Não há mais consenso no país sobre absolutamente nada. Verdades ou mentiras são algo passíveis de relativização, consoante as fontes de onde surgem ou como elas são recepcionadas, se por um lado ou pelo outro. A Lava Jato, por exemplo, apesar do apontamento de inúmeras irregularidades na sua condução, ainda encontra um séquito de defensores, que a aponta como a maior operação de enfrentamento à corrupção já realizada no país, capaz de colocar gatunos graúdos na cadeia e recuperar ativos importantes para o erário público.
Possivelmente, o relatório do ministro Teori Zavascki, se tivesse sido produzido ao seu tempo, poderia ter interrompido uma sequência de erros atribuídos a tal operação. Infelizmente, Teori Zavascki morreu antes, num acidente aéreo que alimenta as teorias conspiratórias até o dia de hoje. O STF já jogou a pá de cal nesta famigerada operação, que utilizou-se de métodos abjetos para atingir seus objetivos.
Agora foi a vez do órgão de correição do judiciário, o Conselho Nacional de Justiça praticamente corroborar com as irregularidades já elencadas pela Suprema Corte, impondo medidas duras, como o afastamento de funções de desembargadores do TRF-4, que geralmente confirmavam as decisões arbitradas pela famosa Vara de Curitiba. Não acreditamos haver precedentes de nenhuma outra operação que se propõe a combater a corrupção e termine ela mesma sendo acusada, digamos assim, apenas para não melindrar, de irregularidades. Só no Brasil mesmo. O conselheiro Arnaldo já informava que o país não é para amadores.
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