que Maurício Rands apareceria na festa do empresário Janguiê, em Boa Viagem, João da Costa fez questão de prestigiar o evento, tomando satisfações com o secretário, que apenas afirmou que sua postulação era um projeto da tendência Construindo um Novo Brasil. De agenda marcada com Rui Falcão, Presidente Nacional da legenda, João pode até ouvir dele algumas palavras de conforto e só. Não faz muito tempo, o próprio Rui veio à boca do palco para afirmar que a situação do Recife dependia do desempenho do prefeito, o que, em outras palavras, antecipou que sabia como ia terminar esse filme. O matuto foi apunhalado pelas costas. Essa parece ser a tônica principal dos diálogos mantidos por João com os dirigentes da agremiação. Há quem perceba nessa “vitimização” um dedo de Antonio Lavareda, mas, por enquanto, nenhuma confirmação. Até mesmo o projeto de reeleição encontra-se em standy by, dependendo,hoje, de uma série de circunstâncias políticas. Num primeiro momento se cogitou que Rands poderia ter o apoio de João Paulo. Hoje, João Paulo emite sinais claros de que pode entrar na disputa, embora não seja muito favorável às prévias. Um outro fato curioso é que a candidatura alternativa da Frente Popular - movimento liderado pelo senador Armando Monteiro - não necessariamente advoga o apoio a Maurício Rands.
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