SÃO PAULO - O escritor Millôr Fernandes morreu na noite deste terça-feira, 27, por volta das 21h, em sua residência no Rio, por falência múltipla de órgãos. O corpo será velado a partir das 10h de quinta-feira, 29, no Cemitério Memorial do Carmo, no Bairro do Caju, no Rio. Segundo a assessoria do cemitério, o corpo será cremado às 15h, desta quinta, no Crematório da Santa Casa. Millôr tinha 88 anos.
O escritor chegou a ser internado por cinco meses no ano passado, na Casa de Saúde São José, também no Rio de Janeiro.
Millôr Fernandes nasceu no Rio de Janeiro, no bairro do Meyer, em 16 de agosto de 1923, sendo oficialmente registrado em 27 de maio de 1924. Aos 14 anos iniciou a carreira no jornalismo como contínuo da revista O Cruzeiro. Millôr foi um dos fundadores do jornal O Pasquim e um dos representantes da imprensa nanica, que levou o humor às publicações alternativas na época da forte censura do Regime Militar.
Autor, Millôr destacou-se também como dramaturgo e poeta, além de desenhista, com trabalhos de humor e crítica.
Colaborador do Estado, manteve a coluna Estado de Graça no Caderno 2 de junho de 1999 a julho de 2000. Em seu primeir texto escreveu '...eis-me aqui, ainda um pouco sem jeito, no Estadão (antiga macro do Estado de S. Paulo), a única organização que começou na imprensa antes de mim. Tenho que tomar muito cuidado para não mudar sua linha editorial. E me cuidar pra não cair num ato de temor e reverência. Seja como for, a responsabilidade é enorme. Do alto destas colunas quarenta Mesquitas me contemplam.'
Tinha um site pessoal, atualizado por uma equipe nos últimos anos, e sua conta na rede de microblogs Twitter tinha mais de 300 mil seguidores.
O Estado de São Paulo
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