pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quarta-feira, 8 de março de 2017

É pela vida das mulheres! ( Campanha da Anistia Internacional)

É pela vida das mulheres !



Preencha o formulário e clique em "Entre em ação" para enviar um e-mail em seu nome para a Câmara dos Deputados. Seus contatos não serão divulgados.

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Protesto de mulheres em Brasília, 2013. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)
Protesto de mulheres em Brasília, 2013. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)
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AÇÕES

Todas as mulheres têm o direito a viver uma vida livre de qualquer tipo de violência, agressões físicas, violações e abusos sexuais. Embora o Brasil tenha realizado alguns avanços importantes para garantir esses direitos, diversas propostas legislativas têm sido apresentadas no sentido de retroceder em conquistas históricas da luta das mulheres nas últimas décadas.
Atualmente, está em tramitação na Câmara dos Deputados o projeto de lei PL 7371/2014que cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que é resultado da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre Violência contra a Mulher. A aprovação deste projeto de lei representa mais um passo importante para garantir o atendimento adequado às mulheres que sofreram violência e garantirá recursos específicos para estes serviços. Porém, um grupo de deputados propôs mudanças ao projeto de forma a restringir o atendimento às mulheres sobreviventes de violência sexual e muitos deputados estão se mobilizando para tentar barrar a aprovação do PL 7371/2014.
Centenas de milhares de mulheres sofrem diversos tipos de violência todos os anos no Brasil, especialmente as mulheres negras e jovens. Em 2014, pelo menos 4.700 mulheres foram assassinadas no país. Em 2015, foram mais de 45 mil casos de estupro registrados, e este número é potencialmente muito maior, pois é subnotificado. Estima-se que, anualmente, sejam mais de 500 mil casos de estupro ou tentativa de estupro no Brasil.
Não podemos aceitar que, em um país em que centenas de milhares de mulheres sofrem violência todos os anos, o Estado retire seus direitos a um atendimento digno e se isente da responsabilidade de adotar medidas urgentes para acabar com essa violência. As mulheres não podem mais esperar. Não vamos deixar o retrocesso acontecer. Entre em ação agora!
Envie um e-mail agora para as lideranças dos partidos e para o Presidente da Câmara dos Deputados exigindo que eles exerçam seu papel de aprovar leis que respeitem e promovam os direitos das mulheres, e que não aprovem qualquer legislação que retire, negue ou restrinja direitos já conquistados.

Aprovem o PL 7371/2014 e garantam os direitos das mulheres !


Senhor Presidente da Câmara dos Deputados,
Senhor Deputado, Senhora Deputada,
Reivindico que a Câmara dos Deputados aprove o projeto de lei PL 7371/2014 sem alterações. Este projeto cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que prevê recursos para o atendimento amplo e humanizado a mulheres sobreviventes de todos os tipos de violência. Sabemos que muitos deputados estão se mobilizando para tentar barrar a aprovação do PL 7371/2014 e que houve propostas de emendas ao projeto visando restringir o atendimento às mulheres sobreviventes de estupro. Isso é inaceitável.
Centenas de milhares de mulheres no Brasil ainda sofrem diversos tipos de violência todos os anos, especialmente as mulheres negras e jovens. Em 2014, pelo menos 4.700 mulheres foram assassinadas no país. Em 2015, foram mais de 45 mil casos de estupro registrados, e este número é potencialmente muito maior, pois é subnotificado. Estima-se que, anualmente, sejam mais de 500 mil de casos de estupro ou tentativa de estupro no Brasil.
Em um país em que centenas de milhares de mulheres sofrem violência todos os anos, é inadmissível que o Estado retire dessas mulheres o direito a um atendimento digno e se isente da responsabilidade de adotar medidas urgentes para acabar com essa violência. As mulheres não podem mais esperar.  
Novamente, reivindico que a Câmara dos Deputados aprove, sem alterações, o projeto de lei PL 7371/2014, e que cumpra seu papel de aprovar leis que respeitem e promovam os direitos das mulheres e não aprove qualquer legislação que retire, negue ou restrinja  direitos já conquistados.
É pela vida das mulheres!
Atenciosamente,

Assinaturas atuais

Lorena Sales dos Santos  Distrito-Federal, Brasil  08 de Março de 2017, 13:02:23
Vitoria Gomes de Mendon  S?o-Paulo, Brasil  08 de Março de 2017, 13:02:14
Tatiana Setuguti  S?o-Paulo, Brasil  08 de Março de 2017, 13:01:15
?ngelo Augusto Stumpf Ceccato  Rio Grande do Sul, Brasil  08 de Março de 2017, 13:01:05
Ana Lucia A. Santos  S?o-Paulo, Brasil  

Editorial: The list of Janot


Resultado de imagem para rodrigo janot

There are strong criticisms against the work of Operation Lava Jato, such as the one that points to a certain "selectivity" of its targets or the "not necessarily Republican" dirigism of its objectives. Under the broader and noble pretext of combating structural corruption in the country, in reality, Lava Jato, in the view of some of its critics, has served to anchor a network of maneuvers with the aim of composing the architecture Mounted to overthrow power president Dilma Rousseff. That is, the Lava Jet, in this sense, is a piece of coup d'état gear. In addition to the initial and natural expectations, there is a great concern about the names of politicians - from all levels and parties - who must be handed over to the STF by the Attorney General, Rodrigo Janot. There are those who claim that some feathered birds should not be listed for known reasons.

There are some political arrangements that must have shielded some actors in this process of institutional coup that the country has recently experienced. Even before Senator Romero Jucá (PMDB) said loud and clear that it was necessary to "stem the bleeding," it was known, in the limps, that whoever was directly involved in these tecimientos would certainly not go to the sacrifice. There is always a caveat that if Operation Lava Jet initially had clear and specific objectives in the course of its course and its troublesome hiatus, it would have advanced to a profoundly dangerous stage for a political class historically forged in Corruption that was not invented by the PT novices, although this does not exempt them from guilt or justify their gossip with public money. Specifically, Lava Jato's investigations would have elements to kill our political system if there was no reaction from that field to pull the brake on, with maneuvers aimed at changing the legislation that punishes the corruption of public men, As well as playing a spurious political chess, placing key positions and decisive pieces of his extreme confidence to protect the king and his subjects.

But in any case, the Lava Jato operation brings some important elements, such as the real lesson it gives us about how the country's corrupt gears work, involving state, political and private sector actors. As I said at other times, with all our respect for FGV colleagues, Lava Jato offers plenty of subsidies for their classes on public management issues. Yesterday, I was playing with a coworker on what would be the promotion criterion for these Odebrecht executives who worked in the Tips Department. I believe they were rewarded because of their ability to corrupt public officials. Have you thought? Curious is also to know how these people presented themselves in professional social networks or how they recorded this professional "experience" in their curricula. Do not doubt that this was a positive balance of Operation Lava Jato: to allow ordinary Brazilians to know in more depth how these gears work. Emílio Odebrecht, the group's patriarch, said that the contractor had in fact ruled the country in the last decades. One of the speakers reported that between 2006 and 2014 the contractor would have moved, through box two, the modest amount of R $ 10 billion. Never before in the history of a country called Brazil.

I do not believe, however, that the results of Operation Lava Jato, can pass this country clean in the question of corruption. If, coupled with this operation that strips the dynamics of the web of corruption that surrounds our political system, no other equally important measures are taken - such as political reform, for example with clear rules on campaign funding - it is almost certain that Continue to have a survival. The country will remain "unfeasible" and our democracy will continue to be a great misunderstanding, as the historian Sérgio Buarque de Holanda affirmed. The thing is so complex that yesterday's ministers turned Senator Valdir Raupp (PMDB) into a defendant on the suspicion that even the money running "inside" was the result of irregular tricks.

It is already foreseen, for example, that President Michel Temer (PMDB) will not be bothered by the TSE, adopting that same logic of special political circumstances, even knowing the robust evidence against it, listed in the awards awards of executives of the Odebrecht. The executive hearings deny in depth the notes from the Planalto Palace that the Odebrecht contractor's donations followed all the legal procedures, according to what determined the electoral legislation in this regard. Speaking of Robust, the list of prosecutor Rodrigo Janot should be well filled, with about 170 politicians involved, 900 testimonials, 77 awards, 2 years of operation, 2

Le Monde: A luta de classes do graffiti


O que incomoda na prática do graffiti é sua oposição a essa tese elitista: ela coloca a arte na rua, sai das periferias, invade os bairros nobres, apropria-se da cidade sem pedir licença. Os artistas de uma arte que se faz pública entendem que os espaços urbanos são “de todos” e que, portanto, devem ser ocupados por aqueles que usufruem do meio.
por: Raisa Pina
7 de março de 2017
Crédito da Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo - Mural do grafiteiro Eduardo Kobra na Avenida 23 de Maio
Enquanto espectadoras, frequentadoras e usuárias de ofertas culturais, pessoas de vivências distintas são reunidas em um mesmo grupo unificado que as tornam “público” de alguma coisa – um termo que aqui não se refere a bens estatais, mas ao gosto em comum compartilhado por diferentes personalidades. Esse gosto, entretanto, está longe de ser algo adquirido naturalmente: não se nasce com um, mas se constrói as preferências ao longo da vida a partir do que é determinado pelas estruturas sociais. A família, a escola e as comunidades de pertencimento das quais cada indivíduo participa moldam seu comportamento de maneira tão profunda que é difícil identificar o que é desejo original e o que é gosto domesticado. Alguns pensadores, inclusive, vão insistir na ideia de que não existe gosto autônomo: tudo seria determinação social estruturante. Soma-se a isso, um contexto de meios de comunicação de massa e indústria cultural, que em conjunto trabalham para manipular as classes e vender cultura como se fosse um produto a ser consumido.
Diante de tudo isso, os apoiadores do projeto “Cidade Linda” de João Doria são a representação de um público ensinado a rejeitar o graffiti. Afirmam que “aquilo não é arte”, que é “vandalismo”, que é “coisa de marginal”, que é “sujeira” e por aí vai. Repetem discursos que ouviram no seu meio social, manipulados por uma elite hegemônica, regidos pelas leis do neoliberalismo que prega que arte é luxo, algo “especial e elevado”, numa visão ainda muito romântica do artista como gênio e da obra de arte como preciosidade – e portanto, algo que não se pode deixar em qualquer lugar, muito menos nas ruas. O público anti-graffiti aprendeu que arte custa milhões, que não se pode tocar com as mãos, que deve ser protegida dentro de um museu de segurança máxima e que existe um conceito bastante erudito por trás que só “iniciados” conseguem compreender plenamente.
O que incomoda na prática do graffiti é sua oposição a essa tese elitista: ela coloca a arte na rua, sai das periferias, invade os bairros nobres, apropria-se da cidade sem pedir licença. Os artistas de uma arte que se faz pública entendem que os espaços urbanos são “de todos” e que, portanto, devem ser ocupados por aqueles que usufruem do meio. A lógica das ruas foge das regras rigidamente construídas ao longo dos séculos, eliminando as barreiras simbólicas que impedem o acesso do povo à arte.
Para além disso, há ainda uma outra subversão que toca a estrutura fundamental da boa família neoliberal: não se compra um graffiti que se viu na esquina e se leva para pendurar na sala de estar; ele é da rua, pertence, elogia, aclama o espaço público, tirando o protagonismo de séculos de existência da propriedade privada. Este é o grande motivo pela qual tentam incansavelmente silenciar o graffiti: ele é muito perigoso à manutenção da estrutura elitista, branca, excludente e neoliberal. Quantas vezes não se apagaram murais para se colocar no lugar a publicidade de quem pagou por aquele espaço? A regra do sistema é essa: pode-se tudo desde que se pague por isso. Se não pagaram, está errado e é descartado.
A polêmica do graffiti é uma questão muito clara de luta de classes, em que a elite tenta impor sua arte ao mesmo tempo em que limita o acesso aos que não pertencem ao grupo hegemônico e subjugam a produção artística dos que vivem à sua margem. A classe média segue em acordo pela sua própria alienação: não são educados a respeitar o graffiti e, portanto, o condenam. Aversão a mudanças também é uma característica forte da elite tradicionalista (afinal, se está bom para ela, não há nada que deva mudar). A função (inconsciente às vezes, mas identificável) do graffiti de transformar modos de habitar e interagir no âmbito urbano, além de alterar maneiras de conceber as relações sociais e a vida cotidiana é vista como algo muito errado aos olhos de quem está no poder.
Mas uma coisa a elite está certa em seus discursos: a arte das ruas realmente é coisa de marginal, mas um marginal no sentido mais denotativo, de alguém que sempre esteve à margem da hegemonia. A conotação do marginal como perigo é uma construção ideológica das elites: é uma ameaça aos seus próprios valores excludentes. O marginal-artista (ou artista-marginal) é um rompimento grande de estruturas rígidas: mostra que as classes baixas têm senso crítico, que são seres pensantes, culturalmente produtivos, interessados por arte e produtores de arte, capazes de ocupar um espaço que sempre lhes foi negado e de transformar sua condição de vítimas da negligência e exclusão em ações de resistência social.
A arte que está nas ruas só é descredenciada porque o discurso dominante – elitista, branco e capitalista – ainda insiste que arte não é para todos e que o artista não pode ser qualquer um. A desigualdade social vai muito além de uma desigualdade de rendas familiares: é gritante principalmente na negação de acesso às práticas artísticas e culturais.

Raisa Pina é jornalista e mestranda em Teoria e História da Arte pela Universidade de Brasília.
(Publicado originalmente no site do jornal Le Monde Diplomatique Brasil)